quinta-feira , 21 novembro , 2024

‘Batem à Porta’ estreia no Telecine | Atualizamos Nosso Ranking com TODOS os filmes de M. Night Shyamalan – Confira!

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Batem à Porta’ é a mais recente e enigmática produção do diretor M. Night Shyamalan – um cineasta que não sai da boca dos cinéfilos. Baseado no livro de Paul Tremblay, o longa estreou nos cinemas brasileiros no dia 2 de fevereiro deste ano, e chegava ao seu país de origem, os EUA, no dia seguinte, 3 de fevereiro. É claro que nenhum filme de Shyamalan passa em branco, sendo assim no início de 2023 ‘Batem à Porta’ deu o que falar. O filme chegou recentemente à rede Telecine – parte do acervo de seu streaming igualmente – de forma inédita em uma plataforma no Brasil.

Como forma de comemorar esta grande estreia, que dá chance para todos que não conseguiram conferir o filme nos cinemas – como este que vos fala -, resolvemos criar uma nova matéria de ranking, destacando do pior ao melhor os 13 filmes dirigidos por M. Night Shyamalan (com direito a um bônus). E sim, aqui levamos em conta apenas os filmes com assinatura do diretor, as séries (como ‘Wayward Pines’ e ‘Servant’) ficaram de fora. Outro detalhe é que desta vez ranqueamos os filmes de acordo com o gosto pessoal, o que não deve ser exatamente igual ao seu – por isso, não esqueça de montar seu próprio ranking nos comentários. Confira abaixo.



14 | Bônus: Demônio (2010)

É interessante perceber como certos filmes mudam em nosso gosto – já que nossa percepção da arte e do mundo de forma geral também se encontra em constante transformação e evolução. Não somos os mesmos que éramos há 20, 10 anos – ou sequer no ano passado. Sendo assim é natural que obras como filmes ganhem ou percam pontos em nossos corações e mentes constantemente. É o caso com esse ‘Demônio’, que inaugura nossa lista como o pior filme de M. Night Shyamalan.

Sabemos que não foi dirigido por ele, mas com roteiro e produção, esse é sim muito um filme de Shyamalan. A premissa de ter cinco pessoas presas no elevador e uma delas ser o diabo encarnado já pode por si só fazer muitos torcerem o nariz, porém, ao fazer o tinhoso pregar peças do tipo “apagar a luz e arranhar pernas” nos deixa pensando que ele deve ter coisas mais importantes a fazer.

13 | O Último Mestre do Ar (2010)

O ano de 2010 não foi muito favorável ao diretor. Suas duas apostas ambiciosas para o ano naufragaram. Primeiro, sua produtora Night Chronicles, que deveria lançar filmes de terror originais, parou logo na primeira produção com o fracasso de ‘Demônio’. E segundo com este filme, que marcou sua primeira investida em um blockbuster, longe do cinema de gênero (suspense e terror). A adaptação em live-action da famosa animação ‘Avatar’ era um projeto de paixão que Shyamalan descobriu ao lado dos filhos. Digamos apenas que rendeu um filme desinteressante, para sermos bonzinhos.

12 | Depois da Terra (2013)

Quando um artista, esportista ou qualquer pessoa de fato, possui um dom, deve-se concentrar nele. Shyamalan ficou conhecido por seus filmes de terror e suspense, assim quando tentou se desviar brevemente do gênero apostando em superproduções de aventura, ação e ficção, a coisa não deu muito certo. Depois do malfadado ‘O Último Mestre do Ar’, o cineasta levava às telonas outro projeto que não tinha a sua assinatura, mas sim a de Will Smith, que visava emplacar conceitos da cientologia, como superação do medo, em um filme. Também conhecido como “Nepotismo – O Filme”, Smith não conseguiu fazer de seu filho, Jaden, um astro e o diretor ficou com outro fracasso em mãos.

