domingo , 22 dezembro , 2024

As 20 Melhores Músicas Internacionais de 2023 (Até Agora)

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A primeira metade de 2023 está prestes a terminar e, como já era de se esperar, nossos artistas favoritos voltaram com tudo para entregar músicas impecáveis.

Desde o retorno de Jessie WareMiley CyrusCaroline Polachek até a estreia oficial de RAYEChloë Bailey (em seu álbum de estreia solo), foram várias as canções que dominaram as paradas mundiais e as nossas playlists.



Para celebrar, preparamos uma breve matéria elencando as 20 melhores músicas de 2023 até agora.

Confira abaixo as nossas escolhas e conte para nós a sua favorita:

Assista também:
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20. “SLEEPWALKER”, Ava Max

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“Sleepwalker” emerge como cortesia da produção de Cirkuit e Jonas Jeberg, que pegam elementos do dance-pop e de um electro-pop que permitem à Ava Max uma exploração quase completa de sua versatilidade artística dentro do escopo do álbum ‘Diamonds & Dancefloors’. Temos, inclusive, uma inclinação para o nu-disco e uma estrutura movida a baixo e a sintetizadores que nos arrancam da cadeira e nos fazem “mexer o esqueleto”, em uma narrativa que fala sobre a obsessão carnal de uma paixão e que se configura como uma das melhores faixas da carreira da performer.

19. “TREAT ME”, Chloë

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Em uma indústria marcada pelo retorno aos anos 1980 e 1990, Chloë Bailey vem como um respiro de originalidade – e “Treat Me” representa muito bem o estilo único da cantora e compositora. Além de reiterar suas incríveis habilidades vocais, a track vibra em hip hop e R&B em que seu único erro é nos deixar querendo mais pela breve duração. Mas isso não impede que, em meros dois minutos e meios, nós sejamos engolfados em uma ótima história de autoaceitação e empoderamento que merece ser exaltada.

18. “CURE FOR LOVE”, Ellie Goulding

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Antes de lançar seu álbum ‘Higher Than Heaven’Ellie Goulding havia comentado que o compilado de originais pegaria páginas emprestadas do arauto dancehouse ‘Renaissance’, de Beyoncé. E foi a partir daí que uma sólida produção nasceu, guiada pela faixa “Cure For Love”: aqui, temos todos os elementos do melhor do dance-pop , incluindo uma cadência vocal sensual e envolvente que nos convida diretamente às pistas de dança e a uma injeção necessária de dopamina.

17. “DANCE THE NIGHT”, Dua Lipa

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“Dance The Night” é exatamente o que esperávamos de uma canção para o vindouro filme ‘Barbie’: uma dançante e bem demarcada construção que preza pelo hedonismo e pelo prazer da diversão. Não é surpresa que os primeiros toques, pincelados com um sintetizador ecoante e infundido com um orquestral disco, já nos levem automaticamente para o que a noite reserva, delineando uma pista de dança em que a única coisa que importa é deixar os problemas para trás e se perder nos holofotes. Com referências a Donna SummerGloria Gaynor e Diana Ross, Dua Lipa se perde no tempo e no espaço, em que o glitter e a emoção são regentes.

16. “LANDFILL”, Margo Price

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“Landfill”track que finaliza a espetacular jornada do álbum ‘Strays’, é o encerramento perfeito para um melancólico retrato do que significa estar vivo. “Eu poderia construir um aterro de sonhos que abandonei” é apenas o início de uma trágica história que, de certa maneira, finaliza o senso de não-pertencimento discutido por Margo Price ao longo do álbum, entendendo que a desistência é, por vezes, o melhor caminho para seguir em frente – por mais que as marcas existem.

15. “TUNNEL VISION”, Melanie Martinez

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Melanie Martinez voltou este ano com o lançamento do aguardado ‘Portals’, seu 3º álbum de estúdio – e “TUNNEL VISION”, sem sombra de dúvidas uma das melhores entradas de sua carreira, merece estar na nossa lista. A canção puxa os elementos sinestésicos já explorados ao longo de sua carreira, diabolicamente deturpados em uma teatral rendição e adornados com versos como “eu os faço entrar em pânico, é satânico como eu curvo meu corpo” que destilam uma exploração do toque humano e discorre acerca dos instintos carnais da humanidade.

