sábado , 21 dezembro , 2024

Brad Pitt BRILHA em fascinante drama espacial estilo ‘Interestelar’ lançado na Netflix

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A exploração do espaço pelo homem faz parte da sétima arte desde que Georges Méliès realizou o clássico curta-metragem Viagem à Lua, de 1902. De lá pra cá, a relação do homem com o universo foi objeto de inúmeras produções, desde clássicos do cinema pensante como 2001 – Uma Odisseia no Espaço e Solaris à obras mais modernas e comerciais como Gravidade, Perdido em Marte ou Interestelar. Ad Astra: Rumo às Estrelas estreou no catálogo da Netflix e é mais um longa a adentrar o gênero. E, mesmo ainda tendo que provar que resiste a barreira do tempo, parece uma obra destinada a marcar seu nome.

Assista ao trailer:



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Em um mundo em que a exploração do universo está bem avançada, o major e engenheiro espacial Roy McBride (Brad Pitt) recebe uma importante missão. 20 anos após o desaparecimento de seu pai (Tommy Lee Jones), um lendário astronauta que estava em uma missão para buscar vida inteligente em Netuno, Roy recebe a notícia de que o mesmo pode estar vivo. Então, embarca em uma missão que busca responder de uma vez por todas se seu pai está vivo ou não, além de solucionar um mistério que ameaça a sobrevivência do sistema solar.

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A trama é relativamente simples e temática edipiana de “homem com problemas com o pai” não é particularmente nova. Mas o que torna Ad Astra algo maior são dois fatores principais: a grande atuação de Brad Bitt; e o talento de James Gray como diretor e contador de histórias.

Com uma filmografia que navega por diversos estilos e tamanhos de produção, com trabalhos memoráveis como Seven – Os Sete Crimes Capitais, Clube da Luta, Bastardos Inglórios, A Árvore da Vida e Era uma Vez em… Hollywood, Brad Pitt constrói um personagem complexo, repleto de nuances e determinado. Recém-separado da esposa (Liv Tyler), Roy é um sujeito que vive para seu trabalho, como reflexo direto do trauma de perder o pai ainda jovem. Ele é um major condecorado, piloto experiente, e alguém que não perde a tranquilidade mesmo nos momentos de maior tensão. Sua calma e seu foco, é claro, vão sendo colocados à prova na medida em que a missão vai avançando.

Com apenas sete filmes em 25 anos de carreira, o diretor e roteirista James Gray é um dos nomes mais cultuados desta nova Hollywood. Sem grande reconhecimento por parte do público, uma vez que faz um cinema menos comercial, ele é um queridinho da crítica, responsável por obras como Os Donos da Noite, Amantes e Era Uma Vez em Nova York. O trabalho anterior do cineasta, Z: A Cidade Perdida acompanha um explorador britânico (Charlie Hunnam) em busca de uma cidade perdida no meio da Amazônia. O filme tem uma grande relação com Ad Astra, uma vez que as duas obras seguem exploradores com um objetivo claro, mas que descobrem muito mais ao longo do caminho.

Embora tenha bons coadjuvantes como Tommy Lee Jones, Liv Tyler, Ruth Negga, Donald Sutherland e Natasha Lyonne, o filme é praticamente Brad Pitt. Não é exagero, o ator está presente em quase 90% das cenas. No tocante à utilização do ator, além da bela atuação, há de se valorizar o roteiro reflexivo e a opção de Gray na utilização de tomadas próximas do rosto do ator. É praticamente um filme inteiro de closes, o que surpreendentemente funciona. O espectador é jogado diretamente no rosto de Pitt e pode acompanhar o desenrolar de suas ações e emoções.

Gray contou com a ajuda fundamental do diretor de fotografia Hoyte Van Hoytema, parceiro de longa data de Christopher Nolan, responsável por Interestelar e Dunkirk. Ele também fez as fotografias de O Espião Que Sabia Demais e Ela, dois trabalhos repletos de personalidade. Em Ad Astra, Van Hoytema une a melancolia de Ela com o espetacular de Interestelar, criando uma experiência realmente envolvente e fascinante. Além dos closes em Brad Pitt, a fotografia conta com belíssimas tomadas espaciais.

Produzido pelo brasileiro Rodrigo Teixeira, através de sua RT Features, o longa conta ainda com um belo trabalho de design de produção de Kevin Thompson (Birdman), que cria cenários espetaculares e variados. O público tem a oportunidade de visitar a Terra, a Lua e Marte, além de vagar por diferentes espaços do sistema solar. Cada local tem sua característica especial.

Escrito por Gray e Ethan Gross, o roteiro é simples, mas transmite um sentimento genuíno. O longa trata de solidão, desamparo e sobre o lugar do homem no mundo. Fala sobre exploração espacial, sobre buscar algo maior do que nós, mas foca principalmente na autodescoberta ou na tentativa de buscar paz em si mesmo. A cada viagem espacial, Roy passa por um processo automático de avaliação psicológica, o espectador pode assim conferir o estado de espírito do personagem e, ao mesmo tempo, refletir sobre suas atitudes. Tais relatos e a utilização de uma narração em off dão um tom de pessoalidade muito forte à produção. Por sinal, a narração, que em muitas obras acaba explicando demais as coisas, aqui é usada com o objetivo de conversação. O filme não quer explicar o que está acontecendo, mas trocar com o espectador o sentimento de seu protagonista.

Ad Astra é uma obra épica e ao mesmo tempo intimista sobre descoberta. Do mundo à sua volta e do mundo dentro de você. É complexo, delicado e reflexivo. E ainda oferece algumas sequências de ação bem eletrizantes, como uma perseguição na lua e uma queda livre de uma estrutura na Terra. Com cenas que remetem a clássicos como 2001 e Apocalypse Now, o filme é hipnotizante e traz Brad Pitt em uma de suas mais belas performances.

