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32º Mostra Internacional de Cinema de São Paulo

 

26 de Outubro de 2008 –

Uma qualidade das mostras é tomarmos contato com as novidades. Uma grata surpresa deste ano foi o filme franco-belga “9 MM”, de Taylan Barman.

Primeiro vemos algumas imagens, como um vestuário e um cemitério. Na outra seqüência, a câmera se aproxima de uma porta. Depois de parar, ouvimos um tiro. O filme regride para o começo do dia, onde conheceremos Roger, o pai, Nadine, a mãe, e Laurent, o filho.

O pai é ex-bombeiro, desempregado por um acidente. A mãe é policial. E o filho um jovem refugiado em um grupo de rebeldes do bairro. O primeiro é infeliz com sua condição de inválido; a segunda, infeliz com a vida de casada; o terceiro, infeliz com sua família. A quem foi endereçada a bala???

Acompanhamos um dia dessa família, pelos pontos de cada membro. Como em obras do gênero, uma cena desmente a outra: quando construímos uma idéia de uma personagem, a seqüência seguinte o desconstrói. Barman faz isso muito bem.

O diretor demonstra destreza ao revelar detalhes do psicológico das personagens usando elementos de cena: um traveling ao redor do quarto de Laurent: revistas de rip Rop, cartaz de Che, fotos.

As atuações são fortes, transmitindo todo desequilíbrio instaurado naquela família. Não se trata de um filme para relaxar, mas para gerar reflexão.

Barman é jovem e tem poucos filmes no currículo, segundo o site da Mostra, com este são três. Ele não tem fez nenhum curso. Começou com uma câmera na mão, uma idéia na cabeça e uns amigos como atores. Dirigiu curtas-metragens e venceu um festival de cinema amador. Segundo disse antes da projeção do filme, “9 MM” é o seu trabalho mais, digamos, profissional: foi, por exemplo, o primeiro com um roteiro fechado.

Abaixo, uma entrevista com o simpático Taylan Barman:


Taylan Barman

Cinepop: Como foi fazer o primeiro filme profissional, deixando os filmes caseiros?

Taylan Barman: Não tem muito diferença no final, porque sempre quero falar sobre algo… Bom, claro, tem mais meios, a estrutura, a experiência, mas sempre com essa vontade de falar através da imagem, transmitir uma mensagem. Não é um cinema muito para diversão ou entretenimento, mas para a conscientização de algumas realidades.

Cinepop: E no que você se inspirou para fazer “9MM”?

Taylan Barman: Vi vários acontecimentos e comecei a me perguntar e a analisar um pouco sobre o que eu estava vendo, e também o porquê eu estava vendo certas coisas, como o mal estar das pessoas e o excesso de pressão da sociedade sobre cada individuo. Fiquei meio chocado também a respeito do suicídio. E essa história é na verdade o meu ponto de interrogação sobre o suicídio. Não tem explicações sobre o porquê aconteceu. Em nenhum momento do filme se tem uma indicação de que ele vai se suicidar no final.

Cinepop: Você falou antes da exibição que este foi o primeiro filme com estrutura mais elaborada, com roteiro fechado. O quanto você pretende manter de improviso e o quanto pretende manter de estrutura mais fechada, como roteiro, nos próximos trabalhos?

Taylan Barman: Eu dei liberdade para os atores. O mais importante era os atores serem autênticos, sem parecerem superficiais nas suas falas. Os diálogos estavam no roteiro, mas eles tinham a liberdade, pois cada ator tinha sua técnica. Eles realmente aprenderam os diálogos e aturam sem percebermos que se tratava de um roteiro. Até porque eles tinham a liberdade de falar com as próprias palavras. O principal é se sair bem no final. Eles tinham muita liberdade para atuarem. Na verdade os atores gravaram em planos seqüenciais, o que era mais cansativo para eles, mas os deixavam mais envolvidos com a personagem. Depende muito também dos atores com quem se trabalha: antes, estava acostumado a trabalhar com atores amadores. Com eles eu deixava mais livre a atuação, pois o roteiro fechado os deixavam muito presos. E os profissionais podem gravar um texto e improvisar ao mesmo tempo.

Cinepop: Quais as suas influencias?

Taylan Barman: Não sou muito cinéfilo… Um filme, por exemplo, é “Era Uma Vez América” [de Sergio Leone], que não tem nada haver com “9MM”. O cinema para mim foi algo bem natural, sempre a procura da realidade. Eu também gosto de um cineasta inglês que faz filmes realistas, mas que não me lembra o nome agora.

Cinepop: Quais são os seus próximos projetos e o que você está achando da Mostra?

Taylan Barman: Eu tenho algumas idéias, mas como ando super ocupado com a divulgação do filme, prefiro ver o “9 MM” ser bem lançado e depois me afundar em outros projetos. Porque eu não consigo fazer dois projetos ao mesmo tempo. Então, vou aguardar. Quanto a Mostra, acho muito bom essa oportunidade de poder mostrar o filme ao público e de me encontrar com ele, de compartilhar experiências e de ter um retorno. E a Mostra tem muito público que vai assistir ao filme. E é bom, faz bem para o direto.

Cinepop: Obrigado!

Taylan Barman: Obrigado!

26 de Outubro de 2008 –

COLEÇÃO APLAUSO LANÇA ONZE ROTEIROS DE GRANDES FILMES DA PRODUÇÃO NACIONAL RECENTE

Os roteiros integram a Série Cinema Brasil, que traz também fotos do making-off das produções e apresentação dos diretores e roteiristas. No roteiro de Fim da Linha, por exemplo, o leitor poderá ver o storyboard criado pelos gêmeos Fabio Moon e Gabriel Bá. A lista dos livros com lançamento marcado para a 32ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, no dia 28 de outubro, inclui roteiros de filmes premiados e de grande sucesso de público, como O Céu de Suely, O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias, Estômago e Cidade dos Homens.

O escritor de telenovelas, minisséries e seriados de televisão e roteirista Doc Comparato uma vez afirmou que “um bom roteiro não é garantia de um bom filme, mas sem um roteiro não é possível fazer um bom filme”. É com a proposta de mostrar a importância do roteiro na produção cinematográfica aos leitores, cinéfilos e estudantes da área de áudio-visual que a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo lança onze novos roteiros de grandes filmes da produção nacional dos últimos anos.Na lista, figuram filmes aclamados pela crítica e pelo público, no Brasil e no exterior, como O Céu de Suely, O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias, Estômago, Chega de Saudade, Cidade dos Homens, Não por acaso, Batismo de Sangue, Onde andará Dulce Veiga, Os 12 trabalhos, Fim da Linha e Quanto vale ou é por quilo? O lançamento será na próxima terça-feira, dia 28 de outubro, no Shopping Frei Caneca (Rua Frei Caneca, 569 – 4º andar), a partir das 19 horas. No mesmo dia, também serão lançadas 20 biografias entre as quais a de Walmor Chagas, Joana Fomm e Lolita Rodrigues.

Além dos roteiros, os livros trazem fotos dos making-off dos filmes, apresentações de diretores e roteiristas e informações sobre o processo de produção. É o caso de Fim da Linha, cujo livro reproduz o storyboard feito especialmente para o filme pelos premiados artistas Fábio Moon e Gabriel Bá, e revela como essa ferramenta é útil durante as filmagens. Em Estômago, uma novidade: a relação das receitas preparadas no filme, com indicação das cenas em que aparecem.

Para os apaixonados por cinema, e que provavelmente já viram esses filmes na grande tela, a leitura dos roteiros trará surpresas. A explicação é simples: o resultado final, depois das filmagens e da montagem, pode ser, e normalmente é, bastante diferente do roteiro inicial. Um exemplo é o de Os 12 Trabalhos, dirigido por Ricardo Elias e com roteiro de Cláudio Yosida. A proposta inicial sofreu tantas alterações que diretor e roteirista decidiram publicar as duas versões.

A produção do roteiro, desde a concepção até a versão final, envolve uma série de mudanças, muita transpiração e tempo de maturação. Caso emblemático é o do diretor e roteirista Philippe Barcinski, de Não por Acaso, que escreveu o texto ao longo de cinco anos. As primeiras linhas foram escritas em 2001 e o filme foi lançado somente no ano passado, no Festival de Cinema do Rio. Lusa Silvestre, roteirista de Estômago, levou quase dois anos para escrever o roteiro do filme até chegar ao texto apresentado no livro publicado pela Imprensa Oficial. “No começo, era só uma brochura com um monte de papel junto. No quase-fim, já era um filme bom, com pegada, personalidade. No fim, fim mesmo, é isso: ele publicado em forma de livro. Fomos das palavras às cenas, e agora voltamos às palavras”, conta.

Histórias interessantes não faltam na criação de um roteiro. A mais inusitada delas é a do roteirista Luiz Bolognesi e da diretora Laís Bodanzky. Num dia de semana qualquer, entre uma cerveja e outra no Clube Piratininga, ao som da Orquestra Tabajara, começou a ser escrito o roteiro de Chega de Saudade, motivado principalmente pela paixão dos amigos pelos tradicionais bailes de salão.

Essas e outras histórias da sétima arte brasileira podem ser conferidas com os lançamentos da Coleção Aplauso. Criada pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo em 2004, ela já conta com 156 títulos entre biografias de cineastas, atores, atrizes e dramaturgos, peças de teatro, roteiros de cinema e histórias de emissoras de televisão.


Confira a lista completa dos roteiros com lançamento na Mostra de Cinema

BATISMO DE SANGUE (Helvécio Ratton e Dani Patarra)

Ganhador do Prêmio Jabuti de 1985, Batismo de Sangue foi escrito por Frei Betto e conta a história dos frades dominicanos que apoiaram a luta armada contra o regime militar. Na versão roteirizada pelo diretor do filme, Helvécio Ratton, e por Dani Patarra para a Imprensa Oficial, o personagem central da história é Frei Tito, um dos frades dominicanos que, no final dos anos 60, ajudaram o grupo guerrilheiro Ação Libertadora Nacional (ALN), liderado por Carlos Marighella, no combate à ditadura. Os dominicanos foram presos e torturados por integrantes dos órgãos clandestinos de repressão, comandados pelo delegado Fleury, que organizou a emboscada em que Marighella foi morto, em dezembro de 1969. Um ano depois, Frei Tito saiu da prisão em um processo de troca para libertar o embaixador da Suíça, Giovani Enrico Bucher, seqüestrado pela Vanguarda Popular Revolucionária (VPR). Tito seguiu para o Chile, passou pela Itália e mais tarde fixou-se na França, nos arredores do convento de La Tourtelle, onde se suicidou em 1974. Neste livro da Coleção Aplauso, o roteirista e o protagonista do filme têm uma história comum. Helvécio Ratton conheceu Frei Tito no Chile, onde ambos viviam exilados, fato que explica ter escrito o roteiro de Batismo de Sangue.

