Milla Jovovich já virou sinônimo de filme de ação mirabolante. Depois de estrelar ‘De Volta para a Lagoa Azul’, ela encabeçou todos os seis filmes da franquia ‘Resident Evil’, além de ‘Joana D’Arc’ e ‘Os Três Mosqueteiros’ – todos filmes de ação e aventura com bastante cena de luta. Por isso, não surpreendeu ninguém vê-la no protagonismo de ‘Monster Hunter’, filme que estreou hoje na Netflix e conquistou o primeiro lugar entre os títulos mais vistos.
Artemis (Milla Jovovich) e seu grupo de soldados está fazendo uma ronda num deserto em busca da equipe Bravo 1, que desapareceu. Quando chegam no local do último contato, o grupo é sugado por uma espécie de tempestade de areia com raios, que o transporta para uma outra realidade. Sem saber onde estão, os soldados retomam a ronda, e então descobrem que o local onde estão não só não é o planeta Terra, como possui monstrengos enormes super agressivos que colocam a vida deles em risco. A missão desses soldados agora é sobreviver, custe o que custar.
Assista ao trailer e nossa entrevista com Milla Jovovich:
Como dá para perceber, ‘Monster Hunter’ não tem muita história. E nem precisa né, afinal, o longa da Sony Pictures é baseado no game de sucesso criado por Kaname Fujioka. E se não tem história, a gente compensa com um monte de efeito especial – e isso o filme tem de sobra. Os departamentos de direção de arte, efeitos especiais e efeitos visuais foram os que tiveram o maior trabalho, certamente, pois tirando a areia e os atores em cena, todo o resto é computação gráfica.
Chama a atenção o perfeccionismo de detalhes, a qualidade do som e a incrível capacidade de elaborar os monstrões de maneira tão crível, bem parecido aos dragões de ‘Game of Thrones’.
Quem brilha mesmo nisso tudo é a Milla Jovovich, que quebra tudo em cena, bate com força e não tem medo de se machucar. Ela é tão indestrutível, que deixa ‘Rambo’ no chinelo. Todas as cenas de ação são protagonizadas por Milla e ela prova que todos os anos de treinamento que dedicou em aprimorar suas habilidades em lutas compensaram. Junto com Hunter (Tony Jaa), os combates se transformam em uma bela dança sincronizada na telona, resgatado mundialmente pelo ator Jackie Chan. O filme conta ainda com a participação de Ron Perlman como um capitão bem estilo ‘Piratas do Caribe’ e da brasileira Nanda Costa, que aparece em três cenas e tem duas falas. Apesar de tímida em cena, dá gosto ver uma atriz da competência da atriz alçando novos voos.
Escrito e dirigido por Paul W. S. Anderson, o filme não tem nem muito objetivo e termina de maneira aberta, dando brecha para o início de uma nova franquia. Mas os fãs do game vão encontrar tudo que esperam: muita ação, monstrengos enormes querendo destruir tudo, falas bem clichês típicas dos filmes estadunidenses e muita pancadaria. ‘Monster Hunter’ é um blockbuster divertido.