domingo , 22 dezembro , 2024

Afinal, ‘Dragon Ball Super’ foi bom ou não?

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Dragon Ball faz um enorme sucesso há décadas. Fãs do mundo inteiro acompanharam a história de Goku e Vegeta enfrentando novos desafios e o anime gerou uma atenção há muito tempo não vista. Criado por Akira Toryama, Dragon Ball chegou ao seu ápice na fase Z e deixou saudades após o término da saga Boo. Posteriormente, uma continuação: Dragon Ball GT. Porém, por se tratar de arcos fillers (que não pertencem à história original, do mangá) e ser de gosto duvidoso, não fez com que as pessoas se empolgassem.

Em 2015, uma continuação direto ao fim da história original. Porém, um pouco antes disso, Dragon Ball chegou às telas de cinema com dois filmes: A Batalha dos Deuses e o Renascimento de Frezza. Neles, foram introduzidos os conceitos de Deuses da Destruição e Super Sayajin Deus, além do retorno do clássico vilão.



Até o momento do lançamento destes projetos cinematográficos, Dragon Ball ainda era muito querido, mas não havia uma expectativa de que haveria uma continuação em anime, como as pessoas se acostumaram a ver. Os filmes foram muito bem recebidos e o inevitável aconteceu: Foi anunciada a continuação. Agora, com um novo nome: Dragon Ball Super.

Em um primeiro momento, não se sabiam ao certo o que esperar. O começo de Super é fraco e pouco atrai, mirando mais no público infantil ao invés de já trazer de volta toda a seriedade e batalhas épicas de outrora. Aliás, Dragon Ball Super foi exibido sempre às manhãs de domingo no Japão, ou seja, voltado a princípio para uma faixa etária baixa. O horário justifica a ausência de cenas sangrentas, muito comuns na fase Z, o que causou um estranhamento nos fãs.

Assista também:
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Em seus primeiros episódios, Dragon Ball Super virou motivo de piada devido a sua animação de qualidade duvidosa. Erros grotescos eram extremamente visíveis e afastou parte daqueles que ainda estavam em dúvida se assistiriam ao anime ou não. Com o passar do tempo, a qualidade melhorou e assim houve um maior equilíbrio, com alguns episódios muito bem animados, enquanto outros nem tanto.

O início do Super foi primordial. Era o momento de alcançar novos fãs e dar uma direção àqueles que não assistiram aos filmes lançados poucos anos antes. Assim, além do tom leve, o anime teve em seus dois primeiros arcos uma recapitulação dos eventos ocorridos em Batalha dos Deuses e Renascimento de Freeza.

Um grande ponto certeiro – seja nos filmes ou no anime – foi a introdução de Bills e Whiss. Dois ótimos personagens que somam muito a história, não somente pela importância da dupla na mitologia da obra como também por suas respectivas personalidades. Em todos os arcos, eles têm um momento de destaque, mesmo que breve, e tornam-se marcantes o suficiente para se tornarem personagens muito queridos pelo público.

O tempo de tela de ambos é cirúrgico e em nenhum momento causa um cansaço a quem assiste. Eles não são muito ativos em batalhas – até para não serem uma espécie de Ex-Machina (como ocorrera contra Freeza), já que têm um grade poder, mas sempre assumem papéis importantes na trama. Em Renascimento de F, Whiss teve um papel vital, no arco do Universo 6 vs Universo 7 tudo girava em torno da rivalidade entre Bills e Champa e no Torneio do Poder valia o destino de todo o universo, o qual o Deus da Destruição é responsável.

Apenas no arco de Goku black os dois não foram tão ativos. Ainda assim, foi nele que teve um grande momento de Dragon Ball Super: O Hakai de Bills em Zamasu. No fim das contas, pouco adiantou. Mas a cena ficou marcado e é considerada uma das melhores da saga.

Por falar em Goku Black, os episódios voltados a ele foram os únicos com de fato uma trama original. Dragon Ball Super, apesar de divertir, foi muito pouco inspirado de diversas formas. Dois arcos eram apenas adaptações de filmes, dois arcos de torneio (algo já repetido inúmeras vezes não só em Dragon Ball como em diversos outros animes) e apenas o de Goku Black como algo totalmente novo. Faltou muita criatividade na hora de elaborar as histórias.

