sexta-feira , 24 janeiro , 2025

As Maiores Curiosidades do Oscar 2025!

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Ontem, dia 23 de janeiro, foram anunciados os indicados ao Oscar 2025 – o maior prêmio da sétima arte no mundo. E desde ontem, o Brasil celebra em festa! Não se fala em outra coisa, o Oscar 2025 já é conhecido como o ano do Brasil no Oscar. Nunca nosso país teve tanto prestígio, graças ao comovente ‘Ainda Estou Aqui’, de Walter Salles. Foi muito mais do que esperávamos. E somos só gratidão. Essa já é uma grande vitória.

É difícil falar ou pensar em algo além de ‘Ainda Estou Aqui’ para esse Oscar 2025. Mas sim, existem outros filmes que devemos mencionar. E outros acontecimentos inéditos na edição de número 97 do maior prêmio do cinema. Como fazemos todo ano, vamos dar uma olhada e recapitular os fatos mais curiosos e também os mais marcantes da próxima premiação. Confira abaixo.

Brasil no Oscar

Não tínhamos como começar de outra forma. Como dito, o Brasil fez história e ‘Ainda Estou Aqui’ se tornou o filme de maior prestígio de nossa filmografia. Nunca antes na história do Oscar, um filme brasileiro havia sido indicado na categoria principal de melhor filme. Mas ‘Ainda Estou Aqui’ foi. O filme de Walter Salles recebeu sua muito merecida nomeação na categoria de filme estrangeiro (ou internacional) – que era a vaga pela qual lutávamos. Todo o resto viria de brinde. Mas o brinde se tornou ainda maior do que esperávamos. Isso porque Fernanda Torres foi “Totalmente” indicada, completando um círculo perfeito 25 anos depois de sua mãe, Fernanda Montenegro, em 1999, por ‘Central do Brasil’, do mesmo Walter Salles. Mas a indicação para melhor filme é algo sem precedentes. Viva o cinema brasileiro!

Primeira Atriz Trans

O Oscar 2025 faz história não apenas pelo Brasil. Há ainda outro fato muito importante nesta edição, que chega quebrando tabus. Karla Sofía Gascón se tornou a primeira mulher trans na história a ser indicada na categoria de atriz no Oscar, pelo filme ‘Emilia Pérez’. Essa é uma grande vitória na questão social muito debatida atualmente sobre gênero. O longa, um musical, conta sobre um chefão de cartel de drogas, realizando a transição de gênero que sempre sonhou, e iniciando uma nova vida longe da criminalidade. Só fica difícil torcer para ela, pois está concorrendo diretamente com nossa Fernandinha. Mas, sem dúvida, é um importantíssimo feito inédito.

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Dois Estrangeiros na categoria principal

Com 97 edições do Oscar, pensaríamos que tudo que tinha que acontecer, já aconteceu. Ledo engano. Pois a cada edição do Oscar, a premiação reflete a sociedade. Por isso, por exemplo, esse ano temos uma atriz trans indicada. E por isso também, em um mundo cada vez mais globalizado, e com uma Academia renovada, com membros mais jovens e antenados, vindos de toda a parte do mundo, temos mais oportunidades para filmes de fora da rota Hollywood. Por exemplo, em 2020, tivemos a vitória do sul-coreano ‘Parasita’ como o melhor filme.

No ano passado, tivemos pela primeira vez dois filmes estrangeiros indicados na categoria principal de melhor filme. ‘Zona de Interesse’, do Reino Unido, e ‘Anatomia de uma Queda’, da França. Tivemos ainda ‘Vidas Passadas’, uma coprodução entre EUA e Coreia do Sul. Esse ano, no entanto, a novidade foi termos dois filmes indicados na categoria de produção estrangeira, que também estão indicados para melhor filme (‘Ainda Estou Aqui’ e ‘Emilia Pérez’), o que dificulta bastante saber qual dos dois levará.

