quinta-feira , 26 dezembro , 2024

Bolsonaristas e Evangélicos fazem campanha e DISTRIBUEM ingressos de ‘Som da Liberdade’

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‘Som da Liberdade’ se tornou um dos filmes mais comentados e polêmicos de 2023 e, após ultrapassar a marca de US$200 milhões arrecadados apenas nos Estados Unidos, o longa-metragem inspirado em eventos reais chegou ao Brasil para dominar o topo das bilheterias desde sua estreia no último dia 21 de setembro.

Agora, segundo a BBC News (via Folha de S. Paulo), entidades ligadas a grupos conservadores, como policiais, bolsonaristas e próprios membros da Igreja, estão distribuindo ingressos gratuitos para levar milhares de pessoas às salas de cinema.



As informações indicam que uma das entidades responsáveis é a produtora Brasil Paralelo, conhecida por sua ideologia tradicionalista, bem como a Angel Studios (estúdio responsável pelo lançamento do filme nos EUA). Além disso, confirma-se que a distribuição em massa de ingressos foi o principal fator para que mais de 500 mil pessoas assistissem ao longa-metragem na primeira semana de lançamento no Brasil.

Um vídeo no X mostra um grupo de evangélicos entoando um canto religioso em um shopping no interior de São Paulo enquanto caminhava em direção ao cinema para assistir ao filme. “A igreja se uniu e fechou a sala toda”, diz o responsável pela publicação à BBC News Brasil.

A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) realizou uma pré-estreia em Brasília com o deputado federal Mário Frias (PL-SP), ambos ex-ministros de Jair Bolsonaro (PL), e defenderam o filme.

Assista também:
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“Não é coincidência que este filme está em cartaz neste momento. Deus ouviu o clamor das crianças. Nós somos a resistência, as crianças estão pedindo socorro.”, afirmou Damares na sessão. 

A sessão contou com dois filhos do ex-presidente, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

Na sessão, o deputado Mário Frias afirmou que “a grande mídia não quer falar a respeito” do tema citado no filme.

Saiba mais:

Com distribuição da Paris Filmes, a produção protagonizada por Jim Caviezel, de “A Paixão de Cristo, contou com forte divulgação no Brasil – com presença do diretor e roteirista Alejandro Monteverde, Jeffrey Harmon (cofundador da Angel Studios), Fernando Garibay e Justin Jesso, responsáveis pela produção e canção original do filme -, para eventos no Rio de Janeiro e São Paulo. O longa contou ainda com pré-venda de ingressos.

Baseado em uma história real, o filme acompanha o ex-agente especial do Governo Americano Tim Ballard (Jim Caviezel), que embarca em uma missão arriscada para resgatar crianças vítimas de tráfico infantil. Na Colômbia, Ballard decide deixar seu cargo no Governo para seguir em busca da quadrilha em sua jornada que, agora, se torna pessoal.

Tivemos a oportunidade de conversar com o diretor Alejandro Monteverde e com Jeffrey Horman, CEO da Angel Studios (que adquiriu os direitos de exibição do longa após o projeto ser descartado pela Disney).

Durante a conversa, Horman explicou como se deu o processo de compra do longa-metragem, dizendo que tudo aconteceu de forma muito rápida:

“Esse filme começou com a [extinta] 20th Century Fox, ele conta. “O filme foi feito por eles, ficou completo. A Disney comprou a Fox e, por alguma razão, decidiram não lançar [o projeto]. Há várias especulações do porquê [disso]. E, então, eles venderam para [o produtor] Eduardo [Verástegui], que arrecadou o dinheiro e comprou o filme de volta. Então, veio a pandemia. Nós descobrimos que o longa estava disponível uma semana antes de assinarmos. Em questão de seis, sete dias, conversamos com os advogados, assinamos [o contrato] e lançamos o filme oitenta dias depois. Foi muito rápido”.

Pouco depois, quando questionado o motivo da Casa Mouse não ter investido esforços para dar continuidade o projeto após ter comprado a Fox.

“Eu posso ver vários motivos. Várias razões comerciais. Este não é um filme que a Disney já fez antes, seria o primeiro. E, se eles nunca fizeram algo assim, por que ficariam nervosos sobre como fazê-lo? Não quero especular muito. Acho engraçado, porque, no passado, a Angel Studios teve uma grande briga com a Disney e, eventualmente, conseguimos o filme que eles tinham. E [‘Som da Liberdade’] saiu na mesma época que Indiana Jones e o Chamado do Destino – e o superou nas bilheterias. Isso não importa muito, mas acho que é engraçado”. 

