Há exatos três anos, a aclamada cantora e compositora Lana Del Rey lançava ‘Blue Banisters’, o 8º álbum de sua prolífica e elogiada carreira fonográfica.
Contando com 15 faixas inéditas, incluindo os singles “Text Book”, “Wildflower Wildfire”, “Arcadia” e a faixa-titular, o compilado de originais recebeu inúmeros aplausos da crítica, além de ter estreado em oitavo lugar na Billboard 200 e conquistado seus fãs por uma lírica ainda mais íntima do que já havia explorado na incursão anterior, ‘Norman Fucking Rockwell!”.
Para celebrar o aniversário do disco, preparamos uma lista elencando suas cinco melhores músicas.
Confira abaixo as nossas escolhas:
5. “BLACK BATHING SUIT”
“Black Bathing Suit” prenuncia o início de um novo capítulo do disco e permitindo que as referências ao jazz e ao blues gritem em toda sua sutileza e desconstrução, como se os rigores engessados dos clichês musicais deixassem de existir em prol de uma vulnerável poética que deixa marcas em cada refrão e cada verso.
4. “BEAUTIFUL”
Canção a canção do compilado de originais, Del Rey parece mais determinada a superar a si mesma – e espelha-se em trilhas sonoras fabulescas para iterações como “Beautiful”, que inclusive aproveita o espaço para fazer homenagem ao icônico e saudosos compositor Ennio Morricone em seu melhor.
3. “THUNDER”
A obra se apoia com força quase sobrenatural em instrumentos clássicos, cuja transcrição melódica destina-se ao piano, aos violinos e aos violoncelos (um consenso de praticamente todas as faixas). Em “Thunder”, a artista se alicerça em orquestrais histórias que declama com facilidade aplaudível e que fazem breves investidas para o country com a junção da bateria com o violão
2. “TEXT BOOK”
Voltando a assinar e a produzir todas as faixas do álbum, Del Rey dá início à jornada com a incrível track “Text Book”, cujo arranjo instrumental já revela um apreço pelo sensorialismo e pela completa despreocupação com as fórmulas – esclarecidas pela amálgama sensual do baixo, da bateria e de vocais irretocáveis que pegam páginas emprestadas da discografia de Amy Winehouse, por exemplo.
1. “ARCADIA”
Ao longo do álbum, Del Rey desbrava um terreno cinemático e profundamente dramático – e a representação máxima desse respaldo vem com “Arcadia”, cuja carga sentimental transborda em uma teatralidade invejável e que, dentro do que se propõe a fazer, nem ao menos tangencia a imodéstia; marcada por versos como “meu corpo é um mapa de Los Angeles” e “não posso dormir em casa esta noite, me mande para o Hotel Hilton”, Del Rey continua a degustar as próprias metáforas através de uma elegância atemporal que atravessa gerações.