Tem aquele ditado de que “mãe é uma só”, mas se tem uma coisa que as séries de TV alegremente fazem por nós é mostrar mães de todos os tipos. Amorosas, estressadas, mandonas, belas/recatadas/do lar, enfim, já vimos matriarcas pra tudo que é gosto passando pela TV e nada mais justo que usar o dia das mamys (beijo, mãe) pra lembrar de algumas delas.
10. Ruth Fisher | Six Feet Under
Sei que muitos não conhecem essa série, então eu acho justo e digno eu já usar a deixa pra recomendar. A mamãe Ruth é inquestionavelmente uma das melhores personagens de séries desse universo e além, uma delicinha de mamãe do tipo que a gente quer comprar uma cópia pra colocar em casa de reserva.
Sempre compreensiva, ela nunca deixa que as atitudes ou as diferenças ou a falta de estrutura da família abalem a estrutura total deles. Tem horas que bate a mãe surtada e, até assim, ela é ótima de acompanhar com aqueles surtos que nos matam de rir.
Uma personagem forte e uma mãe incrível que cria seus filhos após um conturbado acontecimento que quebra as pernas dela lá no começo, a perda do marido. Ela vai criando os três filhos como pode e lamuriando a perda do marido por um tempo, mas logo ela se liberta das amarguras e toca a vida em frente.
9. Olivia Dunham | Fringe
Uma personagem forte, inteligente e independente de uma das melhores séries que pipocaram por aí. Fringe prende e foi um grande golpe para os fãs quando terminou.
Quando a gente começa a ver a série é impossível cogitar a personagem como mãe, mas quando isso acontece nós acabamos vendo todas aquelas qualidades de Olivia se transformando em um escudo e em grande motivação para buscar e resgatar a filha, fazendo absolutamente tudo que for preciso.
Sendo uma boa série de ficção, e mesmo que com um final feliz que era esperado pelos fãs, mesmo que pudesse parecer um grande clichê, Olivia literalmente atravessou os tempos e fez coisas além do imaginável para resgatar a filha e a felicidade dela com Peter, um pai que sofreu muito pela filha, mas não teve – me perdoem os que gostam dele – um terço da garra e atitude de uma mãe tão determinada quanto Olívia se transformou.
8. Lorelai Gilmore | Gilmore Girls
Como passar por uma coluna que fala em mães sem permitir que esse nome venha na cabeça? Muitas séries falam sobre família, mas GG tem um foco todo especial nessa mamãe toda adorável que guia o enredo da coisa toda.
Ela teve a filha ainda quando muito jovem e a criou sozinha, a gente pode até falar da amizade entre mãe e filha, mas é sempre gostoso destacar que toda a criação que ela deu pra filha quando ainda era jovem gerou uma garota adorável.
Por ter sido mãe aos 15, ela vive uma realidade muito próxima da sua filha. Não é uma mãe antiquada, muito pelo contrário, é toda modernizada. Longe daquele padrão de mãe que adora cozinhar para a filha, ela adora filmes, é toda sarcástica e toda modernete, sem contar que é uma super parceira e amigona da filha!
Vale lembrar que esses tempos a Netflix divulgou uma continuação da série, assim como fez com Full House, e já anunciou também que vai disponibilizar as série antiga na plataforma. Novamente, algo pra quem ainda não conhece super ficar de olho.
7. Norma Bates | Bates Motel
Os fãs do filme Psicose nem precisavam esperar a série para saber que Norma não deve ter sido a mãe mais normal do mundo, mas a série nos faz o grandioso favor de explorar isso de modo melhor e, ainda mais, desmitificar que as neuras dela são infundadas, permitindo que ela caísse no clichê da mãe possessiva a troco de nada.
Alguns dizem que ela é um inegável exemplo de uma mãe que faz tudo pelo filho, mas o exagero dela é realmente colocá-lo dentro de uma bolha, privando o filho de uma vida social e encobrindo absolutamente todas as merdas que ele faz para que nenhum respingo das atitudes erradas que ele toma caiam sobre ele.
Mas, como já disse, todo o background histórico criado para ela faz com que a gente não necessariamente entenda ou aceite todas as atitudes que ela toma, mas serve para a gente vê-la por outros olhos e, em alguns momentos, gerar até uma certa empatia com a personagem.
6. Victoria Grayson | Revenge
Como falar em mães que tem um modo todo peculiar de ‘cuidar’ dos seus filhos sem deixar a queen Victoria de lado?
A gente tem que dividir falando sobre a mãe que ela é para cada um dos seus filhos. Sufocante e protetora com Daniel, não dá pra negar que ela também é bastante intuitiva com a chegada de Emily na família, mesmo que seja nítido que, independente de quem fosse, nenhuma mulher seria boa o suficiente para o filho dela.