14. “WEEKENDS”, Freya Ridings

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Freya Ridings vem ganhando força em solo britânico ano após ano – e, em 2023, entregou uma das melhores incursões musicais com a belíssima e dançante “Weekends”. Brincando com a ambiguidade entre a letra, que discorre sobre solidão e sobre autopercepção, e a sonoridade, que aposta fichas nas mais clássicas referências do disco, a track tem o drama e a teatralidade necessárias para guiar qualquer um que a ouça em uma saborosa jornada.

13. “ATTENTION”, Doja Cat

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Desde o final da década passada, Doja Cat se transformou em uma powerhouse como nenhuma outra – e uma de suas habilidades mais invejáveis é o modo como ela reinventa a si própria música a música. Com “Attention”, isso não seria diferente: Doja aposta em uma mistura de hip hoptrip hoprap que rememora a lendária Lauryn Hill e que traz elementos nostálgicos dos anos 1990 para uma exuberante narrativa de empoderamento e de afeição.

12. “SILLY ME”, Jess Glynne

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Após um tempo de pausa em sua carreira, Jess Glynne regressou para o cenário fonográfico com uma canção que provavelmente passou longe de seu radar – mas que merece ser relembrada. “Silly Me” tem início com um melódico baixo que logo dá espaço para a presença potente da percussão e de inclinações para o reggae, tudo enquanto Glynne discorre sobre como foi boba de ter acreditado em alguém que nunca esteve ali, de fato, por ela.

11. “HOLD ON TIGHT”, aespa

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O filme ‘Tetris’ estreou em março deste ano na Apple TV+ e, além da instigante história, veio acompanhado de uma trilha sonora impecável – incluindo a faixa original “Hold on Tight”, do grupo sul-coreano aespa. A faixa explode no melhor do synth-pop dos anos 1980, pincelada com tons que fazem parte do próprio jogo. O resultado é simplesmente espetacular, com todos os elementos que esperaríamos desse grupo e uma infusão dançante e impactante que precisa estar na sua playlist.

10. “RUNNING OUT OF TIME”, Paramore

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Em “Running Out of Time”, a banda Paramore traz o math rock de volta e se alia a um experimentalismo conceitual que parte desde o fraseamento vocal ao vibrante emplastro sonoro que não segue quaisquer regras – e que critica a efemeridade do tempo, cujo conceito foi, de fato, inventado por um capitalismo predatório que nos mantém reféns do relógio e da produtividade exacerbada. Aqui, a vocalista Hayley Williams inclusive aproveita para quebrar a quarta parede em uma reflexão metalinguística, convidando o ouvinte agente ativo da própria experiência fonográfica.

9. “VAMPIRE”, Olivia Rodrigo

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“vampire” traz Olivia Rodrigo firme à identidade apresentada em seu primeiro álbum de estúdio, mas de uma forma mais amadurecida. O bedroom pop de ‘SOUR’ é deixado de lado em prol de um retorno a meados dos anos 2000, em que o pop rock ganhava vida através de uma ótica teen; é a partir daí que a progressão sonora de track emerge, iniciando com um piano melódico e propositalmente dissonante, marcado por uma arquitetura que nos leva de volta ao folk explorado por Lana Del Rey em “A&W”, também deste ano.

8. “OSCAR WINNING TEARS.”, RAYE

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No álbum de estreia de RAYE, somos introduzidos à antêmica semi-balada “Oscar Winning Tears”, que funde incursões orquestrais ao trap-hop e ao R&B, discorrendo sobre um ex-amante que trouxe muita dor à sua vida e que tentou se transformar na vítima (“Baby, siga em frente e chore suas lágrimas dignas de Oscar” tem tudo para se tornar uma das tendências de 2023, principalmente por seu teor sarcástico). E, enquanto a acética composição é um dos pontos altos, são os vocais da artista que explodem em uma rendição impecável e arrepiante.

7. “YOU”, Miley Cyrus

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A ambientação antêmica de ‘Endless Summer Vacation’, novo álbum de Miley Cyrus, é contínua em sua completude e ganha camadas inesperadas com a faixa “You”. Embebida em uma celebração da independência e do amor verdadeiro, em que ela sabe que não precisa de alguém para completá-la, mas sim transbordá-la, a canção nos chama atenção pelos vocais e pela simplicidade instrumental (cortesia da produção de Jonny Coffer e J Moon). Temos bateria, violão, piano e baixo em uma rendição inenarrável e transcendente, traçando similaridades com Bonnie Tyler e SZA, por exemplo.