Musas Oscarizadas de Fora

Todo ano a corrida para o Oscar é a mesma coisa. Os prêmios que antecedem o Oscar começam a dar o termômetro do que podem ser as nomeações ao maior evento da sétima arte. O Globo de Ouro e os prêmios dos sindicatos são os maiores indicativos. Assim, antes do anúncio de ontem, duas grandes estrelas de Hollywood, que vinham fazendo campanha ferrenha para suas indicações, estavam cotadíssimas. Nicole Kidman, uma das atrizes que mais trabalha atualmente, divulgou ‘Babygirl’ até não poder mais.

E conseguiu uma indicação ao Globo de Ouro. Porém, ainda mais cotada estava Angelina Jolie, pela biografia ‘Maria Callas’, uma entrega de corpo e alma ao personagem. Ela também apareceu no Globo de Ouro. Ambas já possuem suas estatuetas do Oscar em casa. Nessa edição, no entanto, a aposta foi pelo frescor, pela novidade, esquecendo um pouco as cartas marcadas de sempre. Assim, nem Nicole, nem Angelina. Das cinco indicadas, apenas uma havia sido nomeada uma outra vez, de resto, todas inéditas.

Oscar com medo do sexo?

Após as indicações, fomos brindados com um texto do importante veículo especializado Variety, discorrendo sobre o fato de que os filmes mais, digamos, lascivos e libertinos, terminaram de fora das nomeações. Entendam, o Oscar é sim sobre os melhores filmes, mas também é uma campanha, como uma para algum cargo político. Funciona a base de muito lobby e marketing. Todos os filmes fazem. Não é bem uma questão de quem faz mais ou menos, todos fazem. Por exemplo, três filmes colocaram todas as fichas em possíveis indicações e terminaram de fora. A campanha de Nicole Kidman para ‘Babygirl’, de Daniel Craig para ‘Queer’ e da MGM para ‘Rivais’ foi ferrenha. Mas terminaram não obtendo resultado. O que esses três filmes possuem em comum: abordam o sexo de uma forma bem aberta em suas tramas. Todos foram esnobados. Será mesmo que a Academia está evitando o sexo?

A Musa dos Anos 90

O caso do filme cult com maior boca a boca do ano foi mesmo ‘A Substância’. Se existisse um prêmio para isso, ele seria definitivamente deste terror. O filme, que parece ter saído do nada, e à princípio era só um filme do cinema B, estrelado pela musa dos anos 90 Demi Moore, foi caindo nas graças do público, até conseguir furar a bolha dos amantes de cinema alternativo de gênero e chegar ao mainstream com força total. Até os que não curtem filmes de terror ouviram falar ou foram assistir ‘A Substância’. É, claro, o filme é muito mais do que apenas um filme de terror e seria injusto classifica-lo somente desta forma.

Mas o que o longa realizou foi impressionante, sem centenas de milhões para gastar em sua divulgação, ‘A Substância’ parece ter saído das sombras, diretamente para se tornar um dos filmes mais populares da temporada e de 2024. No meio disso tudo está Demi Moore, musa dos anos 90, que era conhecida por seus filmes “pipoca”, como a própria atriz já disse inúmeras vezes, e nunca foi muito levada à sério. Agora, aos 62 anos, com um filme de terror, isso mudou, e Demi recebeu sua primeira indicação ao Oscar. O fato apenas prova que nunca é tarde.

Blockbusters no Oscar

Todo ano temos também a cota dos arrasa-quarteirões no Oscar. Para termos uma ideia, somente nos últimos anos, filmes como ‘Duna’, ‘Avatar 2’, ‘Top Gun Maverick’ e ‘Barbie’ estiveram entre os nomeados na categoria principal de melhor filme. Esse ano, a vaga parecia estar pendendo entre três filmes. ‘Duna 2’ foi o primeiro a chegar e sua vaga era garantida. Outro que parecia certo, mas que tudo dependeria do resultado do filme, era ‘Gladiador II’, tendo em vista que o original (de 2000) foi a grande sensação de seu respectivo ano no Oscar. Mas ‘Gladiador II’ terminou eclipsado por um longa que foi lançado no mesmo dia que ele. ‘Wicked’, o musical saído dos palcos, que conta sobre os primórdios de ‘O Mágico de Oz’. Os dois filmes fizeram um novo “Barbenheimer” dos pobres, sem o mesmo fenômeno cultural, é claro. No fim das contas, ‘Duna 2’ e ‘Wicked’ figuraram entre os indicados a melhor filme.