QUANTO VALE OU É POR QUILO? (Sérgio Bianchi)

Se o cinema não se cansa de beber na fonte da literatura, pode-se dizer que Sérgio Bianchi selecionou o que havia de melhor no mundo das letras quando levou para as telas Quanto Vale ou é por Quilo? O filme é uma livre adaptação do conto “Pai contra Mãe”, de Machado de Assis, entremeada com pequenas crônicas do pesquisador Nireu Cavalvanti sobre escravidão no Brasil, e revela as mazelas e contradições de um país em permanente crise de valores. O roteiro agora publicado pela Coleção Aplauso é de Newton Cannito e Eduardo Benaim, além do próprio diretor do filme, Sérgio Bianchi. A narrativa costura dois recortes históricos em intervalos de tempo diferentes: o antigo comércio de escravos do século XVIII e a exploração da miséria pelo marketing social dos dias atuais. Misturando as duas épocas, com a repetição de alguns personagens em situações análogas, o roteiro aponta dois desfechos para o filme, criando uma duplicação de possibilidades que surpreende o leitor. Como “extras”, o livro traz o conto de Machado de Assis que inspirou o filme, algumas crônicas de Nireu Cavalcanti, além de uma pequena coletânea de críticas de jornais e revistas que analisam o filme.

NÃO POR ACASO (Philippe Barcinski, Fabiana Werneck Barcinski e Eugênio Puppo)

Após ter dirigido vários curtas, Philippe Barcinski estreou no longa-metragem com Não por Acaso, ganhando vários prêmios no Brasil e no exterior, como o de Melhor Ator do Festival de Huelva, na Espanha, e de Novo Diretor do Prêmio Hugo, em Chicago. O roteiro foi escrito ao longo de cinco anos, de 2001 a 2006, em parceria com Fabiana Werneck Barcinski e Eugênio Puppo. Toda essa dedicação justifica a tese de Philippe Barcinski para a construção de um bom filme. “Com um bom roteiro nas mãos, escolhendo-se bem os atores, tem-se um bom filme. A partir de um roteiro mal escrito, será muito difícil, por mais eficaz que seja a realização, gerar um bom filme”. O filme se desenvolve a partir de um acidente de trânsito, entrelaçando os dois personagens centrais da história: Ênio (Leonardo Medeiros), um engenheiro controlador de tráfico que vive na Praça Roosevelt, e Pedro (Rodrigo Santoro), construtor de mesas de sinuca. Ênio possui uma mania de controle que também se reflete em sua casa, onde suas ações são extremamente controladas. Ele se surpreende quando reencontra Mônica (Graziella Moretto), sua ex-mulher, que lhe diz que sua filha Bia (Rita Batata), de 16 anos, deseja conhecê-lo. O encontro é adiado devido a um acidente sofrido por Mônica, que atropela Teresa (Branca Messina), namorada de Pedro. Seis meses depois Bia encontra Ênio, mas pai e filha enfrentam dificuldades em se relacionar. Já Pedro é forçado a visitar o antigo apartamento de Teresa, onde agora vive Lúcia (Letícia Sabatella).

CIDADE DOS HOMENS (Elena Soárez e Paulo Morelli)

A fama da dupla Laranjinha (Darlan Cunha) e Acerola (Douglas Silva), do elogiado Cidade de Deus, de Fernando Meirelles, originou a criação de Cidade dos Homens, filme que tem roteiro de Elena Soárez e encerrou a série de TV da Rede Globo produzida em parceria com a produtora O2 Filmes. O filme foi produzido por Paulo Morelli, que já havia feito três episódios da série. A idéia nasceu dos relatos colhidos numa pesquisa feita com moradores do Rio. A partir daí, Elena Soárez escreveu o texto. “Mas o roteiro final só veio mesmo nos ensaios, quando os próprios atores davam o tom de suas falas. Essa foi a idéia que usamos na série e que deu muito certo”, explica Morelli. A trama aborda uma cena comum nas favelas do Rio e do Brasil: a precoce paternidade de jovens que na maioria das vezes não assumem os filhos, deixando a tarefa para as mães e avós. “A situação é ainda pior porque essas crianças irão crescer tendo o traficante como imagem paterna, do pai poderoso, com dinheiro, mulheres e a ilusão de um futuro melhor”. É a partir das experiências pessoais de Laranjinha, que decide procurar o pai, e de Acerola, que precisa cuidar de um filho pequeno, que o roteiro se desenvolve e traz para discussão uma questão social mais ampla. “Ao contar a história do nascimento de um pai que luta para cuidar do filho em um lugar incrivelmente hostil, de alguma maneira, contamos a história de muitos.
E, a despeito do seu abandono, esses jovens são fortes o bastante para guiar suas vidas com alegria e esperança”, ressalta Morelli.

O CÉU DE SUELY (Mauricio Zacharias, Felipe Bragança e Karim Aïnouz)

Fato raro na cena cinematográfica nacional, O Céu de Suely teve sua estreia fora do país, mais precisamente na Mostra Orizzonti, do Festival de Veneza 2006, sendo o único filme brasileiro selecionado para o evento. Era apenas o início de uma seqüência de conquistas na carreira do diretor Karim Aïnouz, conhecido também por Madame Satã e Abril Despedaçado. Assinam o roteiro do livro da Coleção Aplauso, Mauricio Zacharias, Felipe Bragança, além do próprio Karim Aïnouz. O filme conta a história de uma jovem que volta de São Paulo com seu filho recém-nascido para a casa de sua família, no interior do Ceará. Ela espera a chegada do marido que deve reencontrá-la. Sozinha, Hermila tenta reinventar sua vida, mas continua com o sonho de ir embora para um lugar o mais longe possível. Outra curiosidade do filme está relacionada à atuação da protagonista, Hermila Guedes. Ovacionada pela crítica e pelo público, este foi apenas o seu primeiro papel no cinema.

ONDE ANDARÁ DULCE VEIGA? (Guilherme de Almeida Prado)

Aclamado pela crítica como o melhor filme do diretor Guilherme de Almeida Prado, Onde andará Dulce Veiga? foi lançado no Festival do Rio de Janeiro em 2007. Baseado na obra de Caio Fernando Abreu, o roteiro já havia sido selecionado cinco anos antes, em 2002, para o VI Laboratório de Sundance no Brasil, propiciando o início das filmagens em 2005. O filme conta a história de um jornalista que vai entrevistar uma jovem cantora de rock e descobre que ela é filha da famosa Dulce Veiga, cantora desaparecida no auge da carreira. Atraído pela história, o protagonista passa a investigar o que teria acontecido com Dulce, envolvendo-se em uma trama de surpresas, mistérios e revelações. Diretor e autor deste roteiro, Guilherme de Almeida Prado fez seu primeiro longa, Flor do Desejo, em 1984. Quatro anos depois ganhou o Festival de Gramado com A Dama do Cine Shangai. Para ele, existem dois tipos de cineastas: aqueles que pretendem mudar o mundo e aqueles que podem mudar nossa percepção de mundo. “Prefiro a segunda opção. Acredito que, sem mudar nossa percepção de mundo, não poderemos mudar efetivamente o mundo”.

CHEGA DE SAUDADE (Luiz Bolognesi)

A parceria entre a diretora Laís Bodanzky e o roteirista Luiz Bolognesi vem desde a produção de Bicho de Sete Cabeças, um dos sucessos do cinema nacional na última década. Agora, a dupla aproveita a paixão pelos bailes para fazer Chega de Saudade, ainda em cartaz no Brasil. Premiado no Festival de Brasília nas categorias Melhor Roteiro, Melhor Direção e Escolha do Público, o filme se passa em um Salão de Baile no bairro paulistano da Lapa, onde um grupo de meia-idade se reúne semanalmente. Segundo Bolognesi, que produziu o roteiro, a idéia surgiu quando saiu para tomar uma cerveja com a amiga Laís Bodanzky e ver os casais dançarem no Clube Piratininga ao som da Orquestra Tabajara. “A partir daquele fim de tarde em que a cidade fervilhava na hora do rush, nós descobríamos um novo mundo dentro dos salões e começamos a trabalhar a idéia de um filme. Doze anos se passaram entre essa tarde e a noite em que Chega de Saudade foi projetado pela primeira vez no Festival de Brasília. E se tem alguma coisa que ganhou com essa passagem de tempo, foi o roteiro. Um bom roteiro deve envelhecer na gaveta”, diz Bolognesi na apresentação do livro. No filme, um par de crooners (Elza Soares é um deles) se diverte no salão ao som de uma orquestra. O sonoplasta (Paulinho Vilhena) leva sua namorada (Maria Flor) para conhecer o local, quebrando a rotina dos freqüentadores. A garota provoca ciúmes no namorado quando é cortejada por um cliente assíduo do baile (Stepan Nercessian). A confusão está armada.

