domingo , 22 dezembro , 2024

Alice no País das Maravilhas

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Subversivo diretor de histórias conhecidas (Planeta dos Macacos; A Fantástica Fábrica de Chocolate), Tim Burton traz às telas, desta vez, uma fusão dos livros de Lewis Carroll – “As Aventuras de Alice no País das Maravilhas” e “Através do Espelho e o Que Alice Encontrou Por Lá” – roteirizada por Linda Woolverton (O Rei Leão; A Bela e a Fera).



No filme, Alice retorna ao mundo subterrâneo que visitou há treze anos, quando ainda era uma criança. Lá, reencontrará personagens como o Chapeleiro Maluco (Johnny Depp), o Coelho Branco e a Rainha Vermelha (Helena Bonham Carter).

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É sabido que Tim Burton não gosta de apenas refilmar histórias. Ele conta a sua versão. Geralmente, o resultado é uma versão mais “apimentada”, sombria. Neste caso, isso não acontece.

O novo “Alice…” continua com o aspecto macabro das histórias originais, seus personagens mantém a essência alucinógena de noção entre o que é realidade ou o que é imaginação, mas o dedo que imperou nesta produção foi o dedo Disney e não o dedo Burton, ou seja, o programa a ser encontrado nos cinemas será muito divertido, mas nada corajoso e com o máximo de lições de moral possível.

A versão em 3D continua com os problemas de sempre: a nitidez ainda não é a mesma que a de uma projeção digital, por exemplo, e o brilho ainda não atinge sua melhor regulagem, pois os óculos 3D tornam a imagem mais escura do que o normal. Mas nada que atrapalhe a sensação ótima de imersão que o formato proporciona, com planos excelentes de plateia da festa de noivado de Alice, destacando cada fileira de pessoas, num imenso corredor de gente cercado de plantas. A sequência em que Alice caiu no buraco da árvore para encontrar a portinha de entrada para Wonderland é vertiginosa e arrisco a advertir os espectadores de estômago mais frágil. Eis um dos poucos momentos em que percebe-se o mão criativa de Tim Burton.

Outra fato que sempre ocorre entre as parcerias Tim Burton X Johnny Depp é o destaque absoluto para o ator, que rouba a cena com talento que impressiona. Depp sai-se muito bem como o Chapeleiro Maluco – exceto por protagonizar uma cena de dança patética, de dar vergonha alheia –, mas finalmente chegou a vez de Helena Bonham Carter (esposa e atriz constante nos filme de Tim Burton) ter os olhos do público voltados para ela. Sua versão para cabeçuda Rainha Vermelha (ou Rainha de Copas) é a típica vilã empática: é sarcástica e engraçada, com a patetice e o deprimente jeito desconjuntado escondidos na perversidade de seus atos desesperados e sua histeria sem fim.

A qualidade da produção, os cenários computadorizados, os figurinos maravilhosos (reparem na quantidade de trocas de roupa de Alice) e o cuidado com os efeitos 3D ressaltam e fazem deste um programa bem divertido e que fará os adultos reviverem a imaginação – e o medo dos personagens – da época em que leram os livros de Lewis Carroll.

Só isso já vale o ingresso, mas só isso não fazem de Alice no País das Maravilhas um filme “maravilhoso”.

 


Crítica por:
Fred Burle (Fred Burle no Cinema)

 

 

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Subversivo diretor de histórias conhecidas (Planeta dos Macacos; A Fantástica Fábrica de Chocolate), Tim Burton traz às telas, desta vez, uma fusão dos livros de Lewis Carroll – “As Aventuras de Alice no País das Maravilhas” e “Através do Espelho e o Que Alice Encontrou Por Lá” – roteirizada por Linda Woolverton (O Rei Leão; A Bela e a Fera).

No filme, Alice retorna ao mundo subterrâneo que visitou há treze anos, quando ainda era uma criança. Lá, reencontrará personagens como o Chapeleiro Maluco (Johnny Depp), o Coelho Branco e a Rainha Vermelha (Helena Bonham Carter).

É sabido que Tim Burton não gosta de apenas refilmar histórias. Ele conta a sua versão. Geralmente, o resultado é uma versão mais “apimentada”, sombria. Neste caso, isso não acontece.

O novo “Alice…” continua com o aspecto macabro das histórias originais, seus personagens mantém a essência alucinógena de noção entre o que é realidade ou o que é imaginação, mas o dedo que imperou nesta produção foi o dedo Disney e não o dedo Burton, ou seja, o programa a ser encontrado nos cinemas será muito divertido, mas nada corajoso e com o máximo de lições de moral possível.

A versão em 3D continua com os problemas de sempre: a nitidez ainda não é a mesma que a de uma projeção digital, por exemplo, e o brilho ainda não atinge sua melhor regulagem, pois os óculos 3D tornam a imagem mais escura do que o normal. Mas nada que atrapalhe a sensação ótima de imersão que o formato proporciona, com planos excelentes de plateia da festa de noivado de Alice, destacando cada fileira de pessoas, num imenso corredor de gente cercado de plantas. A sequência em que Alice caiu no buraco da árvore para encontrar a portinha de entrada para Wonderland é vertiginosa e arrisco a advertir os espectadores de estômago mais frágil. Eis um dos poucos momentos em que percebe-se o mão criativa de Tim Burton.

Outra fato que sempre ocorre entre as parcerias Tim Burton X Johnny Depp é o destaque absoluto para o ator, que rouba a cena com talento que impressiona. Depp sai-se muito bem como o Chapeleiro Maluco – exceto por protagonizar uma cena de dança patética, de dar vergonha alheia –, mas finalmente chegou a vez de Helena Bonham Carter (esposa e atriz constante nos filme de Tim Burton) ter os olhos do público voltados para ela. Sua versão para cabeçuda Rainha Vermelha (ou Rainha de Copas) é a típica vilã empática: é sarcástica e engraçada, com a patetice e o deprimente jeito desconjuntado escondidos na perversidade de seus atos desesperados e sua histeria sem fim.

A qualidade da produção, os cenários computadorizados, os figurinos maravilhosos (reparem na quantidade de trocas de roupa de Alice) e o cuidado com os efeitos 3D ressaltam e fazem deste um programa bem divertido e que fará os adultos reviverem a imaginação – e o medo dos personagens – da época em que leram os livros de Lewis Carroll.

Só isso já vale o ingresso, mas só isso não fazem de Alice no País das Maravilhas um filme “maravilhoso”.

 


Crítica por:
Fred Burle (Fred Burle no Cinema)

 

 

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