terça-feira , 5 novembro , 2024

Crítica | Colegas

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Uma fábula atemporal e emocionante, que apresenta um Brasil inocente e personagens determinados a cumprir seus sonhos, mesmo que estes pareçam impossíveis. Colegas chega aos cinemas nacionais quebrando dois tabus.

O primeiro deles, é fugir da fórmula arcaica que toma conta do cinema nacional: somos bombardeados anualmente com filmes-favela de extrema violência, que mostra o pior do nosso país, ou das comédias escrachadas de roteiro chulo, presente da Globo Filmes.

O segundo tabu quebrado, e o mais importante, é trazer como protagonistas três jovens com síndrome de Down, e não fazer o enredo girar em cima de suas dificuldades ou limitações – mas tratá-los como pessoas como nós, com medos e anseios, correndo atrás de seus sonhos.

A comédia trata de forma poética coisas simples da vida, através dos olhos dos três personagens com síndrome de Down. Eles são apaixonados por cinema e trabalham na videoteca do instituto onde vivem. Um dia, inspirados pelo filme ‘Thelma & Louise’, resolvem fugir no Karmann-Ghia do jardineiro (Lima Duarte) em busca de três sonhos: Stalone (Ariel Goldenberg) quer ver o mar, Aninha (Rita Pokk) quer casar e Márcio (Breno Viola) precisa voar. Nesta busca, se envolvem em inúmeras aventuras como se tudo não passasse de um maravilhoso sonho.

Quase todos os diálogos dos personagens são homenagens a filmes de sucesso, como ‘A Primeira Noite de um Homem’, ‘007’, ‘Homens de Preto’, ‘Cidade de Deus’, ‘E O Vento Levou…’.

Com uma direção talentosa e segura de Marcelo Galvão, a história se apresenta como atemporal: ao mesmo tempo em que temos celulares, temos carros antigos, fitas cassetes e até uma participação especial de Raul Seixas, responsável pela trilha sonora da produção. É um mundo paralelo, inocente e seguro – como a imaginação fértil e doce desses jovens.

O elenco é um show à parte: Breno Viola é quem se sair melhor como Márcio, responsável pelas melhores piadas. Casados na vida real, Ariel Goldenberg e Rita Pokk transportam para a tela essa química, e conseguem emocionar e convencer como um casal apaixonado. O elenco de apoio tem nomes de peso, como Lima Duarte, Leonardo Miggiorin, Juliana Didone, além de contar com mais 60 jovens com síndrome de Down.

Colegas pode ser definido como uma comédia road movie fantástica, que coincidentemente, é estrelada por jovens com síndrome de Down. Galvão dedica a produção a um tio portador de Down, cuja história o incentivou a roteirizar e dirigir este filme.

Sem se aprofundar no lado negativo da síndrome, ele evita o preconceito ao mostrar que esses jovens são inteligentes e possuem os mesmos sonhos que nós, além de ter um humor irreverente com direito a auto parodia e piadas de humor negro – humanizando os personagens e nos permitindo rir.

A vida é curta demais para ser pequena, então façam de suas vidas algo extraordinário!”.

 

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O segundo tabu quebrado, e o mais importante, é trazer como protagonistas três jovens com síndrome de Down, e não fazer o enredo girar em cima de suas dificuldades ou limitações – mas tratá-los como pessoas como nós, com medos e anseios, correndo atrás de seus sonhos.

A comédia trata de forma poética coisas simples da vida, através dos olhos dos três personagens com síndrome de Down. Eles são apaixonados por cinema e trabalham na videoteca do instituto onde vivem. Um dia, inspirados pelo filme ‘Thelma & Louise’, resolvem fugir no Karmann-Ghia do jardineiro (Lima Duarte) em busca de três sonhos: Stalone (Ariel Goldenberg) quer ver o mar, Aninha (Rita Pokk) quer casar e Márcio (Breno Viola) precisa voar. Nesta busca, se envolvem em inúmeras aventuras como se tudo não passasse de um maravilhoso sonho.

Quase todos os diálogos dos personagens são homenagens a filmes de sucesso, como ‘A Primeira Noite de um Homem’, ‘007’, ‘Homens de Preto’, ‘Cidade de Deus’, ‘E O Vento Levou…’.

Com uma direção talentosa e segura de Marcelo Galvão, a história se apresenta como atemporal: ao mesmo tempo em que temos celulares, temos carros antigos, fitas cassetes e até uma participação especial de Raul Seixas, responsável pela trilha sonora da produção. É um mundo paralelo, inocente e seguro – como a imaginação fértil e doce desses jovens.

O elenco é um show à parte: Breno Viola é quem se sair melhor como Márcio, responsável pelas melhores piadas. Casados na vida real, Ariel Goldenberg e Rita Pokk transportam para a tela essa química, e conseguem emocionar e convencer como um casal apaixonado. O elenco de apoio tem nomes de peso, como Lima Duarte, Leonardo Miggiorin, Juliana Didone, além de contar com mais 60 jovens com síndrome de Down.

Colegas pode ser definido como uma comédia road movie fantástica, que coincidentemente, é estrelada por jovens com síndrome de Down. Galvão dedica a produção a um tio portador de Down, cuja história o incentivou a roteirizar e dirigir este filme.

Sem se aprofundar no lado negativo da síndrome, ele evita o preconceito ao mostrar que esses jovens são inteligentes e possuem os mesmos sonhos que nós, além de ter um humor irreverente com direito a auto parodia e piadas de humor negro – humanizando os personagens e nos permitindo rir.

A vida é curta demais para ser pequena, então façam de suas vidas algo extraordinário!”.

 

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