quinta-feira , 26 dezembro , 2024

‘Clube da Luta’ | A PRINCIPAL obra da carreira de David Fincher

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A obra-prima de um dos maiores cineastas da atualidade. Desde a vinheta inicial sabíamos que estaríamos diante de uma engenhosa obra cinematográfica ligada as emoções, um verdadeiro tour pela mente humana. Clube da Luta, dirigido por David Fincher, com roteiro baseado numa obra homônima escrita por Chuck Palahniuk, parte das inconsequências de um complexo protagonista que vai ao encontro da dor do outro buscando conforto para o que sente e não entende nadando de braçadas rumo ao fundo do poço do seus dramas.

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Na trama, conhecemos um homem (Edward Norton), especialista em recall de uma montadora, completamente infeliz no seu trabalho, sem propósito, sem lugar, que sofre com insônia. Ele é o nosso narrador. Buscando encontrar alguma solução para seu cotidiano ele começa a frequentar grupos de ajuda variados fingindo estar em condições que não está e nesse momento conhece Marla (Helena Bonham Carter), uma mulher que também usa esses grupos para seu próprio benefício. Em paralelo, o protagonista conhece Tyler Durden (Brad Pitt), um misterioso homem com quem passa a morar e um dia resolve criar um clube de luta clandestino que logo toma proporções que saem do controle.

Antes de mais nada, eu sei que só de escrever esse texto já estou quebrando a primeira regra. Mas tudo bem! Com uma ideia que teve seus primeiros passos após um fato real, o sofrimento com marcas visíveis de uma briga em um acampamento pelo simples fato de uma reclamação sobre barulho, o escritor norte-americano Chuck Palahniuk criou um recorte impressionante sobre a mente humana aos olhos de um homem que vai em busca de descobertas sobre si mesmo passando pelo sentimento de rejeição, o transtorno dissociativo de identidade com um gatilho de uma Síndrome do Esgotamento Profissional (Burnout). Mas como transformar as brilhantes linhas de um livro em uma obra cinematográfica?

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Indicado a um Oscar na cerimônia realizada no ano 2000, um dos fatos que chamam a atenção nesse projeto é a narrativa empolgante que se solidifica com um ritmo acelerado marcado pelo desossar das emoções. Com quatro meses e meio de filmagens, em mais de 200 locações, Clube da Luta consegue um visual deslumbrante, intenso, vibrante, que conversa a todo instante com a instabilidade das emoções de seu protagonista em crise, limitado ao que acha que é realidade que estaciona no prestar a atenção para aquilo que não o interessa mesmo que isso atinja seus valores morais. É uma construção sublime das projeções dos conflitos do seu protagonista, o arco dramático.

E por falar sobre questões ligadas a psiquê humana, isso é quase um assunto à parte! Será o personagem principal dessa história um alguém psicótico? Paranoico? O buraco é muito mais embaixo! Dentro de um looping de morrer e renascer, algo que gera um caótico sentimento de alívio, vemos o construir de um homem obsessivo, inconstante, que se vê em um oásis de não sofrimento e faz de tudo para não sair dele. Um sanguessuga dos dramas de terceiros em uma estrada sem destino fuzilando aos quatro cantos sua obsessão de renovar seu descansar que dentro da bolha criada por um inconsciente que comanda as ações desiste de prestar a atenção para aquilo que não o interessa mesmo que isso atinja seus valores morais.

Quando o filme acaba, precisamos rebobinar todo nosso refletir e ir completando novamente as peças que podem estar fora do lugar. Esse exercício é a cereja do bolo de uma das mais impactante obras cinematográficas do século XX, um filme que se transforma em atemporal quando olhamos para a janela de uma sociedade corroída pelo desgaste de suas emoções. Pra quem se interessar Clube da Luta está disponível no catálogo da Netflix e Star Plus.

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A obra-prima de um dos maiores cineastas da atualidade. Desde a vinheta inicial sabíamos que estaríamos diante de uma engenhosa obra cinematográfica ligada as emoções, um verdadeiro tour pela mente humana. Clube da Luta, dirigido por David Fincher, com roteiro baseado numa obra homônima escrita por Chuck Palahniuk, parte das inconsequências de um complexo protagonista que vai ao encontro da dor do outro buscando conforto para o que sente e não entende nadando de braçadas rumo ao fundo do poço do seus dramas.

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Na trama, conhecemos um homem (Edward Norton), especialista em recall de uma montadora, completamente infeliz no seu trabalho, sem propósito, sem lugar, que sofre com insônia. Ele é o nosso narrador. Buscando encontrar alguma solução para seu cotidiano ele começa a frequentar grupos de ajuda variados fingindo estar em condições que não está e nesse momento conhece Marla (Helena Bonham Carter), uma mulher que também usa esses grupos para seu próprio benefício. Em paralelo, o protagonista conhece Tyler Durden (Brad Pitt), um misterioso homem com quem passa a morar e um dia resolve criar um clube de luta clandestino que logo toma proporções que saem do controle.

Antes de mais nada, eu sei que só de escrever esse texto já estou quebrando a primeira regra. Mas tudo bem! Com uma ideia que teve seus primeiros passos após um fato real, o sofrimento com marcas visíveis de uma briga em um acampamento pelo simples fato de uma reclamação sobre barulho, o escritor norte-americano Chuck Palahniuk criou um recorte impressionante sobre a mente humana aos olhos de um homem que vai em busca de descobertas sobre si mesmo passando pelo sentimento de rejeição, o transtorno dissociativo de identidade com um gatilho de uma Síndrome do Esgotamento Profissional (Burnout). Mas como transformar as brilhantes linhas de um livro em uma obra cinematográfica?

Indicado a um Oscar na cerimônia realizada no ano 2000, um dos fatos que chamam a atenção nesse projeto é a narrativa empolgante que se solidifica com um ritmo acelerado marcado pelo desossar das emoções. Com quatro meses e meio de filmagens, em mais de 200 locações, Clube da Luta consegue um visual deslumbrante, intenso, vibrante, que conversa a todo instante com a instabilidade das emoções de seu protagonista em crise, limitado ao que acha que é realidade que estaciona no prestar a atenção para aquilo que não o interessa mesmo que isso atinja seus valores morais. É uma construção sublime das projeções dos conflitos do seu protagonista, o arco dramático.

E por falar sobre questões ligadas a psiquê humana, isso é quase um assunto à parte! Será o personagem principal dessa história um alguém psicótico? Paranoico? O buraco é muito mais embaixo! Dentro de um looping de morrer e renascer, algo que gera um caótico sentimento de alívio, vemos o construir de um homem obsessivo, inconstante, que se vê em um oásis de não sofrimento e faz de tudo para não sair dele. Um sanguessuga dos dramas de terceiros em uma estrada sem destino fuzilando aos quatro cantos sua obsessão de renovar seu descansar que dentro da bolha criada por um inconsciente que comanda as ações desiste de prestar a atenção para aquilo que não o interessa mesmo que isso atinja seus valores morais.

Quando o filme acaba, precisamos rebobinar todo nosso refletir e ir completando novamente as peças que podem estar fora do lugar. Esse exercício é a cereja do bolo de uma das mais impactante obras cinematográficas do século XX, um filme que se transforma em atemporal quando olhamos para a janela de uma sociedade corroída pelo desgaste de suas emoções. Pra quem se interessar Clube da Luta está disponível no catálogo da Netflix e Star Plus.

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