6. “BEAUTIFUL PEOPLE”, Jessie Ware

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Ao que tudo indicava, Jessie Ware planejava se aposentar da música depois de sua última incursão em 2020 – que entrou para nossas listas de Melhores do AnoMelhores do Século. Felizmente, ela resolveu dar continuidade à sua carreira recheada de brilho e, dentro do espetacular ‘That! Feels Good!’“Beautiful People” é facilmente uma das melhores da carreira da cantora: a faixa evoca um sentimento quase didático sobre como deixar os problemas descansarem e abraçar a noite (e ninguém poderia ter entregado os versos “sirva um drinque; mistura sua felicidade com tormento – tão doce” como ela).

5. “THE THRILL IS GONE.”, RAYE

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Depois de muito esperar, a incrível RAYE fez sua estreia oficial no mundo da música com o exuberante ‘My 21st Century Blues’ – conseguindo se conectar com um público abrangente, que não necessariamente se restringe apenas à nova geração. Os motes que guiam as tracks são universais, transformados em acepções particulares; nesse âmbito, temos a explosão do funk de “The Thrill Is Gone” (considerada por este que vos escreve como a melhor faixa do álbum), navegando em movimentos de contração e dilatação e em uma narrativa de um relacionamento tóxico que precisa acabar – além de fazer uma reverência a Prince e a James Brown em cada uma das notas tocadas.

4. “SUNSET”, Caroline Polachek

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Em “Sunset”, Caroline Polachek mostra que não se importa em encabeçar incursões mais mercadológicas, seguindo o panorama clássico das músicas pop à medida que delineia aspectos latinos com o flamenco e o violão espanhol e fala sobre o conforto que sente nos braços daquele que ama; entretanto, é preciso comentar que, mesmo adotando uma perspectiva mais familiar, ela não deixa de colocar sua identidade nos versos, como em “estou usando preto em luto pela perda súbita da inocência”.

3. “CONTACT”, Kelela

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Seis anos depois de sua estreia oficial no mundo da música, Kelela voltou com o impecável ‘Raven’ – e, dentre as múltiplas faixas que nos chamam a atenção, “Contact” é a que melhor representa as mensagens que a cantora e compositora quer nos entregar. A faixa é uma narcótica viagem ao passado, sustentada por inflexões do house, do EDM e do disco em uma sensual e incrível jornada – que pega elementos mais contemporâneos, como os explorados por Azealia BanksBeyoncé.

2. “BEGIN AGAIN”, Jessie Ware

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Três anos depois da espetacular obra-prima ‘What’s Your Pleasure’Jessie Ware voltou para nos agraciar com mais uma impecável jornada pela música com ‘That! Feels Good!’, uma ode ao prazer e à alegria que caminha por inúmeros estilos musicais que nos arremessam diretamente à pista de dança. E um dos carros-chefe do compilado é “Begin Again”, uma deliciosa e operística gama de elementos conflituosos que criam mágica através de uma trama hedonista e cheia de paixão – e que traz, inclusive, elementos brasileiros da bossa nova.

1. “A&W”, Lana Del Rey

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O destaque de ‘Did You Know That There’s a Tunnel Under Ocean Blvd.’, oitavo álbum de Lana Del Rey, destina-se à “A&W”. A música, lançada como segundo single do compilado, ergue-se sobre uma estrutura indie-country melodramática, comungando com os belíssimos vocais abafados de Lana e sua intrínseca conexão com a arte que faz com tanto esmero. O enredo é centrado em uma profunda crítica aos estereótipos de gênero que ainda estão enraizados na sociedade – além de lançar-se a uma análise sociopolítica da vida das mulheres. E nada (repito, nada) poderia nos preparar para a brusca mudança do americana para um sensual trap-pop que traz o melhor de Del Rey à tona e nos relembra o motivo de termos nos apaixonado por ela tantos anos atrás.

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Thiago Nollahttps://www.editoraviseu.com.br/a-pedra-negra-prod.html
Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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Desde o retorno de Jessie WareMiley CyrusCaroline Polachek até a estreia oficial de RAYEChloë Bailey (em seu álbum de estreia solo), foram várias as canções que dominaram as paradas mundiais e as nossas playlists.

