‘Branca de Neve‘ recebeu a MENOR pontuação de audiência da CinemaScore para um remake live-action da Disney.
O público norte-americano deu a nota B+ para o filme. ‘A Bela e a Fera ‘ e ‘A Pequena Sereia‘ conquistaram nota A. Até mesmo ‘Aladdin‘ e ‘O Rei Leão‘, que tiveram sua parcela de críticos, também conseguiram nota A dos espectadores.
Um B+ para ‘Branca de Neve‘ não é terrível, mas é um passo abaixo do que estamos acostumados a ver. É o tipo de nota que diz que as pessoas não odiaram, mas também não ficaram impressionadas.
‘Branca de Neve’ recebeu a MENOR pontuação de audiência da CinemaScore para um remake live-action da Disney.
O público norte-americano deu a nota B+ para o filme.
‘A Bela e a Fera’, ‘A Pequena Sereia’, ‘Aladdin’ e ‘O Rei Leão’ receberam nota A.Um B+ para ‘Branca de Neve’ não… pic.twitter.com/jzIjKLzH1k
— CinePOP (@cinepop) March 22, 2025
A adaptação live-action gerou uma série de controvérsias e divisões antes mesmo de seu lançamento, tornando-se alvo de críticas e discussões amplas. Em contraste com outras grandes produções da Disney, que tradicionalmente fazem estreias grandiosas com tapetes vermelhos, ‘Branca de Neve‘ optou por um evento mais modesto, com uma simples exibição do filme e uma pequena festa antes da estreia.
O motivo dessa escolha foi explicado por Martin Klebba, que interpreta o anão Zangado na produção. Segundo ele, a Disney decidiu evitar grandes entrevistas e eventos em resposta às diversas polêmicas que envolvem o filme, a fim de não desviar o foco da mensagem central da história. A ideia era garantir que os assuntos relacionados ao elenco não obscurecessem o significado do longa-metragem.
Entre as principais fontes de controvérsia está a protagonista Rachel Zegler, escalada para o papel de Branca de Neve. A atriz, que foi escolhida para interpretar a famosa princesa em 2021, foi responsável por algumas declarações polêmicas que geraram bastante repercussão.

Em várias ocasiões, Zegler criticou a versão original da história, considerando-a antiquada. Ela também apontou que a figura do príncipe, que na animação clássica salva Branca de Neve, estava equivocada, alegando que o príncipe a “perseguia” e que a protagonista precisava de mais independência. Em sua visão, a nova versão da personagem seria mais empoderada, um modelo de liderança que não depende de ser salva por um cavaleiro.
Essas declarações não caíram bem entre muitos fãs da história original, e a adaptação acabou sendo alvo dos chamados “antiwokes”, que consideram essas mudanças “progressistas” como uma ameaça à preservação de histórias clássicas.
A Disney, conhecida por inserir mais diversidade em suas produções nos últimos anos, se tornou um alvo frequente desses críticos. O movimento contra a “inclusão forçada” e as alterações nos personagens tradicionais acabaram gerando uma polarização significativa, especialmente após a reeleição de Donald Trump, quando a Disney anunciou uma diminuição nas suas iniciativas de diversidade.
Além disso, outro ponto sensível foi a escalação dos anões, que causou desconforto no ator Peter Dinklage. Famoso por seu papel em Game of Thrones, Dinklage criticou publicamente a ideia de mostrar personagens com nanismo vivendo em uma caverna, uma representação considerada estereotipada por ele.
A Disney respondeu dizendo que a intenção era evitar estereótipos e, por isso, os personagens seriam descritos como “criaturas mágicas” e não mais como anões. A resposta da Disney, no entanto, não conseguiu apaziguar os ânimos, e a polêmica sobre o uso de computação gráfica para substituir anões por efeitos digitais só agravou a situação.
As tensões também aumentaram devido às diferenças políticas entre as duas atrizes principais. Rachel Zegler, ao compartilhar sua opinião sobre o primeiro trailer do filme, fez declarações públicas em apoio ao estado da Palestina, um assunto que gerou debates acalorados, especialmente no clima político dos Estados Unidos. Por outro lado, Gal Gadot, que interpreta a vilã do filme, expressou apoio às ações militares de Israel, o que gerou críticas por parte de muitos internautas. A disparidade de opiniões entre as duas atrizes gerou um cenário de polarização, levando até a sugestões de boicote ao filme nas redes sociais.
A situação se complicou ainda mais quando Zegler, após a reeleição de Trump, fez declarações contra seus eleitores, dizendo que gostaria que eles “nunca conhecessem a paz”. No entanto, a atriz se desculpou pouco depois, admitindo que suas palavras haviam sido impensadas e impulsivas, um momento no qual “deixou as emoções tomarem conta”.
Apesar de toda a controvérsia que rodeia ‘Branca de Neve‘ , as primeiras reações ao filme não parecem ter sido drasticamente impactadas pelas polêmicas. As críticas profissionais, até agora, têm sido positivas, com destaque para a performance de Rachel Zegler no papel de Branca de Neve. O filme, mesmo enfrentando uma série de desafios relacionados ao seu elenco e às discussões políticas, parece manter o potencial de atrair um público interessado na reinterpretação dessa história clássica com uma abordagem moderna e mais inclusiva.
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