domingo , 22 dezembro , 2024

A Chave do Enigma | Continuação do clássico Chinatown está disponível na Amazon

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Sequência do clássico noir está disponível no catálogo da Amazon Prime Vídeo

Quando o diretor Roman Polanski lançou Chinatown em 1974 houve uma ampla recepção positiva por parte dos críticos que reconheceram o valor de produção e elenco do filme como verdadeiramente diferenciados. Interessante foi também como, em pouco tempo, a produção conquistou um lugar de destaque no gênero noir (que teve o ápice nos anos 40 e um decaimento a partir dos 60).



Graças a alguns elementos de composição como o período escolhido para a trama; os figurinos de cor sóbria; uma história que começa como mais um caso comum e vai guiando o protagonista de uma intriga para outra; a relação de um personagem principal nem tão heroico e uma coadjuvante feminina não confiável que gera uma dinâmica de insegurança entre ambos alçaram Chinatown ao título de “último filme noir”, simbolizando que a partir daquele momento o gênero como o era conhecido desde o início não existia mais.

Além disso, o filme ainda recebeu onze indicações no Oscar de 1975 e conquistou a de Melhor Roteiro Original. Com isso o roteirista, Robert Towne, achou que naquele momento ele poderia emplacar a ideia de mais duas sequências, completando assim seu objetivo de formar uma trilogia ao redor do detetive particular Jake Gittes. Towne então correu para o produtor do filme original, Robert Evans, pronto para vender a ideia.

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Chinatown” reuniu todos os elementos mais marcantes do noir.

Evans aceita, uma vez que o trabalho anterior do roteirista foi um sucesso absoluto, e encarrega Towne de escrever e dirigir o vindouro filme. O produtor também havia se oferecido para interpretar um importante papel coadjuvante. Porém as primeiras rachaduras começaram a surgir quando se percebeu que lhe faltava um mínimo de talento para atuar e, por volta de 1985, o diretor não teve outra escolha senão demitir Evans do papel; isso gerou enorme atrito entre ambos que, por hora pelo menos, havia engavetado o projeto.

Entre novas idas e vindas calhou de temporariamente um dos grandes produtores de Hollywood na década de 80, Dino De Laurentiis, receber uma proposta do astro de Chinatown (Jack Nicholson) para financiar a ideia. Importante lembrar que nesse período, De Laurentiis tinha assinado um número imenso de produções que variavam entre si de qualidade. De filmes verdadeiramente memoráveis como Serpico em 1973 até outros bem mais questionáveis como Duna de 1984, ele era para o período o nome indicado para bancar a empreitada de Towne e Nicholson.

Sua participação, porém, nunca chegou a ocorrer devido a barreiras legais impostas pela Paramount (estúdio que produziu Chinatown) que exigiu quantias exorbitantes para que o filme carregasse elementos do clássico. Voltando para a gaveta uma última vez, foi a confirmação de Jack Nicholson, ao final dos anos 80, como diretor que de fato deu vida nova ao filme.

Robert Towne tinha planos para uma trilogia.

Uma pré-produção tão complicada não poderia ter uma execução simples, sendo exatamente o que aconteceu. Tanto Evans quanto Towne (agora sendo apenas o roteirista) não se falavam durante a produção, Nicholson começou a gravar tendo o roteiro parcialmente finalizado o que atrasou bastante o cronograma das filmagens. 

O roteiro em sua forma final realizava, em parte, o que toda sequência deveria: uma expansão daquilo que havia sido apresentado anteriormente. No entanto, esse esticamento se mostra também bastante limitado, não apresentando nada que não tenha sido abordado no filme anterior e assim. Passado alguns anos desde seu fatídico caso com Evelyn Mulwray, o detetive Jake Gittes precisa provar a própria inocência quando seu cliente se envolve no assassinato do amante da esposa e a única maneira de faze-lo é provar que o acusado é culpado.

