quinta-feira , 21 novembro , 2024

37ª Mostra de Cinema de São Paulo: A Ternura

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UM ROAD MOVIE CHEIO DE TERNURA

Nem só de tragédias vive uma Mostra de Cinema. Se há certo destaque para filmes que exponham o lado cruel da vida (que bom que eles existem), também é possível encontrar obras que falam do lado doce da vida (que bom que eles também existem). A Ternura da francesa Marion Hänsel entra nessa classe. Lise (Marilyne Canto) e Frans (Olivier Gourmet), separados há 15 anos, se veem juntos em uma viagem de carro rumo a outro país para buscar seu filho Jack (Adrien Jolivet), hospitalizado após um acidente de esqui.

O enredo pouco importa. Poderia resumi-lo sem prejudicar o espectador. Ele é uma justificativa para acompanharmos o reencontro desse casal. A força do filme está no registro terno da relação de Lise e Frans. Não se vê nenhuma sequência agressiva. As conversar são temperadas por saudosismos, risos, um certo gosto bom de “você continua o mesmo”. É um casal que já passou da fase de rancor e restou a amizade. Neste road movie bumerangue, não interessa a linha de chegada, nem o porque ele viajam, mas como o casal de comporta nesse reencontro.



O filme não se limita ao casal. Há a relação dos pais com o filho, deste com a namorada, entre outros pequenos acontecimentos que contribuem para expor um lado humano das figuras que surgem na tela. Mas, o essencial está em Lise e Frans, em como as pessoas, mesmo depois de um divórcio, podem manter uma convivência saudável e feliz.

Essa visão positiva, em nenhum momento, significa uma ideia ingênua da vida. Temos uma perspectiva humanista das personagens e esperançosa das relações afetivas.

O filme tem muitas cenas bonitas. Duas se destacam. A abertura que focaliza Jack praticando esqui. A imensidão da neve é de rara beleza, já inserindo o público no clima da película. Na sequência final, Frans se despede de Lise. A câmera corta e vemos ele indo embora, andando em paralelo a uma parede de vidro na qual o rosto de Lise está refletido. Por instante brevíssimo, os rostos de ambos se fundem. Ele entra no carro e vai embora. A câmera corta para Lise, que estampa um sincero sorriso de ternura.

Nota: Nesta quinta, dia 07 de novembro, é o último dia da Repescagem da Mostra de São Paulo.

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Nem só de tragédias vive uma Mostra de Cinema. Se há certo destaque para filmes que exponham o lado cruel da vida (que bom que eles existem), também é possível encontrar obras que falam do lado doce da vida (que bom que eles também existem). A Ternura da francesa Marion Hänsel entra nessa classe. Lise (Marilyne Canto) e Frans (Olivier Gourmet), separados há 15 anos, se veem juntos em uma viagem de carro rumo a outro país para buscar seu filho Jack (Adrien Jolivet), hospitalizado após um acidente de esqui.

O enredo pouco importa. Poderia resumi-lo sem prejudicar o espectador. Ele é uma justificativa para acompanharmos o reencontro desse casal. A força do filme está no registro terno da relação de Lise e Frans. Não se vê nenhuma sequência agressiva. As conversar são temperadas por saudosismos, risos, um certo gosto bom de “você continua o mesmo”. É um casal que já passou da fase de rancor e restou a amizade. Neste road movie bumerangue, não interessa a linha de chegada, nem o porque ele viajam, mas como o casal de comporta nesse reencontro.

O filme não se limita ao casal. Há a relação dos pais com o filho, deste com a namorada, entre outros pequenos acontecimentos que contribuem para expor um lado humano das figuras que surgem na tela. Mas, o essencial está em Lise e Frans, em como as pessoas, mesmo depois de um divórcio, podem manter uma convivência saudável e feliz.

Essa visão positiva, em nenhum momento, significa uma ideia ingênua da vida. Temos uma perspectiva humanista das personagens e esperançosa das relações afetivas.

O filme tem muitas cenas bonitas. Duas se destacam. A abertura que focaliza Jack praticando esqui. A imensidão da neve é de rara beleza, já inserindo o público no clima da película. Na sequência final, Frans se despede de Lise. A câmera corta e vemos ele indo embora, andando em paralelo a uma parede de vidro na qual o rosto de Lise está refletido. Por instante brevíssimo, os rostos de ambos se fundem. Ele entra no carro e vai embora. A câmera corta para Lise, que estampa um sincero sorriso de ternura.

Nota: Nesta quinta, dia 07 de novembro, é o último dia da Repescagem da Mostra de São Paulo.

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