Ainda sobre o roteiro, durante o Torneio do Poder, último arco e de maior sucesso, foi possível notar algumas situações no mínimo forçadas. Como exemplo, o fato de que apenas os participantes do Universo 7 eliminavam os demais guerreiros. Outro ponto estranho foi a recuperação automática de Goku em momentos chave. Mesmo exausto após gastar muita energia, logo poucos minutos depois ele já estava disponível e com força para outra grande batalha. Fez com que a Semente dos Deuses perdesse o sentido, faltou coerência a estes momentos.

O excessivo gasto de energia citado acima tem um motivo e este foi um grande ponto a favor em Dragon Ball Super. A nova transformação. O Instinto Superior (Migatte no Gokui, no original)

A nova transformação de Goku foi aprovada instantaneamente assim que a imagem foi divulgada. Algo que agradou muito aos fãs foi o fato de ser algo simples, apenas com a adição de uma aura branca e a mudança na cor dos olhos do Sayajin. Tamanha simplicidade, sem extravagâncias, fez com que esta se tornasse uma das transformações preferidas de toda a franquia Dragon Ball.

Além disso, o ganho em habilidades fez todo o sentido e não saiu forçado, visto que se esquivar instintivamente foi algo apresentado desde o início, ainda nos filmes, por Whiss. Uma boa sacada que muitos já haviam se esquecido e funcionou muito bem na história, ainda mais no momento em que foi apresentado.

Goku vs Jiren entrou no hall de maiores lutas de Dragon Ball (e de todos os animes), ao lado de Goku vs Freeza e Gohan vs Cell, por exemplo. A luta foi muito boa, emocionante e terminou com a virtual derrota do personagem principal. Um ponto que deu um tom maior a este confronto no anime foi a novo ótimo tema de Dragon Ball. A trilha sonora foi perfeita e introduzida de modo muito efetivo para o momento. Tudo correu bem no episódio.

Ao fim deste primeiro round entre Goku e Jiren, a aparição de Hitto. Introduzido no arco do Universo 6, o antagonista desempenhou bem esse papel e deu uma cara diferente às lutas em Dragon Ball. No anime, geralmente tudo é decidido na força bruta, porém com Hito era diferente. Sua técnica em manipular o tempo foi algo que surpreendeu e foi aprovado pelos fãs. Além de suas habilidades, a personalidade fria do personagem conquistou muitos.

O mesmo não se pode dizer de Jiren, o grande rival de Goku. Seu carisma beira ao zero e sua personalidade praticamente não foi trabalhada. Passando a maior parte do tempo calado, muitos não entendiam bem quais eram suas motivações. Um personagem mal trabalhado e que teve sua aura construída unicamente através de sua força. Até mesmo Toppo, parceiro de Jiren, foi melhor escrito e apresentado na história.

Por outro lado, quem teve um destaque e desenvolvimento surpreendente foi o Nº 17. Até então praticamente esquecido, o andróide foi uma das principais figuras da saga. O Torneio do Poder deu a chance de alguns personagens, que no quesito força ficaram muito para trás, pudesse ter uma chance de brilhar. Isso vale para o citado 17, Mestre Kame, Picollo e Kuririn, por exemplo. O mesmo não se pode dizer de Vegeta e Gohan. Apesar de terem seus momentos, tiveram pouco destaque se considerar o tamanho da importância destes dois personagens para toda a franquia Dragon Ball.

Dragon Ball sempre se notabilizou por suas batalhas e não por um roteiro brilhante ou coerência narrativa. Apesar de muito fan service para puxar o público antigo, fez com que também conquistasse novos fãs. Há uma quantidade imensurável de falhas, incoerências e preguiças de roteiro, mas DB nunca se propôs a ser algo muito bem elaborado em termos de história e sim em lutas. E conseguiu. Mesmo com vários poréns, foi divertido e vai deixar saudades.

Dragon Ball Super vai ganhar um filme, que será lançado no dia 14 de dezembro no Japão e assim fazer com que os fãs voltem a atenção a Goku. A história se passará logo após os eventos do anime e assim dar continuidade ao que foi acompanhado pelos fãs nos últimos três anos. Que venha mais Dragon Ball.

