A Academia Britânica de Artes do Cinema e Televisão (BAFTA) divulgou que sua composição de 14 mil membros está significativamente mais diversa, após um processo de mudança que começou há cinco anos.
Conforme a Variety, o sindicato revelou que, em 2025, alcançou quase todas as metas de representatividade estabelecidas em 2020:
- 20% de integrantes de grupos étnicos minoritários (atual: 19,85%).
- 12% de pessoas surdas, com deficiência ou neurodivergentes (atual: 12,84%).
- 10% de pessoas LGB+ (atual: 13,29%).
Embora a meta de 50% de mulheres ainda não tenha sido alcançada, a organização destacou um progresso notável: 51% dos novos membros admitidos desde 2020 se identificam como mulheres.
Uma meta relacionada à origem socioeconômica não havia sido definida em 2020. A BAFTA introduziu a questão e começou a reportar os dados em 2023.
A origem socioeconômica passou a ser considerada apenas em 2023, após recomendações da Comissão de Mobilidade Social. Hoje, 19% dos membros vêm de famílias da classe trabalhadora, e 21% dos novos integrantes desde 2020 se identificam nesse grupo.
Metas para 2030
A partir de 2026, a BAFTA ampliará seus objetivos:
- Aumentar para 18% a representatividade de pessoas surdas, com deficiência ou neurodivergentes até 2030.
- Atrair 25% de novos membros de origens socioeconômicas mais baixas.
- Aprofundar a análise sobre a participação de pessoas não brancas em cargos de liderança.
- Ampliar o número de mulheres nos setores de games e em funções técnicas, onde a representatividade atual é inferior a 40%.
Declarações da liderança
“Tenho orgulho do progresso da BAFTA na construção de uma comunidade diversificada, que reflete a amplitude de talentos do cinema, dos games e da televisão”, afirmou Sara Putt, presidente da instituição. “Há desafios sistêmicos que ainda limitam oportunidades, especialmente para pessoas com deficiência e para profissionais de origem da classe trabalhadora, e precisamos continuar pressionando por mudanças”.
Andrew Miller, membro do conselho e do Grupo Consultivo de Deficiência, reforçou: “Inclusão não acontece sozinha; exige esforço e compromisso. Com quase 13% de membros declarando alguma deficiência e uma meta ambiciosa para 2030, a BAFTA está liderando pelo exemplo no avanço da representatividade”.
Atualmente, cerca de 10 mil membros participam da votação anual dos prêmios de cinema, games e televisão. Só em 2025, 782 novos membros titulares foram admitidos.