11 | Tempo (2021)

É compreensível os que preferem não considerar ‘O Último Mestre do Ar’ e ‘Depois da Terra’ como filmes de M. Night Shyamalan. Isso porque além de não fazerem parte dos gêneros nos quais o diretor baseou toda a sua filmografia, também não são projetos que saíram de sua mente, tendo vindo de outras fontes. Ou seja, não são filmes pessoais de Shyamalan como todos os outros. Estes, começaremos a listar agora, com o pior em nossa opinião. ‘Tempo’ possui uma premissa intrigante: uma praia onde o tempo passa incrivelmente rápido, transformando crianças em adolescentes e adultos em velhos. Porém, nada de muito criativo é feito com isso, resultando em um longa extremamente enfadonho.

10 | Fim dos Tempos (2008)

Universalmente conhecido como um dos piores filmes, não apenas de M. Night Shyamalan, como também de todos os tempos, ‘The Happening’ (no título original) já virou motivo de tantas piadas que adquiriu certo status de ícone cult, adentrando aquela categoria do “tão ruim que fica bom” – do qual ‘The Room’ (2003) se prevaleceu. É justamente essa graça e sabor trash que coloca ‘Fim dos Tempos’ acima de ‘Tempo’ (um filme que sequer sabe que é ruim). Esse aqui traz momentos inesquecíveis como Mark Wahlberg falando com plantas de plástico e uma performance “dopada” de Zooey Deschanel. Foi o primeiro filme de censura alta e terror declarado do diretor.

09 | A Dama na Água (2006)

Na época que fez ‘A Dama na Água’, Shyamalan estava com o ego ferido, por ter recebido críticas duras em ‘A Vila’ (2004), seu trabalho anterior. Assim, parece ter tido a intenção de provocar ainda mais – e para isso resolveu contar uma história de ninar / conto de fadas para adultos, que ficou perdido no limbo, sem apelar aos adultos ou às crianças. Como se não bastasse o vilão de seu filme aqui é um crítico de cinema pedante, a quem Shyamalan mata com uma morte horrível; ao mesmo tempo se incluindo na trama como um personagem com bloqueio criativo, mas que possui o dom da escrita, capaz de salvar o mundo com sua arte. Em resumo, ‘A Dama na Água’ é um dos filmes mais egocêntricos já feitos.

08 | Vidro (2019)

Todo artista possui obras que despertam os mais variados tipos de adjetivos. Quando falamos em adjetivos negativos, enfadonho, pedante, ridículo e involuntariamente cômico são alguns deles. Mas um dos mais “ferinos” é decepcionante. E este se enquadra direitinho em ‘Vidro’, a mais que decepcionante conclusão de uma trilogia – meio involuntária – do diretor. Juntar ‘Corpo Fechado’ e ‘Fragmentado’ na mesma narrativa ao final do segundo foi quase um chiste provocativo do cineasta. Mas um filme depois disso precisava existir. E o que Shyamalan escolheu para isso se tornou um grande banho de água fria.

07 | Batem à Porta (2023)

Podemos dizer que atualmente a filmografia de M. Night Shyamalan está exatamente dividida em partes iguais. A primeira metade, a parte de cima da lista com os sete primeiros filmes (incluindo o bônus) são os filmes ruins – que não possuem muitos defensores, com alguns inclusive figurando entre os piores de seus respectivos anos. Já os sete últimos, a começar por este item, são os filmes bons, que reservam muitas qualidades redentoras. E o primeiro filme bom da lista é ‘Batem à Porta’, seu mais recente exemplar, que fala sobre amor, fé, compaixão e altruísmo. E também morte e violência. Com ‘Tempo’ o diretor deu uma grande bola fora, mas recuperaria a forma logo no trabalho seguinte. Esperamos que os próximos filmes mantenham este nível de interesse e tensão até o último minuto.

06 | A Visita (2015)

Depois de uma fase de cinco filmes ruins consecutivos, quase ninguém mais levava fé no diretor. Assim, ele se recompôs e deu a volta por cima. E para isso voltou às origens, ou seja, criou um filme autoral verdadeiramente assustador e genuinamente engraçado e criativo. Ao invés de sua costumeira ambição e megalomania, Shyamalan optava por um filme pequeno, que muito bem poderia ser uma peça de teatro, apostando no seu roteiro, em personagens bem desenvolvidos e carismáticos, e na força de sua história. Nunca uma visita de um casal de adolescentes a seus avós foi mais assustadora.

