Em ‘De Pernas pro Ar‘, o diretor Roberto Santucci deu sorte em ter Ingrid Guimarães à vontade em um roteiro divertido, porém cheio de falhas. Nesse ‘Até Que a Sorte nos Separe‘, nem o talento do comediante Leandro Hassum consegue salvar a produção.
Apesar de tirar alguns risos da plateia, a comédia não consegue decolar em nenhum momento, ficando à mercê de uma direção insegura e excesso de clichês com piadas desgastadas.
Livremente inspirado no best seller ‘Casais Inteligentes Enriquecem Juntos‘, de Gustavo Cerbasi, o filme conta a história de Tino, um pai de família que tem sua rotina transformada ao ganhar na loteria. Em dez anos, o fanfarrão gasta todo o dinheiro com uma vida de ostentação ao lado da mulher, Jane.
Ao descobrir que está falido, Tino, contrariado, é obrigado a aceitar a ajuda de Amauri, seu vizinho, um consultor financeiro nada divertido e extremamente econômico que, ao mesmo tempo, enfrenta uma crise no casamento com Laura. Quando Jane engravida do terceiro filho, Tino faz de tudo para esconder da esposa que estão na lona – a recomendação médica é que a grávida evite fortes emoções. Nessa missão, ele vai contar com ajuda de Adelson, seu melhor amigo, e dos filhos, em uma comédia de erros com situações hilárias.
Leandro Hassum está divertido como sempre, mas não consegue segurar a comédia sozinho. Nem a cena em que ele dança Flashdance consegue tirar gargalhadas da plateia, e acaba beirando o mal gosto. Danielle Winits cumpre exatamente o papel a que foi submetida, e tem uma atuação acima do normal. O casal demonstra química, mas sofre com o roteiro raso e a direção de Santucci.
‘Até Que a Sorte nos Separe‘ é diversão instantânea, daquelas que te faz rir por alguns segundos e já pode descartada de seu cérebro. No final, a produção passa uma mensagem positiva: Afinal, dinheiro traz ou não traz felicidade?
Se trouxer, não é comprando o ingresso desse filme que vai te fazer mais feliz…