quinta-feira, março 28, 2024

As 10 Melhores Adaptações de Contos de Fadas em Live-Action

Aproveitando o recém lançado teaser-trailer de ‘A Bela e A Fera‘, e a popularização cada vez maior dos filmes baseados em contos de fadas (que vêm se tornando um subgênero), resolvemos formular uma lista com produções do tipo para você conhecer ou relembrar. Selecionamos não apenas as versões em live action (com atores de carne e osso) de contos famosos, mas também algumas obras que talvez nem todos saibam ter sido baseadas em tais histórias clássicas. Então, prepare a pipoca e confira a lista.

Disney confirma ‘Malévola 2’, com Angelina Jolie 

Cinderela

CinePOP Cinderela

Essa é fácil. Mais óbvio impossível. A Disney nada mais fez do que pegou sua icônica animação de 1950, baseada no texto do francês Charles Perrault (1628 – 1703), e transformou num filme de carne e osso, sem mudar uma só vírgula. É o que muitos acusam. Os valores antigos, ou seja, encontrar um príncipe encantado, são mantidos, o que decepcionou parte dos críticos. Seja como for, o filme agradou e fez sucesso. A animação ganhou 3 Oscar, enquanto a nova versão recebeu apenas uma indicação. O verdadeiro chamariz aqui é o visual. Na parte das atuações, Lily James tenta dar carisma como a protagonista, e a quase sempre excelente Cate Blanchett vive a madrasta.

João e Maria – Caçadores de Bruxas

CinePOP João e Maria

Na época de seu lançamento em 2013, fui um dos poucos defensores desta produção, taxada pela maioria como um dos pontos baixos de seu respectivo ano. Não há como negar que este é um filme ruim, a diferença é que acho que esta era a intenção. Creio muito no teor trash proposital do filme, mesmo contando com um orçamento maior do que produções assim geralmente recebem. Aqui, temos excesso de sangue, violência, nudez, cenas explícitas, muitos animatronicos, maquiagem (o que é muito legal e uma grande referência aos anos 1980), e muito humor (como a tiração de sarro com o ogro Edward – bem no auge da popularidade de Crepúsculo). Os atores se divertem em cena e podemos sentir este clima. A direção e roteiro são do norueguês Tommy Wirkola (em cima do conto clássico dos irmãos Grimm), que bolou a história de João e Maria crescidos, combatendo as bruxas que os aterrorizaram na infância, ainda garoto e a guardou para o futuro. Para finalizar, um desejo: continuação, por favor.

A Bela e a Fera

A versão moderna de A Bela e a Fera é dirigida por Bill Condon, talentoso cineasta responsável por obras cinematográficas de bastante qualidade, vide Deuses e Monstros (1998), Kinsey: Vamos Falar de Sexo (2004), Dreamgirls: Em Busca de um Sonho (2006) e Sr. Sherlock Holmes (2015). A magia contida durante a projeção é inegável e incontrolável, apelando não só para a nostalgia, mas para a paixão de quem ama verdadeiramente todos os componentes necessários de uma obra cinematográfica.

As atuações são satisfatórias. Emma Watson é uma Bela eficiente, se comportando um pouco como a Hermione crescida (e não é exatamente o que a Bela é?), a atriz dá seu recado apesar de não conseguir atingir totalmente o brilho esperado no papel. Quem menos se destaca é Dan Stevens, se saindo melhor como a criatura do que em sua forma humana. Já o elenco de apoio – que conta com nomes como Ewan McGregor, Ian McKellen, Emma Thompson, Kevin Kline e Josh Gad – transborda carisma. No entanto, o rouba cenas do longa se chama Luke Evans, na pele do vilão Gaston.

Não deixe de assistir:

Malévola

CinePOP Malévola

Dividindo opiniões, esta produção foi totalmente bancada pela musa Angelina Jolie, a maior estrela do cinema de Hollywood hoje. Além de produzir e estrelar, Jolie vendeu o projeto como ninguém, afirmando ser a animação da Disney, A Bela Adormecida (1959), um de seus filmes preferidos na infância. Ou seja, este foi um trabalho muito pessoal para a atriz. Se deu certo ou não, depende para quem você pergunte. O fato é que a obra fez sucesso, se tornando a quarta maior bilheteria de 2014 e uma sequência, com a própria Jolie, acaba de ser confirmada. O sucesso serviu para cimentar filmes do tipo, contos de fada live action, no gosto popular como um dos gêneros mais rentáveis atualmente. O diferencial aqui está na forma de contar a história muito conhecida da Bela Adormecida, desta vez, através dos olhos da vilã Malévola (Jolie). O erro: transformar a vilã em boazinha. Jolie não aparecia num longa desde O Turista (2010), e depois deste filme só retornou a aparecer na telona em À Beira Mar, drama no qual também foi a diretora.

Beleza Adormecida

CinePOP Beleza Adormecida

Já que o assunto é A Bela Adormecida, conto original do mesmo Charles Perrault (Cinderela), trazemos na lista uma adaptação verdadeiramente polêmica e controversa. Nada de apresentar este filme para crianças, espere para que façam ao menos 16 anos. Esta, pode-se dizer, é a versão proibida de A Bela Adormecida, trazida para nós pela cineasta Julia Leigh. Uma adaptação livre do conto clássico, a cineasta (que também assina o roteiro) subverte a trama, trazendo tudo para os dias atuais e mesclando forte teor sexual. Quase um conto erótico do submundo, Beleza Adormecida conta a história de Lucy (Emily Browning), universitária que adere a um trabalho no mínimo incomum. Ela é sedada e permanece inconsciente, sem saber o que fazem com seu corpo durante tal período de hibernação, numa casa de luxo para membros do alto escalão da sociedade. Este é um filme inquietante.

