Os diretores Eduardo Sanchez e Daniel Myrick, responsáveis pelo icônico filme de terror ‘A Bruxa de Blair’ (1999), expressaram recentemente sua frustração por terem sido deixados de lado na produção das sequências da franquia que revolucionou o gênero.
Segundo a Geek Vibes Nation, os diretores revelaram recentemente os sentimentos de decepção ao ver suas ideias e sugestões para a continuação da saga serem ignoradas.
“É sempre um pouco agridoce”, afirmou Myrick, sobre ser excluído de um projeto que ajudou a criar.
Sanchez completou: “Entendemos como Hollywood opera”, mas a ausência em decisões criativas ao longo dos anos continua sendo um ponto delicado para a dupla.
Após o estrondoso sucesso de ‘A Bruxa de Blair’, a Artisan Entertainment lançou em 2000 a sequência ‘A Bruxa de Blair 2 – O Livro das Sombras’, sem a participação dos diretores originais. Embora tenha gerado lucro, o filme não conseguiu repetir o impacto do original.
Em 2016, a Lionsgate assumiu a franquia e lançou um reboot, mas novamente, Sanchez e Myrick tiveram papéis limitados.
Para Myrick, a experiência serviu como uma lição sobre a indústria cinematográfica. “Os estúdios não são seus amigos”, afirmou, enfatizando a priorização dos lucros em detrimento da lealdade aos criadores originais.
Apesar das novas versões da franquia terem obtido sucesso moderado, Sanchez e Myrick acreditam que sua visão poderia trazer algo único para a série, sem entrar em detalhes sobre quais seriam suas ideias.
É importante lembrar que Heather Donahue, Michael C. Williams e Joshua Leonard, as estrelas do clássico ‘A Bruxa de Blair’, continuam lutando pelo reconhecimento de seu trabalho no filme.
Para quem não sabe, o longa, considerado um dos filmes independentes mais lucrativos, arrecadou US$ 250 milhões ao redor do mundo a partir de um orçamento estimado entre US$ 200 mil e US$ 700 mil. No entanto, os atores, responsáveis por operar suas próprias câmeras e improvisar as cenas, receberam apenas cerca de US$ 500 por semana durante as duas semanas de filmagem.
Após um longo processo devido ao uso de imagens, em 2004, o trio concordou com um acordo que lhes rendeu mais US$ 300 mil. Entretanto, até aquele momento, o filme já havia gerado lucros de mais de US$ 35 milhões a US$ 40 milhões para a Lionsgate.
‘A Bruxa de Blair’ está disponível no Prime Video.