Denzel Nadinha

Denzel Washington é um dos maiores astros de Hollywood, e um dos melhores e mais prestigiados atores em atividade. Mas nada disso foi levado em conta pela Academia. Acontece que Denzel tinha dois projetos esse ano que poderiam ter lhe rendido indicações. O primeiro, já citado, seria uma nomeação como coadjuvante por ‘Gladiador II’. O ator vinha sendo cotado e apareceu no Globo de Ouro. Mas no Oscar ficou de fora. Porém, ainda mais pessoal, era ‘Piano de Família’, um filme feito literalmente em família, pela família de Denzel Washington. Denzel, o pai, foi o produtor, ao lado da filha Katia. O filho famoso John David Washington é o protagonista. E Malcolm Washington, seu outro filho, adaptou o texto e dirigiu o longa. Porém, ‘Piano de Família’ foi completamente negligenciado pela Academia. Esperava-se o mesmo impacto de outras adaptações de August Wilson com envolvimento de Denzel, vide ‘Um Limite Entre Nós’ e ‘A Voz Suprema do Blues’.

O gatinho valente

A animação ‘Flow’, coprodução entre Letônia, Bélgica e França, sobre um gato preto embarcando em uma espécie de nova Arca de Noé, após uma enchente, vem conquistando o mundo e superando os grandes blockbusters de Hollywood. Isso porque o filme é também uma forte analogia à inclusão e aceitação da diversidade, quando animais de várias espécies diferentes precisam aprender a conviver. No Globo de Ouro, por exemplo, derrubou medalhões como ‘Divertida Mente 2’ e ‘O Robô Selvagem’. E pode vir a fazer o mesmo no Oscar, isso porque além da nomeação a melhor filme de animação, foi indicado também, de maneira impressionante, na categoria de melhor filme estrangeiro, ao lado de longas com atores reais como ‘Emilia Pérez’ e o nosso ‘Ainda Estou Aqui’.

A Kriptonita

Fãs do mundo todo geraram comoção de indignação pelo documentário do saudoso Christopher Reeve não estar nomeado entre os cinco para o Oscar. ‘Super/Man – A História de Christopher Reeve’ conta a vida do intérprete do maior herói de todos, de como um desconhecido se tornava astro com uma adaptação de quadrinhos ainda nos anos 70 e a tragédia que abalou sua vida, quando caiu do cavalo durante uma exibição de hipismo e ficou tetraplégico aos 42 anos de idade. Dez anos depois, em 2004, o ator viria a falecer aos 52 anos, vítima de um infarto. O longa é uma emocionante homenagem ao ator, mas ficou de fora da corrida pelo Oscar.

Trump indicado

Um dos filmes mais polêmicos do ano passado foi ‘O Aprendiz’. Isso porque qualquer coisa levando o nome do presidente americano Donald Trump se torna automaticamente maldito para metade da população vivendo no planeta Terra. No entanto, ‘O Aprendiz’ não é uma homenagem ao político, muito pelo contrário, a proposta da produção é justamente apresenta-lo sob uma luz, digamos, não muito favorável. Muitos podem ter fugido do filme por ter achado se tratar de uma biografia lisonjeira, e tantos outros que foram assistir achando que iriam encontrar isso, devem ter se decepcionado.

Mas o que conta aqui é a coragem do ator Sebastian Stan, conhecido pelos filmes da Marvel, que tem se especializado nos maiores desafios para um ator de Hollywood, seja na TV ou no cinema. Ano passado, entre ‘O Aprendiz’ e ‘Um Homem Diferente’, ele apostou em duas ideias bastante fora da caixinha. No fim das contas, para a surpresa de todos, surgiu de forma inesperada como o azarão na categoria de melhor ator, conquistando sua primeira indicação ao Oscar de forma muito merecida. O longa ainda recebeu indicação de melhor coadjuvante para Jeremy Strong.

