No último sábado (26), teve início a aguardada Mostra Competitiva da terceira edição do Bonito CineSur. Dois longas-metragens abriram os trabalhos — um na Competitiva de Filme Ambiental e outro na Competitiva Sul-Americana — e empolgaram o público presente no Auditório Kadiwéu, no Centro de Convenções de Bonito. Um golaço da curadoria, que começou com o pé direito!

Abrindo a disputa pelo Troféu Pantanal, o longa-metragem Kopenawa: Sonhar a Terra-Floresta, de Marco Altberg e Tainá de Luccas, foi aplaudido com entusiasmo ao final de sua exibição. Também apresentado recentemente no Festival Cinemato, o filme oferece um mergulho sensível, marcante e profundo nas reflexões e desafios enfrentados pelo povo Yanomami, a partir da perspectiva de Davi Kopenawa Yanomami — líder indígena e um dos grandes defensores da Amazônia. Uma obra potente, que provoca e transforma, despertando novos olhares para questões sociais urgentes.

Encerrando a noite, o aguardado Oro Amargo justificou cada segundo da expectativa. Dirigido por Juan Olea, o longa não oferece respiros nem alívios: parte de uma relação aparentemente simples entre pai e filha para arrastar o público a uma realidade crua e visceral, filtrada pelo olhar de uma protagonista encurralada em um contexto social sufocante. Intenso e implacável, o filme capturou a atenção do início ao fim, consolidando-se desde já como um dos fortes candidatos ao Troféu Pantanal nesta edição de 2025.

As exibições no Bonito CineSur continuam ao longo dessa próxima semana. O Cinepop está realizando a cobertura do Bonito CineSur 2025, acompanhem tudo pelo site e nossas redes sociais.