quinta-feira , 14 novembro , 2024

Assalto ao Banco Central

 

O cinema brasileiro está crescendo rapidamente, e com isso o número de filmes estreando aumentou drasticamente nos últimos anos, o que nos traz ótimas produções (‘Tropa de Elite 2’), bombas terríveis (‘Cilada.com’) e filmes despretensiosos, que divertem (‘De Pernas pro Ar’, ‘Bruna Surfistinha’).
Assalto ao Banco Central’ se encaixa na última citação, é entretenimento puro, divertido e descartável.

Inspirado em uma história real, que deixou a população brasileira boque aberta há seis anos, o longa tem erros e acertos visíveis, mas deixará grande parte do público satisfeito, com uma trama leve, cheia de boas risadas. ‘Assalto ao Banco Central’ é, na verdade, uma comédia.



Em Agosto de 2005, 164.7 milhões de reais foram roubados do Banco Central em Fortaleza, Ceará. Sem dar um único tiro, sem disparar um alarme, os bandidos entraram e saíram por um túnel de 84 metros cavado sob o cofre, carregando 3 toneladas de dinheiro. Foram mais de três meses de operação. Milhares de reais foram gastos no planejamento. Foi o segundo maior assalto a banco do mundo. Um dos crimes mais sofisticados e bem planejados de que já se teve notícia no Brasil. Quem eram essas pessoas? E o que aconteceu com elas depois?

O roteirista Renê Belmonte optou por usar a história real como base para uma trama fictícia, tendo a liberdade de trabalhar os personagens de maneira diferente da realidade, deixando os bandidos com cara de mocinhos.

E o problema é justamente esse: se Belmonte teve a liberdade de adicionar ficção à trama, ele poderia ter criado uma história muito mais realista e interessante, além de dar um fim digno a uma trama tão mirabolante, fato que não ocorreu – o final é o mais clichê possível.

A edição opta por adicionar os depoimentos dos bandidos enquanto a trama desenrola, para assim tentar criar um suspense sobre como eles conseguiram executar um golpe tão elaborado.

O grande acerto da produção está em seu elenco, muito esforçado e bem preparado.
Milhem Cortaz é quem rouba a cena, como o vilão Barão. O veterano Lima Duarte também demonstra todo seu talento, na pele do delegado Chico Amorim. O destaque ainda vai para Hermila Guedes, que entrega uma grande atuação como a sensual Carla, e Giulia Gam, interessante como a delegada Telma. Eriberto Leão, o protagonista Mineiro, entrega uma atuação mediana e contida.

Assalto ao Banco Central’ é visivelmente baseado nas produções de assalto norte-americanas, e assim como as mesmas, diverte sem grandes pretensões. Filme pipoca.

Crítica por: Renato Marafon

 

 

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Inspirado em uma história real, que deixou a população brasileira boque aberta há seis anos, o longa tem erros e acertos visíveis, mas deixará grande parte do público satisfeito, com uma trama leve, cheia de boas risadas. ‘Assalto ao Banco Central’ é, na verdade, uma comédia.

Em Agosto de 2005, 164.7 milhões de reais foram roubados do Banco Central em Fortaleza, Ceará. Sem dar um único tiro, sem disparar um alarme, os bandidos entraram e saíram por um túnel de 84 metros cavado sob o cofre, carregando 3 toneladas de dinheiro. Foram mais de três meses de operação. Milhares de reais foram gastos no planejamento. Foi o segundo maior assalto a banco do mundo. Um dos crimes mais sofisticados e bem planejados de que já se teve notícia no Brasil. Quem eram essas pessoas? E o que aconteceu com elas depois?

O roteirista Renê Belmonte optou por usar a história real como base para uma trama fictícia, tendo a liberdade de trabalhar os personagens de maneira diferente da realidade, deixando os bandidos com cara de mocinhos.

E o problema é justamente esse: se Belmonte teve a liberdade de adicionar ficção à trama, ele poderia ter criado uma história muito mais realista e interessante, além de dar um fim digno a uma trama tão mirabolante, fato que não ocorreu – o final é o mais clichê possível.

A edição opta por adicionar os depoimentos dos bandidos enquanto a trama desenrola, para assim tentar criar um suspense sobre como eles conseguiram executar um golpe tão elaborado.

O grande acerto da produção está em seu elenco, muito esforçado e bem preparado.
Milhem Cortaz é quem rouba a cena, como o vilão Barão. O veterano Lima Duarte também demonstra todo seu talento, na pele do delegado Chico Amorim. O destaque ainda vai para Hermila Guedes, que entrega uma grande atuação como a sensual Carla, e Giulia Gam, interessante como a delegada Telma. Eriberto Leão, o protagonista Mineiro, entrega uma atuação mediana e contida.

Assalto ao Banco Central’ é visivelmente baseado nas produções de assalto norte-americanas, e assim como as mesmas, diverte sem grandes pretensões. Filme pipoca.

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