domingo , 24 novembro , 2024

‘Caçadores da Arca Perdida’ 40 anos | 10 curiosidades sobre o primeiro filme do Indiana Jones

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O longa que revolucionou os filmes de aventura completou 40 anos em 2021. Lançado em 12 de junho de 1981 nos EUA, a caçada do Dr. Jones (Harrison Ford) pela Arca da Aliança só chegou ao Brasil em 25 de dezembro do mesmo ano. Com uma produção feita sem margem para erros, já que a Paramount fez duras exigências no contrato, o filme guarda diversos casos inusitados. Por isso, em homenagem aos quarenta anos do primeiro capítulo de uma das franquias mais amadas da história, o CinePOP separou dez curiosidades sobre Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida. Confira!


Tudo começou no dentista



George Lucas e Philip Kaufman.

Quando George Lucas pediu para Philip Kaufman ajudá-lo a escrever uma história baseada nas matinês de sua infância sobre os grandes heróis invencíveis, ele se lembrou de uma história contada por seu dentista quando tinha apenas 11 anos de idade. Era sobre a lenda bíblica da Arca Perdida que guardava os Dez Mandamentos. A ideia foi tão bem aceita, que Lucas sugerir que esse fosse o título da história. Mais tarde, quando ele apresentou o projeto a Steven Spielberg, que é adepto do judaísmo, trabalhar em uma história que tinha um elemento poderoso presente em sua religião e ainda colocava os nazistas como vilões foi uma das coisas que fez com que ele se apaixonasse pelo projeto.


Cachorro mais famoso de Hollywood

Lucas e Indiana.

Na ideia original de George Lucas, o aventureiro mais famoso do cinema se chamaria Indiana Smith. Só que Spielberg não gostou da ideia porque achava que “Professor Smith” não era um nome tão sonoro. Então, ele sugeriu o sobrenome “Jones”, que soava melhor. Em momento algum o nome “Indiana” foi questionado, isso porque era uma homenagem ao cachorro de George Lucas, que também se chamava Indiana. Isso acaba sendo referenciado ao final de Indiana Jones e a Última Cruzada (1989). A cara do Malamute do Alaska de Lucas também foi usada como base para a modelagem do rosto de outro personagem amado de Hollywood, o Chewbacca.


Tio Patinhas

Na versão dos quadrinhos, o ídolo era de esmeralda, não de ouro.

A famosa cena de abertura, em que Indy assalta uma caverna na Amazônia e acaba precisando correr de uma pedra gigante foi ideia de Steven Spielberg. George Lucas queria que a cena inicial do filme tivesse um submarino e um macaco que fazia a saudação nazista, mas Spielberg lembrou de uma história em quadrinhos do Tio Patinhas chamada “As Cidades do Ouro” (The Seven Cities of Cibola, no original), de 1954, na qual uma pedra gigante é liberada após um ladrão tentar roubar um ídolo de esmeralda de Cibola. Com essa referência, eles criaram uma das cenas de abertura mais marcantes de todos os tempos.

Indy atirou primeiro

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Considerada uma das cenas mais icônicas do filme, Indiana está cara a cara com um beduíno, que o convoca para uma luta de espadas. Originalmente, a cena seria uma longa sequência de luta de espadas. Só que Harrison Ford estava sofrendo horrores com uma  ̶c̶a̶g̶a̶n̶e̶i̶r̶a̶  disenteria e queria encurtar a cena. Então, momentos antes da gravação, ele chegou perto de Spielberg e perguntou: “Por que eu só não atiro nele?”. A princípio, a equipe achou que era uma piada, mas Steven gostou da ideia e conduziu a cena com a resolução rápida sugerida por Ford, marcando esse momento na história do cinema.


Roupa surrada

O clássico visual do Indiana Jones foi montado de forma bem curiosa. O famoso chapéu foi comprado em Londres, mas para ter aquele visual de que passou por várias aventuras, diversos membros da equipe, incluindo Steven Spielberg e Harrison Ford, precisaram sentar sobre ele por alguns dias. Da mesma forma, as dez jaquetas de couro que ficavam no camarim também chegaram novinhas em folha. Para dar a aparência envelhecida, a figurinista Deborah Nadoolman Landis ficou roçando um punhal e uma escova de metal contra elas.