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Ontem, dia 23 de janeiro, foram anunciados os indicados ao Oscar 2025 – o maior prêmio da sétima arte no mundo. E desde ontem, o Brasil celebra em festa! Não se fala em outra coisa, o Oscar 2025 já é conhecido como o ano do Brasil no Oscar. Nunca nosso país teve tanto prestígio, graças ao comovente ‘Ainda Estou Aqui’, de Walter Salles. Foi muito mais do que esperávamos. E somos só gratidão. Essa já é uma grande vitória.

É difícil falar ou pensar em algo além de ‘Ainda Estou Aqui’ para esse Oscar 2025. Mas sim, existem outros filmes que devemos mencionar. E outros acontecimentos inéditos na edição de número 97 do maior prêmio do cinema. Como fazemos todo ano, vamos dar uma olhada e recapitular os fatos mais curiosos e também os mais marcantes da próxima premiação. Confira abaixo.

Brasil no Oscar

Não tínhamos como começar de outra forma. Como dito, o Brasil fez história e ‘Ainda Estou Aqui’ se tornou o filme de maior prestígio de nossa filmografia. Nunca antes na história do Oscar, um filme brasileiro havia sido indicado na categoria principal de melhor filme. Mas ‘Ainda Estou Aqui’ foi. O filme de Walter Salles recebeu sua muito merecida nomeação na categoria de filme estrangeiro (ou internacional) – que era a vaga pela qual lutávamos. Todo o resto viria de brinde. Mas o brinde se tornou ainda maior do que esperávamos. Isso porque Fernanda Torres foi “Totalmente” indicada, completando um círculo perfeito 25 anos depois de sua mãe, Fernanda Montenegro, em 1999, por ‘Central do Brasil’, do mesmo Walter Salles. Mas a indicação para melhor filme é algo sem precedentes. Viva o cinema brasileiro!

Primeira Atriz Trans

O Oscar 2025 faz história não apenas pelo Brasil. Há ainda outro fato muito importante nesta edição, que chega quebrando tabus. Karla Sofía Gascón se tornou a primeira mulher trans na história a ser indicada na categoria de atriz no Oscar, pelo filme ‘Emilia Pérez’. Essa é uma grande vitória na questão social muito debatida atualmente sobre gênero. O longa, um musical, conta sobre um chefão de cartel de drogas, realizando a transição de gênero que sempre sonhou, e iniciando uma nova vida longe da criminalidade. Só fica difícil torcer para ela, pois está concorrendo diretamente com nossa Fernandinha. Mas, sem dúvida, é um importantíssimo feito inédito.

Dois Estrangeiros na categoria principal

Com 97 edições do Oscar, pensaríamos que tudo que tinha que acontecer, já aconteceu. Ledo engano. Pois a cada edição do Oscar, a premiação reflete a sociedade. Por isso, por exemplo, esse ano temos uma atriz trans indicada. E por isso também, em um mundo cada vez mais globalizado, e com uma Academia renovada, com membros mais jovens e antenados, vindos de toda a parte do mundo, temos mais oportunidades para filmes de fora da rota Hollywood. Por exemplo, em 2020, tivemos a vitória do sul-coreano ‘Parasita’ como o melhor filme.

No ano passado, tivemos pela primeira vez dois filmes estrangeiros indicados na categoria principal de melhor filme. ‘Zona de Interesse’, do Reino Unido, e ‘Anatomia de uma Queda’, da França. Tivemos ainda ‘Vidas Passadas’, uma coprodução entre EUA e Coreia do Sul. Esse ano, no entanto, a novidade foi termos dois filmes indicados na categoria de produção estrangeira, que também estão indicados para melhor filme (‘Ainda Estou Aqui’ e ‘Emilia Pérez’), o que dificulta bastante saber qual dos dois levará.

