Quando pensamos em lendas da sétima arte, poucos nomes possuem o mesmo peso que Alain Delon.
Nascido em 1935, Delon trabalhou como ator e produtor, emergindo ao status de não apenas um dos maiores performers do cinema francês, mas do século XX, conquistando aclame e reconhecimento entre os anos de 1960 e 1980 e sagrando-se um sex symbol da sétima arte.
No último dia 18 de agosto, o astro faleceu após complicações de saúde e seguindo um forte infarto sofrido em 2019. Com 88 anos, o performer deixou um legado infinito e que foi relembrado por seus colegas de profissão – e que lhe rendeu a Palma de Ouro honorária no Festival de Cannes cinco anos atrás.
Para celebrá-lo, preparamos uma breve lista com cinco longas-metragens para você conhecer sua carreira.
Confira:
O SOL POR TESTEMUNHA (1960)
‘O Talentoso Ripley’ já foi adaptado diversas vezes para o cinema e para a televisão – e uma das versões mais famosas foi lançada em 1960, trazendo Delon em seu primeiro grande papel na sétima arte. Aqui, o astro dá vida a Tom Ripley, que é enviado para Europa a mando do Sr. Greenleaf com uma missão: trazer o filho Philippe (Maurice Ronet) de volta para os Estados Unidos. O jovem mimado engana Ripley, fingindo que vai retornar para casa, mas em nenhum momento pretende deixar sua noiva Marge (Marie Laforêt). Acreditando que o rapaz falhou, o Sr. Greenleaf corta o seu pagamento. Assim, Tom entra em desespero e resolve assumir a identidade, e a boa vida, de Philippe.
ROCCO E SEUS IRMÃOS (1960)
O filme italiano ‘Rocco e Seus Irmãos’, dirigido por Luchino Visconti, é uma das produções mais conhecidas da carreira de Delon. Na trama, a viúva Rosaria (Katina Paxinou) se muda de Milão para Lucania com seus quatro filhos. Vincenzo (Spiros Focás), o quinto filho, já vivia em Milão. A família enfrenta vários problemas de início, mas seus integrantes sempre buscam algo com o que se ocupar. Simone (Renato Salvatori) é boxeador, Rocco (Delon) trabalha como faxineiro e Ciro (Max Cartier) apenas estuda. É quando surge Nadia (Annie Girardot), uma prostituta que em um caso com Simone e também com Rocco, quando ele deixa o serviço militar. A disputa pela mesma mulher faz com que os irmãos entrem em conflito.
O LEOPARDO (1963)
Em mais uma colaboração com Visconti, Delon estrelou o épico histórico ‘O Leopardo’, que foi baseado no romance homônimo de Giuseppe Tomasi di Lampedusa, interpretando o oportunista Tancredi, sobrinho de Don Fabriziou Corbera (Burt Lancaster), em uma trama ambientada no turbilhão sociopolítico do Risorgimento (a unificação italiana que se desenrolou em meados do século XIX). A narrativa testemunha a decadência da nobreza e a ascensão da burguesia e contou também com nomes como Claudia Cardinale, Paolo Stoppa, Rina Morelli e vários outros no elenco.
O SAMURAI (1967)
O suspense neo-noir policial ‘O Samurai’ é descrito até os dias de hoje como um dos melhores do gênero – e uma das produções que marcaram época, sendo relembrado como um dos mais importantes dos anos 1960. Dirigido por Jean-Pierre Melville, o longa-metragem trouxe Delon como Jef Costello, um assassino contratado que, após executar um ataque perfeitamente planejado, se vê preso entre um persistente investigador policial e um empregador implacável – e nem mesmo sua armadura de chapéu de feltro e casaco impermeável pode protegê-lo.
ZORRO (1975)
Inúmeros atores eternizaram o icônico personagem Zorro na cultura pop – e Delon também teve a chance de fornecer sua própria perspectiva para o vigilante mascarado. No faroeste spaghetti dirigido por Duccio Tessari e lançado em 1975, o astro dá vida ao governador Don Diego, que vê a província de Nueva Aragón controlada pelas mãos de aço do corrupto Coronel Huerta. Diego finge seguir as ordens de Huerta, mas, em segredo, planeja a morte de seu inimigo. Com a ajuda de um corajoso monge, ele veste uma máscara e se transforma no Zorro, esforçando-se para, ao mesmo tempo, combater Huerta, manter sua identidade secreta e cortejar a bela Hortensia, que também quer acabar com os dias do governante corrupto no poder.