Mulherengo

Uma das características originais que George Lucas pensou para o personagem era ser tão mulherengo quanto James Bond. Só que Spielberg não gostou tanto da ideia e resolveu deixar ele um pouco menos mulherengo, apesar de ter casos em todos os filmes da franquia. Porém, a novelização oficial do filme não economizou nesse detalhe das mulheres com quem ele se envolveu. Além do Dr. Marcus Brody (Denholm Elliott) encontrá-lo na sala de casa vestindo um roupão por ter “acabado de ‘ver’ uma aluna”, o livro também descreve que a primeira vez que Indy ficou com Marion Ravenwood (Karen Allen), ela tinha apenas 14 anos de idade, o que explica a revolta dela ao vê-lo entrar no bar depois de tantos anos. Anos mais tarde, outro livro trouxe a informação de que ela tinha 16 anos, enquanto ele era 12 anos mais velho que ela.

 

Medo de cobras

A cena em que Indy e Marion são jogados em um poço cheio de cobras foi gravada em Londres, no mesmo estúdio utilizado para gravar o quarto de Jack Torrance (Jack Nicholson), em O Iluminado (1980). Para preencher o lugar com serpentes, a produção precisava de 10 mil animais, então a equipe procurou por cobras em todas as pet shops londrinas e também nas encontradas ao sul da Inglaterra. O problema é que mesmo com aquele serpentário no estúdio, Spielberg ainda não tinha o suficiente para causar o efeito desejado. Dessa forma, a solução encontrada foi misturar os animais com várias pernas de calças cortadas, dando a impressão de ter muitas cobras a mais. Em meio a esse tanto de bicho, apenas um membro da produção foi mordido por uma píton. E apesar de não ter medo de cobras, Harrison Ford passou mal, chegando a quase vomitar, por conta do efeito que o movimento delas por todo o chão causou.

Estreia

Esse filme marcou a estreia do fantástico Alfred Molina (Homem-Aranha 2) nos cinemas. Na época, com 28 anos, ele fez uma participação logo na sequência de abertura. É ele quem guia e trai o Indy na caverna. Ainda falando em animais, há um momento em que ele fica coberto por tarântulas. Eram todas machos, e estavam imóveis sobre o corpo de Alfred. Então, para tentar agitá-las sem causar algum tipo de ameaça para o ator, a produção encontrou uma caranguejeira fêmea, que deixou os bichinhos agitados, conseguindo o efeito desejado por Spielberg.


Tatooine 

Lá para o final do filme, o protagonista ameaça destruir a Arca da Aliança com uma bazuca. O desfiladeiro utilizado como localização fica na Tunísia e também foi usado como set de filmagem para Uma Nova Esperança (1977), representando um dos cânions de Tatooine. É lá que o androide R2-D2 dá defeito e cai.


Rachael

Quem assistir aos testes de elenco feitos para o filme vai perceber que a atriz que interpreta Marion Ravenwood não é Karen Allen, como no filme, mas sim Sean Young. E mesmo assim, a escolhida originalmente foi Debra Winger, que abandonou o projeto por conflito de agenda, fazendo com que Karen fosse chamada para seu papel. Entretanto, Sean não ficou abandonada e acabou interpretando a personagem Rachael, em Blade Runner: O Caçador de Androides (1982), que curiosamente também terminou sendo estrelado por Harrison Ford. É interessante porque Ford também não era a opção inicial para o Indiana Jones. O escolhido foi Tom Selleck, que abandonou o projeto para estrelar a série do Magnum. Então, no ano seguinte ao lançamento de Caçadores da Arca Perdida, o casal de “rejeitados” estrelou o filme de Ridley Scott.

Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida está disponível na Netflix.

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Pedro Sobreirohttp://cinepop.com.br/
Jornalista apaixonado por entretenimento, com passagens por sites, revistas e emissoras como repórter, crítico e produtor.

