Sinopse: Os irmãos Bielski tiveram seus pais assassinados durante um ataque nazista. Eles refugiam-se nas florestas da Bielorrússia e acabam encontrado outros judeus.Eles formam uma comunidade de refugiados.
Há uma infinidade de filmes sobre a Segunda Guerra Mundial. Algumas são baseadas em fatos, como A Lista de Schindler (1993), outras são fictícias, como O Menino de Pijama Listrado. A importância histórica desse período é perceptível já que sempre temos agradáveis surpresas com novas produções que conseguem trazer informações novas sobre o tema. Um Ato de Liberdade (Defiance) é um bom exemplo, tratando de uma parte desconhecida e real da perseguição que os judeus sofreram.
A jornada dos irmãos Bielski é tocante por si só. Envolvendo injustiças, preconceito, união familiar e sonhos de um futuro melhor, é impossível não se emocionar. O roteiro muda um pouco a história real na intenção de tornar os protagonistas mais heroicos ainda. Como a personalidade deles foi bem retratada logo no começo do filme, não fica muito forçada a aura quase épica em que eles são imbuídos.
Há poucos problemas em Um Ato de Liberdade mesmo assim são perdoáveis. Primeiramente, os personagens são provenientes da Bielorrússia, mas teimam em falar inglês com sotaque. Algumas cenas em que outros idiomas são ouvidos tentam reparar o deslize. O outro ponto baixo está no ritmo, que dá uma forte desacelerada no inverno. Enquanto os refugiados amarguram os martírios do inverno, o espectador também ficará desconfortável na poltrona. Fora isso, os quase 140 minutos de duração passam bem.
As cenas de ação fortes atrairão o público masculino e a retidão de caráter de Tulva personagem bem defendido por Daniel Craig (Quantum of Solace) cairá no gosto de quem estiver interessado pela vertente dramática da produção. A aliança bem construída por esses dois lados da mesma moeda já foi feita com primor pelo diretor Edward Zwick (Diamante de Sangue) em seus trabalhos anteriores.
Crítica por: Edu Fernandes