quinta-feira , 12 dezembro , 2024

Blackout – 17 Anos | As Melhores Músicas do LENDÁRIO Álbum de Britney Spears

A indústria do entretenimento não é um lugar tão mágico quanto as pessoas pensam: em um momento, você pode estar no topo das paradas, conquistando milhões de fãs e mergulhando em uma montanha russa rumo ao sucesso; no outro, as estruturas de sua vida podem ser desmanteladas por um simples comentário ou um dia não tão bom quanto gostaria que fosse.

Esse escopo inconstante de conciliação entre o pessoal e o profissional foi um dos principais motivos que desencadearam o famoso e até hoje relembrado meltdown da princesa do pop Britney Spears entre os anos de 2006 e 2007, cuja figura passava por inúmeros problemas dentro e fora de casa e acabaram explodindo da forma mais humilhante possível para a cantora.



Ressentida entre fãs assustados e uma imprensa visceral e compulsória que não a deixava em paz, Spears recuperou as rédeas de sua vida e deu ares de renovação com a chegada de Blackout. O álbum reiterou a importância cultural da artista no cenário do entretenimento e sagrou-se seu melhor disco até os dias de hoje, emergindo como um state-of-art por natureza que não poderia ter melhor representante.

Influenciando diversas artistas com uma sonoridade original e envolvente, o álbum completa 17 anos no dia de hoje, 25 de outubro – e, para celebrar seu legado, preparamos uma breve lista elencando suas cinco melhores músicas.

5. “TOY SOLDIER”

Toy Soldier” procura uma abordagem mais bruta, tendo o EDM e o electro-funk como pano de fundo principal – e vibra em cores e sons ao falar de desejos íntimos da cantora.Afinal, sabemos muito bem que Spears nunca teve problemas em falar abertamente sobre sexo, beleza, sensualidade e outros tabus um tanto quanto rechaçados pelos mais conservadores; aqui, entretanto, à medida que algumas faixas trazem narrativas esperadas, outras procuram explorar outros caminhos, criticando sutilmente a manipulação de certas pessoas e como ela está cansada de lidar com “soldadinhos de brinquedo”.

4. “HEAVEN ON EARTH”

Toda a estrutura de Blackoutafasta-se dos convencionalismos anteriores. Os arranjos estendem suas inclinações para algo muito mais indie, talvez até mesmo ousando buscar alguns estilos musicais mais marginalizados. Heaven on Earth”, nesse quesito, presta referências claras ao Europop e a uma construção sintética que tangencia a eletrônica, mas permanece fiel às raízes do electro-pop e do techno-pop. O uso de tons musicais distorcidos contribui para criar uma atmosfera onírica e propositalmente incômoda – um reflexo das próprias emoções da cantora.

3. “BREAK THE ICE”

São poucas as pessoas no cenário da música contemporânea que possuem o mesmo apelo comercial de Britney – e, aliando-se a produtores e a compositores de altíssimo calibre, a artista cria mágica com rendições espetaculares. Infelizmente, algumas delas passam longe do nosso radar, como foi o caso de “Break The Ice”, uma icônica peça musical que aposta fichas no electro-R&B de maneira sensual e deliberadamente envolvente, pegando elementos do crunk para uma narrativa que discorre sobre a atração sexual entre duas pessoas – e que é marcada pelo uso quase sinestésico dos sintetizadores.

2. “GIMME MORE”

Após as controvérsias que envolveram seu casamento e seus filhos, ninguém levava Spears a sério – mas o lançamento do primeiro single do disco, “Gimme More”, provou que todos estavam errados e que Britney ainda conseguia causar um impacto. Sem sombra de dúvida, a composição da música já mostra ares totalmente diferentes de seus trabalhos anteriores, mergulhando em uma mescla contemporânea que abandona os ares noventistas e conversa com um público movido pelo dinamismo. A faixa de abertura é sexy, quase empoderadora, cuja letra traz um eu lírico sedento por mais – seja lá a que isso se refira.

1. “PIECE OF ME”

“Piece of Me”, segundo single de Blackout, é a definição perfeita do que o título da obra significa: buscando colocar a vida de volta nos trilhos, Britney percebe que um dos principais motivos de ter cedido a uma insanidade aterrorizante foi a pressão exercida por uma imprensa manipuladora e sensacionalista. E que melhor forma de responder a esses ataques com um afronte bem claro? A faixa, uma ironia nem um pouco sutil que serve de resposta àqueles que tentaram diminui-la, e não só tem uma letra deliciosamente perversa, como também traz elementos do dubstep e das distorções acústicas que a transformam em uma obra-prima.

