sexta-feira , 22 novembro , 2024

Black Mirror | Os 10 MELHORES episódios da visceral antologia da Netflix…

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Cuidado: spoilers à frente.

Black Mirror se tornou uma das maiores sensações televisivas do século – e não foi por qualquer motivo. A série, criada por Charlie Brooker, oferece uma perspectiva catastrófica dos avanços da tecnologia e da submissão do ser humano a uma entidade que, cada vez mais, controla nossas vidas.



Não é surpresa que, após a estreia da produção em 2011, ela tenha se transformado em uma sensação inimaginável, migrando para o mainstream e sendo adquirida pela Netflix para a construção de episódios futuros. E, apesar da qualidade da série ter decaído consideravelmente nesta última década, é sempre bom nos recordarmos dos tempos de glória do show – e de como ficamos paranoicos com algumas mensagens promovidas pelas histórias.

Pensando nisso, montamos um ranking dos dez melhores episódios de ‘Black Mirror.

Confira abaixo as nossas escolhas e conte para nós qual o seu favorito:

10. “METALHEAD”

“Metalhead” é um subestimado episódios que, de fato, merecia mais reconhecimento do que tem. Desde sua incrível construção estética – mergulhada no neo-noir sci-fi e na escolha monocromática da montagem – até a potente narrativa, a iteração presta homenagem a franquias como ‘O Exterminador do Futuro’ ao construir um futuro pós-apocalíptico em que as máquinas (ou, no caso, cachorros robóticos) se voltam contra os humanos e têm como única missão exterminá-los. Ainda que não totalmente original, o resultado é bastante positivo e termina com um cliffhanger dilacerante.

9. “USS CALLISTER”

Trazendo inúmeras referências a ‘Star Trek’, “USS Callister” veio sem muito barulho, causando uma impressão bastante positiva ao estrear na Netflix em dezembro de 2017. Contando com nomes como Jesse Plemons e Cristin Milioti no elenco, o episódio utiliza com maestria suspense, comédia e drama, promovendo uma exaltação saudosista de incursões sci-fi à medida que discorre sobre um frustrado homem que cria uma simulação realista ambientada numa espaçonave – onde seus colegas de trabalho são membros de uma tripulação e devem obedecer a seus comandos. O capítulo, inclusive, trouxe reflexões interessantes sobre abuso de poder e levou para casa quatro estatuetas do Emmy, incluindo Melhor Filme Televisivo.

8. “HANG THE DJ”

No futuro, o relacionamento entre as pessoas é metrificado através de um aplicativo de última geração – que indica a porcentagem de compatibilidade e até mesmo a duração de namoros com determinado parceiro. Mas isso não é o suficiente para Amy (Georgina Campbell) e Frank (Joe Cole) que, lutando contra o status quo que lhes é imposto, fazem de tudo para deixar as coisas rolarem, por mais que enfrentem obstáculos no meio do caminho. Inspirado pela era do streaming, o episódio foi indicado a três categorias do BAFTA e trouxe uma esperançosa reviravolta que suavizou o pesado ritmo de Black Mirror.

7. “THE ENTIRE HISTORY OF YOU”

“The Entire History of You” é ambientado em um futuro onde uma nanotecnologia de ponta registra os sentidos audiovisuais das pessoas, permitindo que uma pessoa revise suas memórias. O advogado Liam (Toby Kebbell) participa de um jantar com sua esposa Ffion (Jodie Whittaker), ficando desconfiado ao vê-la interagir zelosamente com um amigo dela, Jonas (Tom Cullen). Isso o leva a examinar suas memórias e as afirmações de Ffion sobre a natureza de seu relacionamento com Jonas. Com twists de arregalar os olhos e uma análise pungente sobre confiança e abandono, o episódio definitivamente não poderia ter sido deixado de fora da nossa lista.

6. “HATED IN THE NATION”

Black Mirror S1 EP5-6

É notável como a 3ª temporada de Black Mirror é uma das grandes conquistas do circuito televisivo contemporâneo – contando com episódios simplesmente apaixonantes, derradeiros e angustiantes. “Hated in the Nation” é um desses exemplos: o thriller neo-noir acompanha duas detetives investigando mortes misteriosas que estão atreladas ao crescente uso de abelhas-robôs utilizadas para polinização. As vítimas são escolhidas em uma sórdida enquete online em que pessoas de caráter duvidoso e condenável são escolhidas como as “mais odiadas da nação”, tendo seu destino selado de uma vez por todas.

5. “SAN JUNIPERO”

Black Mirror pode não ter muitas histórias felizes, mas “San Junipero” foge dessa premissa engessada e se consagra como uma cândida trama romântica sci-fi que superou todas as nossas expectativas. Vencedor de duas estatuetas do Emmy Awards, o episódio apresenta uma “cidade-resort” chamada San Junipero, onde Yorkie (Mackenzie Davis) e Kelly (Gugu Mbatha-Raw) se conhecem e começam a se apaixona. A cidade é uma realidade simulada em que pessoas mais velhas podem viver para sempre, mesmo após a morte – e todas as questões existencialistas promulgadas pelo capítulo foram alvo de grande comoção pelos críticos e pelo público.

