‘Avatar’ foi lançado há exatos 11 anos nos cinemas brasileiros – e mudava mais uma vez o cenário do cinema com uma tecnologia de ponta e uma narrativa concisa. É claro que o longa-metragem não poderia partir de outra mente senão da de James Cameron, o mesmo diretor por trás de ‘Titanic’.
A história foi centrada em um ex-oficial da Marinha paraplégico, que foi enviado à Pandora em uma missão única. Mas seus valores são colocados em cheque quando, ao encarnar um dos seres que habitam esse incrível mundo, se sente em casa e parte de uma nova família. Sam Worthington, Sigourney Weaver, Zoë Saldaña, Stephen Lang e Michelle Rodriguez estrelaram a produção e ganharam elogios ao lado do imaginativo enredo e da impecável execução.
Para celebrar o aniversário e o legado do filme, que foi indicado a nove categorias do Oscar e levou três delas para casa, separamos uma breve lista com onze curiosidades sobre a produção.
Confira:
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A linguagem Na’vi foi criada inteiramente do zero pelo linguista Paul R. Frommer. Cameron o contratou para construir uma língua que seria fácil para os atores pronunciarem, mas não ressoaria nos dialetos humanos. Frommer criou cerca de 1000 palavras.
UM FILME COMPLICADO
Cameron originalmente planejava terminar o filme para lançá-lo em 1999. Entretanto, à época, os efeitos especiais que desejava aumentariam o orçamento para US$400 milhões – e nenhum estúdio estava disposto a financiar o projeto. Cameron, então, o engavetou por oito anos.
NASCE UMA ESTRELA
Matt Damon e Jake Gyllenhaal foram as primeiras escolhas da extinta 20th Century Fox para viver o protagonista Jake Sully. Porém, Cameron decidiu elencar o menos conhecido Sam Worthington para interpretá-lo.
PULSO FIRME
Conhecido por sua mão firme no set de filmagens, Cameron alegadamente mantinha uma pistola de pregos perto de si que usava para pregar telefones celulares que tocavam durante as gravações. Os aparelhos eram fixados em uma parede sobre um sinal de saída.
RECICLAGEM SONORA
A maior parte dos sons de animais ouvidos no filme são incursões sonoras recicladas dos dinossauros de ‘Jurassic Park: O Parque dos Dinossauros’, lançado em 1993. Os barulhos provém notavelmente do T-Rex e dos velocirraptores.
O MÉTODO
Para ajudar os atores a se prepararem aos papéis, Cameron levou o elenco e a equipe para o Havaí, onde passavam dias caminhando pelas florestas e selvas e vivendo como tribos (construindo fogueiras, pescando, entre outros), para terem um senso maior do que seria viver e andar por Pandora.
O MELHOR DOS DOIS MUNDOS
De acordo com Cameron, os Na’vi são azuis para criar um paralelo conceitual com as construções tradicionais da cultura hindu das divindades (como Vishnu e seus “avatares” – palavra em sânscrito que significa “manifestação do divino numa forma corporal”), mas também porque o diretor também era apaixonado pela cor azul.
DR. SEUSS VISITA PANDORA
O livro que Grace (Sigourney Weaver) encontra na escola abandonada é ‘O Lorax’, assinado pelo lendário romancista Dr. Seuss. Assim como o filme, o livro infantil é sobre uma floresta recheada de lindas árvores e criaturas místicas que enfrentam as forças destrutivas da ambição humana.
NATURALISMO EXPRESSIVO
Os atores que intepretaram os Na’vi tinham câmeras presas em suas cabeças, para que pudessem filmar close-ups de seus rostos. Pontos pintados na face permitiam que os softwares de captura de movimentos gravassem expressões, garantindo uma base sobre a qual os artistas de computação gráfica trabalhariam.
EU, EU MESMO E EU
Weaver interpreta uma persona de Cameron para sua personagem no filme. Em uma entrevista, a atriz disse que “brinquei com ele, porque, para mim, estou interpretando Jim Cameron no filme como essa pessoa perfeccionista, idealista e brilhante. Mas aquela mesma pessoa tem um grande coração escondido. Então devo dizer que estava sempre canalizando-o”.
PROCESSO DEMORADO
Qualquer cena com Zoë Saldaña era feita 100% física, facial e vocalmente ao mesmo tempo. Não é surpresa que levou quase um ano para capturar e transferir tudo para a personagem Neytiri.