Musas Oscarizadas de Fora

Todo ano a corrida para o Oscar é a mesma coisa. Os prêmios que antecedem o Oscar começam a dar o termômetro do que podem ser as nomeações ao maior evento da sétima arte. O Globo de Ouro e os prêmios dos sindicatos são os maiores indicativos. Assim, antes do anúncio de ontem, duas grandes estrelas de Hollywood, que vinham fazendo campanha ferrenha para suas indicações, estavam cotadíssimas. Nicole Kidman, uma das atrizes que mais trabalha atualmente, divulgou ‘Babygirl’ até não poder mais.

E conseguiu uma indicação ao Globo de Ouro. Porém, ainda mais cotada estava Angelina Jolie, pela biografia ‘Maria Callas’, uma entrega de corpo e alma ao personagem. Ela também apareceu no Globo de Ouro. Ambas já possuem suas estatuetas do Oscar em casa. Nessa edição, no entanto, a aposta foi pelo frescor, pela novidade, esquecendo um pouco as cartas marcadas de sempre. Assim, nem Nicole, nem Angelina. Das cinco indicadas, apenas uma havia sido nomeada uma outra vez, de resto, todas inéditas.

Oscar com medo do sexo?

Após as indicações, fomos brindados com um texto do importante veículo especializado Variety, discorrendo sobre o fato de que os filmes mais, digamos, lascivos e libertinos, terminaram de fora das nomeações. Entendam, o Oscar é sim sobre os melhores filmes, mas também é uma campanha, como uma para algum cargo político. Funciona a base de muito lobby e marketing. Todos os filmes fazem. Não é bem uma questão de quem faz mais ou menos, todos fazem. Por exemplo, três filmes colocaram todas as fichas em possíveis indicações e terminaram de fora. A campanha de Nicole Kidman para ‘Babygirl’, de Daniel Craig para ‘Queer’ e da MGM para ‘Rivais’ foi ferrenha. Mas terminaram não obtendo resultado. O que esses três filmes possuem em comum: abordam o sexo de uma forma bem aberta em suas tramas. Todos foram esnobados. Será mesmo que a Academia está evitando o sexo?

A Musa dos Anos 90

O caso do filme cult com maior boca a boca do ano foi mesmo ‘A Substância’. Se existisse um prêmio para isso, ele seria definitivamente deste terror. O filme, que parece ter saído do nada, e à princípio era só um filme do cinema B, estrelado pela musa dos anos 90 Demi Moore, foi caindo nas graças do público, até conseguir furar a bolha dos amantes de cinema alternativo de gênero e chegar ao mainstream com força total. Até os que não curtem filmes de terror ouviram falar ou foram assistir ‘A Substância’. É, claro, o filme é muito mais do que apenas um filme de terror e seria injusto classifica-lo somente desta forma.

Mas o que o longa realizou foi impressionante, sem centenas de milhões para gastar em sua divulgação, ‘A Substância’ parece ter saído das sombras, diretamente para se tornar um dos filmes mais populares da temporada e de 2024. No meio disso tudo está Demi Moore, musa dos anos 90, que era conhecida por seus filmes “pipoca”, como a própria atriz já disse inúmeras vezes, e nunca foi muito levada à sério. Agora, aos 62 anos, com um filme de terror, isso mudou, e Demi recebeu sua primeira indicação ao Oscar. O fato apenas prova que nunca é tarde.

Blockbusters no Oscar

Todo ano temos também a cota dos arrasa-quarteirões no Oscar. Para termos uma ideia, somente nos últimos anos, filmes como ‘Duna’, ‘Avatar 2’, ‘Top Gun Maverick’ e ‘Barbie’ estiveram entre os nomeados na categoria principal de melhor filme. Esse ano, a vaga parecia estar pendendo entre três filmes. ‘Duna 2’ foi o primeiro a chegar e sua vaga era garantida. Outro que parecia certo, mas que tudo dependeria do resultado do filme, era ‘Gladiador II’, tendo em vista que o original (de 2000) foi a grande sensação de seu respectivo ano no Oscar. Mas ‘Gladiador II’ terminou eclipsado por um longa que foi lançado no mesmo dia que ele. ‘Wicked’, o musical saído dos palcos, que conta sobre os primórdios de ‘O Mágico de Oz’. Os dois filmes fizeram um novo “Barbenheimer” dos pobres, sem o mesmo fenômeno cultural, é claro. No fim das contas, ‘Duna 2’ e ‘Wicked’ figuraram entre os indicados a melhor filme.