OS 12 TRABALHOS (Cláudio Yosida)

Com referências claras ao mito grego de Hércules, Os 12 Trabalhos mostra uma faceta do retrato social de São Paulo por meio de um personagem conhecido, porém pouco compreendido pela população das grandes metrópoles: o motoboy. Dirigido por Ricardo Elias e com roteiro de Cláudio Yosida, o filme conta a história de Herácles, um jovem negro que tenta refazer a sua vida após sair de um reformatório para menores infratores. Um dado que o leitor pode estranhar, mas que será bastante útil para entender a produção de um filme, é o fato de o livro contar com duas versões de roteiro. “Os 12 Trabalhos passou por muitas mudanças desde a versão inicial até a que foi filmada e depois também na montagem. Para que fique mais fácil para o leitor identificar as mudanças, resolvemos publicar as duas versões”, conta Yosida. No primeiro dia no novo emprego, o garoto irá passar por doze provações, cruzando com os mais diferentes tipos de São Paulo. Enquanto o personagem mitológico Hércules enfatiza a grandiosidade dos trabalhos, no caso de Herácles não é isto que se ressalta no filme, e sim a força de vontade necessária aos jovens pobres das metrópoles para sobreviver à sedução do tráfico de drogas, à violência urbana, ao trânsito caótico, às pressões enormes no trabalho e à falta de escolaridade adequada. É da tensão entre a fragilidade aparente de Herácles diante de todos os problemas que se colocam para ele e da sua convicção de buscar um caminho fora da marginalidade que surge o retrato realista de uma das principais questões sociais brasileiras da atualidade: a da falta de perspectivas para a juventude.

FIM DA LINHA (Gustavo Steinberg e Guilherme Werneck – roteiro, e Fábio Moon e Gabriel Bá – storyboard)

Em visita ao Brasil, um alto funcionário do Banco Mundial teria dito que, neste país, jogar dinheiro de um helicóptero é a única forma eficaz de redistribuição de renda. Fim da Linha transforma esta lenda em filme e faz chover dinheiro sobre uma manifestação pela paz em uma grande avenida da cidade de São Paulo.O filme é uma metáfora tensa e bem-humorada das dificuldades, dilemas e seduções criadas por uma sociedade estruturada pela fé no poder do dinheiro. Um político cercado de assessores e seu filho, um jornalista de televisão, sua mulher e seu filho, dois motoristas de táxi, um catador de papel, uma ladra surda-muda (negra e analfabeta), um bebê seqüestrado, um grupo de velhinhos de um asilo e uma tribo de índios. O destino de cada um destes personagens vai se cruzar quando ocorre uma inusitada chuva de dinheiro em pleno centro da cidade de São Paulo. Fim da Linha é o primeiro filme dirigido por Gustavo Steinberg. O roteiro para a Coleção Aplauso é assinado por Guilherme Werneck e Gustavo Steinberg. Um dos destaques do roteiro, e do livro, é a utilização do storyboard – uma espécie de ilustração usada pelos cineastas para visualizar as cenas e os planos antes das filmagens. Para o roteiro de Fim da Linha, foram responsáveis pela produção do storyboard os desenhistas Fábio Moon e Gabriel Bá.

ESTÔMAGO (Lusa Silvestre, Marcos Jorge e Cláudia da Natividade)

Ainda em cartaz nos cinemas, Estômago trata de dois temas universais: a comida e o poder. Mais especificamente, a comida como meio de adquirir poder. O filme foi inspirado no conto “Presos pelo Estômago”, de Lusa Silvestre, que assina, junto com o diretor Marcos Jorge, o argumento do filme. O roteiro, publicado pela Coleção Aplauso da Imprensa Oficial, é de Lusa Silvestre, Marcos Jorge e Cláudia da Natividade. Foram quase dois anos até chegar ao texto final. “No começo, era só uma brochura com um monte de papel junto. No quase-fim, já era um filme bom, com pegada, personalidade. No fim, fim mesmo, é isso: ele publicado em forma de livro. Fomos das palavras às cenas, e agora voltamos às palavras”, conta Lusa Silvestre. Em seu lançamento mundial no Festival do Rio 2007, o filme foi consagrado como grande vencedor, recebendo quatro prêmios: Melhor Filme pelo Público, Melhor Diretor, Melhor Ator e Prêmio Especial do Júri. Em 2008, Estômago teve participação especial no Festival de Berlim, com direito a jantar inspirado nos pratos do filme, e também venceu o Festival Internacional de Punta Del Este, no Uruguai, com os prêmios de Melhor Filme e Menção Especial de Melhor Ator. O filme marca a estreia de Marcos Jorge na direção de longas-metragens, depois de uma bem-sucedida carreira como diretor de curtas, filmes publicitários e artista-plástico especializado em vídeo-instalações.
Estômago é a primeira co-produção cinematográfica realizada a partir do acordo de co-produção bilateral Brasil-Itália, assinado no início dos anos 1970. Ao final do livro, está a relação das principais receitas feitas no filme, com indicação das cenas em que elas são preparadas.

O ANO EM QUE MEUS PAIS SAÍRAM DE FÉRIAS (Cláudio Galperin, Bráulio Mantovani, Anna Muylaert e Cao Hamburger)

Sucesso de público e crítica no Brasil e no exterior, O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias, dirigido por Cao Hamburger, é um dos filmes mais premiados do cinema nacional nos últimos anos, sendo inclusive o representante brasileiro que concorreu ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2008. Quem viu o filme certamente terá surpresas quando ler o roteiro publicado pela Imprensa Oficial, pois há diferenças entre o texto final e o longa-metragem, o que torna o livro um instrumento de grande valia para aqueles que querem compreender a dinâmica do processo de produção cinematográfico. Mais conhecido pela série TV e pelo longa-metragem Castelo Rá-Tim-Bum (1999), Cao Hamburger diz que o roteiro final pareceu tão sólido e maduro que foi possível fazer, com segurança, modificações e inventar novas cenas durante as filmagens. O roteiro final é resultado de tratamentos prévios, ao longo dos quais os personagens, os conflitos e os aspectos específicos da trama foram sendo desenvolvidos. A solidez à qual se refere o cineasta é conseqüência desse árduo trabalho de escrita, que envolveu, além do próprio Hamburger, os co-roteiristas Cláudio Gasperin, Bráulio Mantovani e Anna Muylaert.

O filme conta a história de Mauro (Michael Joelsas), um garoto de 12 anos apaixonado por futebol, que acompanha a Copa do Mundo de 1970, no México. Os pais, militantes de esquerda perseguidos pelo regime militar, deixam o menino na casa do avô no bairro paulistano do Bom Retiro, sem saber que esse havia morrido justamente naquele dia. A trama mostra os “anos de chumbo” da ditadura por meio do olhar ingênuo do menino, que sofre com o distanciamento dos pais, a morte do avô, a necessidade de viver com com uma pessoa estranha, em uma nova comunidade. Soma-se ao enredo, a experiência do primeiro amor, quando Mauro se apaixona por Hanna (Daniela Piepszyk). No filme, Hamburger articula o drama individual com o coletivo, em um trabalho de sutileza e sensibilidade raras.

 

25 de Outubro de 2008 –

TRINTA E UM NOVOS TÍTULOS DA COLEÇÃO APLAUSO SÃO LANÇADOS NA 32ª MOSTRA DE CINEMA DE SÃO PAULO

Com esses novos livros, a Coleção Aplauso chega ao 156º título e comemora seu quinto ano de resgate do cenário cultural brasileiro. Criada em 2004 e desde então com lançamentos especiais na Mostra de Cinema, a coleção lança, agora, 31 novos livros, entre os quais as biografias dos atores Walmor Chagas e Joana Fomm, do cineasta Orlando Senna e roteiros de filmes da recente safra do cinema nacional, como Não por acaso e Estômago.

As biografias de Walmor Chagas, Joana Fomm, Sonia Guedes, Lolita Rodrigues, Louise Cardoso, Geórgia Gomide, Celso Nunes, Regina Braga, Orlando Senna, Ivan Cardoso, Mauro Alice e Agostinho Martins Pereira estão entre os 31 títulos que a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo lança pela Coleção Aplauso no dia 28 de outubro, no Shopping Frei Caneca (Rua Frei Caneca, 569 – 4º andar), durante a 32º Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Além de contar a história desses atores e cineastas que participaram ativamente da formação e evolução do cinema, teatro e da televisão no Brasil, a coleção lançará onze roteiros de filmes produzidos depois da chamada “Retomada do Cinema Nacional”.

Na festa de lançamento, já tradicional durante a Mostra de Cinema, atores, autores, diretores e convidados serão recebidos pelo crítico e comentarista Rubens Ewald Filho, coordenador da coleção, e Hubert Alquéres, presidente da Imprensa Oficial e idealizador da Aplauso.

Com 156 títulos já lançados, a coleção traça o perfil de dramaturgos, atores, atrizes e diretores de televisão, cinema e teatro, e também publica roteiros cinematográficos e peças de teatro. Além de ser um documento sobre toda a produção cultural brasileira, ela presta homenagem ainda em vida a personagens da cena artística do País.

O perfil dos biografados pela Coleção Aplauso é fruto de várias entrevistas colhidas por jornalistas experientes, que tiveram a tarefa de escrever o texto em primeira pessoa – o que confere aos livros o caráter de um relato autobiográfico, com direito às lembranças da infância e dos momentos mais marcantes da vida de cada artista. O resultado, um retrato profundamente humano de homens e mulheres que deram sua vida para a arte, poderá agora ser conferido por estudantes, pesquisadores e o público em geral. Para facilitar o acesso dos alunos da rede estadual, a Imprensa Oficial preparou uma edição especial com 20 títulos em capa dura que foram enviados a todas as escolas. Desde o início deste ano, essas obras podem ser lidas pelos cerca de quatro mil estudantes da rede pública.

“A Coleção Aplauso tem como proposta lançar livros com informações que corriam o risco de se perder por falta de recursos, interesse comercial e até pela inexistência de uma política voltada para resgatar, valorizar e consolidar a rica trajetória da produção brasileira nas artes cênicas”, diz Hubert Alquéres, presidente da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo.

A cada ano, a Imprensa Oficial consolida sua longa parceria com a Mostra de Cinema. Um dos exemplos deste trabalho é a produção gráfica dos catálogos da Mostra, realizada pela Imprensa Oficial.

“Nosso lançamento em 2007 foi um sucesso enorme e vimos com satisfação toda a classe artística reunida em momentos emocionantes, como a última aparição pública de Rubens de Falco e homenagens a veteranos como Tatiana Belinky”, lembra Rubens Ewald Filho.

Os lançamentos da Coleção Aplauso custam R$ 15,00 (formato de bolso) e R$ 30,00 (especiais) e podem ser adquiridos nas livrarias ou pelo site www.imprensaoficial.com.br.