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Confira abaixo as nossas escolhas e conte para nós a sua favorita:

20. “SLEEPWALKER”, Ava Max

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“Sleepwalker” emerge como cortesia da produção de Cirkuit e Jonas Jeberg, que pegam elementos do dance-pop e de um electro-pop que permitem à Ava Max uma exploração quase completa de sua versatilidade artística dentro do escopo do álbum ‘Diamonds & Dancefloors’. Temos, inclusive, uma inclinação para o nu-disco e uma estrutura movida a baixo e a sintetizadores que nos arrancam da cadeira e nos fazem “mexer o esqueleto”, em uma narrativa que fala sobre a obsessão carnal de uma paixão e que se configura como uma das melhores faixas da carreira da performer.

19. “TREAT ME”, Chloë

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Em uma indústria marcada pelo retorno aos anos 1980 e 1990, Chloë Bailey vem como um respiro de originalidade – e “Treat Me” representa muito bem o estilo único da cantora e compositora. Além de reiterar suas incríveis habilidades vocais, a track vibra em hip hop e R&B em que seu único erro é nos deixar querendo mais pela breve duração. Mas isso não impede que, em meros dois minutos e meios, nós sejamos engolfados em uma ótima história de autoaceitação e empoderamento que merece ser exaltada.

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Antes de lançar seu álbum ‘Higher Than Heaven’Ellie Goulding havia comentado que o compilado de originais pegaria páginas emprestadas do arauto dancehouse ‘Renaissance’, de Beyoncé. E foi a partir daí que uma sólida produção nasceu, guiada pela faixa “Cure For Love”: aqui, temos todos os elementos do melhor do dance-pop , incluindo uma cadência vocal sensual e envolvente que nos convida diretamente às pistas de dança e a uma injeção necessária de dopamina.

17. “DANCE THE NIGHT”, Dua Lipa

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“Dance The Night” é exatamente o que esperávamos de uma canção para o vindouro filme ‘Barbie’: uma dançante e bem demarcada construção que preza pelo hedonismo e pelo prazer da diversão. Não é surpresa que os primeiros toques, pincelados com um sintetizador ecoante e infundido com um orquestral disco, já nos levem automaticamente para o que a noite reserva, delineando uma pista de dança em que a única coisa que importa é deixar os problemas para trás e se perder nos holofotes. Com referências a Donna SummerGloria Gaynor e Diana Ross, Dua Lipa se perde no tempo e no espaço, em que o glitter e a emoção são regentes.

16. “LANDFILL”, Margo Price

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“Landfill”track que finaliza a espetacular jornada do álbum ‘Strays’, é o encerramento perfeito para um melancólico retrato do que significa estar vivo. “Eu poderia construir um aterro de sonhos que abandonei” é apenas o início de uma trágica história que, de certa maneira, finaliza o senso de não-pertencimento discutido por Margo Price ao longo do álbum, entendendo que a desistência é, por vezes, o melhor caminho para seguir em frente – por mais que as marcas existem.

15. “TUNNEL VISION”, Melanie Martinez

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Melanie Martinez voltou este ano com o lançamento do aguardado ‘Portals’, seu 3º álbum de estúdio – e “TUNNEL VISION”, sem sombra de dúvidas uma das melhores entradas de sua carreira, merece estar na nossa lista. A canção puxa os elementos sinestésicos já explorados ao longo de sua carreira, diabolicamente deturpados em uma teatral rendição e adornados com versos como “eu os faço entrar em pânico, é satânico como eu curvo meu corpo” que destilam uma exploração do toque humano e discorre acerca dos instintos carnais da humanidade.

14. “WEEKENDS”, Freya Ridings

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Freya Ridings vem ganhando força em solo britânico ano após ano – e, em 2023, entregou uma das melhores incursões musicais com a belíssima e dançante “Weekends”. Brincando com a ambiguidade entre a letra, que discorre sobre solidão e sobre autopercepção, e a sonoridade, que aposta fichas nas mais clássicas referências do disco, a track tem o drama e a teatralidade necessárias para guiar qualquer um que a ouça em uma saborosa jornada.

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Desde o final da década passada, Doja Cat se transformou em uma powerhouse como nenhuma outra – e uma de suas habilidades mais invejáveis é o modo como ela reinventa a si própria música a música. Com “Attention”, isso não seria diferente: Doja aposta em uma mistura de hip hoptrip hoprap que rememora a lendária Lauryn Hill e que traz elementos nostálgicos dos anos 1990 para uma exuberante narrativa de empoderamento e de afeição.