Floresta Negra

CinePOP Floresta Negra

Mais uma vez retornando para um conto dos irmãos Grimm, aqui é Branca de Neve quem ganha um tratamento mais sombrio. Antes de Julia Roberts em Espelho, Espelho Meu e Charlize Theron em Branca de Neve e o Caçador, a Bruxa Má era vivida pela veterana Sigourney Weaver nesta produção de 1997. Classificado como um filme de terror, Floresta Negra traz a história da família Hoffman, mudando assim os personagens da trama clássica. Mas as mudanças param por aí, já que a época retratada é a mesma, assim como as situações. A jovem Monica Keena vive Lilli Hoffman, a heroína sofredora, na mira de Claudia Hoffman (Weaver), sua madrasta que deseja eliminá-la do mundo. Espelhos mágicos, feitiçaria, traições e todo tipo de terror (como a transformação da bruxa numa mulher idosa – Lady Melisandre, alguém?) se encontram presentes nesta adaptação.

Para Sempre Cinderela

CinePOP Para Sempre Cinderela

Um ano depois de Floresta Negra, em 1998, chegava esta versão da Fox para o conto clássico da Cinderela. Ao contrário da recente produção que abriu este texto, a proposta de Para Sempre Cinderela era humanizar a história, trazendo tudo para “o mundo real”. A época e a história são as mesmas, no entanto, este filme, encabeçado por Drew Barrymore como a personagem título, não possui muito espaço para magia. Barrymore vive Danielle, uma jovem humilde, maltratada pela madrasta Rodmilla (Anjelica Huston). O teor mais sóbrio, sem animais falantes, agradou, transformando o filme em sucesso.

Uma Linda Mulher

CinePOP Uma Linda Mulher

Ainda falando de Cinderela, temos uma versão um pouco diferente deste conto (já são três somente nesta lista). Mais uma adaptação livre do conto clássico, Uma Linda Mulher narra mais uma vez a história da pobre sofredora esperando o príncipe encantado, para a seu lado se tornar uma princesa. Aqui, o diretor Garry Marshall subverte bastante tornando a protagonista uma prostituta de rua em plena Califórnia. Seu príncipe é um rico empresário, que se apaixona por ela (papel de Richard Gere). Este foi o filme que catapultou a carreira de Julia Roberts, a jogando para o estrelato, e se tornou um dos maiores sucesso da primeira metade da década de 1990.

A Companhia dos Lobos

CinePOP A Companhia dos Lobos

Que A Garota da Capa Vermelha nada. Esqueça a versão de Catherine Hardwicke (Crepúsculo), com Amanda Seyfried, para a história Chapeuzinho Vermelho, publicada originalmente por Charles Perrault e depois pelos irmãos Grimm. O Irlandês Neil Jordan (Entrevista com o Vampiro) é quem comanda esta versão subversiva e igualmente considerada um terror. Mais próxima dos contos de fadas originais, que eram sombrios e muito mais assustadores, criaturas meio humanas, meio lobo, assombram os pesadelos de uma jovem mulher, após esta cair no sono lendo uma revista. A Companhia dos Lobos foi produzido em 1984, então espere todo tipo de efeito prático da época, considerados por muitos o melhor jeito de criar momentos realmente tenebrosos.

O Labirinto do Fauno

CinePOP Labirinto do Fauno

Faunos, fadas e todo tipo de criatura mitológica dão as caras neste conto assustador do mexicano Guillermo del Toro. O diretor é um especialista em criaturas visualmente incríveis e aqui pôde deixar sua imaginação correr solta. O interessante desta produção, que é o filme mais prestigiado da lista, tendo vencido 3 Oscar e constando como número 126 na lista dos melhores filmes de todos os tempos, é o fato do cineasta mesclar em sua trama a fantasia de um conto de fadas com um drama real envolvendo a revolução espanhola de 1944. Realidade e ficção se intercalam nessa obra-prima, cujo horror da realidade é constantemente maior do que o do mundo fantástico.

 

Bônus:

A Bela e a Fera

CinePOP Bela e a Fera

Esta também é batata. Antes da versão live action da Disney, com Emma Watson, chegar aos cinemas, tivemos em 2014 uma versão francesa do conto. O que é apropriado já que o criador da obra é o conterrâneo Jeanne-Marie Leprince de Beaumont. Aqui é a musa parisiense Léa Seydoux quem personifica a protagonista Bela, a ingênua, doce e independente mocinha da história. Levada a um castelo, ela precisará aprender a amar uma criatura monstruosa, com formas bestiais, encontrando a humanidade do ser que uma vez foi um príncipe (papel de Vincent Cassel). Após um ato cruel, uma maldição é jogada nele. Uma curiosidade é que a animação homônima da Disney, de 1991, foi a primeira do gênero a ser indicada na categoria principal de melhor filme no Oscar, competindo com dramas sérios, numa época em que apenas cinco produções recebiam tal prestígio. A versão francesa realizou um competente trabalho, mesclando fantasia, criaturas geradas por efeitos especiais (o que dá certa magnitude à obra) e gravidade de atos verdadeiramente dramáticos.

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