4. “NOSEDIVE”

“Nosedive” abriu com sucesso a 3ª temporada – e conquistou os fãs pela proximidade com a realidade. A trama, comandada por ninguém menos que Joe Wright (‘Orgulho e Preconceito’), é situada em um futuro próximo em que as pessoas possuem implantes córneos e utilizam um aplicativo de celular para avaliarem os outros a seu redor com um valor entre uma e cinco estrelas. Dentro desse complexo cosmos, Lacie (Bryce Dallas Howard) tenta ao máximo conseguir a pontuação necessária para comprar a casa dos sonhos e, além disso, se prepara para o casamento de uma velha amiga de infância. É a partir daí que tudo degringola – e Lacie se vê pega em uma burocracia que pode destruir a sua vida.

3. “WHITE BEAR”

Uma mulher acorda em uma casa e não tem ideia de como foi parar lá – ou até mesmo de quem é. Ao sair, ela percebe que várias pessoas a estão observando, gravando seus movimentos com aparelhos de celular, como se estivessem em transe. Os problemas aumentam quando ela começa a ser caçada por homicidas sedentos por sangue – aliando-se a uma jovem para tentar fazer com que tudo volte à normalidade. O que ela não imaginava é que tudo não passava de uma encenação, uma simulação criada para que ela revivesse o mesmo dia várias vezes como forma de punição pelos crimes que cometeu no passado.

2. “THE NATIONAL ANTHEM”

O capítulo que deu início a tudo. “The National Anthem” é uma das incursões televisivas mais bizarras da memória recente e, por essa razão – e por sua reviravolta aplaudível -, configura-se como um dos grandes episódios da antologia. Na trama, um membro da família real britânica é sequestrado e, para soltá-la, o criminoso exige que o primeiro-ministro performe atos sexuais com um suíno para todo o país através de uma transmissão ao vivo – levando-o a colocar em xeque os próprios valores e o que significa ser um grande líder. Aclamado pelos especialistas, o episódio deu o tom da série como um todo e deixou bem claro que finais felizes não seriam uma opção.

1. “WHITE CHRISTMAS”

Em dezembro de 2014, Brooker e seu time criativo aproveitaram a popularização dos “especiais de fim de ano” para lançar o episódio (ou longa-metragem, como preferir) “White Christmas”. Considerado como uma das melhores iterações da antologia, a trama gira em torno de dois homens (interpretados por Jon Hamm e Rafe Spall) que escondem segredos obscuros e que compartilham de suas respectivas histórias em uma tarde de Natal, isolados em uma cabana no meio do ártico. Entretanto, como já podemos imaginar, nada é o que parece ser – e as consequências de suas confissões são desastrosas.

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Thiago Nollahttps://www.editoraviseu.com.br/a-pedra-negra-prod.html
Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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Não é surpresa que, após a estreia da produção em 2011, ela tenha se transformado em uma sensação inimaginável, migrando para o mainstream e sendo adquirida pela Netflix para a construção de episódios futuros. E, apesar da qualidade da série ter decaído consideravelmente nesta última década, é sempre bom nos recordarmos dos tempos de glória do show – e de como ficamos paranoicos com algumas mensagens promovidas pelas histórias.

Pensando nisso, montamos um ranking dos dez melhores episódios de ‘Black Mirror.

Confira abaixo as nossas escolhas e conte para nós qual o seu favorito:

10. “METALHEAD”

“Metalhead” é um subestimado episódios que, de fato, merecia mais reconhecimento do que tem. Desde sua incrível construção estética – mergulhada no neo-noir sci-fi e na escolha monocromática da montagem – até a potente narrativa, a iteração presta homenagem a franquias como ‘O Exterminador do Futuro’ ao construir um futuro pós-apocalíptico em que as máquinas (ou, no caso, cachorros robóticos) se voltam contra os humanos e têm como única missão exterminá-los. Ainda que não totalmente original, o resultado é bastante positivo e termina com um cliffhanger dilacerante.

9. “USS CALLISTER”

Trazendo inúmeras referências a ‘Star Trek’, “USS Callister” veio sem muito barulho, causando uma impressão bastante positiva ao estrear na Netflix em dezembro de 2017. Contando com nomes como Jesse Plemons e Cristin Milioti no elenco, o episódio utiliza com maestria suspense, comédia e drama, promovendo uma exaltação saudosista de incursões sci-fi à medida que discorre sobre um frustrado homem que cria uma simulação realista ambientada numa espaçonave – onde seus colegas de trabalho são membros de uma tripulação e devem obedecer a seus comandos. O capítulo, inclusive, trouxe reflexões interessantes sobre abuso de poder e levou para casa quatro estatuetas do Emmy, incluindo Melhor Filme Televisivo.

