Bryan Freedman, advogado conhecido por sua experiência em litígios no mundo pop, afirmou que o ‘Caso Diddy’ está fazendo com que muitas celebridades e nomes importantes do meio musical percam a tranquilidade.
Tony Buzbee, que representa supostas 120 vítimas do cantor, afirmou que um grupo de cúmplices importantes do rapper será nomeado na ação conjunta contra o cantor.
Após Buzbee afirmar que os nomes “irão chocar“, o advogado Bryan Freedman declarou ao Page Six que um grupo de celebridades está perdendo o sossego enquanto a primeira audiência de Diddy se aproxima.
“Muitas pessoas do mais alto nível, incluindo artistas, executivos, empresários e outros, não estão dormindo bem agora. Aqueles que permitiram ou encorajaram conscientemente o comportamento, enquanto permaneciam em silêncio, devem se preocupar. Eu represento uma série de pessoas que estão preocupadas em serem mencionadas injustamente.”
Em conversa com a Page Six, outro especialista jurídico afirmou que muitas pessoas na indústria musical podem ser envolvidas no caso de Sean Combs.
O fato de o rapper ter uma carreira significativa e bem-sucedida na música faz com que vários artistas tenham cruzado seu caminho em algum momento.
O ‘Caso Diddy‘ ganhou mais um capítulo polêmico na quinta-feira, com o novo relato de um homem que afirma ter comparecido a uma festa do rapper quando tinha apenas seis anos.
Justin Litovsky confirmou, em entrevista ao New York Post, que presenciou uma das festas polêmicas, afirmando ter visto drogas, além de mulheres fazendo topless na piscina.
A festa em questão ocorreu no dia 3 de julho de 1999.
O homem contou que apenas queria entrar na piscina, no entanto, o ambiente não era bom para uma criança.
“Me lembro de ter muita maconha e um bando de mulheres fazendo topless na piscina, e ao redor dela. Toda vez que íamos a algum lugar com piscina, eu queria nadar”
A mãe de Litovsky, Maya, também se pronunciou, afirmando que não permitiu que o filho entrasse na piscina da festa. A mulher admitiu que não tinha certeza de que o que acontecia no “churrasco da tarde” de Diddy era algo normal.
Maya e seu filho deixaram o local às 21h30 e não sabem dizer o que ocorreu depois desse horário.
A mãe do homem ainda disse que se perguntou como as crianças haviam sido autorizadas a entrar naquele lugar, indicando que outros menores de idade estavam no ambiente. No entanto, Justin afirmou não se recordar de ver outras pessoas próximas da sua idade na festa.
“Não me lembro de ter visto nenhuma outra criança. Normalmente, eu era do tipo que queria brincar.”
De acordo com o New York Post, a festa em questão ocorreu nos Hamptons, em Nova York. Jay-Z,Lil’ Kim, Donna Karan, Magic Johnson, Patti LaBelle e Keith Richards eram alguns dos famosos presentes no churrasco de Diddy.
Justin, e sua mãe Maya, estavam na celebração devido ao fato de David Allen, o pai do garoto, ter sido o fotógrafo do evento comemorativo realizado pelo cantor.
O rapper e produtor Sean “Diddy” Combs continua sob forte investigação após ser acusado por diversas vítimas de tráfico sexual, extorsão e promoção de prostituição.
Agora, de acordo com o Us Weekly, o ator vencedor do Oscar Denzel Washington teria enfrentado Diddy em uma festa ocorrida em 2003.
De acordo com uma fonte que era muito próxima do rapper no começo dos anos 2000, Washington havia participado de uma reunião com Diddy e levantado a voz para enfrentá-lo: “Denzel gritou: ‘você não respeita ninguém'”.
O incidente culminou em Washington saindo furioso do evento: “[Denzel e sua esposa, Pauletta] estavam na festa até o amanhecer [com Diddy], e eles tinham visto algo e saído furiosos de lá”.
Vale lembrar que Diddy foi preso no último dia 16 de setembro com o que o Departamento de Justiça caracterizou como um esquema de anos para abusar e explorar sexualmente mulheres, utilizando seu império corporativo para cometer os crimes. Combs foi preso por agentes federais em um hotel de Nova York e, por enquanto, não há informações sobre quando ocorrerá o julgamento oficial. Todavia, caso declarado culpado, ele pode pegar prisão perpétua pelos atos cometidos.
ENTENDA O CASO
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As acusações emergem meses depois de diversos processos que começaram em novembro do ano passado quando a cantora Cassie, ex-namorada de Diddy, o acusou de abuso físico e sexual enquanto estavam juntos.
