quarta-feira , 20 novembro , 2024

‘Cidade de Deus: A Luta Não Para’ estreia neste domingo com o desafio de trazer o universo clássico para os streamings

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Os fãs de Cidade de Deus podem comemorar. Após 22 anos do lançamento do filme que revolucionou as produções nacionais, popularizando o filão de ‘Favela Movies’, esse universo ganhará uma continuação que estreia neste domingo (25) no Max. No entanto, o formato da vez será diferente. Saem as telonas e entram as telinhas, já que Cidade de Deus: A Luta Não Para será uma série semanal de seis episódios.

cidade de deus a luta não para



A série derivada é a grande aposta do Max para esse período, já que o filme é um sucesso internacional, citado constantemente nas listas de “filmes essenciais” de grandes diretores renomados. Ou seja, a ideia é que a produção seja um fenômeno não apenas no Brasil, mas no mundo. E para isso, a plataforma reservou um horário mais do que nobre para a série: domingos às 21h. Para quem não está familiarizado, essa é praticamente a mesma faixa de lançamento dos episódios da franquia Game Of Thrones, que foram lançados religiosamente às 22h de domingo.

Dessa forma, o Max mostra não apenas o prestígio da produção nacional, como também funciona como uma aposta da plataforma para tentar conquistar a audiência carente dos episódios de A Casa do Dragão, por exemplo, trazendo novamente um ‘compromisso’ para os fãs no horário tradicional do fim de semana.

A série agora se passa no ano de 2004, quando Buscapé (Alexandre Rodrigues) se consolidou como um fotógrafo prestigiado pela imprensa, já que conseguiu acesso aos crimes da Cidade de Deus para vender as imagens para os jornais. O problema é que isso trouxe um debate social muito forte, já que os veículos passaram a utilizar as imagens do crime na comunidade para pressionar as autoridades a enviarem um policiamento brutal que começou a tratar todos os moradores da favela como se fossem criminosos.

Diante desse conflito, a série vai abordar a vida na Cidade de Deus pela perspectiva de diferentes moradores, sejam eles boas pessoas, que estão apenas tentando seguir a vida, sejam eles criminosos que ajudam a manchar a imagem da comunidade. É uma produção que pega o ‘Favela Movie’ e tenta expandir o debate que tanta polêmica gerou nesses últimos anos. Ou seja, é uma série repleta de possibilidades e potencial.

Para a série, Fernando Meirelles deixa a cadeira da direção e assume a produção. Para o cargo de diretor, Aly Muritiba, de Deserto Particular (2021), foi chamado e vai tentar não apenas honrar, mas principalmente expandir o legado do filme original. Só que é claro que a missão não será fácil, e isso se estende a todos os setores da produção.

Um dos roteiristas da série, Estevão Ribeiro comentou sobre os desafios de criar uma série derivada para dar continuação ao universo de Cidade de Deus.

“Há todos os desafios possíveis. Cidade de Deus é simplesmente o segundo filme de língua não inglesa mais visto no mundo (atrás de Os intocáveis) e que inaugurou um estilo, uma estética e também ‘vendeu’ para o mundo um Brasil longe dos cartões-postais. Nossa proposta é vender esse mesmo Brasil, agora amplamente conhecido pelos outros filmes e séries que vieram na trilha do sucesso [de ‘Cidade de Deus’], mas mostrando a visão da população, que sofre em meio à guerra, mas não esmorece, e luta diariamente”, explicou Estevão Ribeiro.

cidade de deus a luta nao para serie que continua o filme tem data de estreia marcada scaled 1

O time de roteiristas, inclusive, é muito vasto. Além de Estevão, Sérgio Machado, Armando Praça, Renata Di Carmo e Rodrigo Felha integram o time que vai trazer as novas aventuras de Buscapé e dos novos personagens da Cidade de Deus para as telas.

Estevão Ribeiro falou um pouco mais sobre como foi trabalhar com essas galera para poder revisitar e expandir esse universo.

“Trabalhar em sala de roteiro é um exercício de desapego e argumentação. É um ambiente onde ganha-se mais adicionando à ideia alheia do que competindo para que o seu plano entre no lugar do outro. Agregar é sempre melhor, mas é importante saber quando derrubar algo que não se sustenta. E quando se tem profissionais de experiências diversas – Sênior, Pleno e Junior – com cada um trazendo os calos ou o frescor de suas vivências, e se consegue traduzir tudo isso em história, é ótimo, como foi no caso desta série. Agora só posso torcer pelo sucesso da série”, comentou o roteirista.

imagem do whatsapp de 2024 08 24 à(s) 08.35.50 71d1d605

Com essa proposta diferente, a série estreará um episódio por semana no streaming. E não há dúvida de que não faltam histórias incríveis a serem desenvolvidas nesse universo. A questão é saber como os fãs vão reagir a essa trama sem contar com um dos maiores personagens de todos os tempos: Zé Pequeno (Leandro Firmino).

