A famosa cantora e compositora Halsey (cujo nome verdadeiro é Ashley Nicolette Frangipane) fez sua estreia no cenário da música ainda em 2015, com o adorado álbum ‘Badlands’ – que já a marcou no escopo fonográfico como uma das promissoras artistas da nova geração.
Desde então, calcou uma carreira de enorme sucesso crítico e comercial que já lhe rendeu duas indicações ao Grammy Awards e inúmeras outras estatuetas. Apesar de ter apenas quatro álbuns de estúdios em sua discografia, Halsey já causou impacto o bastante para querermos conhecer e revisitar suas incursões criativas mais de uma vez – e que, como vem se mostrando, ganha cada vez mais espaço na esfera mainstream.
Para comemorar seu aniversário de 27 anos, celebrado hoje, 29 de setembro, separamos uma breve lista com 10 de suas melhores canções (selecionadas em ordem de lançamento, não em ranking).
Confira abaixo as nossas escolhas e conte para nós qual a sua favorita:
“GHOST”
Álbum: Badlands
Halsey fez sua impactante estreia na música com o single “Ghost”, do álbum ‘Badlands’. Pegando referências do final da década passada e colocando uma reviravolta única no ressurgimento do synth-pop, a densa narrativa é diferente do que costumávamos ouvir à época do lançamento e gira em torno de alguém que está em um relacionamento com alguém emocionalmente fechado para o amor.
“STRANGE LOVE”
Álbum: Badlands
Apesar de não ser um single oficial de ‘Badlands’, “Strange Love” é uma das marcas registradas e, mesmo mergulhando em uma construção sonora mais formulaica, não deixa de ser brilhante. Os críticos versos são acompanhadas de uma semi-balada antêmica que fala sobre aceitar a própria verdade e não ligar para o que os outros pensam – um tema bastante interessante para uma jovem que acabava de conhecer o significado do termo “estrelato”.
“CLOSER”
Álbum: Collage
É claro que “Closer” não poderia ficar de fora da nossa lista – tanto pelo sucesso crítico e comercial quanto pelo impacto que causou à época de lançamento. A canção marcou a colaboração entre a dupla de DJs conhecida como The Chainsmokers e Halsey, alcançando o topo da Billboard Hot 100 e ganhando aplausos por parte da crítica. Mesmo com a conhecida narrativa romântica, a faixa nos conquista pela clássica atmosfera de meados da década de 2010 ao misturar o electro-pop e o future bass de modo impecável.
“STRANGERS”
Álbum: Hopeless Fountain Kingdom
Puxando uma afetuosidade para nomes como Robyn e La Roux, Halsey deu vida a mais uma colaboração de extremo sucesso, “Strangers”. Performando ao lado de Lauren Jauregui, ex-integrante do grupo Fifth Harmony, a impactante faixa pertence ao adorado disco ‘Hopeless Fountain Kingdom’ e mergulha num belíssimo anacronismo que atravessa gerações – e que traz a história de um relacionamento lésbico aos holofotes.
“NIGHTMARE”
Single solto
Apresentando uma nova faceta de sua carreira, Halsey se jogou de cabeça no pop-punk com “Nightmare”. A faixa é considerada por vários especialistas como uma das melhores entradas da discografia da artista e é acompanhada de um icônico e aplaudível videoclipe que conta com aparições de Debbie Harry e Cara Delevingne. Além da construção nada ortodoxa e de escolhas estéticas interessantes por fugirem do óbvio, há uma preocupação de Halsey em criar um hino de empoderamento que reflete as angústias das mulheres e o controle sistemático de seus desejos e corpos.
“WITHOUT ME”
Álbum: Manic
“Without Me”, do álbum ‘Manic’, garantiu a Halsey seu segundo #1 da carreira e o primeiro como artista solo. Aliando-se com nomes como Amy Allen e Louis Bell, além de ter homenageado o clássico “Cry Me a River”, de Justin Timberlake, a track revela a versatilidade da cantora e da compositora em amadurecer quando necessário e ser ácida quando preciso. Aqui, nota-se o respaldo no trap-pop e no electro-pop, marcado pela atmosfera pincelada do baixo sintético e do monotonal propósito do pré-refrão e do refrão.
“YOU SHOULD BE SAD”
Álbum: Manic
Em ‘Manic’, Halsey abusa da essência do country-pop, mostrando que não pensa duas vezes antes de honrar suas principais influências: a ambientação explorada na emergência de Alanis Morissette é retraída para um dark-country-rock em “You Should Be Sad”, cujas declarações de superação são acompanhadas de uma frenética guitarra e uma ecoante superposição de vozes – o que explica o fato da canção ser o ápice do álbum e uma das melhores de sua carreira.
“THE TRADITION”
Álbum: If I Can’t Have Love, I Want Power
‘If I Can’t Have Love, I Want Power’, seu mais recente álbum, é um produto conceitual que analisa as dicotomias da sociedade, as “alegrias e os horrores da gravidez e da maternidade”, “a dicotomia entre a Madona e a Prostituta”, em um mundo regido pela fragilidade emblemática dos homens e pela necessidade de controlar o corpo e o pensamento das mulheres. É nesse escopo que partimos para a faixa de abertura, “The Tradition”, cuja pungente narrativa é acompanhada de um afiado e épico refrão, guiado pelo mote “peça perdão, nunca permissão” – um início bastante forte para o que se tornaria o disco de sua carreira.
“EASIER THAN LYING”
Álbum: If I Can’t Have Love, I Want Power
Com seu mais recente disco, Halsey apostou suas fichas em histórias românticas e arromânticas, experimentando como nunca e sem perder a mão de uma produção irretocável. Encarnando uma de suas musas, a lendária Dolores O’Riordan, vê-se seu apreço pelo peso dramático e explosivo do grunge e do hard rock em “Easier than Lying”, por exemplo, num hino de empoderamento digna da nossa atenção e que se configura como um dos vários ápices da obra.
“I AM NOT A WOMAN, I’M A GOD”
Álbum: If I Can’t Have Love, I Want Power
“I am not a woman, I’m a god” tornou-se, em tempo recorde, uma das assinaturas de Halsey no mundo da música e uma de suas canções mais fortes e e importantes. Na track, que prenuncia o ato final de seu mais recente álbum, há a exploração total do synth-pop, trazendo referências a Arcade Fire, por exemplo, em uma atmosfera incrementada e sem qualquer remorso sobre o que cria.