05 | Corpo Fechado (2000)

Corpo Fechado’ sofreu por ser o filme que Shyamalan fez após o fenômeno ‘O Sexto Sentido’ – o que deixou todos esperando por algo no mesmo nível. E ‘Corpo Fechado’ não está no mesmo nível. Porém, rapidamente atingiu status de cult, com muitos cinéfilos elogiando o longa que brinca com a mitologia do cinema de super-heróis muito antes do gênero se tornar o mais popular de Hollywood. Justamente por isso, o próprio diretor enaltece a obra como visionária. Realmente é uma olhada única no tema, mas a produção pode igualmente ter sido pega na chamada ‘fadiga do gênero”.

04 | Fragmentado (2017)

Em nossa opinião ‘Fragmentado’ é ainda melhor do que ‘Corpo Fechado’. Um filme não tem nada a ver com o outro, tendo propostas e tons bem diferentes – o que fez de seu desfecho ligando os dois uma grande surpresa para todos. A vantagem de ‘Fragmentado’ está no tour de force de James McAvoy, ou seja, sua atuação corajosa e sem barreiras, como um sujeito dono de nada menos que 23 personalidades, que precisa de tratamento psiquiátrico. É claro que não vemos todas elas em tela, mas vemos o suficiente para garantir os aplausos ao intérprete. Quem consegue destaque também é Anya Taylor-Joy como uma de suas vítimas. Aliás, o filme sequer necessitava do final com toques sobrenaturais tão óbvios, sendo que funcionaria melhor de forma sugestiva e real.

03 | O Sexto Sentido (1999)

O feito de ‘O Sexto Sentido’ na época foi mais que impressionante. O filme foi o responsável por trazer um novo respeito ao terror na época – adicionando em primeiro lugar o drama de seus personagens e seus relacionamentos. Em sua essência, o longa é sobre a relação de uma mãe amorosa, que descobre que seu filho guarda um terrível segredo que não consegue explicar – e que situações para lá de estranhas vivem acontecendo em torno dele. ‘O Sexto Sentido’ não é uma história de fantasmas qualquer, e tomou o mundo de assalto muito pela revelação final – que se tornou ao mesmo tempo a marca registrada do diretor e sua maldição, porque nada jamais se comparou.

02 | Sinais (2002)

Colocar ‘Sinais’ acima de ‘O Sexto Sentido’ é uma decisão para lá de ousada, mas estamos aqui para isso. Afinal, qual é a graça de entregar para vocês uma lista exatamente igual às outras dez que vocês conhecem envolvendo Shyamalan. Mas aqui também não é o caso de chocar apenas para ser diferente. Neste momento, acreditamos que ‘Sinais’ seja uma das grandes obras-primas da carreira do diretor, e uma até bem subestimada atualmente. Tudo bem que o meme sobre os E.T.s que possuem medo de água virem ao planeta Terra até faz sentido, mas em seu cerne ‘Sinais’ é um drama poderoso sobre perda e recuperação de fé – e não existe dádiva maior. Ou seja, suas questões dramáticas são ainda mais intensas que as do item acima. Isso sem contar que consegue ser genuinamente o filme mais assustador de Shyamalan.

01 | A Vila (2004)

Essa é para cair o c# da b%nda! Mas sim, em nossa opinião ‘A Vila’ é o melhor filme de M. Night Shyamalan. Curiosamente, foi também o primeiro grande divisor de águas em sua carreira, que fez a maioria dos críticos anunciarem que o diretor havia realizado seu primeiro filme ruim. Acontece que ‘A Vila’ é uma venda difícil. Mas eu lembro até hoje o tremendo hype que o filme gerou, afinal o cineasta vinha de fenômenos como ‘O Sexto Sentido’ e ‘Sinais’.

Foi também o começo do movimento “fuja de spoilers”, isso ainda em 2004. Tudo o que sabíamos era da existência de um vilarejo cercado por uma floresta que escondia monstros. Mas o que eram estes monstros ninguém poderia imaginar. Mais uma vez, o principal aqui são os temas que o diretor usa, da pureza e inocência, da utopia de um mundo perfeito, longe de qualquer violência – que é o que no fundo almejamos para nós e para os nossos, mesmo sabendo que é impossível, pois a violência é inerente do ser humano e a carregamos conosco seja aonde quer que formos.