Quanto à coitada da Charlotte, a gente acompanha com tristeza o modo que ela trata a caçula, que mesmo mimadinha pelo pai nunca está feliz pelo desdém sofrido por parte da mãe. A gente descobre por quais motivos ela trata a filha com diferença, mas tanto faz. É uma altura do campeonato em que Charlotte já está destruída demais pra gente compadecer de algo.
E, por fim, o filho renegado. O abandonado Patrick que volta muito brevemente na série e a gente não tem muita chance de acompanhar, embora a história em si mostre flashbacks de uma vida da nossa queen que a gente nem imaginava.
Assim como Norma Bates, Victoria não é uma mãe exemplar só por fazer demais pelos filhos, afinal os métodos dela não são os melhores e muitas vezes ela tem que defendê-los de cagadas que ela mesma fez. Mas ela é a rainha soberana e ladradora de Revenge e uma personagem que não pode ser ignorada.
5. Gloria Delgado | Modern Family
De vez em quando a gente recebe um presente em forma de personagem, em Modern Family o nosso pacotão é a Gloria.
Mãe solteira por algum tempo, mesmo depois da união com Jay ela ainda gosta de ter as rédeas da educação do filho, ainda mais para ter a certeza de que a cultura Americana não vai engolir as raízes do filho.
Toda orgulhosa da amizade e da união com o filho, de quem é profundamente próxima, ainda assim às vezes ela desabafa sobre o quanto a proximidade dos dois a sufoca em alguns momentos pelo exagero sentimental de Manny, mas ainda assim ela sempre se rende e ama o fato de ser tão amiga e estar sempre tão perto do filho.
Extremamente espalhafatosa e chamativa, ela acaba sendo motivo de umas vergonhas alheias até em momentos que não quer. Mas o mais legal da relação mãe e filho ali é a maturidade do Manny, que acaba sendo todo responsável e cuida tanto da mãe quanto ela cuida dele, o que faz com que algumas vezes seja ela quem tome o puxão de orelha vindo do filho.
Dedicada, carinhosa e super preocupada com o filho em todas as ocasiões, Gloria é uma mãe exemplar, ainda mais observando toda a sua trajetória antes do Jay e todo o modo que ela cria o filho para que ele todo certinho – embora às vezes ela o queira menos certo do que ele é. Criar sozinha um filho com a maturidade e a personalidade do Manny é a prova de uma maternidade bem-sucedida, que passa pelas suas broncas e desentendimentos e termina sempre selada pela amizade e cumplicidade entre ambos.
4. Skyler White | Breaking Bad
É engraçado pensar que para algumas pessoas ela pode e deve ser considerada como a mais odiada personagem da série. Eu fico feliz quando identifico pessoas que, assim como eu, enxergam algum ou muito valor em Skyler.
Casada com um cara que era correto e desandou, mas ainda assim é o cara mais adorado da série, coube a ela segurar tantas barras seguindo correta enquanto o marido vai para outros caminhos. Foi ela quem sempre arcou com as responsabilidades do filho, que sempre dependeu dela e ainda aguentou a barra da doença do marido.
O filho cresce totalmente independente das suas relações ou da ajuda com o pai, e isso se dá pela relação com a mãe, que é quem aguenta as dificuldades e o ajuda incondicionalmente. Mesmo com o desprendimento do pai, também fica notável que muitos dos esforços que ela faz para manter um casamento que já ia descendo pela ladeira são dados por uma forma de segurar a base da família, mesmo que ela siga disfuncional.
Uma personagem doada pela família, com os seus defeitos, claro. Mas, acima de tudo, uma mãe totalmente dedicada que tem que tentar passar com alguma sanidade pelas doenças do filho e do marido.
3. Alicia Florrick | The Good Wife
Toda bela, recatada e do lar, Alicia era uma dona de casa que cuidava de seus dois filhos, a quem deu uma educação exemplar. Depois de anos como dona de casa, coube a ela colocar-se novamente em seus pés para tentar manter a base da família diante dos escândalos envolvendo seu marido.
Competente no seu trabalho o mesmo tanto que é dentro de casa, ela é uma advogada disputadíssima e, ainda de quebra, é esposa de um futuro governador. Poderia um ser humano ter mais visibilidade que isso?
Sempre em evidência nas cortes e crescendo na profissão o tempo todo, Alicia ainda tem que arrumar tempo para não ser apenas a mãe que protege seus filhos do caos familiar, mas também alguém que está lá para eles. E não dá pra gente esquecer as constantes intromissões a presença sempre ‘deliciosa’ da sogra, que tenta dar seus pitacos na educação dos netos.
Em um universo pessoal sempre todo conturbado, ela ainda tem todas as forças do universo para deixar seus filhos blindados da vida pública e dos escândalos envolvendo o pai deles e poupando-os dos problemas e das questões judiciárias que ela sempre vive.