Assista ao trailer de Dragon Ball Super:

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Afinal, ‘Dragon Ball Super’ foi bom ou não?

Dragon Ball faz um enorme sucesso há décadas. Fãs do mundo inteiro acompanharam a história de Goku e Vegeta enfrentando novos desafios e o anime gerou uma atenção há muito tempo não vista. Criado por Akira Toryama, Dragon Ball chegou ao seu ápice na fase Z e deixou saudades após o término da saga Boo. Posteriormente, uma continuação: Dragon Ball GT. Porém, por se tratar de arcos fillers (que não pertencem à história original, do mangá) e ser de gosto duvidoso, não fez com que as pessoas se empolgassem.

Em 2015, uma continuação direto ao fim da história original. Porém, um pouco antes disso, Dragon Ball chegou às telas de cinema com dois filmes: A Batalha dos Deuses e o Renascimento de Frezza. Neles, foram introduzidos os conceitos de Deuses da Destruição e Super Sayajin Deus, além do retorno do clássico vilão.

Até o momento do lançamento destes projetos cinematográficos, Dragon Ball ainda era muito querido, mas não havia uma expectativa de que haveria uma continuação em anime, como as pessoas se acostumaram a ver. Os filmes foram muito bem recebidos e o inevitável aconteceu: Foi anunciada a continuação. Agora, com um novo nome: Dragon Ball Super.

Em um primeiro momento, não se sabiam ao certo o que esperar. O começo de Super é fraco e pouco atrai, mirando mais no público infantil ao invés de já trazer de volta toda a seriedade e batalhas épicas de outrora. Aliás, Dragon Ball Super foi exibido sempre às manhãs de domingo no Japão, ou seja, voltado a princípio para uma faixa etária baixa. O horário justifica a ausência de cenas sangrentas, muito comuns na fase Z, o que causou um estranhamento nos fãs.

Em seus primeiros episódios, Dragon Ball Super virou motivo de piada devido a sua animação de qualidade duvidosa. Erros grotescos eram extremamente visíveis e afastou parte daqueles que ainda estavam em dúvida se assistiriam ao anime ou não. Com o passar do tempo, a qualidade melhorou e assim houve um maior equilíbrio, com alguns episódios muito bem animados, enquanto outros nem tanto.

O início do Super foi primordial. Era o momento de alcançar novos fãs e dar uma direção àqueles que não assistiram aos filmes lançados poucos anos antes. Assim, além do tom leve, o anime teve em seus dois primeiros arcos uma recapitulação dos eventos ocorridos em Batalha dos Deuses e Renascimento de Freeza.

Um grande ponto certeiro – seja nos filmes ou no anime – foi a introdução de Bills e Whiss. Dois ótimos personagens que somam muito a história, não somente pela importância da dupla na mitologia da obra como também por suas respectivas personalidades. Em todos os arcos, eles têm um momento de destaque, mesmo que breve, e tornam-se marcantes o suficiente para se tornarem personagens muito queridos pelo público.

O tempo de tela de ambos é cirúrgico e em nenhum momento causa um cansaço a quem assiste. Eles não são muito ativos em batalhas – até para não serem uma espécie de Ex-Machina (como ocorrera contra Freeza), já que têm um grade poder, mas sempre assumem papéis importantes na trama. Em Renascimento de F, Whiss teve um papel vital, no arco do Universo 6 vs Universo 7 tudo girava em torno da rivalidade entre Bills e Champa e no Torneio do Poder valia o destino de todo o universo, o qual o Deus da Destruição é responsável.

Apenas no arco de Goku black os dois não foram tão ativos. Ainda assim, foi nele que teve um grande momento de Dragon Ball Super: O Hakai de Bills em Zamasu. No fim das contas, pouco adiantou. Mas a cena ficou marcado e é considerada uma das melhores da saga.

Por falar em Goku Black, os episódios voltados a ele foram os únicos com de fato uma trama original. Dragon Ball Super, apesar de divertir, foi muito pouco inspirado de diversas formas. Dois arcos eram apenas adaptações de filmes, dois arcos de torneio (algo já repetido inúmeras vezes não só em Dragon Ball como em diversos outros animes) e apenas o de Goku Black como algo totalmente novo. Faltou muita criatividade na hora de elaborar as histórias.