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Batem à Porta’ é a mais recente e enigmática produção do diretor M. Night Shyamalan – um cineasta que não sai da boca dos cinéfilos. Baseado no livro de Paul Tremblay, o longa estreou nos cinemas brasileiros no dia 2 de fevereiro deste ano, e chegava ao seu país de origem, os EUA, no dia seguinte, 3 de fevereiro. É claro que nenhum filme de Shyamalan passa em branco, sendo assim no início de 2023 ‘Batem à Porta’ deu o que falar. O filme chegou recentemente à rede Telecine – parte do acervo de seu streaming igualmente – de forma inédita em uma plataforma no Brasil.

Como forma de comemorar esta grande estreia, que dá chance para todos que não conseguiram conferir o filme nos cinemas – como este que vos fala -, resolvemos criar uma nova matéria de ranking, destacando do pior ao melhor os 13 filmes dirigidos por M. Night Shyamalan (com direito a um bônus). E sim, aqui levamos em conta apenas os filmes com assinatura do diretor, as séries (como ‘Wayward Pines’ e ‘Servant’) ficaram de fora. Outro detalhe é que desta vez ranqueamos os filmes de acordo com o gosto pessoal, o que não deve ser exatamente igual ao seu – por isso, não esqueça de montar seu próprio ranking nos comentários. Confira abaixo.

14 | Bônus: Demônio (2010)

É interessante perceber como certos filmes mudam em nosso gosto – já que nossa percepção da arte e do mundo de forma geral também se encontra em constante transformação e evolução. Não somos os mesmos que éramos há 20, 10 anos – ou sequer no ano passado. Sendo assim é natural que obras como filmes ganhem ou percam pontos em nossos corações e mentes constantemente. É o caso com esse ‘Demônio’, que inaugura nossa lista como o pior filme de M. Night Shyamalan.

Sabemos que não foi dirigido por ele, mas com roteiro e produção, esse é sim muito um filme de Shyamalan. A premissa de ter cinco pessoas presas no elevador e uma delas ser o diabo encarnado já pode por si só fazer muitos torcerem o nariz, porém, ao fazer o tinhoso pregar peças do tipo “apagar a luz e arranhar pernas” nos deixa pensando que ele deve ter coisas mais importantes a fazer.

13 | O Último Mestre do Ar (2010)

O ano de 2010 não foi muito favorável ao diretor. Suas duas apostas ambiciosas para o ano naufragaram. Primeiro, sua produtora Night Chronicles, que deveria lançar filmes de terror originais, parou logo na primeira produção com o fracasso de ‘Demônio’. E segundo com este filme, que marcou sua primeira investida em um blockbuster, longe do cinema de gênero (suspense e terror). A adaptação em live-action da famosa animação ‘Avatar’ era um projeto de paixão que Shyamalan descobriu ao lado dos filhos. Digamos apenas que rendeu um filme desinteressante, para sermos bonzinhos.

12 | Depois da Terra (2013)

Quando um artista, esportista ou qualquer pessoa de fato, possui um dom, deve-se concentrar nele. Shyamalan ficou conhecido por seus filmes de terror e suspense, assim quando tentou se desviar brevemente do gênero apostando em superproduções de aventura, ação e ficção, a coisa não deu muito certo. Depois do malfadado ‘O Último Mestre do Ar’, o cineasta levava às telonas outro projeto que não tinha a sua assinatura, mas sim a de Will Smith, que visava emplacar conceitos da cientologia, como superação do medo, em um filme. Também conhecido como “Nepotismo – O Filme”, Smith não conseguiu fazer de seu filho, Jaden, um astro e o diretor ficou com outro fracasso em mãos.

11 | Tempo (2021)

É compreensível os que preferem não considerar ‘O Último Mestre do Ar’ e ‘Depois da Terra’ como filmes de M. Night Shyamalan. Isso porque além de não fazerem parte dos gêneros nos quais o diretor baseou toda a sua filmografia, também não são projetos que saíram de sua mente, tendo vindo de outras fontes. Ou seja, não são filmes pessoais de Shyamalan como todos os outros. Estes, começaremos a listar agora, com o pior em nossa opinião. ‘Tempo’ possui uma premissa intrigante: uma praia onde o tempo passa incrivelmente rápido, transformando crianças em adolescentes e adultos em velhos. Porém, nada de muito criativo é feito com isso, resultando em um longa extremamente enfadonho.