Os lançamentos


Série Especial

Walmor Chagas – Ensaio Aberto para Um Homem Indignado (Djalma Limongi Batista)


Série Cinema Brasil

Agostinho Martins Pereira – O Idealista (Maximo Barro)

Antonio Carlos da Fontoura – Espelho da Alma (Rodrigo Murat)

Geraldo Moraes – O Cineasta do Interior (Klecius Henrique)

Ivan Cardoso – O Mestre do Terrir (Remier Lion Rocha)

Mauro Alice – Um Operário do Filme (Sheila Schvarzman)

Miguel Borges – Um Lobisomem Sai das Sombras (Antônio Leão da Silva Neto)

Orlando Senna – O Homem da Montanha (Hermes Leal)

Vladimir Carvalho – Pedras da Lua e Pelejas no Planalto (Carlos Alberto Mattos)

José Antonio Garcia (Marcel Nadale)


Série Perfil

Arllete Montenegro – Fé, Amor e Emoção (Alfredo Sternheim)

Geórgia Gomide – Uma atriz brasileira (Eliana Pace)

Isabel Ribeiro – Iluminada (Luís Sergio Lima e Silva)

Joana Fomm – Minha História é Viver (Vilmar Ledesma)

Lolita Rodrigues – De Carne e Osso (Eliana Castro)

Louise Cardoso – A mulher do Barbosa (Vilmar Ledesma)

Regina Braga – Talento é um Aprendizado (Marta Goés)

Sônia Guedes – Chá das Cinco (Adélia Nicolete)

Vera Nunes – Raro Talento (Eliana Pace)


Série Teatro Brasil

Celso Nunes – Sem Amarras (Eliana Rocha)


Roteiros

Fim de Linha, Estômago, Cidade dos Homens, Batismo de Sangue, Onde andará Dulce Veiga?, Os 12 Trabalhos, O Ano em que meus pais saíram de férias, Chega de Saudade, O Céu de Suely, Quanto Vale ou é por Quilo, Não por acaso.

 

21 de Outubro de 2008 –

Sobre “Katyn” – A Mostra de Cinema deste ano traz o útlimo trabalho do veterano diretor polonês Andrzej Wajda. “Katyn” retrata as mudanças provocadas pela 2ª Guerra e pela ocupação Comunista, centrando-se no “Massacre da Floresta de Katyn”. Nesse episódio, milhares de oficiais poloneses foram fusilados e enterrados em vala comum. Para contar essa história, o diretor filma a vida de quatro famílias polonesas.

Tem destaque na trama um General polonês assassinado e sua esposa. No começo, acompanhamos a invasão russa e a prisão dos militares poloneses. Enquanto isso, a esposa do nosso general tenta chegar na Cracóvia.

O filme de organiza para só sabermos o que realmente aconteceu com os prisioneiros no fim, juntamente com a protagonista, quando lê o diário escrito pelo marido. Entenda-se: duas versões se chocaram na época: os alemães acusaram os soviéticos, e no pós-guerra, a acusação de inverteu. Atualmente, é reconhecida a culpa dos soviéticos. Assistindo sem saber desses detalhes, ficamos na mesma situação dos poloneses à época.

Dois aspectos formais chamam atenção: o diretor não nos mostra dias ensolarados, como se reproduzisse o estado de incertezas no futuro vivido pelo país. Mesmo com o fim da guerra, há só a vontade de seguir em frente sem muitos questinamentos, apenas não escutar os bombardeios.

Outro aspecto: há muitos saltos temporais auxiliados por fade-in / fade-out (aquela escurecimento da tela e posterior aparecimento da imagens). Quando a imagem reaparece, estamos anos a frente. E justamente quando os militares são levados para fuzilamento há uma desses saltos.

Ignoramos quem morreu o a realidade dos fatos. As dúvidas terminam com a leitura do diário do general.

Ainda terão mais 2 exibições desse filme. Assistam!


Trailer de Katyn

17 de Outubro de 2008 –

Desta sexta, 17, à quinta, 30, de Outubro, Sampa recebe a 32ª Mostra de Cinema de São Paulo. Serão 453 filmes, de 75 países, distribuídos por 22 salas.

Ufa! Para ajudar o “cinepopista” a aproveitar ao máximo a mostra, vale algumas dicas:

» Procure ler a programação antes de decidir qual sala ir, você pode se organizar e assistir maior quantidade de filmes do que indo no escuro;
» Se não tem um filme específico, dê preferência para locais onde tem uma maior quantidade de salas, como o Cine Bombril e a Cinemateca;
» Alguns filmes entram em cartaz no circuito comercial logo em Dezembro ou durante o ano seguinte. Se você não fizer questão da pré-estreia, procure saber quais são esses filmes e assista aqueles exibidos somente na Mostra;
» Compre a Folha de São Paulo do dia 17: o Guia Especial da Mostra é uma arma valiosa;
» Evite filmes iraniano – hehehehe;
E, principalmente, não tenha medo de arriscar, você verá boas e más obras, e a aventura será divertida!

Neste ano, duas retrospectivas prometem: uma com filme de Ingmar Bergman, diretor sueco falecido ano passado, e outra do japonês Kihachi Okamoto. O primeiro é o maior nome do cinema sueco, e filmou singularmente o desespero humano. Se não quer ver algo denso, não vá! O segundo dirigiu filmes de samurai e influenciou diretores como Jim Jarmusch e Quentin Tarantino.

Entre os filmes que estarão em cartaz no circuito normal logo depois – ou um bom tempo depois – da Mostra: “Vicky Cristina Barcelona”, de Woody Allen, “O Casamento de Rachel”, de Jonathan Demme, “Adoração” de Atom Egoyan, “Queime Depois de Ler”, Irmãos Coen.


O Casamento de Rachel

Para os fãs do Che, o Guevara, temos dois filmes: o ficcional “Che”, de Steven Soderbergh, com Benicio Del Toro no papel-título (recebeu troféu de melhor ator em Cannes) e o curioso “Chevolution”, documentário que a “vida” da famosa foto batida por Alberto Korda.

E temos muito mais, como o novo filme do polonês Andrzej Wajda, a adaptação do romance “O Menino de Pijama Listrado” e dois trabalhos do português Domingos Oliveira, além de Pablo Trapero e Jia Zhang-ke.

Muito comentado é o italiano “Gomorra”, de Matteo Garrone, onde vemos a história da máfia napolitana. Rendeu ao diretor um prêmio em Cannes e ameaças de morte. Considerado o “Cidade de Deus” italiano.

E para os que têm fôlego: os 900 minutos de “Berlin Alexandreplatz”, telessérie do alemão Rainer Werner Fassbinder serão divididos em sete dias!

Vale conferir as palestras e conversas com diretores promovidos pela Mostra. E quem quiser ver o melhor da Mostra de 2007, vá ao vão livre do Masp. Aproveitem!

Materia por: Georgenor de S. Franco Neto

 

 

26º Mostra Internacional de Cinema de São Paulo

 

26º Mostra Internacional de Cinema de São Paulo

Começa nesta sexta feira, dia 18, a 26º Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. A Mostra segue até o dia 31 e os filmes serão mostrados em 13 salas da cidade. Além dos filmes que participam da competição a Mostra traz nesta edição retrospectivas de três autores, uma do cineasta brasileiro Alberto Cavalcanti, outra do russo Aleksandr Sokúrov e do italiano Pier Paolo Pasolini.

Pra todo bom amante de cinema a Mostra é uma ótima oportunidade de ver fitas de cineastas novos, filmes de países que não tem tradição no cinema (o que torna difícil a sua exibição por aqui em circuito) e também filmes novos de cineastas consagrados, como Roman Polanski e Gus Van Sant por exemplo, que estarão em cartaz com “O Pianista” (Polanski) e “Gerry” (Van Sant).

Filmes que merecem atenção:

GERRY (diretor: Gus Van Sant) – 2002 (EUA)
Com: Casey Affleck e Matt Damon (que também assinam o roteiro)
Sinopse: conta a história de dois amigos (Casey e Damon) que partem numa caminhada sem rumo por um deserto dos Estados Unidos.

A FESTA NUNCA TERMINA (24 Hour Party People) – (diretor: Michael Winterbottom) – 2002 (Reino Unido/França/Holanda)
Com: Steve Coogan, Shirley Henderson, Paddy Considine, Sean Harris.
Sinopse: é uma viagem musical pela Manchester dos anos 70 e 80 que conta o nascimento de bandas como Joy Division e Happy Mondays.

AGORA OU NUNCA (All or Nothing) – (diretor: Mike Leigh) – 2002 (Reino Unido/França)
Com: Timothy Spall, Lesley Manville, Allison Garland
Sinopse: conta a história de uma família da classe operária inglesa. A família não vai bem até que uma tragédia inesperada acontece e isso faz com que eles reavaliem seus valores.

PARAÍSO (Heaven) – (diretor: Tom Tikwer) – 2002 (EUA, Reino Unido, França, Itália, Alemanha)
Com: Cate Blanchett, Giovanni Ribisi.
Sinopse: o filme conta a história de amor entre a professora de inglês Philippa (Cate Blanchett), assassina acidental de quatro pessoas num atentado equivocado, e o policial Filippo (Giovanni Ribisi) que se obstina por deixá-la escapar da justiça.

DÍVIDA DE SANGUE (Blood Work) – (diretor: Clint Eastwood) – 2002 (EUA)
Com: Clint Eastwood, Jeff Daniels, Angelica Houston.
Sinopse: Terry McCaleb (Eastwood) é um agente do FBI que está se recuperando de um transplante do coração. Ele volta a ativa quando vê que o sangue de quem lhe foi doado para o transplante pode trazer novas pistas para solucionar o caso de um serial killer.

ALI (diretor: Michael Mann) – 2001 (EUA)
Com: Will Smith, Jamie Foxx, Jon Voight.
Sinopse: biografia do lutador Muhammad Ali.

JOGANDO BOLICHE POR COLUMBINE (Bowling for Columbine) – (diretor: Michael Moore) – 2001 (Canadá/ EUA) – Documentário –
Sinopse: Michael Moore visita pequenas cidades americanas para demostrar o assustador fascínio dos americanos pelas armas de fogo.

PARA SEMPRE LILIA (Lilja 4-ever) – (diretor: Lukas Moodysson) – 2002 (Suécia/Dinamarca)
Com: Oksana Akinshina, Artyom Bogucharsky
Sinopse: Lilia é uma solitária menina de 16 anos que vive fantasiando com uma vida melhor. Ela se apaixona por um rapaz que a convida para morar na Suécia e começar uma vida nova.