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O longa que revolucionou os filmes de aventura completou 40 anos em 2021. Lançado em 12 de junho de 1981 nos EUA, a caçada do Dr. Jones (Harrison Ford) pela Arca da Aliança só chegou ao Brasil em 25 de dezembro do mesmo ano. Com uma produção feita sem margem para erros, já que a Paramount fez duras exigências no contrato, o filme guarda diversos casos inusitados. Por isso, em homenagem aos quarenta anos do primeiro capítulo de uma das franquias mais amadas da história, o CinePOP separou dez curiosidades sobre Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida. Confira!


Tudo começou no dentista

George Lucas e Philip Kaufman.

Quando George Lucas pediu para Philip Kaufman ajudá-lo a escrever uma história baseada nas matinês de sua infância sobre os grandes heróis invencíveis, ele se lembrou de uma história contada por seu dentista quando tinha apenas 11 anos de idade. Era sobre a lenda bíblica da Arca Perdida que guardava os Dez Mandamentos. A ideia foi tão bem aceita, que Lucas sugerir que esse fosse o título da história. Mais tarde, quando ele apresentou o projeto a Steven Spielberg, que é adepto do judaísmo, trabalhar em uma história que tinha um elemento poderoso presente em sua religião e ainda colocava os nazistas como vilões foi uma das coisas que fez com que ele se apaixonasse pelo projeto.


Cachorro mais famoso de Hollywood

Lucas e Indiana.

Na ideia original de George Lucas, o aventureiro mais famoso do cinema se chamaria Indiana Smith. Só que Spielberg não gostou da ideia porque achava que “Professor Smith” não era um nome tão sonoro. Então, ele sugeriu o sobrenome “Jones”, que soava melhor. Em momento algum o nome “Indiana” foi questionado, isso porque era uma homenagem ao cachorro de George Lucas, que também se chamava Indiana. Isso acaba sendo referenciado ao final de Indiana Jones e a Última Cruzada (1989). A cara do Malamute do Alaska de Lucas também foi usada como base para a modelagem do rosto de outro personagem amado de Hollywood, o Chewbacca.


Tio Patinhas

Na versão dos quadrinhos, o ídolo era de esmeralda, não de ouro.

A famosa cena de abertura, em que Indy assalta uma caverna na Amazônia e acaba precisando correr de uma pedra gigante foi ideia de Steven Spielberg. George Lucas queria que a cena inicial do filme tivesse um submarino e um macaco que fazia a saudação nazista, mas Spielberg lembrou de uma história em quadrinhos do Tio Patinhas chamada “As Cidades do Ouro” (The Seven Cities of Cibola, no original), de 1954, na qual uma pedra gigante é liberada após um ladrão tentar roubar um ídolo de esmeralda de Cibola. Com essa referência, eles criaram uma das cenas de abertura mais marcantes de todos os tempos.

Indy atirou primeiro

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Considerada uma das cenas mais icônicas do filme, Indiana está cara a cara com um beduíno, que o convoca para uma luta de espadas. Originalmente, a cena seria uma longa sequência de luta de espadas. Só que Harrison Ford estava sofrendo horrores com uma  ̶c̶a̶g̶a̶n̶e̶i̶r̶a̶  disenteria e queria encurtar a cena. Então, momentos antes da gravação, ele chegou perto de Spielberg e perguntou: “Por que eu só não atiro nele?”. A princípio, a equipe achou que era uma piada, mas Steven gostou da ideia e conduziu a cena com a resolução rápida sugerida por Ford, marcando esse momento na história do cinema.


Roupa surrada

O clássico visual do Indiana Jones foi montado de forma bem curiosa. O famoso chapéu foi comprado em Londres, mas para ter aquele visual de que passou por várias aventuras, diversos membros da equipe, incluindo Steven Spielberg e Harrison Ford, precisaram sentar sobre ele por alguns dias. Da mesma forma, as dez jaquetas de couro que ficavam no camarim também chegaram novinhas em folha. Para dar a aparência envelhecida, a figurinista Deborah Nadoolman Landis ficou roçando um punhal e uma escova de metal contra elas.