10 | Fim dos Tempos (2008)

Universalmente conhecido como um dos piores filmes, não apenas de M. Night Shyamalan, como também de todos os tempos, ‘The Happening’ (no título original) já virou motivo de tantas piadas que adquiriu certo status de ícone cult, adentrando aquela categoria do “tão ruim que fica bom” – do qual ‘The Room’ (2003) se prevaleceu. É justamente essa graça e sabor trash que coloca ‘Fim dos Tempos’ acima de ‘Tempo’ (um filme que sequer sabe que é ruim). Esse aqui traz momentos inesquecíveis como Mark Wahlberg falando com plantas de plástico e uma performance “dopada” de Zooey Deschanel. Foi o primeiro filme de censura alta e terror declarado do diretor.

09 | A Dama na Água (2006)

Na época que fez ‘A Dama na Água’, Shyamalan estava com o ego ferido, por ter recebido críticas duras em ‘A Vila’ (2004), seu trabalho anterior. Assim, parece ter tido a intenção de provocar ainda mais – e para isso resolveu contar uma história de ninar / conto de fadas para adultos, que ficou perdido no limbo, sem apelar aos adultos ou às crianças. Como se não bastasse o vilão de seu filme aqui é um crítico de cinema pedante, a quem Shyamalan mata com uma morte horrível; ao mesmo tempo se incluindo na trama como um personagem com bloqueio criativo, mas que possui o dom da escrita, capaz de salvar o mundo com sua arte. Em resumo, ‘A Dama na Água’ é um dos filmes mais egocêntricos já feitos.

08 | Vidro (2019)

Todo artista possui obras que despertam os mais variados tipos de adjetivos. Quando falamos em adjetivos negativos, enfadonho, pedante, ridículo e involuntariamente cômico são alguns deles. Mas um dos mais “ferinos” é decepcionante. E este se enquadra direitinho em ‘Vidro’, a mais que decepcionante conclusão de uma trilogia – meio involuntária – do diretor. Juntar ‘Corpo Fechado’ e ‘Fragmentado’ na mesma narrativa ao final do segundo foi quase um chiste provocativo do cineasta. Mas um filme depois disso precisava existir. E o que Shyamalan escolheu para isso se tornou um grande banho de água fria.

07 | Batem à Porta (2023)

Podemos dizer que atualmente a filmografia de M. Night Shyamalan está exatamente dividida em partes iguais. A primeira metade, a parte de cima da lista com os sete primeiros filmes (incluindo o bônus) são os filmes ruins – que não possuem muitos defensores, com alguns inclusive figurando entre os piores de seus respectivos anos. Já os sete últimos, a começar por este item, são os filmes bons, que reservam muitas qualidades redentoras. E o primeiro filme bom da lista é ‘Batem à Porta’, seu mais recente exemplar, que fala sobre amor, fé, compaixão e altruísmo. E também morte e violência. Com ‘Tempo’ o diretor deu uma grande bola fora, mas recuperaria a forma logo no trabalho seguinte. Esperamos que os próximos filmes mantenham este nível de interesse e tensão até o último minuto.

06 | A Visita (2015)

Depois de uma fase de cinco filmes ruins consecutivos, quase ninguém mais levava fé no diretor. Assim, ele se recompôs e deu a volta por cima. E para isso voltou às origens, ou seja, criou um filme autoral verdadeiramente assustador e genuinamente engraçado e criativo. Ao invés de sua costumeira ambição e megalomania, Shyamalan optava por um filme pequeno, que muito bem poderia ser uma peça de teatro, apostando no seu roteiro, em personagens bem desenvolvidos e carismáticos, e na força de sua história. Nunca uma visita de um casal de adolescentes a seus avós foi mais assustadora.