DURVAL DISCOS (diretora: Anna Muylaert) – 2002 (Brasil)
Com: Ary França, Etty Fraser, Marisa Orth, Letícia Sabatella, Rita Lee.
Sinopse: retrata o estranho cotidiano da família dona da loja de discos do título.

FALE COM ELA (Hable com Ella) – (diretor: Pedro Almodóvar) – 2002 (Espanha) Com: Javier Cámara, Darío Grandinetti, Rosario Flores.
Sinopse: conta a emocionante trajetória de um enfermeiro e um escritor de meia idade.

ABSOLUTAMENTE LOS ANGELES (L.A Without a Map) – (diretor: Mika Kaurismaki) – 1998 – (Reino Unido/França/Finlândia)
Com: Steve Huison, David Tennant, Margo Stanley
Sinopse: escritor inglês persegue uma jovem atriz por Hollywood e precisa de toda a ajuda possível para conquistar seu amor. *obs: tem na locadora!!

ARCA RUSSA (Russkij Kovcheg) – (diretor: Aleksandr Sokúrov) – 2002 (Rússia/Alemanha)
Com: Segei Dontsov, Maryia Kuznetsova.
Sinopse: aristocrata francês do século 19 percorre museus da Rússia contando dessa forma a história daquele país (filmado em apenas 1 plano sequência)

O PIANISTA (Le Pianiste) – (diretor: Roman Polanski) – 2002 (Reino Unido/França/Alemanha/Polônia/Holanda)
Com: Adrien Brody, Daniel Caltagirone, Frank Finlay
Sinopse: um homem sobrevive a destruição do gueto de Varsóvia e aos campos de concentração nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.

SPIDER (diretor: David Cronenberg) – 2002 (França/Canadá/Reino Unido)
Com: Ralph Fiennes, Miranda Richardson, Gabriel Byrne.
Sinopse: homem esquizofrênico de 30 anos piora na doença e perde cada vez mais o contato com a realidade.

NADA MÁS (diretor: Juan Carlos Cremata Malberti) – 2001 (Cuba/França/Espanha/Itália)
Com: Thais Valdes, Nacho Lugo
Sinopse: comédia cubana.

ELLING (diretor: Petter Naess) -2001 (Noruega)
Com: Per Christian Ellefsen, Sven Nordin
Sinopse: homem vai para instituição de doentes mentais depois da morte da sua mãe.
Lá ele faz amizade com outro interno que passa a ser seu grande amigo. Dois anos depois eles saem da instituição e tentam levar uma vida normal.

Para maiores informações sobre a programação da Mostra e ingressos visite o site: www.mostra.org

Feito por: Juliana de Paula

 

 

Os 10 Filmes Preferidos

 


Sempre adorei cinema.
Adoro quando estou preenchendo um cadastro em que existe a pergunta “qual o seu hobby preferido?” – até porque além dos meus dados pessoais, essa é uma das únicas perguntas que eu sei responder sem tem que ficar inventando um monte de histórias (aliás, quem será que foi o ser super dotado que inventou as perguntas de boa parte dos cadastros que vez por outra nós temos que responder??). Quando vejo essa pergunta, respondo sem pensar: cinema é o meu hobby preferido. Na verdade é mais que um hobby; quando me perguntam o quanto eu gosto de cinema, eu digo que “cinema é o ar que eu respiro” – exagero óbvio que dá a dimensão da minha paixão.

A felicidade que eu sinto depois de assistir a um grande filme é uma coisa inexplicável. Não sou uma grande estudiosa de cinema, não sou uma grande crítica, não sou nada além de uma grande fã de cinema, de coração.

Assim como eu adoro cinema, também adoro fazer listas (não, eu não copiei isso do “Alta Fidelidade” – tenho mania com listas já faz muito tempo). Uma vez sendo fã de cinema e de listinhas, resolvi juntar as duas coisas e comecei a fazer listas de cinema (minha grande missão no momento é completar a minha lista de melhores interpretações – até o fim do ano eu consigo e ponho essa lista no site).

Faço minhas listas sem a menor intenção de que elas se assemelhem àquelas listas sérias que a crítica internacional produz de tempos em tempos (mas às vezes isso até que acontece). Minhas listas são de fã.

Nesta matéria: a lista dos meus 10 filmes preferidos (na verdade são mais do que 10 filmes…. pessoa complicada que eu sou, sofro de um problema crônico de nunca saber quando terminar uma lista…)

1 – …E O VENTO LEVOU (1939) – diretor: Victor Fleming
O clássico dos clássicos. “…E o Vento Levou” foi feito a mais de 60 anos atrás (é muito tempo) e isso dá ainda maior dimensão a sua excelência. A história do filme é sensacional, o elenco ótimo (pelo amor de Deus, que maravilha que é a Vivien Leigh de Scarlett O´Hara), a trilha sonora é extraordinária, a produção é perfeita, tudo é maravilhoso! Não tenho a menor paciência para assistir filme dublado, e no entanto, toda vez que “…E o Vento Levou” passa na televisão eu assisto – e amo! Só mesmo sendo um grande filme pra conseguir manter a qualidade mesmo na versão dublada. Adoro àquela hora em que Scarlett manda Prissy (Butterfly McQueen) buscar um médico o mais rápido possível para fazer o parto de Melanie (Olivia de Havilland). Mesmo sabendo da urgência da situação, Prissy volta cantando, sem médico, na maior lerdeza do mundo, como se nada estivesse acontecendo – é muito irritante.

2 – ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE (1956) – diretor: George Stevens
Absurdo de filme! Rock Hudson, Elizabeth Taylor e James Dean estão sensacionais (todos três mereciam o Oscar, mas nenhum levou). Quando assisti a esse filme pela primeira vez eu chorei de tanta felicidade. Tudo no filme é sensacional. A cena em que Jordan (Rock Husdon) e Leslie (Taylor), conversam no quarto antes de dormir é um dos momentos mais bacanas do cinema. Eles falam sobre os filhos de um jeito tão natural, tão verdadeiro, dá pra ver aquela cena acontecendo de verdade, é bom demais!

3 – MAGNÓLIA (1999) – diretor: Paul Thomas Anderson
Amo esse filme! É sem sombra de dúvida o melhor filme dos últimos tempos. Todo o elenco merecia ser indicado ao Oscar. São raríssimos os casos de filmes com elenco grande em que todos os atores consigam alcançar interpretações tão excelentes (mérito de um diretor excepcional). Não há nada fora do lugar nesse filme, tudo se encaixa a perfeição. A seqüência de abertura de “Magnólia” é maravilhosa e daí em diante o filme não cai de nível nunca. Quase morro toda vez que vejo a seqüência em que todo o elenco canta ao mesmo tempo. É muito emocionante. Também adoro a seqüência da chuva. É absolutamente sensacional.

4 – O PODEROSO CHEFÃO (1972) – diretor: Francis Ford Coppola

É um dos melhores filmes que eu já vi na minha vida. Depois de assistir ao “O Poderoso Chefão” pela primeira vez fui ter uma conversa muito séria com o meu pai e perguntar porque ele não era mafioso? (eu era pequenininha). Coisas de criança à parte, “O Poderoso Chefão” me fascina imensamente. A saga da família Corleone é extraordinária (quem gosta do filme deveria ler o livro de Mario Puzo – é ótimo). Quando um livro vira filme, quase sempre o primeiro é melhor. Neste caso, Coppola (que escreveu o roteiro junto com Mario Puzo) conseguiu superar o livro com grande margem de distância. “O Poderoso Chefão” é clássico do primeiro ao último segundo. O clima do filme é sensacional. A fotografia é perfeita (aquele escritório sempre escuro do Don Corleone é maravilhoso), o elenco é uma coisa do outro mundo – Marlon Brando é o Don Corleone encarnado, Al Pacino faz com que eu sinta vontade de chorar só de olhar para ele, Robert Duvall e James Caan são perfeitos – a trilha sonora é daquelas que a gente escuta uma vez e não esquece nunca mais, etc. Esse filme é uma obra prima no mais literal sentido da palavra. O final desse filme é um absurdo. A porta do escritório fechando e Kay (Diane Keaton) percebendo que o “padrinho” agora é Mike (Al Pacino). É uma cena arrepiante. Assim como também é arrepiante a seqüência do batizado.

5 – MOULIN ROUGE! (2001) – diretor: Baz Luhrman

Nunca fui louca por musicais, mas depois de “Moulin Rouge” tive que rever meus conceitos. Que filme espetacular! Assisti três vezes no cinema e me arrependo muito de não ter ido mais vezes. Esse filme é de chorar de tão bom. Antes mesmo do filme começar já dá pra perceber que ele vai ser sensacional (aquela fanfarra da Fox no começo – com maestro, cortina e tudo – é uma coisa maravilhosa). A edição do filme é estupenda, as músicas são uma loucura, o elenco está soberbo, a produção é um espetáculo – tudo é perfeito. A seqüência da fadinha do absinto é a coisa mais linda do mundo! Difícil destacar apenas um momento bacana desse filme, tudo é muito – muito bom.
6 – APOCALYPSE NOW (1979) – diretor: Francis Ford Coppola
O melhor filme de guerra (se bem que classificá-lo como “guerra” seja diminuir um filme extremamente complexo) que já foi feito na história do cinema – e duvido que algum dia surja outro melhor. A versão Redux que passou nos cinemas no ano passado não acrescenta nada ao original (na verdade, a seqüência dos franceses incluída no Redux é uma porcaria). Portanto se você for assistir pela primeira vez, alugue o original. O começo desse filme é excelente. A música do The Doors (The End) tocando, o barulho dos helicópteros, o ventilador do quarto fazendo barulho e Martin Sheen completamente possuído no meio de tudo isso. Adoro quando o Capitão Willard (Sheen) olha pela janela do quarto e diz que ainda está no Vietnã… (isso é muito bom). As vezes assisto “Apocalypse Now” só pra ver a seqüência de ataque dos helicópteros ao som de “A Cavalgada das Valquírias” – vi isso no cinema ano passado pela primeira vez e quase morri. Não posso deixar de citar a frase clássica do personagem de Robert Duvall (espetacular como o Coronel “surfista” Kilgore) – é memorável aquele momento em que ele fala que “adora o cheiro de napalm pela manhã”.