Ainda sobre o roteiro, durante o Torneio do Poder, último arco e de maior sucesso, foi possível notar algumas situações no mínimo forçadas. Como exemplo, o fato de que apenas os participantes do Universo 7 eliminavam os demais guerreiros. Outro ponto estranho foi a recuperação automática de Goku em momentos chave. Mesmo exausto após gastar muita energia, logo poucos minutos depois ele já estava disponível e com força para outra grande batalha. Fez com que a Semente dos Deuses perdesse o sentido, faltou coerência a estes momentos.

O excessivo gasto de energia citado acima tem um motivo e este foi um grande ponto a favor em Dragon Ball Super. A nova transformação. O Instinto Superior (Migatte no Gokui, no original)

A nova transformação de Goku foi aprovada instantaneamente assim que a imagem foi divulgada. Algo que agradou muito aos fãs foi o fato de ser algo simples, apenas com a adição de uma aura branca e a mudança na cor dos olhos do Sayajin. Tamanha simplicidade, sem extravagâncias, fez com que esta se tornasse uma das transformações preferidas de toda a franquia Dragon Ball.

Além disso, o ganho em habilidades fez todo o sentido e não saiu forçado, visto que se esquivar instintivamente foi algo apresentado desde o início, ainda nos filmes, por Whiss. Uma boa sacada que muitos já haviam se esquecido e funcionou muito bem na história, ainda mais no momento em que foi apresentado.

Goku vs Jiren entrou no hall de maiores lutas de Dragon Ball (e de todos os animes), ao lado de Goku vs Freeza e Gohan vs Cell, por exemplo. A luta foi muito boa, emocionante e terminou com a virtual derrota do personagem principal. Um ponto que deu um tom maior a este confronto no anime foi a novo ótimo tema de Dragon Ball. A trilha sonora foi perfeita e introduzida de modo muito efetivo para o momento. Tudo correu bem no episódio.

Ao fim deste primeiro round entre Goku e Jiren, a aparição de Hitto. Introduzido no arco do Universo 6, o antagonista desempenhou bem esse papel e deu uma cara diferente às lutas em Dragon Ball. No anime, geralmente tudo é decidido na força bruta, porém com Hito era diferente. Sua técnica em manipular o tempo foi algo que surpreendeu e foi aprovado pelos fãs. Além de suas habilidades, a personalidade fria do personagem conquistou muitos.

O mesmo não se pode dizer de Jiren, o grande rival de Goku. Seu carisma beira ao zero e sua personalidade praticamente não foi trabalhada. Passando a maior parte do tempo calado, muitos não entendiam bem quais eram suas motivações. Um personagem mal trabalhado e que teve sua aura construída unicamente através de sua força. Até mesmo Toppo, parceiro de Jiren, foi melhor escrito e apresentado na história.

Por outro lado, quem teve um destaque e desenvolvimento surpreendente foi o Nº 17. Até então praticamente esquecido, o andróide foi uma das principais figuras da saga. O Torneio do Poder deu a chance de alguns personagens, que no quesito força ficaram muito para trás, pudesse ter uma chance de brilhar. Isso vale para o citado 17, Mestre Kame, Picollo e Kuririn, por exemplo. O mesmo não se pode dizer de Vegeta e Gohan. Apesar de terem seus momentos, tiveram pouco destaque se considerar o tamanho da importância destes dois personagens para toda a franquia Dragon Ball.

Dragon Ball sempre se notabilizou por suas batalhas e não por um roteiro brilhante ou coerência narrativa. Apesar de muito fan service para puxar o público antigo, fez com que também conquistasse novos fãs. Há uma quantidade imensurável de falhas, incoerências e preguiças de roteiro, mas DB nunca se propôs a ser algo muito bem elaborado em termos de história e sim em lutas. E conseguiu. Mesmo com vários poréns, foi divertido e vai deixar saudades.

Dragon Ball Super vai ganhar um filme, que será lançado no dia 14 de dezembro no Japão e assim fazer com que os fãs voltem a atenção a Goku. A história se passará logo após os eventos do anime e assim dar continuidade ao que foi acompanhado pelos fãs nos últimos três anos. Que venha mais Dragon Ball.

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