sábado , 2 novembro , 2024

‘A Maldição da Chorona’ – Conheça a Lenda por trás do terror de James Wan

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Cada lugar tem suas lendas urbanas, histórias que ganham força popularmente e entram para o folclore local, sendo passadas oralmente de geração em geração. Muitas dessas histórias são de terror e suspense, utilizadas para tentar controlar as crianças dentro de casa. É o que originou boa parte dos contos de fadas, por exemplo.

Assim que surge a história da Chorona – que em espanhol se chama ‘la llorona’ –, muito conhecida em todo o México, especialmente entre as crianças, que ouvem o relato de seus pais e crescem com a ameaça da mulher misteriosa que pode raptá-las caso não se comportem bem.

É esse o mote de ‘A Maldição da Chorona’, terror que chega agora aos cinemas pela Warner Bros, com produção de James Wan (diretor de ‘Aquaman’) e direção de Michael Chaves (de ‘Invocação do Mal 3’).

O mais antigo relato da origem da Chorona data do século XVI, na Cidade do México, capital daquele país. Os testemunhos contam que, quando as famílias se recolhiam em seus lares após o cair da noite, eram despertados no meio da madrugada por um choro agoniado e profundo, que aparentemente seria de uma mulher. Daí então ela começou a ser chamada de ‘A Chorona’. A recorrência da aparição aumentava em noites de lua cheia.

Quando o choro começava no meio da noite, poucos eram aqueles que tinham coragem o suficiente para sair de casa e verificar o que ocorria. Dos que sobreviveram, os testemunhos afirmam haver sempre uma neblina muito espessa próximo ao solo, e, no meio dela, uma mulher, vestida de branco, com um véu da mesma cor cobrindo o rosto. Com o passar do tempo, o vulto da mulher passou a ser visto em mais de uma cidade, desaparecendo sempre que chegava à cidade de Texcoco, a uma hora de distância ao leste da Cidade do México.

Qual o motivo do choro, afinal?

Por ser uma lenda urbana antiga, embora o cerne da história seja sempre o mesmo, há variações na motivação e nos detalhes, porém, todos eles envolvem uma mulher que perdeu o filho.

Yoltzin, Ollin e Tonatiuh

Uma das versões conta a história de Yoltzin, que se mudou para Xochimilcon com seus dois filhos, Ollin e Tonatiuh, e, sem marido, passou a cultivar flores em uma chinama, uma espécie de canteiro de madeira flutuante. Um dia, porém, Yoltzin voltava do trabalho com os filhos e viu que sua casa estava pegando fogo. Desesperada, a mulher correu para apagar o incêndio, deixando os dois filhos no barco onde estavam. O barco flutuou à deriva por muito tempo e as crianças caíram na água, afogando-se.

Yoltzin ficou transtornada com a perda, chorando dia e noite sem fim. Aos poucos, ela também foi morrendo de depressão, mas seus lamentos continuam sendo ouvidos pelo povoado à noite até hoje.

A vinda dos espanhóis em 1500

Outra versão da história data da época em que os espanhóis chegaram às Américas, no século XVI.

Nessa época, uma belíssima jovem arrebatou o coração de vários rapazes, até que um deles finalmente a conquistou. Apaixonados, os dois se casaram e logo tiveram um filho. Um dia, quando o menino ainda era pequeno, o pai saiu para trabalhar, mas nunca mais voltou. A jovem teve que criar o filho sozinha, mas logo um rico fazendeiro lhe propôs casamento, porém, com uma condição: ele não queria o filho de outro homem.

Transtornada, ela voltou para casa e convidou o filho para um passeio pelo lago Texcoco. Quando lá chegaram, a mãe foi para a parte mais funda do lago e chamou pelo menino, instigando-o a ir para a parte onde não dava pé. Quando a criança a alcançou, ela a empurrou para baixo da água, afogando-a, enquanto o menino se debatia lutando pela própria vida. Até não mais se mover.

A jovem deixou o corpo do menino ser levado pelas águas. Então, voltou à casa do fazendeiro e lhe contou o que havia feito. Cheio de repulsa, o homem a expulsou de sua casa. Foi então que a mulher se deu conta de que havia perdido tudo, então ela voltou ao lago e, desde então, chora arrependida pela perda do filho querido.

A história do filme

Uma terceira versão é apresentada no filme estrelado por Linda Cardellini.

No longa, a maldição da Chorona traz a história de uma mulher mexicana muito bela, que se apaixonou por um rapaz e, apaixonados, se casaram e tiveram dois filhos. Com o passar do tempo, porém, o rapaz acabou se envolvendo com outra mulher e abandonou a família. Cheia de raiva e ciúmes, a ex-esposa resolveu se vingar do marido, tirando-lhe aquilo que lhe era mais precioso: seus filhos.

A mulher levou as duas crianças até o rio e as afogou ali. Depois de um tempo, ela se deu conta do que havia feito e, enlouquecida, gritou e chorou pela morte dos meninos. E até hoje ela se lamente pelo que fez, por isso, busca outras crianças na região para substituir os filhos assassinados.