7 – A FELICIDADE NÃO SE COMPRA (1946) – diretor: Frank Capra
Esse filme é lindo! Ao lado de “Aconteceu Naquela Noite”, “A Felicidade Não Se Compra” é o melhor filme de Frank Capra. James Stewart está absolutamente perfeito neste filme. A história é muito boa, a produção é impecável e o clima que Capra imprimia a seus filmes era absolutamente delicioso.

8 – A PRIMEIRA NOITE DE UM HOMEM (1967) – diretor: Mike Nichols O final desse filme é um dos melhores já filmados na história do cinema. Quando Benjamim (Dustin Hoffman em uma das melhores interpretações de sua carreira – o que não é pouco) e Elaine (Katharine Ross) entram no ônibus eles estão tão felizes, mas aos poucos sua expressão vai mudando e ao final eles parecem pensar “e agora” – esse pequeno momento vale o filme todo. A trilha sonora de “A Primeira Noite de um Homem” é perfeita, as atuações são perfeitas, a história é perfeita – o filme inteiro é clássico.

9 – CINEMA PARADISO (1988) – diretor: Giuseppe Tornatore
Todo fã de cinema é apaixonado por esse filme. É uma homenagem ao cinema e é lindo! O Alfredo (interpretado por Philippe Noiret) é um dos personagens mais fofos de todos os tempos. Recomendo que se assista a esse filme com uma caixa de lencinhos de papel, porque “Cinema Paradiso” é daqueles filmes que faz a gente chorar até secar.

10 – CREPUSCÚLO DOS DEUSES (1950) – diretor: Billy Wilder
O melhor filme sobre cinema que existe. A seqüência em que Norma Desmond (Gloria Swanson maravilhosa) desce a escadaria da sua casa é o momento mais clássico do cinema de todos os tempos. Grande clássico, absolutamente obrigatório aos fãs de cinema.


BÔNUS:

11 – PULP FICTION (1994) – diretor: Quentin Tarantino
O melhor filme de Quentin Tarantino (tudo bem que ele só fez três – todos excelentes). “Pulp Fiction” é um filme extraordinário do começo ao fim. A trilha sonora é ótima, o elenco está ótimo, a história é muito – muito legal, a edição é um absurdo – tudo é muito bom.

12 – LARANJA MECÂNICA (1971) – diretor: Stanley Kubrick
Foi o primeiro filme de Stanley Kubrick que eu assisti e foi suficiente pra ter certeza quanto ao talento surpreendente do diretor. “Laranja Mecânica” é a obra prima de um gênio. É um dos filmes mais bem dirigidos que eu já vi na minha vida (talvez o melhor). A atuação de Malcolm McDowell é simplesmente brilhante (depois desse filme ele não fez mais nada nem sequer parecido, indicador de que sua espetacular atuação se deve a Kubrick).

13 – ACONTECEU NAQUELA NOITE (1934) – diretor: Frank Capra
Clark Gable tem a melhor interpretação de sua vida neste filme. “Aconteceu Naquela Noite” é o filme que deu origem às comédias românticas, e até hoje ainda é possível notar sua influência no gênero. Adoro de paixão a seqüência em que Peter (Clark Gable) e Ellie (Claudette Colbert) pedem carona – é muito legal.

14 – CIDADÃO KANE (1941) – diretor: Orson Welles
Esse filme é um marco na história do cinema. E mais de 60 anos após seu lançamento o filme continua sendo absolutamente formidável. Orson Welles era um homem à frente de seu tempo e ele prova isso na direção de “Cidadão Kane”. Quando estreou nos cinemas o filme de Welles foi um fracasso completo, mas aos poucos as pessoas foram o descobrindo e hoje “Cidadão Kane” (que por pouco escapou de ser queimado pelos executivos dos estúdios de Hollywood – a pedido de William Randolph Hearst) é considerado um dos melhores filmes de todos os tempos.

15 – LUZES DA CIDADE (1931) – diretor: Charles Chaplin
Um dos filmes mais lindos que eu já vi na vida. Charles Chaplin era um gênio (a autobiografia dele – “Minha Vida” – é muito bacana) e esse é o melhor de seus filmes. O final de “Luzes da Cidade” é simplesmente perfeito, aliás, o filme inteiro é perfeito, uma verdadeira obra prima cinematográfica. A história de amor entre o Vagabundo e a florista cega (interpretada por Virginia Cherrill) é tão linda, tão convincente, é absolutamente impossível não se emocionar. Quando Chaplin decidiu fazer “Luzes da Cidade” ele considerou a possibilidade de fazê-lo como um filme falado, mas depois mudou de idéia e o fez mudo (o filme tem trilha sonora – composta por Chaplin – mas não tem diálogos). Hoje eu não consigo imaginar esse filme com diálogos (aliás, impossível imaginar o Vagabundo falando), “Luzes da Cidade” é espetacular exatamente como está, e mais uma vez, só posso dizer que Charles Chaplin era realmente um gênio.

E essa é a minha lista.

Desde o primeiro até o último filme da lista gosto de todos da mesma maneira, pra mim, todos são clássicos, são obras primas que todo mundo tem que ver pelo menos uma vez na vida.

Obs: Alguém pode perguntar porque eu não intitulo a minha lista como a dos 15 filmes preferidos ao invés de 10, antecipando esse tipo de pergunta, eu respondo: se fizesse uma lista de 15 filmes preferidos, no final ela acabaria com uns 20 (é difícil precisar porque, mas eu nunca termino uma lista no número certo).

Feito por: Juliana de Paula

 

 

 

Os 10 Melhores Dramas

 


Um bom drama é aquele que faz a gente se emocionar sem nunca se esforçar pra que isso aconteça. Não importa o quão clichê a história de um drama seja desde que ela seja bem contada. Uma vez que o drama não se apóie única e exclusivamente nos clichês da história com o intuito de arrancar lágrimas do público, então ele pode conter todos os clichês do cinema que isso não vai fazer diferença.

Pouco importa se a filha da personagem principal vai morrer de câncer, desde que o filme não fique mostrando a pobre moça morrendo em uma “belíssima” cena de 10 minutos – e os filhinhos dela chorando – com uma trilha melada de fundo.

Quando um filme é feito pra fazer o público chorar – é dá pra perceber facilmente quando é assim – ele perde todo o seu valor. O legal do drama é sentir a emoção vindo naturalmente ao longo do filme e não ser levado a ela por uma situação estapafúrdia enfiada na história, ou então por um evento dramático mostrado a exaustão.

Quando um filme “quer” ser dramático ele – normalmente – só consegue ser piegas, agora quando um filme retrata uma história dramática de forma natural e consegue fazer com que o público se emocione ao final ele é de fato um bom drama.

Nesta matéria: a lista dos 10 melhores dramas do cinema. (obs: “Cinema Paradiso” e “Magnólia” são ótimos dramas, mas não figuram nesta lista por já pertencerem à lista dos 10 melhores filmes, o que os eleva a categoria de clássicos absolutos.)

1- A ESCOLHA DE SOFIA (diretor: Alan J. Pakula) – 1982
Impressionante interpretação de Meryl Streep (ganhou um Oscar merecidíssimo). Em um determinado momento do filme, a personagem de Meryl Streep vai até uma biblioteca e pede um livro a um funcionário, devido ao seu forte sotaque o funcionário não entende o que ela diz, e também não se esforça nem um pouco pra isso, essa cena em especial é de uma pungência extrema e é impossível não se emocionar. “A Escolha de Sofia” é um excelente drama.

2 – FRANCES (diretor: Graeme Clifford) – 1982
“Frances” é um dos mais perturbadores dramas que eu já assisti. Jessica Lange está sensacional no papel título (perdeu o Oscar de atriz para Meryl Streep). Mais do que dramático “Frances” é deprimente. O filme conta a história real da atriz Frances Farmer, e as coisas pelas quais essa mulher passou são de levar qualquer um a loucura. Em uma escala diferente “Frances” é uma espécie de “Um Estranho no Ninho” feminino.

3 – UM ESTRANHO NO NINHO (diretor: Milos Forman) – 1975
Excelente filme. Jack Nicholson está magnífico. Além de ser um grande drama, esse filme tem a melhor vilã da história do cinema; a enfermeira Mildred (interpretada magistralmente por Louise Fletcher – que ganhou o Oscar de melhor atriz coadjuvante por esse papel). Só uma pedra não se emociona com a história desse filme.

4 – SOCIEDADE DOS POETAS MORTOS (diretor: Peter Weir) – 1989

Pela sua interpretação em “Sociedade dos Poetas Mortos” Robin Williams merecia um Oscar (e não por Gênio Indomável). Dos dramas desta lista esse é um dos que mais me emociona. Não é todo mundo que compartilha da minha opinião, mas eu acredito que “Sociedade dos Poetas Mortos” é um filme realmente inspirador.

5 – REGRAS DA VIDA (diretor: Lasse Hallstrom) – 1999

Filme lindíssimo. O roteiro é excelente (adaptada do livro do excelente John Irving), as interpretações – Tobey Maguire, Michael Caine – e a trilha são ótimas. “Regras da Vida” é um filme comovente, sensível e delicado.


6 – A LISTA DE SCHINDLER (diretor: Steven Spielberg) – 1993
Um dos melhores dramas do cinema e um dos melhores filmes de Spielberg. “A Lista de Schindler” retrata um terrível capítulo da humanidade de maneira brilhante. A história de Oskar Schindler é belíssima e Spielberg a conta com extremo talento.

7 – AMADEUS (diretor: Milos Forman) – 1984
Um dos mais belos filmes da história. A vida de Wolfgang Amadeus Mozart parece feita pra virar filme (Milos Forman adaptou “Amadeus” da peça de teatro de Peter Shaffer) de tão incrível que é. As interpretações desse filme são de uma magnitude absurda – Tom Hulce como Mozart e F. Murray Abraham como Salieri estão espetaculares (o último ganhou o Oscar de melhor ator). Difícil não se comover com o destino trágico de um dos maiores compositores do mundo.

