Desde março, a Itália registrou mais de 200 mil casos de infectados pelo Coronavírus, mas o país já está começando a se recuperar à medida que o número de contágios desacelera.
De acordo com o Deadline, o governo italiano anunciou que irá permitir a reabertura de diversas salas de cinema pelo país a partir de 15 de junho.
Através de um comunicado à imprensa, o primeiro-ministro Giuseppe Conte disse que:
“Estamos nos organizando para reabrir diversos setores do comércio e nos preparamos para enfrentar um risco calculado sabendo que a curva de contágio pode subir novamente. No entanto, precisamos assumir esse risco e temos que aceitá-lo, caso contrário não poderíamos nos recuperar financeiramente.”
No entanto, Andrea Occhipinti, diretora da produtora e distribuidora italiana Lucky Red, disse que à reabertura será avaliada de acordo com a quantidade de pessoas dispostas a ir ao cinema nos próximos meses.
“O público precisa se sentir seguro e relaxado para retornar aos cinemas, o que é difícil, considerando o quadro atual. Não seria sensato encarar um retorno precoce. Não adianta voltar à normalidade se os cinemas estiverem operando com menos 30% de sua capacidade. Seria um gasto de dinheiro sem retorno.”
Lembrando que diversas redes de cinema espalhadas pelo mundo planejam reabrir suas portas a partir de julho, mas ainda é muito cedo e arriscado para apostar na decisão.
Até o momento, o Coronavírus já infectou mais de 4,7 milhões de pessoas ao redor do mundo, causando pelo menos 315 mil mortes.
Mesmo assim, o CEO da Disney, Bob Chapek, minimizou as preocupações sobre a doença durante uma entrevista para a CBNC.
Questionado se a companhia estava preocupada com a possibilidade de novos contágios após a reabertura das salas de cinema, o executivo respondeu:
“Se você pensar bem, a ocupação das salas de cinema durante segunda à sexta-feira não chega a 25% da lotação. O problema é aos fins de semana, mas acredito que isso pode ser controlado.”
Chapek ainda disse que o deve de manter as salas controladas cabe aos expositores, e não aos estúdios de cinema.
“O controle sobre o número de clientes é dever dos nosso expositores parceiros. Tudo vai depender da demanda [de pessoas que chegarem ao cinema].”