05 | Corpo Fechado (2000)

Corpo Fechado’ sofreu por ser o filme que Shyamalan fez após o fenômeno ‘O Sexto Sentido’ – o que deixou todos esperando por algo no mesmo nível. E ‘Corpo Fechado’ não está no mesmo nível. Porém, rapidamente atingiu status de cult, com muitos cinéfilos elogiando o longa que brinca com a mitologia do cinema de super-heróis muito antes do gênero se tornar o mais popular de Hollywood. Justamente por isso, o próprio diretor enaltece a obra como visionária. Realmente é uma olhada única no tema, mas a produção pode igualmente ter sido pega na chamada ‘fadiga do gênero”.

04 | Fragmentado (2017)

Em nossa opinião ‘Fragmentado’ é ainda melhor do que ‘Corpo Fechado’. Um filme não tem nada a ver com o outro, tendo propostas e tons bem diferentes – o que fez de seu desfecho ligando os dois uma grande surpresa para todos. A vantagem de ‘Fragmentado’ está no tour de force de James McAvoy, ou seja, sua atuação corajosa e sem barreiras, como um sujeito dono de nada menos que 23 personalidades, que precisa de tratamento psiquiátrico. É claro que não vemos todas elas em tela, mas vemos o suficiente para garantir os aplausos ao intérprete. Quem consegue destaque também é Anya Taylor-Joy como uma de suas vítimas. Aliás, o filme sequer necessitava do final com toques sobrenaturais tão óbvios, sendo que funcionaria melhor de forma sugestiva e real.

03 | O Sexto Sentido (1999)

O feito de ‘O Sexto Sentido’ na época foi mais que impressionante. O filme foi o responsável por trazer um novo respeito ao terror na época – adicionando em primeiro lugar o drama de seus personagens e seus relacionamentos. Em sua essência, o longa é sobre a relação de uma mãe amorosa, que descobre que seu filho guarda um terrível segredo que não consegue explicar – e que situações para lá de estranhas vivem acontecendo em torno dele. ‘O Sexto Sentido’ não é uma história de fantasmas qualquer, e tomou o mundo de assalto muito pela revelação final – que se tornou ao mesmo tempo a marca registrada do diretor e sua maldição, porque nada jamais se comparou.

02 | Sinais (2002)

Colocar ‘Sinais’ acima de ‘O Sexto Sentido’ é uma decisão para lá de ousada, mas estamos aqui para isso. Afinal, qual é a graça de entregar para vocês uma lista exatamente igual às outras dez que vocês conhecem envolvendo Shyamalan. Mas aqui também não é o caso de chocar apenas para ser diferente. Neste momento, acreditamos que ‘Sinais’ seja uma das grandes obras-primas da carreira do diretor, e uma até bem subestimada atualmente. Tudo bem que o meme sobre os E.T.s que possuem medo de água virem ao planeta Terra até faz sentido, mas em seu cerne ‘Sinais’ é um drama poderoso sobre perda e recuperação de fé – e não existe dádiva maior. Ou seja, suas questões dramáticas são ainda mais intensas que as do item acima. Isso sem contar que consegue ser genuinamente o filme mais assustador de Shyamalan.

01 | A Vila (2004)

Essa é para cair o c# da b%nda! Mas sim, em nossa opinião ‘A Vila’ é o melhor filme de M. Night Shyamalan. Curiosamente, foi também o primeiro grande divisor de águas em sua carreira, que fez a maioria dos críticos anunciarem que o diretor havia realizado seu primeiro filme ruim. Acontece que ‘A Vila’ é uma venda difícil. Mas eu lembro até hoje o tremendo hype que o filme gerou, afinal o cineasta vinha de fenômenos como ‘O Sexto Sentido’ e ‘Sinais’.

Foi também o começo do movimento “fuja de spoilers”, isso ainda em 2004. Tudo o que sabíamos era da existência de um vilarejo cercado por uma floresta que escondia monstros. Mas o que eram estes monstros ninguém poderia imaginar. Mais uma vez, o principal aqui são os temas que o diretor usa, da pureza e inocência, da utopia de um mundo perfeito, longe de qualquer violência – que é o que no fundo almejamos para nós e para os nossos, mesmo sabendo que é impossível, pois a violência é inerente do ser humano e a carregamos conosco seja aonde quer que formos.

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