Thiago Nollahttps://www.editoraviseu.com.br/a-pedra-negra-prod.html
Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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A indústria do entretenimento não é um lugar tão mágico quanto as pessoas pensam: em um momento, você pode estar no topo das paradas, conquistando milhões de fãs e mergulhando em uma montanha russa rumo ao sucesso; no outro, as estruturas de sua vida podem ser desmanteladas por um simples comentário ou um dia não tão bom quanto gostaria que fosse.

Esse escopo inconstante de conciliação entre o pessoal e o profissional foi um dos principais motivos que desencadearam o famoso e até hoje relembrado meltdown da princesa do pop Britney Spears entre os anos de 2006 e 2007, cuja figura passava por inúmeros problemas dentro e fora de casa e acabaram explodindo da forma mais humilhante possível para a cantora.

Ressentida entre fãs assustados e uma imprensa visceral e compulsória que não a deixava em paz, Spears recuperou as rédeas de sua vida e deu ares de renovação com a chegada de Blackout. O álbum reiterou a importância cultural da artista no cenário do entretenimento e sagrou-se seu melhor disco até os dias de hoje, emergindo como um state-of-art por natureza que não poderia ter melhor representante.

Influenciando diversas artistas com uma sonoridade original e envolvente, o álbum completa 17 anos no dia de hoje, 25 de outubro – e, para celebrar seu legado, preparamos uma breve lista elencando suas cinco melhores músicas.

5. “TOY SOLDIER”

Toy Soldier” procura uma abordagem mais bruta, tendo o EDM e o electro-funk como pano de fundo principal – e vibra em cores e sons ao falar de desejos íntimos da cantora.Afinal, sabemos muito bem que Spears nunca teve problemas em falar abertamente sobre sexo, beleza, sensualidade e outros tabus um tanto quanto rechaçados pelos mais conservadores; aqui, entretanto, à medida que algumas faixas trazem narrativas esperadas, outras procuram explorar outros caminhos, criticando sutilmente a manipulação de certas pessoas e como ela está cansada de lidar com “soldadinhos de brinquedo”.

4. “HEAVEN ON EARTH”

Toda a estrutura de Blackoutafasta-se dos convencionalismos anteriores. Os arranjos estendem suas inclinações para algo muito mais indie, talvez até mesmo ousando buscar alguns estilos musicais mais marginalizados. Heaven on Earth”, nesse quesito, presta referências claras ao Europop e a uma construção sintética que tangencia a eletrônica, mas permanece fiel às raízes do electro-pop e do techno-pop. O uso de tons musicais distorcidos contribui para criar uma atmosfera onírica e propositalmente incômoda – um reflexo das próprias emoções da cantora.

3. “BREAK THE ICE”

São poucas as pessoas no cenário da música contemporânea que possuem o mesmo apelo comercial de Britney – e, aliando-se a produtores e a compositores de altíssimo calibre, a artista cria mágica com rendições espetaculares. Infelizmente, algumas delas passam longe do nosso radar, como foi o caso de “Break The Ice”, uma icônica peça musical que aposta fichas no electro-R&B de maneira sensual e deliberadamente envolvente, pegando elementos do crunk para uma narrativa que discorre sobre a atração sexual entre duas pessoas – e que é marcada pelo uso quase sinestésico dos sintetizadores.

2. “GIMME MORE”

Após as controvérsias que envolveram seu casamento e seus filhos, ninguém levava Spears a sério – mas o lançamento do primeiro single do disco, “Gimme More”, provou que todos estavam errados e que Britney ainda conseguia causar um impacto. Sem sombra de dúvida, a composição da música já mostra ares totalmente diferentes de seus trabalhos anteriores, mergulhando em uma mescla contemporânea que abandona os ares noventistas e conversa com um público movido pelo dinamismo. A faixa de abertura é sexy, quase empoderadora, cuja letra traz um eu lírico sedento por mais – seja lá a que isso se refira.

1. “PIECE OF ME”

“Piece of Me”, segundo single de Blackout, é a definição perfeita do que o título da obra significa: buscando colocar a vida de volta nos trilhos, Britney percebe que um dos principais motivos de ter cedido a uma insanidade aterrorizante foi a pressão exercida por uma imprensa manipuladora e sensacionalista. E que melhor forma de responder a esses ataques com um afronte bem claro? A faixa, uma ironia nem um pouco sutil que serve de resposta àqueles que tentaram diminui-la, e não só tem uma letra deliciosamente perversa, como também traz elementos do dubstep e das distorções acústicas que a transformam em uma obra-prima.

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