8 – CENTRAL DO BRASIL (diretor: Walter Salles) – 1998
Filme emocionante e Fernanda Montenegro maravilhosa. Comovente aquela cena em que Dora (Fernanda Montenegro) vai até o banheiro dar uma “arrumadinha” no visual. Ótima trilha sonora, ótima fotografia, ótimo filme.

9 – IMPÉRIO DO SOL (diretor: Steven Spielberg) – 1987
Ao lado de “A Lista de Schindler”, “Império do Sol” é um dos melhores filmes de Spielberg. Christian Bale está brilhante no papel do menino rico que é separado dos pais em meio a Segunda Guerra Mundial. Fracasso de público e crítica por algum motivo inexplicável, “Império do Sol” é sem dúvida um filme fascinante.

10 – LAÇOS DE TERNURA (diretor: James L. Brooks) – 1983
Shirley McLaine e Jack Nicholson soberbos. Aquele comentário sobre o quão clichê um filme pode ser se aplica perfeitamente a “Laços de Ternura” – filme que tem todos os ingredientes do melodrama barato, mas que conta com um excelente diretor e magníficas interpretações. “Laços de Ternura” é um filme humano e comovente (conta também com algum humor) que tem que ser visto.


Bonus:

11 – FORREST GUMP (diretor: Robert Zemeckis) – 1994
Sensacional do começo ao fim. É emocionante desde o comecinho – com aquela peninha voando. Tom Hanks como Gump é um espetáculo à parte (uma das minhas interpretações preferidas). Tudo neste filme é sensacional. Definitivamente, um excelente drama (na verdade, esse filme ultrapassa o gênero, “Forrest Gump” é um clássico, obrigatório a todos fãs de cinema) – que além de emocionar, diverte e faz pensar.

MENÇÃO HONROSA:

Gente como a Gente (diretor: Robert Redford) – 1980
– Perdidos na noite (diretor: John Schlesinger) – 1969
– Os melhores anos de nossas vidas (diretor: William Wyler) – 1946
– Coisas que você pode dizer só de olhar para ela (diretor: Rodrigo Garcia) – 2000
– O Carteiro e o Poeta (diretor: Michael Radford) – 1995

Difícil parar por aqui…. Além dos filmes citados existem muitos outros que poderiam facilmente estar nesta lista.

Para aqueles que estão com vontade de assistir a um ótimo filme – e quem sabe se emocionar – os filmes desta lista são todos uma excelente pedida, então prepare seu lencinho e corra para a locadora!

Feito por: Juliana de Paula

 

 

10 Filmes de Suspense Policial

 

Montar uma lista com os 10 filmes de suspense policial, seria mais do que óbvio que estaria incluído filmes importantes como a trilogia do serial killer mais cultuado do cinema, o famoso Hannibal Lecter, ou então o enigmático “Seven – Os Sete Crimes Capitais”, ou até mesmo o surpreendente “Jogos Mortais” e sua seqüência, e acima de tudo um desses filmes como o principal, se tornaria uma lista mais do que óbvia. Sempre os mesmos filmes, sempre as mesmas críticas, sendo assim, resolvi montar um lista com os melhores, ou talvez os piores para algumas pessoas, filmes deste gênero.
Por isso foram selecionados 10 filmes do gênero, o Top não precisará ser exatamente na ordem que os filmes se encontram, é uma lista sugestiva de 10 filmes, todos já disponíveis em DVD e a colocação de cada qual, será simplesmente da escolha de cada um.

“Roubando Vidas” (Taking Lives, 2004)

Um suspense tenso e envolvente do começo ao fim, estrelado pela bela Angelina Jolie, a atriz interpreta uma agente do FBI que utiliza-se de métodos ortodoxos para investigar um serial killer intitulado como “rouba-vidas”, pois ele mata e assume a identidade das vitimas, e que está agindo por 20 anos.
O filme ainda traz em seu elenco os astros Ethan Hawke, Kiefer Sutherland e Olivier Martinez.

 

“Cálculo Mortal” (Murder by Numbers, 2002)

A trama gira em torno de um crime perfeito cometido por dois estudantes. Uma detetive e seu parceiro são encarregados de solucionar o crime. Durante as investigações, os dois descobrem fatos importantes sobre o passado dos estudantes que podem levar a conclusão das investigações e revelar o motivo pelo qual cometeram o assassinato.
Dirigido por Barbet Schroeder (Medidas Desesperadas) e estrelado por Sandra Bullock, Bem Chaplin, Ryan Goslin e Michael Pitt, “Cálculo Mortal” é surpreendente, tenso e envolvente.

 

“A Marca” (Twisted, 2004)

Uma trama envolvente que nos leva junto a uma detetive recém-promovida a enfrenta um assassino em série que está matando apenas homens, e justamente aqueles com que ela já teve relações sexuais. Todas as vítimas tinham uma queimadura de cigarra em uma das mãos, esta queimadura acaba se tornando a “marca”, ou melhor dizendo, a “assinatura” do assassino. A detetive começa a acreditar que talvez ela possa ser a assassina, mesmo não se lembrando de nada ou possuir um álibi para os tais assassinatos.
Um enigmático mistério com Ashley Judd, Samuel L. Jackson, Andy Garcia e David Strathairn, onde todo crime possui uma Marca.

 

“Identidade” (Identity, 2003)

Uma forte tempestade, isola um grupo de 10 pessoas em um motel.
No começo todos se sentem acomodados por estarem protegidos contra a tempestade, mas logo começam a ficar aflitos, pois todos estão sendo assassinados um a um, sem saber o motivo, eles vão descobrindo aos poucos que todos fazem parte de um misterioso segredo que os uniu naquele lugar.
John Cusack, Ray Liotta, Alfred Molina, Amanda Peet e Rebecca De Mornay estão entre os principais deste surpreendente filmes.

 

“Na Companhia do Medo” (Gothika, 2003) Uma conceitua psiquiatra criminal, acaba se tornando uma interna da clínica que trata de mulheres presidiárias em que trabalha. Ela é a principal suspeita do assassinato de seu marido, porém ela não se lembra de nada. Tentando fugir da penitenciaria e tentar recuperar sua memória, ele pouco a pouco começa a desconfia de que está sendo usada e perseguida por forças sobrenaturais em busca de vingança.
Do mesmo diretor de “Rios Vermelhos” e com Halle Berry, Penélope Cruz e Robert Downey Jr. no elenco.

 

“O Amigo Oculto” (Hide and Seek, 2005)

Neste enigmático suspense, Robert De Niro, interpreta David Callaway, um homem que perdeu sua esposa assassinada, e vive apenas com sua filha Emily, intepretada brilhantemente por Dakota Fanning. Emily se torna uma criança solitária e cria um amigo imaginário conhecido como Charlie, um amigo com que costuma brincar de esconde-esconde. Porém com o passar do tempo, Charlie vai se revelando aos poucos ser um amigo malvado e vingativo, que ameaça a todos e a própria família Callaway.
O elenco ainda conta com nomes de peso como Elisabeth Shue, Irmy Irving e Famke Jamssen.

 

“Sobre Meninos e Lobos” (Mystic River, 2003)

Após o assassinato da filha de Jimmy, personagem de Sean Penn, Sean (Kevin Bacon), seu amigo de infância, recebe a missão de investigar o crime. As investigações aos poucos o leva a reencontra com seu passado sombrio, que acreditava ter esquecido para sempre. Há ainda um terceiro amigo Dave, interpretado por Tim Robins, que vive com um segrdo, desconhecido até por sua própria esposa. A busca pelo assassino, une os três novamente, que trás de volta fatos do passado, os mesmo que eles preferiam que ficasse perdidos para sempre.
Dirigido por Clint Eastwood, o elenco ainda trás Laurence Fishburne, Laura Linney e Marcia Gay Harden no elenco. Vencedor de 2 Oscar: Melhor Ator (Sean Penn) e Melhor Ator Coadjuvante (Tim Robbins).

 

“O Júri” (Runaway Juri, 2003)

Uma viúva, entra em um processo judiciário milionário, após considerar culpada uma empresa pelo morte de seu marido. Ela contrata um advogado para defende-la, porém ele precisará enfrentar um especialista em selecionar jurados, de forma que sua cliente vença o julgamento. Mas o que eles não esperavam era que um dos jurados teria seu próprio plano de manipular o júri e com a ajuda de uma mulher ele passa a chantagear os dois de que o veredicto saíra muito mais caro do que eles imaginam.
Um envolvente filme com Dustin Hoffman, Gene Hackman, John Cusack, Rachel Weisz e Jennifer Beals onde uma pergunta permanece, “O dinheiro pode comprar tudo?”.

 

“A Janela Secreta” (Secret Window, 2004)

Johnny Depp interpreta neste filme, Mort Rainey, um escritor em crise, que terminou seu casamento após pegar sua esposa em um motel com outro homem. Ele então toma a decisão de se isolar do mundo em sua cabana próxima a um lago, na tentativa de tranqüilidade, e poder retornar a escrever seus livros. Porém esta tranqüilidade acaba, quando um senhor aparece em sua porta acusando-o de plagiar um de seus livros.
Além de Johnny Depp, o filme conta com Maria Bello e John Turturro.

 

“Refém do Silêncio” (Don’t Say a Word, 2001)

Um famoso psiquiatra, tem sua vida feliz ao lado de sua esposa e sua filha. Ele é chamado para examinar uma jovem que se encontra em estado catatônico preste a ser mandada para um manicômio. O psiquiatra se afunda na tentativa de descobrir um de seus segredos, o significado da frase “Você quer o que você quer, não é? Eu não direi nada a você.”, dita constantemente pela interna. Mas o que era uma simples rotina de tratamento para o psiquiatra, se torna um inferno, pois sua filha é seqüestrada e o resgate é descobrir informações sobre um diamante, outro grande mistério que a jovem esconde em sua mente perturbada.
A direção ficou por conta de Gary Fleder, mesmo diretor de “Beijos que Matam”, e estrelado por Michael Douglas, Framke Janssen, Jennifer Esposito, Oliver Platt e Sean Bean.

