O aguardado ‘Coringa: Delírio a Dois’ chegou aos cinemas após o sucesso de mais de um bilhão de dólares do filme lançado em 2019.
Na sequência, o diretor Todd Phillips ousou e optou por uma narrativa que envolve canções e números musicais, algo incomum para produções baseadas em quadrinhos.
Após Lady Gaga ser confirmada como Harley Quinn no filme, rumores começaram a circular na internet, afirmando que o longa seria um musical.
Embora muitos fãs tenham ficado decepcionados com a informação, outros se mostraram céticos, acreditando que o filme não teria esse foco. O fato de as sequências musicais não terem sido explicitamente promovidas também levantou dúvidas sobre a proposta do longa.
‘Coringa 2’ de fato usa músicas para desenvolver sua trama, com o diretor Todd Phillips inclusive tendo descrito o desafio de criar tais cenas como um “pesadelo.”
No entanto, cravar o filme como um musical pode parecer exagerado para muitas pessoas. Diferente do que se esperava, as cenas musicais são apresentadas apenas em sonhos dos protagonistas, sem acontecerem de fato no “mundo real” de Gotham City.
Desta maneira, ‘Coringa: Delírio a Dois’ pode desagradar tanto os fãs que não aprovaram a ideia de momentos com canções quanto apaixonados por musicais que desejariam ver este elemento sendo explorado mais amplamente no longa.
Em ‘Coringa: Delírio a Dois’, Arthur Fleck está institucionalizado em Arkham à espera do julgamento por seus crimes como Coringa. Enquanto luta com sua dupla identidade, Arthur não apenas se depara com o amor verdadeiro, como encontra a música que sempre esteve dentro dele.
O filme está recebendo uma recepção negativa generalizada, com muitos apontando problemas na execução.
Atualmente, o filme conta com apenas 32% de aprovação dos críticos e 31% da audiência. O longa conseguiu ser pior avaliado que os polêmicos ‘Esquadrão Suicida‘ (58% de aprovação) e ‘Batman vs Superman: A Origem da Justiça‘ (63% de aprovação).
Confira as principais críticas:
“É surpreendentemente monótono, um procedimento sem sentido que parece desdenhar seu público.”, Vanity Fair.
“O desfecho atinge batidas de história que deveriam encerrar o primeiro ato. O filme também oscila entre gêneros. É um musical, um filme de prisão e, principalmente, um drama de tribunal.”, Irish Times
“Coringa: Folie à Deux é o filme de Arthur, e Arthur simplesmente não é tão interessante, apesar do esforço que Phoenix faz para retratar o personagem com detalhes mentais extremamente angustiados e físicos de peito afundado.”, Vulture.
“Isso levanta a questão: por que Phillips está tão relutante em aceitar que o filme é um musical? Por que não adicionar um pouco mais de cor, algum floreio ao design de produção?”, Hannah Forte.
“Coringa: Delírio a Dois pode ser ambicioso e superficialmente ultrajante, mas, de certa forma, é uma sequência excessivamente cautelosa.”, Variety.
“Apesar de seu personagem principal fascinante e complexo, o filme é, no fim das contas, monótono e lento, não nos levando a lugar nenhum, lentamente.”, London Evening.
“Phillips e cia. voltaram ao mundo autocontido, sacudiram todo o conteúdo no carpete e… tentaram de novo. O resultado? Bagunçado, sem vida, derivado e exatamente o que você esperaria de um filme que simplesmente não quer, ou precisa, existir.”, Times.
“Embora acabe tão estridente, trabalhoso e muitas vezes completamente tedioso quanto o primeiro filme, há uma melhoria.”, The Guardian.
“No geral, Folie à Deux é tão ousado e perturbador quanto seu antecessor, replicando a ideia das cidades americanas modernas como barris de pólvora aterrorizantes perpetuamente à beira da explosão.”, Independent.
“É um filme triste, pensativo e impressionantemente estranho que usa a teatralidade dos musicais para minar as ambições de seu herói em vez de elevá-las.”, The Wrap.
“Enquanto o Coringa original continua sendo uma exceção impressionante — um raro sucesso de bilheteria com nuances emocionais, temas adultos e um genuíno senso de grandeza — esta sequência não consegue manter o ritmo.”, International Screen
“Coringa ainda tem um truque na manga — até mesmo um subtexto sério. O melhor momento vem no final de uma cena incendiária…”, Financial Times.
“Folie à Deux não consegue igualar seu antecessor em termos de impacto estonteante. Mas iguala em tensão horrível de barril de pólvora: é um filme que você sente que pode explodir em chamas a qualquer momento.”, Daily Telegraph.
“Folie à Deux simplesmente dança sapateado no mesmo lugar durante a maior parte de sua execução apática, encadeando uma série de números musicais decepcionantes que são muito óbvios… ou muito vagamente relacionados aos seus personagens para expressar qualquer coisa.”, indiewire
O filme já está em exibição nos cinemas.