Trabalhando em formato quase que antológico, a trama não chega a mergulhar profundamente na pessoa que Gittes é, se mantendo sempre no território conhecido de sua canalhice. O roteiro também luta para ligar o caso atual com o anterior na figura da filha de Evelyn Mulwray, mas a ligação jamais soa como algo natural, crível. A data de estreia foi 10 de agosto de 1990 e a recepção foi bastante mista por parte da crítica, variando entre elogios a ambientação mas pecando em não ser um thriller tão carismático quanto seu antecessor.

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Graças a alguns elementos de composição como o período escolhido para a trama; os figurinos de cor sóbria; uma história que começa como mais um caso comum e vai guiando o protagonista de uma intriga para outra; a relação de um personagem principal nem tão heroico e uma coadjuvante feminina não confiável que gera uma dinâmica de insegurança entre ambos alçaram Chinatown ao título de “último filme noir”, simbolizando que a partir daquele momento o gênero como o era conhecido desde o início não existia mais.

Além disso, o filme ainda recebeu onze indicações no Oscar de 1975 e conquistou a de Melhor Roteiro Original. Com isso o roteirista, Robert Towne, achou que naquele momento ele poderia emplacar a ideia de mais duas sequências, completando assim seu objetivo de formar uma trilogia ao redor do detetive particular Jake Gittes. Towne então correu para o produtor do filme original, Robert Evans, pronto para vender a ideia.

Chinatown” reuniu todos os elementos mais marcantes do noir.

Evans aceita, uma vez que o trabalho anterior do roteirista foi um sucesso absoluto, e encarrega Towne de escrever e dirigir o vindouro filme. O produtor também havia se oferecido para interpretar um importante papel coadjuvante. Porém as primeiras rachaduras começaram a surgir quando se percebeu que lhe faltava um mínimo de talento para atuar e, por volta de 1985, o diretor não teve outra escolha senão demitir Evans do papel; isso gerou enorme atrito entre ambos que, por hora pelo menos, havia engavetado o projeto.

Entre novas idas e vindas calhou de temporariamente um dos grandes produtores de Hollywood na década de 80, Dino De Laurentiis, receber uma proposta do astro de Chinatown (Jack Nicholson) para financiar a ideia. Importante lembrar que nesse período, De Laurentiis tinha assinado um número imenso de produções que variavam entre si de qualidade. De filmes verdadeiramente memoráveis como Serpico em 1973 até outros bem mais questionáveis como Duna de 1984, ele era para o período o nome indicado para bancar a empreitada de Towne e Nicholson.

Sua participação, porém, nunca chegou a ocorrer devido a barreiras legais impostas pela Paramount (estúdio que produziu Chinatown) que exigiu quantias exorbitantes para que o filme carregasse elementos do clássico. Voltando para a gaveta uma última vez, foi a confirmação de Jack Nicholson, ao final dos anos 80, como diretor que de fato deu vida nova ao filme.

Robert Towne tinha planos para uma trilogia.

Uma pré-produção tão complicada não poderia ter uma execução simples, sendo exatamente o que aconteceu. Tanto Evans quanto Towne (agora sendo apenas o roteirista) não se falavam durante a produção, Nicholson começou a gravar tendo o roteiro parcialmente finalizado o que atrasou bastante o cronograma das filmagens. 

O roteiro em sua forma final realizava, em parte, o que toda sequência deveria: uma expansão daquilo que havia sido apresentado anteriormente. No entanto, esse esticamento se mostra também bastante limitado, não apresentando nada que não tenha sido abordado no filme anterior e assim. Passado alguns anos desde seu fatídico caso com Evelyn Mulwray, o detetive Jake Gittes precisa provar a própria inocência quando seu cliente se envolve no assassinato do amante da esposa e a única maneira de faze-lo é provar que o acusado é culpado.

Trabalhando em formato quase que antológico, a trama não chega a mergulhar profundamente na pessoa que Gittes é, se mantendo sempre no território conhecido de sua canalhice. O roteiro também luta para ligar o caso atual com o anterior na figura da filha de Evelyn Mulwray, mas a ligação jamais soa como algo natural, crível. A data de estreia foi 10 de agosto de 1990 e a recepção foi bastante mista por parte da crítica, variando entre elogios a ambientação mas pecando em não ser um thriller tão carismático quanto seu antecessor.

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