Dona de uma força surreal, a definição de mãe coruja não é nada diante de algum momento em que algo ameaça algum de seus filhos. Ela tem que segurar todos os problemas no trabalho, administrar as questões conturbadas do seu casamento e ainda manter-se próxima dos filhos para saber de tudo que está acontecendo no mundo deles.
Eles passam por muitas coisas, muitas coisas mesmo, sempre unidos e com os filhos lindamente sempre aliados à mãe.
2. Monica Geller | Friends
Mesmo sendo uma série com base na amizade, as maternidades de Friends deixaram algumas marcas interessantes.
Foi lindo ver a Phoebe superando qualquer problema que ela pudesse ter com abandonos no passado e sendo capaz de servir de barriga de aluguel para o meio-irmão sabendo desde o começo que teria que, de algum modo, abandonar as crianças que ela carregou na barriga… Mas a maternidade mais marcante da série foi a de Monica.
Antes de falarmos de todo o desejo de ser mãe é importante a gente lembrar que Monica sempre foi, de algum jeito, a mãezona da turma. Ela dividia apartamento com Phoebe e já parecia aquela mãe reguladora de quem o filho tenta fugir. Também foi ela quem acolheu Rachel de braços abertos, mesmo não tendo sida convidada para o casamento do qual Rach havia fugido. Sempre parceira do irmão e preocupada com a turma toda, o instinto materno de Monica falou alto quando ela abriu mão do seu amor por Richard pelo fato de ele não querer ter filhos com ela, pois já tinha pimpolhos de outro casamento.
Ela já tinha chegado a cogitar a ideia de inseminação, mas isso sem sequer ser casada ainda, porém desistiu. Era nítido o sonho de ser mãe original, carregar o filho na barriga e todas aquelas coisas, mas o destino deu com os dois pés no peito de Monica quando ela enfim casou-se, mas descobriu que tanto ela quanto Chandler tinham problemas para ter filhos.
A gente sofre, mas vê Monica sempre madura e mãezona abrindo mãe até do nome que tinha sonhado para sua filha pra que Rachel o usasse. Mas a tacada de mestre dos roteiristas veio certeira quando, entre todas as opções do mundo, eles optaram pela barriga de aluguel e permitiram que Monica não necessariamente carregasse, mas participasse de tudo e visse o bebê nascer.
Tacada de mestre 2: a mãe biológica das crianças disse que estava esperando um bebê só, mas na hora do parto, literalmente, eles souberam que eram gêmeos. A chegada de dois bebês elimina a angústia que já ficamos com o fim da série ao pensar no que poderia acontecer com os personagens no futuro. Imaginem pensar que, de repente, Monica teria que passar por toda uma situação novamente para ter uma nova criança.
A aceitação dela por esse tipo de opção, assim como seria caso ela tivesse adotado, mostra a beleza do amor incondicional de mãe, que é aquele clichê, mas é aquela que cuida mesmo. Embora a gente não tenha acompanhado o que veio depois, é óbvio que ela foi uma mãezona para os gêmeos que ela tanto esperou.
1. Rochelle | Todo Mundo Odeia o Chris
A série ficou super popularizada no Brasil por passar em canal de TV aberta e virar um Chaves da Record. Muito embora a Dona Florinda seja uma mãe a se lembrar, Rochelle virou a rainha dos bordões e, de quebra, era também uma ótima mãe, mesmo do jeito todo surtadinho dela.
Ela cuidava da casa e ainda arrumava um tempo para trabalhar, mesmo que não precisasse ficar parada em algum emprego que não quisesse, afinal quem precisa ficar se sugerindo às coisas quando o marido tem dois empregos?
Uma grande verdade é que ficamos tão inertes nos estereótipos, bordões e exageros da Rochelle que acabamos passando desatentos pelo cuidado que ela tem em guiar a família. Mesmo nos seus surtos e no seu modo todo exacerbado, o foco dela é o cuidado com a casa e a vida guiada pelo amor que ela sente pelo marido e pelos filhos.
Mas é claro que toda a graça da Rochelle como mãe, esposa e tudo mais está justamente no jeitão explosivo e pouco convencional de lidar com as coisas… Está em achar que o xarope resolve qualquer problema, que tudo é culpa do Chris, no seu método de mostrar pro marido que achou um sutiã na gaveta dele ou que viu a fatura do cartão de crédito.
São as explosões tchacabum e os exageros que fazem dela uma das personagens de séries mais inesquecíveis e a gente definitivamente não precisa nem explicar muito do que trás a Rochelle para o topo honroso dessa lista.
Entre tantas as séries incríveis que temos por aí e as tantas mamães marcantes, quais são as que você lembram mais?