Mulherengo

Uma das características originais que George Lucas pensou para o personagem era ser tão mulherengo quanto James Bond. Só que Spielberg não gostou tanto da ideia e resolveu deixar ele um pouco menos mulherengo, apesar de ter casos em todos os filmes da franquia. Porém, a novelização oficial do filme não economizou nesse detalhe das mulheres com quem ele se envolveu. Além do Dr. Marcus Brody (Denholm Elliott) encontrá-lo na sala de casa vestindo um roupão por ter “acabado de ‘ver’ uma aluna”, o livro também descreve que a primeira vez que Indy ficou com Marion Ravenwood (Karen Allen), ela tinha apenas 14 anos de idade, o que explica a revolta dela ao vê-lo entrar no bar depois de tantos anos. Anos mais tarde, outro livro trouxe a informação de que ela tinha 16 anos, enquanto ele era 12 anos mais velho que ela.

 

Medo de cobras

A cena em que Indy e Marion são jogados em um poço cheio de cobras foi gravada em Londres, no mesmo estúdio utilizado para gravar o quarto de Jack Torrance (Jack Nicholson), em O Iluminado (1980). Para preencher o lugar com serpentes, a produção precisava de 10 mil animais, então a equipe procurou por cobras em todas as pet shops londrinas e também nas encontradas ao sul da Inglaterra. O problema é que mesmo com aquele serpentário no estúdio, Spielberg ainda não tinha o suficiente para causar o efeito desejado. Dessa forma, a solução encontrada foi misturar os animais com várias pernas de calças cortadas, dando a impressão de ter muitas cobras a mais. Em meio a esse tanto de bicho, apenas um membro da produção foi mordido por uma píton. E apesar de não ter medo de cobras, Harrison Ford passou mal, chegando a quase vomitar, por conta do efeito que o movimento delas por todo o chão causou.

Estreia

Esse filme marcou a estreia do fantástico Alfred Molina (Homem-Aranha 2) nos cinemas. Na época, com 28 anos, ele fez uma participação logo na sequência de abertura. É ele quem guia e trai o Indy na caverna. Ainda falando em animais, há um momento em que ele fica coberto por tarântulas. Eram todas machos, e estavam imóveis sobre o corpo de Alfred. Então, para tentar agitá-las sem causar algum tipo de ameaça para o ator, a produção encontrou uma caranguejeira fêmea, que deixou os bichinhos agitados, conseguindo o efeito desejado por Spielberg.


Tatooine 

Lá para o final do filme, o protagonista ameaça destruir a Arca da Aliança com uma bazuca. O desfiladeiro utilizado como localização fica na Tunísia e também foi usado como set de filmagem para Uma Nova Esperança (1977), representando um dos cânions de Tatooine. É lá que o androide R2-D2 dá defeito e cai.


Rachael

Quem assistir aos testes de elenco feitos para o filme vai perceber que a atriz que interpreta Marion Ravenwood não é Karen Allen, como no filme, mas sim Sean Young. E mesmo assim, a escolhida originalmente foi Debra Winger, que abandonou o projeto por conflito de agenda, fazendo com que Karen fosse chamada para seu papel. Entretanto, Sean não ficou abandonada e acabou interpretando a personagem Rachael, em Blade Runner: O Caçador de Androides (1982), que curiosamente também terminou sendo estrelado por Harrison Ford. É interessante porque Ford também não era a opção inicial para o Indiana Jones. O escolhido foi Tom Selleck, que abandonou o projeto para estrelar a série do Magnum. Então, no ano seguinte ao lançamento de Caçadores da Arca Perdida, o casal de “rejeitados” estrelou o filme de Ridley Scott.

Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida está disponível na Netflix.

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Pedro Sobreirohttp://cinepop.com.br/
Jornalista apaixonado por entretenimento, com passagens por sites, revistas e emissoras como repórter, crítico e produtor.

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