Após o processo, Joi Dickerson-Neal afirmou que Cassie a inspirou a contar sua própria história: em 1991, quando era apenas uma estudante, Combs a drogou, abusou dela sexualmente e gravou o crime sem ela saber. De acordo com o relatório, ela havia concordado em sair para jantar com Diddy no dia 03 de janeiro de 1991, em Harlem, durante as férias de inverno da Universidade de Siracusa.
Foi lá que Combs “intencionalmente a drogou” e a levou para um lugar onde estava ficando. Sem quaisquer “capacidades físicas e mentais de se defender dele”, ele abusou sexualmente dela. Como se não bastasse, ela descobriu mais tarde, através de um amigo, que ele havia gravado o abuso e mostrado a outras pessoas. Combs, por sua vez, negou as alegações.
No último dia de elegibilidade do Adult Survivors Act, legislação que permitiu que supostas vítimas de crimes sexuais para os quais o prazo de prescrição expirou pudessem abrir ações civis pelo período de um ano (entre 24 de novembro de 2022 e 24 de novembro de 2023), Liza Gardner também abriu um processo contra o produtor, acusando-o de tê-la violentado quando tinha apenas dezesseis anos. No documento, ela afirmou que em 1990 ou em 1991, ela e uma amiga se encontraram com Combs e com o cantor de R&B Aaron Hall em um evento supervisionado pela MCA Records, em Manhattan. Depois da festa, ela foi convidada para o apartamento de Hall, juntamente a Combs, e ambos lhe ofereceram várias bebidas ao longo da noite.
Diddy, então, a forçou a ter relações sexuais, deixando-a “chocada e traumatizada”. Hall entrou no quarto após Combs “terminar” e fez a mesma coisa.
Em dezembro de 2023, uma vítima que preferiu não se identificar, abriu outro processo contra Combs, alegando que foi violentada e traficada sexualmente por um grupo de pessoas comandado por Combs e Harve Pierre, ex-presidente da produtora Bad Boys Records (que fazia parte do império de Diddy). A mulher afirmou que o abuso ocorreu em 2003, quando ela tinha 17 anos, enquanto seu agressor tinha 34.
Em fevereiro deste ano, o produtor Rodney “Lil Rod” Jones, que trabalhou com Diddy em seu último álbum de estúdio (‘The Love Album: Off the Grid’), alegou em mais um processo que Combs e seus associados engajaram em “atividades ilegais”.
Jones acompanhava Combs e viaja com ele no período entre setembro de 2022 e novembro de 2023. Ele afirma que, durante essa época, ele sofria assédios sexuais constantes de Combs, sendo pressionado a participar de atos sexuais ou até mesmo a procurar profissionais do sexo para seu chefe – além de testemunhá-lo drogando pessoas em suas festas. Jones, inclusive, possuía horas e mais horas de material em câmera, visto que era forçado a gravá-lo constantemente: o conteúdo em questão inclui videoclipes que comprovam inúmeros eventos promovidos por Combs com garotas menores de idade e profissionais do sexo.
Jones também alega que Diddy tentou forçá-lo a ter relações sexuais com ele, tendo sofrido inúmeros assédios e abusos enquanto vivia na cada de Combs na Flórida, em Los Angeles e em Nova York – e até mesmo no iate que alugou nas Ilhas Virgens Americanas.
Em virtude de sua influência, Combs teve relacionamentos com grandes nomes do cenário musical e do entretenimento. Entre os anos de 1999 e 2001, ele namorou Jennifer Lopez e, à época, foi detido após um tiroteio em Manhattan por “violações de armas e acusações adicionais”. No mesmo período, Thalia Graves revelou ter sido drogada e estuprada por Diddy quando tinha apenas 25 anos de idade.
Outros nomes relacionados a Combs incluem 50 Cent, que sempre teve uma rixa de proporções midiáticas com o produtor – acusando-o, inclusive, de ser responsável pela morte de Notorious B.I.G.. Em 2023, 50 Cent revelou que estava trabalhando em um documentário para explorar as múltiplas alegações contra Combs, intitulado ‘Diddy Do It?’. Jay-Z também possuía um forte relacionamento com Diddy, e foi inclusive criticado por 50 Cent e por Nicki Minaj por não ter se pronunciado frente às polêmicas.
Na ocasião, Nicki afirmou: “queremos saber se você estava presente durante o abuso de adolescentes e crianças. É o que queremos saber. [Todos] eles precisam manter os holofotes em mim para que ninguém lhes pergunte sobre as acusações contra o melhor amigo deles”.
Vale lembrar que Minaj trabalhou tanto com Combs quanto com Jay-Z no passado. Todavia, Jay-Z não foi citado em qualquer dos processos.
Mais nomes que não se pronunciaram em relação ao ocorrido e mantinham uma relação próxima com Diddy incluem Naomi Campbell, que participava ativamente de suas festas, e o supracitado Usher.