Após sair vitorioso do processo de difamação que abriu contra Amber Heard, Johnny Depp deve receber uma indenização de US$ 10,35 milhões (o equivalente a R$ 50 milhões) da ex-esposa por danos à sua carreira como ator.
Originalmente, a indenização era de US$ 15 milhões (cerca de R$ 71 milhões), mas uma lei do Estado da Virginia reajustou para a quantia atual.
Mesmo sendo um número considerável, os advogados de Depp, Benjamin Chew e Camille Vasquez, disseram ao Good Morning America que o astro não faz questão de receber a quantia e até pode abrir mão da indenização.
Isso porque Depp não abriu o processo com o objetivo de receber dinheiro, mas para “limpar seu nome”.
“Veja bem, o Sr. Depp pretendia restaurar sua reputação, não lucrar com o processo. Nunca foi sobre dinheiro, foi sobre sua reputação”, disse Chew. “Depois de seis anos, nosso cliente finalmente recuperou uma parte de sua vida.”
Velasquez acrescentou que:
“Essa foi a oportunidade que ele estava esperando para se defender. Foram seis anos de preparação e acho que ele conseguiu se conectar com o júri e com o público em geral para contar o que realmente aconteceu ao longo desse relacionamento.”
Vale lembrar que Depp também terá de pagar US$ 2 milhões (R$ 9,5 milhões) à Heard porque o júri acredita que ela também foi difamada enquanto eles permaneceram juntos.
Caso Depp realmente desista de receber a indenização, será um alívio para Heard, já que Elaine Charlson Bredhoft, principal advogada de Heard, disse que a sua cliente não tem como pagar a indenização solicitada.
A advogada que representou Heard no julgamento disse ao Today Show que a cliente planeja apelar sobre o veredito.
Questionada se a atriz seria capaz de pagar a indenização ao ex-marido, Elaine revelou: “Não, de forma alguma!”. Ela também disse que o veredito é passa uma “terrível mensagem”.
“É um retrocesso, um retrocesso significativo. A menos que você pegue seu celular e filme seu cônjuge ou parceiro batendo em você, não acreditarão em você”, falou a advogada.
Elaine insistiu que o júri do caso foi influenciado pela opinião pública, inclusive nas mídias sociais, apesar das ordens estritas do juiz para não ler nada sobre o caso fora do tribunal.