quinta-feira , 26 dezembro , 2024

Análise ‘Monarch – Legado de Monstros’ | Quinto episódio aborda o trauma do ‘Dia-G’

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[ANTES DE COMEÇAR A ANÁLISE, FIQUE CIENTE QUE ELA ESTÁ RECHEADA DE SPOILERS]

Se você ainda não assistiu o quinto episódio de Monarch – Legado de Monstros, evite esta matéria, pois ela contém spoilers



Divulgação/ AppleTV+

Análise ‘Monarch – Legado de Monstros’ | Quarto episódio mistura ficção com aventura perfeitamente

Inicialmente, o episódio parece querer se construir sobre a palavra “mistério”. Afinal, Lee (Kurt Russell) e May (Kiersey Clemons) têm seus passados abordados diretamente, principalmente o Lee. O fato dele ser um idoso fisicamente ativo, mesmo que as datas de seu envolvimento com o surgimento da Monarch indiquem que ele deveria ter mais de 90 anos. Esse questionamento já foi feito antes na série, mas o primeiro indício do que pode ter acontecido com ele veio somente neste quinto episódio, quando um dos agentes que o mantém sob cárcere comenta brevemente que ele se envolveu em uma missão secreta no passado que não deu certo. É um excelente indício de que sua história será contada em breve. E até lá teremos que nos aguentar de curiosidade. O mesmo acontece com May, que é confrontada pela agente da Monarch como alguém que “sabe apagar pistas” e que tem duas identidades em seus passaportes. Para alguém que vinha se mostrando uma mera coadjuvante, ela ganhou um destaque considerável nesse episódio. Ainda mais agora que ela provavelmente traíra seus amigos.

Mas essa parte do mistério acaba dando espaço a outra palavra que define perfeitamente o que foi esse episódio: trauma.

Divulgação/ AppleTV+

Com foco total no trio jovem de 2015, o episódio explora os traumas de Cate (Anna Sawai) e recria seus momentos anteriores ao ataque do Godzilla a São Francisco, em 2014, o “Dia G”. É curioso descobrir o passado da personagem enquanto ela embarca numa jornada de vida ou morte para descobrir o passado do pai. Isso, inclusive, é mostrado num paralelo que o subconsciente dela faz em relação ao pai e ao irmão, Kentaro (Ren Watabe).

Assista também:
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Mas o trauma também se manifesta na mãe de Cate, Caroline (Tamlyn Tomita), que foi a grande motivadora da viagem da filha à Tóquio. Aqui, de forma nada sutil, elas debatem tudo isso e como a insegurança dela em relação ao marido refletiu numa infância problemática para a filha.

Divulgação/ AppleTV+

E outro grande mérito da série, que é o que mais tem me encantado nesse universo trazido para a TV, é como ele mostra o reflexo do filme de 2014 nesse mundo. Novamente vemos os aeroportos do mundo trazendo orientações de segurança para caso o Godzilla apareça novamente. Há comerciais de TV vendendo bunkers para pessoas muito ricas que queiram se proteger. E nesse episódio, em especial, sabemos o que aconteceu com a parte pulverizada de São Francisco. Os sobreviventes foram realocados para moradias provisórias, que eventualmente viraram casas fixas nos subúrbios, quase como projetos de comunidades, enquanto a parte mais afetada da cidade foi isolada pelo governo e agora é explorada ilegalmente por guias de turismo que querem lucrar com a tragédia. Ao mesmo tempo, militares corruptos aceitam propina para permitir a entrada, sem sequer conseguir garantir a saída dessa gente, já que a ordem é para executar qualquer um que seja encontrado no interior.

Também é fantástico ver o impacto psicológico desse trauma, não só na Cate, mas nos sobreviventes em si. Há um diálogo em que Carol diz que os sobreviventes não querem dinheiro ou objetos caros, mas fazem de tudo para recuperarem coisas que remontem a suas memórias, como álbuns de fotografia e objetos pessoais de entes queridos. Em meio a lutas de monstros gigantes, há muita gente sofrendo e tendo suas memórias e vidas saqueadas pelo desrespeito humano à natureza, que é o grande causador da vinda desses monstros.

Divulgação/ AppleTV+

Esse quinto episódio é incrível e ajuda a consolidar a série como uma das melhores ficções científicas do ano até aqui. Vale destacar também uma cena fantástica da direção em que eles sobrepõe uma imagem do Lee de Wyatt Russell sobre o corpo do Lee de Kurt Russell. Visualmente falando, ela é sensacional e faz valer todo o esforço para contar com a semelhança de pai e filho na vida real para interpretar um mesmo personagem em diferentes épocas.