Cidade de Deus: A Luta Não Para estreia neste domingo (25) no Max. Ansiosos?
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Pedro Sobreirohttp://cinepop.com.br/
Jornalista apaixonado por entretenimento, com passagens por sites, revistas e emissoras como repórter, crítico e produtor.

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A série derivada é a grande aposta do Max para esse período, já que o filme é um sucesso internacional, citado constantemente nas listas de “filmes essenciais” de grandes diretores renomados. Ou seja, a ideia é que a produção seja um fenômeno não apenas no Brasil, mas no mundo. E para isso, a plataforma reservou um horário mais do que nobre para a série: domingos às 21h. Para quem não está familiarizado, essa é praticamente a mesma faixa de lançamento dos episódios da franquia Game Of Thrones, que foram lançados religiosamente às 22h de domingo.

Dessa forma, o Max mostra não apenas o prestígio da produção nacional, como também funciona como uma aposta da plataforma para tentar conquistar a audiência carente dos episódios de A Casa do Dragão, por exemplo, trazendo novamente um ‘compromisso’ para os fãs no horário tradicional do fim de semana.

A série agora se passa no ano de 2004, quando Buscapé (Alexandre Rodrigues) se consolidou como um fotógrafo prestigiado pela imprensa, já que conseguiu acesso aos crimes da Cidade de Deus para vender as imagens para os jornais. O problema é que isso trouxe um debate social muito forte, já que os veículos passaram a utilizar as imagens do crime na comunidade para pressionar as autoridades a enviarem um policiamento brutal que começou a tratar todos os moradores da favela como se fossem criminosos.

Diante desse conflito, a série vai abordar a vida na Cidade de Deus pela perspectiva de diferentes moradores, sejam eles boas pessoas, que estão apenas tentando seguir a vida, sejam eles criminosos que ajudam a manchar a imagem da comunidade. É uma produção que pega o ‘Favela Movie’ e tenta expandir o debate que tanta polêmica gerou nesses últimos anos. Ou seja, é uma série repleta de possibilidades e potencial.

Para a série, Fernando Meirelles deixa a cadeira da direção e assume a produção. Para o cargo de diretor, Aly Muritiba, de Deserto Particular (2021), foi chamado e vai tentar não apenas honrar, mas principalmente expandir o legado do filme original. Só que é claro que a missão não será fácil, e isso se estende a todos os setores da produção.

Um dos roteiristas da série, Estevão Ribeiro comentou sobre os desafios de criar uma série derivada para dar continuação ao universo de Cidade de Deus.

“Há todos os desafios possíveis. Cidade de Deus é simplesmente o segundo filme de língua não inglesa mais visto no mundo (atrás de Os intocáveis) e que inaugurou um estilo, uma estética e também ‘vendeu’ para o mundo um Brasil longe dos cartões-postais. Nossa proposta é vender esse mesmo Brasil, agora amplamente conhecido pelos outros filmes e séries que vieram na trilha do sucesso [de ‘Cidade de Deus’], mas mostrando a visão da população, que sofre em meio à guerra, mas não esmorece, e luta diariamente”, explicou Estevão Ribeiro.

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O time de roteiristas, inclusive, é muito vasto. Além de Estevão, Sérgio Machado, Armando Praça, Renata Di Carmo e Rodrigo Felha integram o time que vai trazer as novas aventuras de Buscapé e dos novos personagens da Cidade de Deus para as telas.

Estevão Ribeiro falou um pouco mais sobre como foi trabalhar com essas galera para poder revisitar e expandir esse universo.

“Trabalhar em sala de roteiro é um exercício de desapego e argumentação. É um ambiente onde ganha-se mais adicionando à ideia alheia do que competindo para que o seu plano entre no lugar do outro. Agregar é sempre melhor, mas é importante saber quando derrubar algo que não se sustenta. E quando se tem profissionais de experiências diversas – Sênior, Pleno e Junior – com cada um trazendo os calos ou o frescor de suas vivências, e se consegue traduzir tudo isso em história, é ótimo, como foi no caso desta série. Agora só posso torcer pelo sucesso da série”, comentou o roteirista.

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Com essa proposta diferente, a série estreará um episódio por semana no streaming. E não há dúvida de que não faltam histórias incríveis a serem desenvolvidas nesse universo. A questão é saber como os fãs vão reagir a essa trama sem contar com um dos maiores personagens de todos os tempos: Zé Pequeno (Leandro Firmino).

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