8. “HANG THE DJ”

No futuro, o relacionamento entre as pessoas é metrificado através de um aplicativo de última geração – que indica a porcentagem de compatibilidade e até mesmo a duração de namoros com determinado parceiro. Mas isso não é o suficiente para Amy (Georgina Campbell) e Frank (Joe Cole) que, lutando contra o status quo que lhes é imposto, fazem de tudo para deixar as coisas rolarem, por mais que enfrentem obstáculos no meio do caminho. Inspirado pela era do streaming, o episódio foi indicado a três categorias do BAFTA e trouxe uma esperançosa reviravolta que suavizou o pesado ritmo de Black Mirror.

7. “THE ENTIRE HISTORY OF YOU”

“The Entire History of You” é ambientado em um futuro onde uma nanotecnologia de ponta registra os sentidos audiovisuais das pessoas, permitindo que uma pessoa revise suas memórias. O advogado Liam (Toby Kebbell) participa de um jantar com sua esposa Ffion (Jodie Whittaker), ficando desconfiado ao vê-la interagir zelosamente com um amigo dela, Jonas (Tom Cullen). Isso o leva a examinar suas memórias e as afirmações de Ffion sobre a natureza de seu relacionamento com Jonas. Com twists de arregalar os olhos e uma análise pungente sobre confiança e abandono, o episódio definitivamente não poderia ter sido deixado de fora da nossa lista.

6. “HATED IN THE NATION”

Black Mirror S1 EP5-6

É notável como a 3ª temporada de Black Mirror é uma das grandes conquistas do circuito televisivo contemporâneo – contando com episódios simplesmente apaixonantes, derradeiros e angustiantes. “Hated in the Nation” é um desses exemplos: o thriller neo-noir acompanha duas detetives investigando mortes misteriosas que estão atreladas ao crescente uso de abelhas-robôs utilizadas para polinização. As vítimas são escolhidas em uma sórdida enquete online em que pessoas de caráter duvidoso e condenável são escolhidas como as “mais odiadas da nação”, tendo seu destino selado de uma vez por todas.

5. “SAN JUNIPERO”

Black Mirror pode não ter muitas histórias felizes, mas “San Junipero” foge dessa premissa engessada e se consagra como uma cândida trama romântica sci-fi que superou todas as nossas expectativas. Vencedor de duas estatuetas do Emmy Awards, o episódio apresenta uma “cidade-resort” chamada San Junipero, onde Yorkie (Mackenzie Davis) e Kelly (Gugu Mbatha-Raw) se conhecem e começam a se apaixona. A cidade é uma realidade simulada em que pessoas mais velhas podem viver para sempre, mesmo após a morte – e todas as questões existencialistas promulgadas pelo capítulo foram alvo de grande comoção pelos críticos e pelo público.

4. “NOSEDIVE”

“Nosedive” abriu com sucesso a 3ª temporada – e conquistou os fãs pela proximidade com a realidade. A trama, comandada por ninguém menos que Joe Wright (‘Orgulho e Preconceito’), é situada em um futuro próximo em que as pessoas possuem implantes córneos e utilizam um aplicativo de celular para avaliarem os outros a seu redor com um valor entre uma e cinco estrelas. Dentro desse complexo cosmos, Lacie (Bryce Dallas Howard) tenta ao máximo conseguir a pontuação necessária para comprar a casa dos sonhos e, além disso, se prepara para o casamento de uma velha amiga de infância. É a partir daí que tudo degringola – e Lacie se vê pega em uma burocracia que pode destruir a sua vida.

3. “WHITE BEAR”

Uma mulher acorda em uma casa e não tem ideia de como foi parar lá – ou até mesmo de quem é. Ao sair, ela percebe que várias pessoas a estão observando, gravando seus movimentos com aparelhos de celular, como se estivessem em transe. Os problemas aumentam quando ela começa a ser caçada por homicidas sedentos por sangue – aliando-se a uma jovem para tentar fazer com que tudo volte à normalidade. O que ela não imaginava é que tudo não passava de uma encenação, uma simulação criada para que ela revivesse o mesmo dia várias vezes como forma de punição pelos crimes que cometeu no passado.

2. “THE NATIONAL ANTHEM”

O capítulo que deu início a tudo. “The National Anthem” é uma das incursões televisivas mais bizarras da memória recente e, por essa razão – e por sua reviravolta aplaudível -, configura-se como um dos grandes episódios da antologia. Na trama, um membro da família real britânica é sequestrado e, para soltá-la, o criminoso exige que o primeiro-ministro performe atos sexuais com um suíno para todo o país através de uma transmissão ao vivo – levando-o a colocar em xeque os próprios valores e o que significa ser um grande líder. Aclamado pelos especialistas, o episódio deu o tom da série como um todo e deixou bem claro que finais felizes não seriam uma opção.

1. “WHITE CHRISTMAS”

Em dezembro de 2014, Brooker e seu time criativo aproveitaram a popularização dos “especiais de fim de ano” para lançar o episódio (ou longa-metragem, como preferir) “White Christmas”. Considerado como uma das melhores iterações da antologia, a trama gira em torno de dois homens (interpretados por Jon Hamm e Rafe Spall) que escondem segredos obscuros e que compartilham de suas respectivas histórias em uma tarde de Natal, isolados em uma cabana no meio do ártico. Entretanto, como já podemos imaginar, nada é o que parece ser – e as consequências de suas confissões são desastrosas.

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