quinta-feira , 14 novembro , 2024

Blue Jasmine

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UMA MULHER DE AZUL ESCURO

 

Segundo os dados do IMDB, Blue Jarmine já é um dos 10 melhores filmes de Woody Allen. Não sei se é pra tanto, mas com certeza, se fosse fazer uma galeria das principais personagens femininas criadas pelo diretor, colocaria Jasmine (Cate Blanchett) entre as primeiras. De Annie Hall a Vicky, Cristina e Maria Elena, Jasmine merece destaque.

O filme inicia com Jasmine (Cate Blanchett) viajando de Nova York para São Francisco depois que seu marido, Hal (Alec Baldwin), foi preso por fraudes no mercado financeiro. Ela vai pedir arrego para a irmã classe média Ginger (Sally Hawkins).



Jasmine está devastada, desequilibrada e revoltada com a vida. Mas não sentimos pena dela. Ela é um entojo capaz de produzir muitos momentos de vergonha alheia. Fútil, egoísta, incapaz de reconhecer que não pode mais comer caviar e só lhe resta comer buchada. Sua postura é de negação diante de uma realidade que considera amarga. Essa negação diante da sua nova classificação social é reforçada pela estrutura do filme.

bluejasmine_11



Blue Jasmine, do começo ao fim, é uma montagem em alternância de presente e passado. À medida que vemos as dificuldades de Jasmine em São Francisco, pequenos flashbacks nos quais a bancarrota de Jasmine e Hal vai sendo revelado. Mais do que flashbacks, são rememorações da personagem. Eles revelam à plateia que a protagonista já tinha uma grande dificuldade de enfrentar a realidade, como o ato de dificilmente encarar cara a cara o marido nas situações limites.

Se essa estrutura ficar ligeiramente repetitiva e esquemática no terço final, é elemento imprescindível para ajudar a humanizar Jasmine. Diga-se, Cate Blanchett e Woody Allen estão de parabéns por construir uma figura tão chata sem cair na caricatura. A crítica é quase unânime em apontar Cate Blanchett como favorita ao Oscar. Estou entre eles, hehehe!

Sua irmã Ginger é um contraponto, ou quase. Ginger leva uma vida dura, divorciada, com filhos, trabalho em um supermercado e tem um namorado bronco, mas amável. Apesar da vida difícil e dos problemas que teve por causa da irmã, ela continua a buscar enxergar a vida com otimismo. Há um porém.

Assista também:
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bluejasmine_10

Ginger não se vê como uma mulher interessante. Ela acredita estar fadada aos braços de homens brutos. Jasmine, por razões tortas, dá um sacode na irmã, mostrando o quanto ela pode ser interessante.

O filme tem ambiguidades aos montes, especialmente no final construído por Allen para a protagonista.

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O filme inicia com Jasmine (Cate Blanchett) viajando de Nova York para São Francisco depois que seu marido, Hal (Alec Baldwin), foi preso por fraudes no mercado financeiro. Ela vai pedir arrego para a irmã classe média Ginger (Sally Hawkins).

Jasmine está devastada, desequilibrada e revoltada com a vida. Mas não sentimos pena dela. Ela é um entojo capaz de produzir muitos momentos de vergonha alheia. Fútil, egoísta, incapaz de reconhecer que não pode mais comer caviar e só lhe resta comer buchada. Sua postura é de negação diante de uma realidade que considera amarga. Essa negação diante da sua nova classificação social é reforçada pela estrutura do filme.

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Blue Jasmine, do começo ao fim, é uma montagem em alternância de presente e passado. À medida que vemos as dificuldades de Jasmine em São Francisco, pequenos flashbacks nos quais a bancarrota de Jasmine e Hal vai sendo revelado. Mais do que flashbacks, são rememorações da personagem. Eles revelam à plateia que a protagonista já tinha uma grande dificuldade de enfrentar a realidade, como o ato de dificilmente encarar cara a cara o marido nas situações limites.

Se essa estrutura ficar ligeiramente repetitiva e esquemática no terço final, é elemento imprescindível para ajudar a humanizar Jasmine. Diga-se, Cate Blanchett e Woody Allen estão de parabéns por construir uma figura tão chata sem cair na caricatura. A crítica é quase unânime em apontar Cate Blanchett como favorita ao Oscar. Estou entre eles, hehehe!

Sua irmã Ginger é um contraponto, ou quase. Ginger leva uma vida dura, divorciada, com filhos, trabalho em um supermercado e tem um namorado bronco, mas amável. Apesar da vida difícil e dos problemas que teve por causa da irmã, ela continua a buscar enxergar a vida com otimismo. Há um porém.

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Ginger não se vê como uma mulher interessante. Ela acredita estar fadada aos braços de homens brutos. Jasmine, por razões tortas, dá um sacode na irmã, mostrando o quanto ela pode ser interessante.

O filme tem ambiguidades aos montes, especialmente no final construído por Allen para a protagonista.

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