quarta-feira, abril 24, 2024

Atriz da ‘Dona Florinda’ entra na Justiça para que ‘Chaves’ volte a ser exibido

Desde agosto de 2020, os programas criados por Roberto Bolaños, como Chaves e Chapolin, foram tirados das TVs, plataformas de streaming e do YouTube no mundo todo. Isso aconteceu devido a um impasse sobre os direitos de transmissão entra a Televisa e os filhos do falecido ator, roteirista e diretor. Desde então, a apaixonada legião de fãs das séries passaram a recorrer a DVDs antigos e compartilhamentos ilegais de episódios on-line. Para piorar, a retirada desse conteúdo aconteceu em um período no qual o mundo vivia um lockdown generalizado, então diversos fãs estavam maratonando as produções.

Após o debate sobre os direitos passar um tempo fora dos noticiários, nesta semana, as os fãs do Chespirito ganharam um reforço de peso na luta para conseguirem assistir as séries novamente. Nesta segunda (14), a atriz e viúva de Roberto Bolaños, Florinda Meza, a Dona Florinda, usou sua conta no Twitter para lamentar os quase dois anos em que o mundo está afastado dos trabalhos da vida de seu falecido marido. Isso é ruim não só por questões financeiras, mas também prejudica o próprio legado de Bolaños, que faz sucesso principalmente em países da América Latina há cerca de 40 anos.

“Meu coração de Chapolin está triste, porque o programa ‘Chespirito’ não passa mais nas telas de um mundo tão carente de risadas e alegrias”, disse a atriz.

Questionada por fãs, que a acusaram de estar envolvida no imbróglio da família, Florinda explicou que não foi envolvida no processo judicial e que, se dependesse dela, as séries jamais deixariam de ser exibidas.

“Não fui envolvida nessa decisão [de deixar de exibir o programa]. Não levaram minha opinião em conta. Eu jamais teria permitido que tirassem o programa do ar. Não era isso que meu Roberto iria querer. Por isso, agora estou lutando na Justiça para que [a série] possa voltar a ser exibida”, afirmou Florinda.

Essa não foi a primeira vez que a atriz se posicionou contra a decisão. Em 2020, no dia em que a decisão de remover a exibição dos programas foi consolidada, Florinda fez duras críticas à ação.

“Qual minha opinião sobre deixar de exibir o ‘Chespirito’? Mesmo que eu não tenha nada a ver [com a decisão] porque, inexplicavelmente, eu não fui chamada para as negociações, acredito que justo agora, quando o mundo mais precisa de diversão, fazer isso é uma agressão às pessoas. Além disso, vai contra seus próprios interesses comerciais, porque, neste momento, queremos ver tudo que nos faça lembrar de um mundo que um dia já foi melhor. ‘Chespirito’ já é um programa cultuado. É parte do DNA da América Latina, que carregamos na memória genética. Tentar acabar com ele de uma hora para outra não é uma medida inteligente”, disse na época.

Não deixe de assistir:

Questionada sobre os filhos do ator, ela lamentou: “É triste ver como em sua própria casa, que foi criada com os dólares de nosso trabalho, é onde você é menos valorizada. Nunca pensei que isso fosse acontecer comigo, mas pela primeira vez encontrei uma razão para dizer: ‘Que bom que meu Rober não está mais neste mundo! Esse ato incompreensível não condiz com sua memória e a quem ele mais respeitou: o público. Talvez alguns executivos sem visão queiram apagá-lo. Mas no coração e na memória dos bons, que sempre o seguiram, ele estará mais vivo que nunca. Não é verdade?”, finalizou a atriz.

Pode ser que ainda demore um pouco para que o público enfim possa voltar a ver os icônicos e amados personagens do universo “CH”, mas a presença e intervenção de Florinda Meza certamente é um sopro de esperança e alento para os fãs de que um dia possam rever com dignidade as séries que foram tão importantes para a vida deles.

No Brasil, um dos países em que Chaves faz mais sucesso no mundo, a série foi exibida initerruptamente por 38 anos no SBT, casa oficial do programa na TV aberta, e em alguns canais fechados, como o Cartoon Network, Boomerang e o Multishow, onde foi remasterizado e lançou episódios inéditos com nova dublagem. Por conta da decisão judicial, desde o dia 31 de julho de 2020, os programas não são mais exibidos no país.

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Pedro Sobreirohttp://cinepop.com.br/
Jornalista apaixonado por entretenimento, com passagens por sites, revistas e emissoras como repórter, crítico e produtor.

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