sábado , 21 dezembro , 2024

Cannes 2024 | Léa Seydoux declara apoio ao #MeToo e Mudanças a partir do Movimento

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Quase 10 anos do início do movimento #MeToo de denúncia contra abusos e assédios vividos por artistas saírem das redes sociais e estamparam as manchetes dos jornais nos Estado Unidos, o discurso chega à mídia na França. A onda desestabilizou grandes produtores, tendo como predador principal Harvey Weinstein, e abriu os olhos do público e da indústria. 

O movimento chegou ao cinema francês em fevereiro deste ano, quando a atriz Judith Godrèche apresentou queixa de abuso de menor de idade, contra os diretores Benoît Jacquot e Jacques Doillon. A atriz acusa Dillon de tê-la estuprado nos bastidores e durante as filmagens de A Garota de 15 Anos, filmado em 1987.



Neste contexto, todas as atrizes têm sido convidadas a se manifestarem sobre o tema. Durante a coletiva de imprensa do filme Segundo Ato (Deuxième Acte), de Quentin Dupieux, Léa Seydoux deu a sua opinião: 

É bom que o discurso seja liberado, é bom que as coisas estejam mudando. Já era tempo. (…) Eu fui testemunha dessa mudança. Porque eu fui uma atriz de antes e agora eu vejo o depois. (…) Claro que não posso me comparar com outras atrizes que vivenciaram coisas extremamente sérias. O meu status atual me protege, porque é quando você é uma jovem atriz que é mais difícil, quando somos mais vulneráveis”, alertou a atriz francesa de 38 anos. 

Vale lembrar que após ganhar a Palma de Ouro em 2013, por Azul é a Cor Mais Quente, Léa Seydoux acusou o diretor Abdellatif Kechiche de má conduta no set de filmagens durante uma polêmica cena de sexo com a atriz Adèle Exarchopoulos. Ela chegou a citar na coletiva que hoje em dia existe mais proteção durante as cenas íntimas, uma leve alusão a este caso ocorrido 11 anos atrás.  

Veja o discurso legendado de Léa Seydoux no Festival de Cannes 2024:

 

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Letícia Alassë
Crítica de Cinema desde 2012, jornalista e pesquisadora sobre comunicação, cultura e psicanálise. Mestre em Cultura e Comunicação pela Universidade Paris VIII, na França e membro da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine). Nascida no Rio de Janeiro e apaixonada por explorar o mundo tanto geograficamente quanto diante da tela.

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O movimento chegou ao cinema francês em fevereiro deste ano, quando a atriz Judith Godrèche apresentou queixa de abuso de menor de idade, contra os diretores Benoît Jacquot e Jacques Doillon. A atriz acusa Dillon de tê-la estuprado nos bastidores e durante as filmagens de A Garota de 15 Anos, filmado em 1987.

Neste contexto, todas as atrizes têm sido convidadas a se manifestarem sobre o tema. Durante a coletiva de imprensa do filme Segundo Ato (Deuxième Acte), de Quentin Dupieux, Léa Seydoux deu a sua opinião: 

É bom que o discurso seja liberado, é bom que as coisas estejam mudando. Já era tempo. (…) Eu fui testemunha dessa mudança. Porque eu fui uma atriz de antes e agora eu vejo o depois. (…) Claro que não posso me comparar com outras atrizes que vivenciaram coisas extremamente sérias. O meu status atual me protege, porque é quando você é uma jovem atriz que é mais difícil, quando somos mais vulneráveis”, alertou a atriz francesa de 38 anos. 

Vale lembrar que após ganhar a Palma de Ouro em 2013, por Azul é a Cor Mais Quente, Léa Seydoux acusou o diretor Abdellatif Kechiche de má conduta no set de filmagens durante uma polêmica cena de sexo com a atriz Adèle Exarchopoulos. Ela chegou a citar na coletiva que hoje em dia existe mais proteção durante as cenas íntimas, uma leve alusão a este caso ocorrido 11 anos atrás.  

Veja o discurso legendado de Léa Seydoux no Festival de Cannes 2024:

 

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