Fonte: Paulo Rogério de Carvalho Costa 

A Bruxinha e o Dragão

Resenha do DVD: “A Bruxinha e o Dragão”

Misturando personagens reais com um dragão feito em animação CGI, o longa-metragem infantil “A Bruxinha e o Dragão” (Hexe Lilli: Der Drache und das Magische Buch/Lilly the Witch: The Dragon and the Magic Book), co-produção dos estúdios de Walt Disney da Alemanha e distribuído no Brasil pela Europa Filmes, chega em DVD para locação em todo o Brasil.

Produzido na Alemanha, Itália e Áustria, o filme voltado ao público infanto-juvenil nos conta a divertida história de Lilli, uma garota inteligente e animada, que dá muito trabalho para os professores e seus amigos com suas brincadeiras. Ela não imagina é que Hector, um divertido dragãozinho verde, guardião do livro dos feitiços, apareceria em sua vida. Atrás desse poderoso livro está um mago do mal, o atrapalhado Hieronymus, que utilizará o conhecimento para construir a máquina para dominar o mundo.

Baseado no livro de Knister, a adaptação do roteiro foi feita por Stefan Ruzowitzky, Ralph Martin, A. Toerkell e Knister e a direção é de Stefan Ruzowitzky, vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro de 2008 por “Os Falsários“, que estreia na direção de filmes voltados para crianças.

Lançado pela Europa Filmes no dia 05 de julho de 2010, somente para locação e ainda sem previsão de lançamento para venda, o DVD de “A Bruxinha e o Dragão” (Hexe Lilli: Der Drache und das Magische Buch/Lilly the Witch: The Dragon and the Magic Book) chega com formato de tela Widescreen Anamórifco e áudio Dolby Digital 5.1 (português) e Dolby Digital 2.0 (alemão), além de legendas em português e inglês.

Sem nenhum tipo de extra, o DVD chega numa caixa transparente com uma imagem na parte interna, já o disco chega com uma arte branca com o logo do filme e uma imagem dos protagonistas.

SINOPSE OFICIAL: Lilli é uma garota inteligente e animada, que dá muito trabalho para os professores e seus amigos com suas brincadeiras. O que ela nem imagina é que Hector, um divertido dragãozinho verde, guardião do livro dos feitiços, apareceria em sua vida. Atrás desse poderoso livro está um mago do mal, o atrapalhado Hieronymus, que utilizará o conhecimento para construir a máquina para dominar o mundo. Será que Lilli conseguirá impedi-lo? Estará ela pronta para ser a maior bruxa do universo?

BÔNUS MATERIAL:
O DVD para locação infelizmente não apresenta nenhum tipo de material extra.

COMENTÁRIOS FINAIS:
Não foi apenas na América Latina e no Brasil que a Disney começou a produzir filmes. A Disney Alemanha foi co-produtora dessa aventura voltada exclusivamente para crianças, que felizmente chegou aos cinemas do Brasil e agora pode fazer parte da coleção da garotada. “A Bruxinha e o Dragão” (Hexe Lilli: Der Drache und das Magische Buch/Lilly the Witch: The Dragon and the Magic Book) é uma aventura que fala do poder da amizade e chega num DVD com bom bom som e imagem e que fica devendo por não trazer nenhum extra para colecionados e nem jogos e passa tempos para a garotada.

Escrito por: Leo Francisco

Brideshead: Desejo e Poder

 

Chega as lojas o DVD inspirado no best-seller “Brideshead: Desejo e Poder”

Inspirado no best-seller, “Brideshead: Desejo e Poder” (Brideshead Revisited) chega às lojas em DVD pela Paramount Home Entertainment. O filme chega numa edição simples, com formato de tela Widescreen Anamórfico 16×9, áudio Dolby Digital 5.1 (inglês e português), legendas apenas em português e não contém extras.

Estrelado por Emma ThompsonHarry Potter e a Ordem da Fênix”), Michael GambonHarry Potter E o Enigma do Príncipe”) e Matthew GoodeMatch Point” e “Watchmen”), o filme começa a história em 1925 em Oxford, onde o Charles Ryder (Matthew Goode) faz amizade com Sebastian Flyte (Ben Whishaw), filho de Lord Marchmain e Lady Marchmain (Michael Gambon e Emma Thompson).

Charles é rapidamente seduzido pelo mundo opulento e glamouroso de seu amigo e emocionado por um convite para conhecer a propriedade da família. Charles se apaixona pela bela irmã de Sebastian, Julia (Hayley Atwell) e, à medida que o romance se aprofunda, acontecem as repercussões, e Charles descobre que, em Brideshead, amor, dinheiro e poder têm um preço.

Dirigido por Julian Jarrold e com roteiro assinado por Andrew Davies e Jeremy Brock, “Brideshead: Desejo e Poder” (Brideshead Revisited) é uma emocionante história de amor proibido, poder e traição, podendo ser encontrado em DVD para venda, pelo preço sugerido de R$ 29,90.

Besouro

 

Chega as lojas o DVD do longa de ação nacional “Besouro”
Produzido pela Mixer (Local Acquisition), o longa-metragem “Besouro” (Besouro) é repleto de cenas de ação e efeitos especiais e chega para venda em DVD pela Buena Vista Home Entertainment.

Besouro foi o maior capoeirista de todos os tempos. Um menino que, ao se identificar com o inseto que ao voar desafia as leis da física, desafia ele mesmo as leis do preconceito e da opressão.

Passado no Recôncavo Baiano dos anos 20, BESOURO é um filme de aventura, paixão, misticismo e coragem. Uma história imortalizada por gerações, que chega em DVD com ação e poesia no cenário deslumbrante.

O filmeBesouro” (Besouro) marca a estréia de João Daniel Tikhomiroff, um dos diretores de comerciais mais premiados do mundo, na direção de longas-metragens e conta com roteiro de Patrícia Andrade (a mesma roteirista de “2 Filhos de Francisco“, o maior sucesso do cinema nacional em 2005).

Lançado em DVD pela Disney, o filme chega com formato de tela Widescreen Anamórfico (16:9) e àudio Dolby Digital 5.1 e 2.0, em português, além de legendas em inglês, português e espanhol. Cheio de extras, o DVD traz making of, preparação de atores, direção de arte, coordenação de cenas de ação, direção de fotografia e um mini-documentário falando da Trilha Sonora: Edição e Finalização.

Besouro” foi lançado nos cinemas em 2009 e é estrelado por Aílton Carmo, Anderson Santos de Jesus, Jessica Barbosa e grande elenco.

 

A Balada do B.O.B

Monstros voltam em nova aventura em DVD na “Balada do B.O.B”

A DreamWorks Animation acaba de trazer para os fãs de “Monstros VS Alienígenas” o DVD de “A Balada do B.O.B” (B.O.B´s Big Break), com o curta-metragem de animação inédito, que chega as lojas em uma edição com o curta em 2D e 3D.

Com a direção de Rod Letterman e Conrad Vernon e o roteiro de Maya Forbes e Wallace Wolodarsky, o curta nos mostra B.O.B. (Seth Rogen) e sua monstruosa turma em uma nova missão secreta para fugir da Área 52, a unidade super-secreta do governo.

Liderado pelo cientista louco Dr. Barata (Hugh Laurie) e o macho anfíbio Elo Perdido (Will Arnett), o trio engana o grisalho General W.R. Monger (Kiefer Sutherland) para conseguir uma fuga triunfante… ou quase.

O DVD de “A Balada do B.O.B” chega ao Brasil numa edição simples com áudio Dolby Digital 5.1, em inglês e português, além de extras como A Festa do Karaokê, Paddle Ball e Atividades em DVD-Rom: Demo do Jogo Monstros VS Alienígenas da Activision + Códigos, Fábrica de Criaturas.

Por: Léo Francisco

Backyardigans Defensores do Forte

Divertida série animada, Backyardigans traz quatro aventuras dos pequenos amiguinhos Pablo, Tasha, Uniqua, Tyrone e Austin

Criados por Janice Burgess, a série animada canadense Backyardigans conta à história de cinco amiguinhos que moram na mesma rua e brincam no mesmo quintal. Lugar onde criam, através da imaginação, mundos diferentes, cheios de perigos e aventuras. Com quatro canções em cada episódio, que são reprisadas mais de uma vez em cada historinha, o desenho traz um amplo repertório. Há desde jazz passando por rock e samba até reggae.

Coloridos e fofos, cada personagem possui personalidades diferentes. Tasha, uma pequena e charmosa hipopótama de vestido florido e sapatinhos vermelhos quer ser sempre a líder do grupo; Tyrone, um alce de cor laranja é descontraído e irônico; Pablo, um pingüim azul com chapéu de hélices e gravata borboleta é o mais criativo e impetuoso; Uniqua, a pequena e graciosa uniqua é valente e atenciosa com os amigos e Austin, um canguru roxo e divertido é tímido, doce e sincero.

Neste novo lançamento da Paramount Pictures, o DVD BACKYARDIGANS DEFENSORES DO FORTE (Backyardigans The Snow Fort, 2007 – 97 minutos) chega com quatro episódios. Em Os Defensores do Forte, Pablo e Tyrone, membros da polícia montada, possuem como missão defender seu Forte de Neve, enquanto as patrulheiras esquiadoras Uniqua e Tasha procuram alguém para salvar. Já em A Criatura da Neve, Uniqua, Tasha e Tyrone estão na pista de Pablo, o Yeti do Pólo Norte. Forte Valente conta à perigosa jornada de Uniqua por uma sombria floresta para entregar uma mensagem da Rainha Tasha para o Rei Austin. Mas para ser cavaleira ela primeiro terá de passar pelo Alce da Bruma e pelo Guardião do Portal . O último episódio Missão Secreta conta à história dos agentes Pablo, Tyrone e Uniqua que precisam ultrapassar o campo minado do Museu do Tesouro e devolver o tesouro a seu verdadeiro dono.

Todos os episódios chegam com áudios em Português, Inglês e Espanhol. Quanto ao preço da animação, o DVD já está nas lojas no valor de R$ 29,90.

Para quem ficou curioso e quer conhecer um pouco mais sobre o desenho, a Paramount possui o site – www.parakids.com.br – onde se pode encontrar outros títulos infantis lançados pela empresa, assistir a trailers, participar de promoções, conhecer os lançamentos que estão chegando nas lojas e divertir-se com vários jogos brincadeiras, papéis de parede e protetores de telas.

Por: Viviane França