Mas… como sabemos de tudo isso? Bom, aqueles que viram a Chorona de verdade, ou morreram ou passaram o resto da vida tendo visões alucinadas que os atormentaram para o resto da vida. É claro que nada disso vai acontecer com quem for ver o filme no cinema, porque o filme está protegido conta a maldição. Ou não. :O

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Cada lugar tem suas lendas urbanas, histórias que ganham força popularmente e entram para o folclore local, sendo passadas oralmente de geração em geração. Muitas dessas histórias são de terror e suspense, utilizadas para tentar controlar as crianças dentro de casa. É o que originou boa parte dos contos de fadas, por exemplo.

Assim que surge a história da Chorona – que em espanhol se chama ‘la llorona’ –, muito conhecida em todo o México, especialmente entre as crianças, que ouvem o relato de seus pais e crescem com a ameaça da mulher misteriosa que pode raptá-las caso não se comportem bem.

É esse o mote de ‘A Maldição da Chorona’, terror que chega agora aos cinemas pela Warner Bros, com produção de James Wan (diretor de ‘Aquaman’) e direção de Michael Chaves (de ‘Invocação do Mal 3’).

O mais antigo relato da origem da Chorona data do século XVI, na Cidade do México, capital daquele país. Os testemunhos contam que, quando as famílias se recolhiam em seus lares após o cair da noite, eram despertados no meio da madrugada por um choro agoniado e profundo, que aparentemente seria de uma mulher. Daí então ela começou a ser chamada de ‘A Chorona’. A recorrência da aparição aumentava em noites de lua cheia.

Quando o choro começava no meio da noite, poucos eram aqueles que tinham coragem o suficiente para sair de casa e verificar o que ocorria. Dos que sobreviveram, os testemunhos afirmam haver sempre uma neblina muito espessa próximo ao solo, e, no meio dela, uma mulher, vestida de branco, com um véu da mesma cor cobrindo o rosto. Com o passar do tempo, o vulto da mulher passou a ser visto em mais de uma cidade, desaparecendo sempre que chegava à cidade de Texcoco, a uma hora de distância ao leste da Cidade do México.

Qual o motivo do choro, afinal?

Por ser uma lenda urbana antiga, embora o cerne da história seja sempre o mesmo, há variações na motivação e nos detalhes, porém, todos eles envolvem uma mulher que perdeu o filho.

Yoltzin, Ollin e Tonatiuh

Uma das versões conta a história de Yoltzin, que se mudou para Xochimilcon com seus dois filhos, Ollin e Tonatiuh, e, sem marido, passou a cultivar flores em uma chinama, uma espécie de canteiro de madeira flutuante. Um dia, porém, Yoltzin voltava do trabalho com os filhos e viu que sua casa estava pegando fogo. Desesperada, a mulher correu para apagar o incêndio, deixando os dois filhos no barco onde estavam. O barco flutuou à deriva por muito tempo e as crianças caíram na água, afogando-se.

Yoltzin ficou transtornada com a perda, chorando dia e noite sem fim. Aos poucos, ela também foi morrendo de depressão, mas seus lamentos continuam sendo ouvidos pelo povoado à noite até hoje.

A vinda dos espanhóis em 1500

Outra versão da história data da época em que os espanhóis chegaram às Américas, no século XVI.

Nessa época, uma belíssima jovem arrebatou o coração de vários rapazes, até que um deles finalmente a conquistou. Apaixonados, os dois se casaram e logo tiveram um filho. Um dia, quando o menino ainda era pequeno, o pai saiu para trabalhar, mas nunca mais voltou. A jovem teve que criar o filho sozinha, mas logo um rico fazendeiro lhe propôs casamento, porém, com uma condição: ele não queria o filho de outro homem.

Transtornada, ela voltou para casa e convidou o filho para um passeio pelo lago Texcoco. Quando lá chegaram, a mãe foi para a parte mais funda do lago e chamou pelo menino, instigando-o a ir para a parte onde não dava pé. Quando a criança a alcançou, ela a empurrou para baixo da água, afogando-a, enquanto o menino se debatia lutando pela própria vida. Até não mais se mover.

A jovem deixou o corpo do menino ser levado pelas águas. Então, voltou à casa do fazendeiro e lhe contou o que havia feito. Cheio de repulsa, o homem a expulsou de sua casa. Foi então que a mulher se deu conta de que havia perdido tudo, então ela voltou ao lago e, desde então, chora arrependida pela perda do filho querido.

A história do filme

Uma terceira versão é apresentada no filme estrelado por Linda Cardellini.

No longa, a maldição da Chorona traz a história de uma mulher mexicana muito bela, que se apaixonou por um rapaz e, apaixonados, se casaram e tiveram dois filhos. Com o passar do tempo, porém, o rapaz acabou se envolvendo com outra mulher e abandonou a família. Cheia de raiva e ciúmes, a ex-esposa resolveu se vingar do marido, tirando-lhe aquilo que lhe era mais precioso: seus filhos.

A mulher levou as duas crianças até o rio e as afogou ali. Depois de um tempo, ela se deu conta do que havia feito e, enlouquecida, gritou e chorou pela morte dos meninos. E até hoje ela se lamente pelo que fez, por isso, busca outras crianças na região para substituir os filhos assassinados.

Mas… como sabemos de tudo isso? Bom, aqueles que viram a Chorona de verdade, ou morreram ou passaram o resto da vida tendo visões alucinadas que os atormentaram para o resto da vida. É claro que nada disso vai acontecer com quem for ver o filme no cinema, porque o filme está protegido conta a maldição. Ou não. :O

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