Denzel Nadinha

Denzel Washington é um dos maiores astros de Hollywood, e um dos melhores e mais prestigiados atores em atividade. Mas nada disso foi levado em conta pela Academia. Acontece que Denzel tinha dois projetos esse ano que poderiam ter lhe rendido indicações. O primeiro, já citado, seria uma nomeação como coadjuvante por ‘Gladiador II’. O ator vinha sendo cotado e apareceu no Globo de Ouro. Mas no Oscar ficou de fora. Porém, ainda mais pessoal, era ‘Piano de Família’, um filme feito literalmente em família, pela família de Denzel Washington. Denzel, o pai, foi o produtor, ao lado da filha Katia. O filho famoso John David Washington é o protagonista. E Malcolm Washington, seu outro filho, adaptou o texto e dirigiu o longa. Porém, ‘Piano de Família’ foi completamente negligenciado pela Academia. Esperava-se o mesmo impacto de outras adaptações de August Wilson com envolvimento de Denzel, vide ‘Um Limite Entre Nós’ e ‘A Voz Suprema do Blues’.

O gatinho valente

A animação ‘Flow’, coprodução entre Letônia, Bélgica e França, sobre um gato preto embarcando em uma espécie de nova Arca de Noé, após uma enchente, vem conquistando o mundo e superando os grandes blockbusters de Hollywood. Isso porque o filme é também uma forte analogia à inclusão e aceitação da diversidade, quando animais de várias espécies diferentes precisam aprender a conviver. No Globo de Ouro, por exemplo, derrubou medalhões como ‘Divertida Mente 2’ e ‘O Robô Selvagem’. E pode vir a fazer o mesmo no Oscar, isso porque além da nomeação a melhor filme de animação, foi indicado também, de maneira impressionante, na categoria de melhor filme estrangeiro, ao lado de longas com atores reais como ‘Emilia Pérez’ e o nosso ‘Ainda Estou Aqui’.

A Kriptonita

Fãs do mundo todo geraram comoção de indignação pelo documentário do saudoso Christopher Reeve não estar nomeado entre os cinco para o Oscar. ‘Super/Man – A História de Christopher Reeve’ conta a vida do intérprete do maior herói de todos, de como um desconhecido se tornava astro com uma adaptação de quadrinhos ainda nos anos 70 e a tragédia que abalou sua vida, quando caiu do cavalo durante uma exibição de hipismo e ficou tetraplégico aos 42 anos de idade. Dez anos depois, em 2004, o ator viria a falecer aos 52 anos, vítima de um infarto. O longa é uma emocionante homenagem ao ator, mas ficou de fora da corrida pelo Oscar.

Trump indicado

Um dos filmes mais polêmicos do ano passado foi ‘O Aprendiz’. Isso porque qualquer coisa levando o nome do presidente americano Donald Trump se torna automaticamente maldito para metade da população vivendo no planeta Terra. No entanto, ‘O Aprendiz’ não é uma homenagem ao político, muito pelo contrário, a proposta da produção é justamente apresenta-lo sob uma luz, digamos, não muito favorável. Muitos podem ter fugido do filme por ter achado se tratar de uma biografia lisonjeira, e tantos outros que foram assistir achando que iriam encontrar isso, devem ter se decepcionado.

Mas o que conta aqui é a coragem do ator Sebastian Stan, conhecido pelos filmes da Marvel, que tem se especializado nos maiores desafios para um ator de Hollywood, seja na TV ou no cinema. Ano passado, entre ‘O Aprendiz’ e ‘Um Homem Diferente’, ele apostou em duas ideias bastante fora da caixinha. No fim das contas, para a surpresa de todos, surgiu de forma inesperada como o azarão na categoria de melhor ator, conquistando sua primeira indicação ao Oscar de forma muito merecida. O longa ainda recebeu indicação de melhor coadjuvante para Jeremy Strong.

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