Because I’m the fucking Supreme
E não é que a chegada das bruxas deu uma carga de ânimo para American Horror Story: Apocalypse. A temporada que vinha trazendo plots sem muita conexão com o que estão procurando passar com esta etapa, um ritmo lento e sem despertar muito interesse de quem assiste, ganhou um quarto episódio mostrando flashbacks sobre o que aconteceu há três anos, antes do “fim do mundo” bem orquestrado e, sem sombras de dúvidas, fazendo com que o telespectador não desgrudasse da tela até o fim.
Descobrimos em ‘Could It Be… Satan?’ a respeito dos feiticeiros e que o Outpost Three era, na verdade, uma escola de tais. Enquanto de um lado existem as bruxas, que são todas mulheres, os feiticeiros são todos homens. Michael Langdon (Cody Fern) foi visto pelos professores como um possível Alfa, um feiticeiro com a capacidade de superar a Suprema, e trazido para a escola. A diferença é que, claramente, os mesmos não sabiam que o portador dos últimos dias é, na verdade, uma espécie de encarnação do mal. O que leva ao questionamento se no próximo capítulo veremos algo sobre isso e se descobriram ou não o que ele realmente é.
Ademais, também vemos um pouco além sobre Ms. Miriam Mead (Kathy Bates) quando ainda era humana e sua adoração pelo reino das trevas. A dúvida que permanece é como Michael foi parar aos cuidados dela, considerando que, em teoria, ele deveria estar vivendo na casa de ‘Murder House’ juntamente aos pais. Teria ele fugido? Sido entregue para alguma espécie de adoção ou Constance (Jessica Lange) o abandonado, já que ela era a única que permaneceu viva até o final?
O ponto mais marcante é o crossover que a produção resolveu fazer com sua quinta temporada, ‘Hotel’ – de todas poderiam ter escolhido uma melhor, porém seguimos –, em que Cordelia (Sarah Paulson) narra sua tentativa de resgatar Queenie (Gabourey Sidibe) do lugar infernal e como falhou no procedimento. É evidente que Michael só consegue realiza-lo por ser o filho do mal, este sendo quem comanda o famoso Hotel Cortez. Outro fato explicado é a presença de Madison (Emma Roberts). Entretanto, ainda fica a dúvida sobre como Myrtle Snow (Frances Conroy) está viva.
No geral, este foi de longe o melhor episódio da temporada até agora. Tanto no quesito de roteiro, narrativa da história e explicações que precisavam ser dadas, coerência com as intenções da série, marcando, finalmente, os personagens importantes para esta temporada. Até mesmo a direção, que é de Sheree Folkson (12 Macacos), está mais palatável ao espectador. Talvez se tivessem começado já com seu protagonistas, American Horror Story: Apocalypse ganharia mais credibilidade.
Bom, agora resta aguardar para ver como ficará o desenvolvimento dos próximos capítulos. Uma dúvida que permanece é como Misty Day (Lily Rabe) aparecerá e questiono se poderá vir a ser somente um truque de Michael para provocar Cordelia. Enfim, que venham mais episódios de qualidade!