É inegável que os anos 2010 foram marcados por um ressurgimento da música pop e, sem sombra de dúvida, uma das melhores décadas da memória recente.
Dentre os vários artistas que dominaram o cenário mainstream, podemos citar Taylor Swift, Lady Gaga, Charli XCX e vários outros que entregaram produções memoráveis e que são imediatamente reconhecíveis até os dias de hoje.
Pensando nisso, preparamos uma breve lista elencando as dez melhores pop músicas os anos 2010.
Veja abaixo as nossas escolhas e conte para nós qual a sua favorita:
10. “TRACK 10”, Charli XCX
A mixtape ‘Pop 2’ foi a responsável por cimentar a identidade sonora e a importância de Charli XCX como uma das maiores artistas do século – movida pelo desejo de criar arte em vez apenas de emulá-la. E, dentro desse escopo absolutamente incrível, temos “Track 10”, uma de suas investidas mais conceituais e memoráveis, guiada pelo uso impactante de sintetizadores e pela impecável de vocais. Em 2019, Charli se reuniu com Lizzo para a colaboração “Blame It On Your Love”, apresentando uma nova versão da faixa.
9. “YOÜ & I”, Lady Gaga
Antes de ‘Joanne’, Lady Gaga já havia dado indícios de seu apreço pelo country com a incrível e irretocável “Yoü And I”. Afastando-se completamente do pop e apostando no country-rock, a faixa, uma das últimas promocionais de ‘Born This Way’, a canção também recebeu aplausos dos especialistas internacionais e tornou-se um destaque do álbum por sua competente produção e pela presença de ninguém menos que Brian May na guitarra.
8. “MAKE ME FEEL”, Janelle Monáe
Janelle Monáe entregou um dos melhores álbuns da década passada com ‘Dirty Computer’ – e o hino “Make Me Feel” é apenas uma das muitas narrativas críticas das quais se dispõe. Modernizando o R&B com habilidade impecável, a música é uma declaração de sua pansexualidade com clareza dançante e envolvente, nos convidando para a pista de dança em uma memorável performance.
7. “BORN TO DIE”, Lana Del Rey
No subestimado ‘Born to Die’, Lana mergulha de cabeça em uma imagética sonora bastante específica, contrastando com a dominação do EDM que se alastrava pelo cenário fonográfico à época de seu lançamento. E, enquanto o álbum tem inúmeras construções memoráveis e belíssimas, a faixa-titular é que a mais condensa as explorações melancólicas e sinestésicas da performer, unindo-se a colaboradores competentes para arquitetar uma ode à música cinemática, que inclui o acompanhamento dramático das cordas e a fusão inesperada de gêneros.
6. “SPECTRUM”, Florence + the Machine
A banda formada e encabeçada por Florence Welch continua a nos agraciar com álbuns incríveis – mas foi em 2011 que nos encantou com o lançamento de ‘Ceremonials’. Dentre as belíssimas músicas presentes no compilado, “Spectrum” é a que mais nos chama a atenção, ainda mais por contar com a colaboração de Paul Epworth. O mais surpreendente é a presença gritante de diversos gêneros musicais, incluindo baroque pop, art pop, orchestral pop e disco – todos confinados em uma antêmica e memorável rendição.
5. “ROLLING IN THE DEEP”, Adele
Apesar de Adele já ter tido um sucesso considerável com suas primeiras incursões, foi “Rolling in the Deep” que a lançou à fama mundial. O lead single de ’21’, considerado por muitos como o melhor álbum de sua carreira até agora, foi arquitetado minuciosamente ao lado de Paul Epworth (que viria a trabalhar com ela na aclamada “Skyfall”) e levou para casa três estatuetas do Grammy, incluindo Música do Ano e Gravação do Ano.
4. “ALL TOO WELL”, Taylor Swift
Narrando uma power ballad que traz à tona corações partidos e um relacionamento descarrilado, a canção foi performada pela primeira vez na cerimônia do Grammy Awards em 2014, ganhando aclame universal por parte da crítica e um lugar especial na playlist dos fãs. Aqui, Taylor Swift se junta novamente a Liz Rose e Nathan Chapman, que trabalharam com ela em seu début homônimo e em ‘Fearless’, para uma manifestação elegíaca de emoções tumultuadas.
3. “ROYALS”, Lorde
“Royals”, de Lorde, garantiu não só sua ascensão ao estrelato (visto que permaneceu nove semanas em primeiro lugar da Hot 100), como apresentou ao mainstream elementos não vistos até então – como as progressões minimalistas e obscuras e um diálogo entre o instrumento e a voz do artista. A canção influenciou diversas artistas que ganhariam fama mais tarde, como Halsey, Olivia Rodrigo e Billie Eilish, além de se manter como uma das clássicas assinaturas de Lorde.
2. “DANCING ON MY OWN”, Robyn
Considerada até hoje uma das melhores músicas de todos os tempos, a comovente e emocionante balada electro-disco regada a sintetizadores da cantora e compositora sueca Robyn foi reclamada pela comunidade queer com força descomunal. Na verdade, se pegarmos a impecável elegia romântica que ela escreve, temos uma protagonista que representa as pessoas marginalizadas e isoladas que dançam por conta própria em vez de se esconderem em casa.
1. “LOVE ON THE BRAIN”, Rihanna
“Love On The Brain” é uma das músicas que, independente de ter feito sucesso comercial ou não, merece nossa atenção – o que não é o caso, visto que atingiu o 5º lugar da Hot 100. Nostálgica, retumbante e narcótica em todos os seus aspectos, a iteração permitiu que Rihanna entregue uma performance memorável que faz alusão aos anos 1950 e 1960, rendendo-se às baladas soul e doo-wop.