quinta-feira , 21 novembro , 2024

37ª Mostra de Cinema de São Paulo: Escudo de Palha

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UM MIIKE PARA QUASE TODOS AS IDADES

 

O japonês Takashi Miike é um diretor controvertido, que até críticos não se acertam se gostam ou não. Bom, eu gosto! Seu último trabalho, comparado com obras como Audição e Ichi, The Killer, pode ser considerado livra, ou ao menos, indicado para maiores de 14 anos (a classificação oficial é 18).



Em Escudo de Palha, a cabeça de um serial killer está a prêmio. Depois de ter sua neta assassinada, um magnata oferece 1 bilhão de ienes para quem matá-lo (a quem interessar: na cotação de hoje, vale R$ 22.440.000,00). Para sua segurança, o assassino se entrega à polícia local. A missão: levá-lo em segurança para a polícia federal, em Tóquio.

Cinco policiais são o escudo contra todo um país! Essa é a sensação do filme. Bandidos, anônimos, policiais, enfim, todo tipo de gente tenta matar o assassino Kiyomaru (Tatsuya Fujiwara). Pode soar muito absurdo para nós o esforço que os cinco policiais – especialmente Mekari (Takao Ohsawa) – em proteger um psicopata que nem se esforça para ser simpático. Até a plateia deseja liquidá-lo. É o sentimento de honra e de dever que guiam esses policiais. O pior sujeito deve ser julgado pela justiça. O dever de cumprir uma ordem é mais que uma questão legal, é a honra que está em jogo. E os japoneses levam muito à séria a honra!

Ter isso em mente é necessário para entender o dilema dos protagonistas. Não se trata de proteger um inocente nem um bandido vítima da sociedade injusta (Miike dá uma aula de como humanizar um assassino sem torná-lo coitadinho). Mas, de cumprir um dever que as personagens carregam dentro de si como o correto e o honrado a ser feito. Tudo isso embrulhado com ação de primeiríssima qualidade. Miike em ótima forma!

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Em Escudo de Palha, a cabeça de um serial killer está a prêmio. Depois de ter sua neta assassinada, um magnata oferece 1 bilhão de ienes para quem matá-lo (a quem interessar: na cotação de hoje, vale R$ 22.440.000,00). Para sua segurança, o assassino se entrega à polícia local. A missão: levá-lo em segurança para a polícia federal, em Tóquio.

Cinco policiais são o escudo contra todo um país! Essa é a sensação do filme. Bandidos, anônimos, policiais, enfim, todo tipo de gente tenta matar o assassino Kiyomaru (Tatsuya Fujiwara). Pode soar muito absurdo para nós o esforço que os cinco policiais – especialmente Mekari (Takao Ohsawa) – em proteger um psicopata que nem se esforça para ser simpático. Até a plateia deseja liquidá-lo. É o sentimento de honra e de dever que guiam esses policiais. O pior sujeito deve ser julgado pela justiça. O dever de cumprir uma ordem é mais que uma questão legal, é a honra que está em jogo. E os japoneses levam muito à séria a honra!

Ter isso em mente é necessário para entender o dilema dos protagonistas. Não se trata de proteger um inocente nem um bandido vítima da sociedade injusta (Miike dá uma aula de como humanizar um assassino sem torná-lo coitadinho). Mas, de cumprir um dever que as personagens carregam dentro de si como o correto e o honrado a ser feito. Tudo isso embrulhado com ação de primeiríssima qualidade. Miike em ótima forma!

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