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Lá em meados dos anos 2000, era costumeiro de boa parte dos apaixonados por música ligar o rádio e se deliciar com as incríveis canções dance que dominavam as estações – e quem faziam parte de um compilado conhecido como Summer Eletrohits.
A coletânea em questão era lançada à época do verão e trazia uma variedade de artistas conhecidos no escopo da música eletrônica e que, de alguma maneira, tiveram palco considerável em solo nacional. Afinal, até os dias de hoje, é muito difícil encontrar uma única pessoa que nunca tenha ouvido os toques do saxofone de “Destination Calabria” ou que não conheça a dark e sensual melodia de “Set Me Free”.
Pensando nisso, preparamos uma breve lista elencando as dez melhores canções do Summer Eletrohits.
Confira abaixo as nossas escolhas e conte para nós qual a sua favorita:
10. “THE KILLER’S SONG”, Carolina Márquez (2004)
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A artista ítalo-colombiana Carolina Márquez causou grande impacto em 2004 com o lançamento de “The Killer’s Song”, promovendo uma hábil e eclética mixórdia de diversos gêneros da música eletrônica. Inspirada pela faixa “Twisted Nerve”, que foi assinada por G. Hermann para o filme ‘Kill Bill’, Márquez nos apresentou a uma experimental faixa que buscou referências no ítalo-house, no disco e até mesmo no pop latino.
9. “MR. SAXOBEAT”, Alexandra Stan (2010)
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“Mr. Saxobeat” veio um tanto quanto “tarde” como parte do compilado em questão, mas, sem sombra de dúvida, deixou uma marca significativa na cultura pop da época. Lançada em 2010, a faixa é encabeçada pela cantora romena Alexandra Stan e sagra-se seu maior sucesso até hoje. O enredo, que fala sobre a idealização do homem perfeito pelos olhos da artista, é notável pelo uso do saxofone e de buzinas, bem como pela popularização de um subgênero eletrônico conhecido como popcorn (uma mistura de dance e techno que se originou no país natal da performer).
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8. “PUMP IT UP”, Danzel (2004)
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Facilmente a música de maior sucesso de Danzel, “Pump It Up” é uma das canções que melhor define a estética vibrante e escapista do compilado Summer Eletrohits. Focando na maximização sonora, com a potência de sintetizadores limpos ao longo da música, versos cativantes e que ficam presos à memória, e uma progressão instrumental que seria emulada inúmeras vezes nos anos seguintes.
7. “CRY FOR YOU”, September (2006)
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Funcionando como terceiro single do álbum ‘In Orbit’, de September (nome artístico de Petra Marklund), “Cry for You” é atemporal por uma série de razões: de um lado, temos uma melancólica letra que fala sobre um relacionamento prestes a terminar; de outro, temos o melhor do house sendo incorporado às pulsões inebriante do Eurodance – e tudo movido a uma explosiva e instigante jornada sensorial que, inclusive, foi resgatada por Charli XCX e Rina Sawayama na faixa “Beg For You”, do álbum ‘CRASH’.
6. “KEEP ON RISING”, Ian Carey feat. Michelle Shellers (2007)
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Enquanto o dance e o EDM regiam a segunda metade dos anos 2000, o saudoso DJ e produtor Ian Carey abria espaço para um resgate do gênero house para suas canções – permitindo se deixar levar pelo escapismo sonoro da melhor maneira possível. Em 2007, ele uniu-se à cantora Michelle Shellers para a impecável “Keep On Rising” – cuja antêmica estrutura é acompanhada de versos de empoderamento e de superação que antecipam um refrão muito famoso e provocante.
5. “DRAGOSTEA DIN TEI”, O-Zone (2003)
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Por mais que o nome “Dragostea Din Tei” não soe familiar, você provavelmente conhecer o icônico refrão que foi traduzido e regravado por Latino na música “Festa no Apê”. A faixa original, entretanto, é assinada pelo grupo moldavo O-Zone e representa um dos ápices do cenário europeu ao amalgamar Eurodance, Europo e dance-pop em um mesmo lugar. Apesar da atmosfera dançante e muito própria do início dos anos 2000, a letra fala carinhosamente sobre um relacionamento amoroso – e que viralizou ao redor do mundo com força estupenda.
4. “CALL ON ME”, Eric Prydz (2004)
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Com mais de vinte anos de carreira, o DJ Eric Prydz é um dos nomes mais importantes do cenário europeu eletrônico – e, em 2004, começou a mudar o escopo do gênero com o lançamento de “Call on Me”. Originalmente estendendo-se por nada menos que sete minutos e meio (e apenas com a frase-título repetindo-se em meio a progressões que se tornariam clássicas dentro desse escopo).
3. “SET ME FREE”, House Boulevard feat. Samara (2008)
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“Set Me Free” é uma das queridinhas das baladas e, mais de quinze anos depois de sua estreia oficial, soa tão original quanto antes. A beleza da faixa está na forma como é conduzida, seja na progressão sonora marcada pelas notas dissonantes do baixo e da guitarra, seja pela explosão em sintetizadores que irrompe no memorável refrão. Mais do que isso, a sensual rendição da cantora Samara é a cereja do bolo de uma faixa envolvente e enervante da melhor maneira possível.
2. “EVERYTIME WE TOUCH”, Cascada (2005)
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Antes mesmo da explosão da música eletrônica no começo dos anos 2010, o trio alemão conhecido por Cascada já explorava o gênero com competência e habilidade invejáveis. E, em 2005, o grupo entregou não apenas a melhor faixa de sua carreira, como um dos emblemas do EDM e do dance-pop com “Everytime We Touch” – mergulhando de cabeça nas referências do Eurodance e do techno para orquestrar uma envolvente jornada de amor movida pelo uso indiscriminado de sintetizadores e de uma atmosfera bastante upbeat.
1. “DESTINATION CALABRIA”, Alex Gaudino feat. Crystal Waters (2006)
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Nenhuma outra canção desse compilado poderia ocupar o primeiro lugar da lista além de “Destination Calabria”. A faixa, promovida em colaboração entre o DJ Alex Gaudino e a lendária cantora e compositora Crystal Waters, é uma fusão de duas faixas diferentes, “Calabria” e “Destination Unknown”, cujo resultado é espetacular e memorável mesmo quase vinte anos depois de seu lançamento. Aqui, a estrutura é pautada na potência do saxofone e dos sintetizadores, criando uma explosão de EDM e dance que nos faz imediatamente querer dançar.