Divulgação/ AppleTV+

Os novos episódios de Monarch – Legado de Monstros estreiam toda sexta no Apple TV+.

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Pedro Sobreirohttp://cinepop.com.br/
Jornalista apaixonado por entretenimento, com passagens por sites, revistas e emissoras como repórter, crítico e produtor.

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Inicialmente, o episódio parece querer se construir sobre a palavra “mistério”. Afinal, Lee (Kurt Russell) e May (Kiersey Clemons) têm seus passados abordados diretamente, principalmente o Lee. O fato dele ser um idoso fisicamente ativo, mesmo que as datas de seu envolvimento com o surgimento da Monarch indiquem que ele deveria ter mais de 90 anos. Esse questionamento já foi feito antes na série, mas o primeiro indício do que pode ter acontecido com ele veio somente neste quinto episódio, quando um dos agentes que o mantém sob cárcere comenta brevemente que ele se envolveu em uma missão secreta no passado que não deu certo. É um excelente indício de que sua história será contada em breve. E até lá teremos que nos aguentar de curiosidade. O mesmo acontece com May, que é confrontada pela agente da Monarch como alguém que “sabe apagar pistas” e que tem duas identidades em seus passaportes. Para alguém que vinha se mostrando uma mera coadjuvante, ela ganhou um destaque considerável nesse episódio. Ainda mais agora que ela provavelmente traíra seus amigos.

Mas essa parte do mistério acaba dando espaço a outra palavra que define perfeitamente o que foi esse episódio: trauma.

Divulgação/ AppleTV+

Com foco total no trio jovem de 2015, o episódio explora os traumas de Cate (Anna Sawai) e recria seus momentos anteriores ao ataque do Godzilla a São Francisco, em 2014, o “Dia G”. É curioso descobrir o passado da personagem enquanto ela embarca numa jornada de vida ou morte para descobrir o passado do pai. Isso, inclusive, é mostrado num paralelo que o subconsciente dela faz em relação ao pai e ao irmão, Kentaro (Ren Watabe).

Mas o trauma também se manifesta na mãe de Cate, Caroline (Tamlyn Tomita), que foi a grande motivadora da viagem da filha à Tóquio. Aqui, de forma nada sutil, elas debatem tudo isso e como a insegurança dela em relação ao marido refletiu numa infância problemática para a filha.

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E outro grande mérito da série, que é o que mais tem me encantado nesse universo trazido para a TV, é como ele mostra o reflexo do filme de 2014 nesse mundo. Novamente vemos os aeroportos do mundo trazendo orientações de segurança para caso o Godzilla apareça novamente. Há comerciais de TV vendendo bunkers para pessoas muito ricas que queiram se proteger. E nesse episódio, em especial, sabemos o que aconteceu com a parte pulverizada de São Francisco. Os sobreviventes foram realocados para moradias provisórias, que eventualmente viraram casas fixas nos subúrbios, quase como projetos de comunidades, enquanto a parte mais afetada da cidade foi isolada pelo governo e agora é explorada ilegalmente por guias de turismo que querem lucrar com a tragédia. Ao mesmo tempo, militares corruptos aceitam propina para permitir a entrada, sem sequer conseguir garantir a saída dessa gente, já que a ordem é para executar qualquer um que seja encontrado no interior.

Também é fantástico ver o impacto psicológico desse trauma, não só na Cate, mas nos sobreviventes em si. Há um diálogo em que Carol diz que os sobreviventes não querem dinheiro ou objetos caros, mas fazem de tudo para recuperarem coisas que remontem a suas memórias, como álbuns de fotografia e objetos pessoais de entes queridos. Em meio a lutas de monstros gigantes, há muita gente sofrendo e tendo suas memórias e vidas saqueadas pelo desrespeito humano à natureza, que é o grande causador da vinda desses monstros.

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Esse quinto episódio é incrível e ajuda a consolidar a série como uma das melhores ficções científicas do ano até aqui. Vale destacar também uma cena fantástica da direção em que eles sobrepõe uma imagem do Lee de Wyatt Russell sobre o corpo do Lee de Kurt Russell. Visualmente falando, ela é sensacional e faz valer todo o esforço para contar com a semelhança de pai e filho na vida real para interpretar um mesmo personagem em diferentes épocas.

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