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Thiago Nollahttps://www.editoraviseu.com.br/a-pedra-negra-prod.html
Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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Agora, segundo a BBC News (via Folha de S. Paulo), entidades ligadas a grupos conservadores, como policiais, bolsonaristas e próprios membros da Igreja, estão distribuindo ingressos gratuitos para levar milhares de pessoas às salas de cinema.

As informações indicam que uma das entidades responsáveis é a produtora Brasil Paralelo, conhecida por sua ideologia tradicionalista, bem como a Angel Studios (estúdio responsável pelo lançamento do filme nos EUA). Além disso, confirma-se que a distribuição em massa de ingressos foi o principal fator para que mais de 500 mil pessoas assistissem ao longa-metragem na primeira semana de lançamento no Brasil.

Um vídeo no X mostra um grupo de evangélicos entoando um canto religioso em um shopping no interior de São Paulo enquanto caminhava em direção ao cinema para assistir ao filme. “A igreja se uniu e fechou a sala toda”, diz o responsável pela publicação à BBC News Brasil.

A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) realizou uma pré-estreia em Brasília com o deputado federal Mário Frias (PL-SP), ambos ex-ministros de Jair Bolsonaro (PL), e defenderam o filme.

“Não é coincidência que este filme está em cartaz neste momento. Deus ouviu o clamor das crianças. Nós somos a resistência, as crianças estão pedindo socorro.”, afirmou Damares na sessão. 

A sessão contou com dois filhos do ex-presidente, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

Na sessão, o deputado Mário Frias afirmou que “a grande mídia não quer falar a respeito” do tema citado no filme.

Saiba mais:

Com distribuição da Paris Filmes, a produção protagonizada por Jim Caviezel, de “A Paixão de Cristo, contou com forte divulgação no Brasil – com presença do diretor e roteirista Alejandro Monteverde, Jeffrey Harmon (cofundador da Angel Studios), Fernando Garibay e Justin Jesso, responsáveis pela produção e canção original do filme -, para eventos no Rio de Janeiro e São Paulo. O longa contou ainda com pré-venda de ingressos.

Baseado em uma história real, o filme acompanha o ex-agente especial do Governo Americano Tim Ballard (Jim Caviezel), que embarca em uma missão arriscada para resgatar crianças vítimas de tráfico infantil. Na Colômbia, Ballard decide deixar seu cargo no Governo para seguir em busca da quadrilha em sua jornada que, agora, se torna pessoal.

Tivemos a oportunidade de conversar com o diretor Alejandro Monteverde e com Jeffrey Horman, CEO da Angel Studios (que adquiriu os direitos de exibição do longa após o projeto ser descartado pela Disney).

Durante a conversa, Horman explicou como se deu o processo de compra do longa-metragem, dizendo que tudo aconteceu de forma muito rápida:

“Esse filme começou com a [extinta] 20th Century Fox, ele conta. “O filme foi feito por eles, ficou completo. A Disney comprou a Fox e, por alguma razão, decidiram não lançar [o projeto]. Há várias especulações do porquê [disso]. E, então, eles venderam para [o produtor] Eduardo [Verástegui], que arrecadou o dinheiro e comprou o filme de volta. Então, veio a pandemia. Nós descobrimos que o longa estava disponível uma semana antes de assinarmos. Em questão de seis, sete dias, conversamos com os advogados, assinamos [o contrato] e lançamos o filme oitenta dias depois. Foi muito rápido”.

Pouco depois, quando questionado o motivo da Casa Mouse não ter investido esforços para dar continuidade o projeto após ter comprado a Fox.

“Eu posso ver vários motivos. Várias razões comerciais. Este não é um filme que a Disney já fez antes, seria o primeiro. E, se eles nunca fizeram algo assim, por que ficariam nervosos sobre como fazê-lo? Não quero especular muito. Acho engraçado, porque, no passado, a Angel Studios teve uma grande briga com a Disney e, eventualmente, conseguimos o filme que eles tinham. E [‘Som da Liberdade’] saiu na mesma época que Indiana Jones e o Chamado do Destino – e o superou nas bilheterias. Isso não importa muito, mas acho que é engraçado”. 

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