Segundo uma nova consulta feita pelo Reviews.org, 25% dos usuários da Netflix pretendem cancelar sua assinatura da plataforma de streaming em 2023.
A pesquisa reuniu mil entrevistados que residem nos Estados Unidos para tentar entender os hábitos de quem consome streaming – afinal, de acordo com os parâmetros publicados pelo consórcio, um estadunidense padrão assina, em média, quatro desses serviços online.
Os dados indicam que um em cada quatro assinantes pretende parar de consumir a Netflix, não apenas por utilizarem outras plataformas, como o Prime Video, a Apple TV+ e o Disney+, mas também por motivos que incluem o preço da assinatura, a oferta do catálogo e o aumento de gastos em virtude da inflação.
Enquanto outros serviços ganham mais força nos Estados Unidos, a Netflix permanece invicta no Brasil, sendo responsável por 31% do conteúdo mais consumido do primeiro semestre de 2022, à frente do Prime Video (22%) e do Disney+ (15%).
Vale lembrar que, entre abril e junho de 2022, a Netflix perdeu 970 mil assinantes, o que marca o segundo recuo consecutivo no número de usuários da plataforma. Ainda assim, a empresa evitou sua pior projeção.
Depois de apresentar uma perda de 200 mil assinantes no primeiro trimestre, a Netflix já havia anunciado que poderia perder mais 2 milhões de assinantes entre abril e junho. A declaração criou dúvidas sobre as perspectivas de crescimento da plataforma no longo prazo.
Assim, em carta para acionistas, a empresa disse ter examinado a queda nas assinaturas e declarou que esse movimento foi atribuído por uma série de fatores incluindo compartilhamento de senhas, competição e crise econômica.
Lembrando que a Netflix continua sendo o maior serviço de streaming de vídeo do mundo, com quase 221 milhões de assinantes. Já para o terceiro trimestre de 2022, a companhia estima que conseguirá 1 milhão de novos usuários. De acordo com dados da consultoria Refinitiv, analistas de Wall Street esperavam uma previsão de 1,84 milhão de novos assinantes.
Mesmo com a previsão abaixo do esperado para os próximos meses, as ações da Netflix dispararam no pregão estendido. Os papéis da empresa, que acumulam queda de 67% em 2022, subiam 7% depois da divulgação do balanço.