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9. “VAMPIRE”, Olivia Rodrigo

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“vampire” traz Olivia Rodrigo firme à identidade apresentada em seu primeiro álbum de estúdio, mas de uma forma mais amadurecida. O bedroom pop de ‘SOUR’ é deixado de lado em prol de um retorno a meados dos anos 2000, em que o pop rock ganhava vida através de uma ótica teen; é a partir daí que a progressão sonora de track emerge, iniciando com um piano melódico e propositalmente dissonante, marcado por uma arquitetura que nos leva de volta ao folk explorado por Lana Del Rey em “A&W”, também deste ano.

8. “OSCAR WINNING TEARS.”, RAYE

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No álbum de estreia de RAYE, somos introduzidos à antêmica semi-balada “Oscar Winning Tears”, que funde incursões orquestrais ao trap-hop e ao R&B, discorrendo sobre um ex-amante que trouxe muita dor à sua vida e que tentou se transformar na vítima (“Baby, siga em frente e chore suas lágrimas dignas de Oscar” tem tudo para se tornar uma das tendências de 2023, principalmente por seu teor sarcástico). E, enquanto a acética composição é um dos pontos altos, são os vocais da artista que explodem em uma rendição impecável e arrepiante.

7. “YOU”, Miley Cyrus

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A ambientação antêmica de ‘Endless Summer Vacation’, novo álbum de Miley Cyrus, é contínua em sua completude e ganha camadas inesperadas com a faixa “You”. Embebida em uma celebração da independência e do amor verdadeiro, em que ela sabe que não precisa de alguém para completá-la, mas sim transbordá-la, a canção nos chama atenção pelos vocais e pela simplicidade instrumental (cortesia da produção de Jonny Coffer e J Moon). Temos bateria, violão, piano e baixo em uma rendição inenarrável e transcendente, traçando similaridades com Bonnie Tyler e SZA, por exemplo.

6. “BEAUTIFUL PEOPLE”, Jessie Ware

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5. “THE THRILL IS GONE.”, RAYE

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Depois de muito esperar, a incrível RAYE fez sua estreia oficial no mundo da música com o exuberante ‘My 21st Century Blues’ – conseguindo se conectar com um público abrangente, que não necessariamente se restringe apenas à nova geração. Os motes que guiam as tracks são universais, transformados em acepções particulares; nesse âmbito, temos a explosão do funk de “The Thrill Is Gone” (considerada por este que vos escreve como a melhor faixa do álbum), navegando em movimentos de contração e dilatação e em uma narrativa de um relacionamento tóxico que precisa acabar – além de fazer uma reverência a Prince e a James Brown em cada uma das notas tocadas.

4. “SUNSET”, Caroline Polachek

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3. “CONTACT”, Kelela

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Seis anos depois de sua estreia oficial no mundo da música, Kelela voltou com o impecável ‘Raven’ – e, dentre as múltiplas faixas que nos chamam a atenção, “Contact” é a que melhor representa as mensagens que a cantora e compositora quer nos entregar. A faixa é uma narcótica viagem ao passado, sustentada por inflexões do house, do EDM e do disco em uma sensual e incrível jornada – que pega elementos mais contemporâneos, como os explorados por Azealia BanksBeyoncé.

2. “BEGIN AGAIN”, Jessie Ware

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Três anos depois da espetacular obra-prima ‘What’s Your Pleasure’Jessie Ware voltou para nos agraciar com mais uma impecável jornada pela música com ‘That! Feels Good!’, uma ode ao prazer e à alegria que caminha por inúmeros estilos musicais que nos arremessam diretamente à pista de dança. E um dos carros-chefe do compilado é “Begin Again”, uma deliciosa e operística gama de elementos conflituosos que criam mágica através de uma trama hedonista e cheia de paixão – e que traz, inclusive, elementos brasileiros da bossa nova.

1. “A&W”, Lana Del Rey

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O destaque de ‘Did You Know That There’s a Tunnel Under Ocean Blvd.’, oitavo álbum de Lana Del Rey, destina-se à “A&W”. A música, lançada como segundo single do compilado, ergue-se sobre uma estrutura indie-country melodramática, comungando com os belíssimos vocais abafados de Lana e sua intrínseca conexão com a arte que faz com tanto esmero. O enredo é centrado em uma profunda crítica aos estereótipos de gênero que ainda estão enraizados na sociedade – além de lançar-se a uma análise sociopolítica da vida das mulheres. E nada (repito, nada) poderia nos preparar para a brusca mudança do americana para um sensual trap-pop que traz o melhor de Del Rey à tona e nos relembra o motivo de termos nos apaixonado por ela tantos anos atrás.

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