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A exploração do espaço pelo homem faz parte da sétima arte desde que Georges Méliès realizou o clássico curta-metragem Viagem à Lua, de 1902. De lá pra cá, a relação do homem com o universo foi objeto de inúmeras produções, desde clássicos do cinema pensante como 2001 – Uma Odisseia no Espaço e Solaris à obras mais modernas e comerciais como Gravidade, Perdido em Marte ou Interestelar. Ad Astra: Rumo às Estrelas estreou no catálogo da Netflix e é mais um longa a adentrar o gênero. E, mesmo ainda tendo que provar que resiste a barreira do tempo, parece uma obra destinada a marcar seu nome.

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Em um mundo em que a exploração do universo está bem avançada, o major e engenheiro espacial Roy McBride (Brad Pitt) recebe uma importante missão. 20 anos após o desaparecimento de seu pai (Tommy Lee Jones), um lendário astronauta que estava em uma missão para buscar vida inteligente em Netuno, Roy recebe a notícia de que o mesmo pode estar vivo. Então, embarca em uma missão que busca responder de uma vez por todas se seu pai está vivo ou não, além de solucionar um mistério que ameaça a sobrevivência do sistema solar.

A trama é relativamente simples e temática edipiana de “homem com problemas com o pai” não é particularmente nova. Mas o que torna Ad Astra algo maior são dois fatores principais: a grande atuação de Brad Bitt; e o talento de James Gray como diretor e contador de histórias.

Com uma filmografia que navega por diversos estilos e tamanhos de produção, com trabalhos memoráveis como Seven – Os Sete Crimes Capitais, Clube da Luta, Bastardos Inglórios, A Árvore da Vida e Era uma Vez em… Hollywood, Brad Pitt constrói um personagem complexo, repleto de nuances e determinado. Recém-separado da esposa (Liv Tyler), Roy é um sujeito que vive para seu trabalho, como reflexo direto do trauma de perder o pai ainda jovem. Ele é um major condecorado, piloto experiente, e alguém que não perde a tranquilidade mesmo nos momentos de maior tensão. Sua calma e seu foco, é claro, vão sendo colocados à prova na medida em que a missão vai avançando.

Com apenas sete filmes em 25 anos de carreira, o diretor e roteirista James Gray é um dos nomes mais cultuados desta nova Hollywood. Sem grande reconhecimento por parte do público, uma vez que faz um cinema menos comercial, ele é um queridinho da crítica, responsável por obras como Os Donos da Noite, Amantes e Era Uma Vez em Nova York. O trabalho anterior do cineasta, Z: A Cidade Perdida acompanha um explorador britânico (Charlie Hunnam) em busca de uma cidade perdida no meio da Amazônia. O filme tem uma grande relação com Ad Astra, uma vez que as duas obras seguem exploradores com um objetivo claro, mas que descobrem muito mais ao longo do caminho.

Embora tenha bons coadjuvantes como Tommy Lee Jones, Liv Tyler, Ruth Negga, Donald Sutherland e Natasha Lyonne, o filme é praticamente Brad Pitt. Não é exagero, o ator está presente em quase 90% das cenas. No tocante à utilização do ator, além da bela atuação, há de se valorizar o roteiro reflexivo e a opção de Gray na utilização de tomadas próximas do rosto do ator. É praticamente um filme inteiro de closes, o que surpreendentemente funciona. O espectador é jogado diretamente no rosto de Pitt e pode acompanhar o desenrolar de suas ações e emoções.

Gray contou com a ajuda fundamental do diretor de fotografia Hoyte Van Hoytema, parceiro de longa data de Christopher Nolan, responsável por Interestelar e Dunkirk. Ele também fez as fotografias de O Espião Que Sabia Demais e Ela, dois trabalhos repletos de personalidade. Em Ad Astra, Van Hoytema une a melancolia de Ela com o espetacular de Interestelar, criando uma experiência realmente envolvente e fascinante. Além dos closes em Brad Pitt, a fotografia conta com belíssimas tomadas espaciais.

Produzido pelo brasileiro Rodrigo Teixeira, através de sua RT Features, o longa conta ainda com um belo trabalho de design de produção de Kevin Thompson (Birdman), que cria cenários espetaculares e variados. O público tem a oportunidade de visitar a Terra, a Lua e Marte, além de vagar por diferentes espaços do sistema solar. Cada local tem sua característica especial.

Escrito por Gray e Ethan Gross, o roteiro é simples, mas transmite um sentimento genuíno. O longa trata de solidão, desamparo e sobre o lugar do homem no mundo. Fala sobre exploração espacial, sobre buscar algo maior do que nós, mas foca principalmente na autodescoberta ou na tentativa de buscar paz em si mesmo. A cada viagem espacial, Roy passa por um processo automático de avaliação psicológica, o espectador pode assim conferir o estado de espírito do personagem e, ao mesmo tempo, refletir sobre suas atitudes. Tais relatos e a utilização de uma narração em off dão um tom de pessoalidade muito forte à produção. Por sinal, a narração, que em muitas obras acaba explicando demais as coisas, aqui é usada com o objetivo de conversação. O filme não quer explicar o que está acontecendo, mas trocar com o espectador o sentimento de seu protagonista.

Ad Astra é uma obra épica e ao mesmo tempo intimista sobre descoberta. Do mundo à sua volta e do mundo dentro de você. É complexo, delicado e reflexivo. E ainda oferece algumas sequências de ação bem eletrizantes, como uma perseguição na lua e uma queda livre de uma estrutura na Terra. Com cenas que remetem a clássicos como 2001 e Apocalypse Now, o filme é hipnotizante e traz Brad Pitt em uma de suas mais belas performances.

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