domingo , 22 dezembro , 2024

‘Coração Selvagem’, um dos GRANDES filmes da carreira de Nicolas Cage

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O Pot-pourri certeiro entre um intenso amor, O Mágico de Oz e Elvis Presley. Vencedor da Palma de Ouro em Cannes no ano de 1990, num júri presidido por Bernardo Bertolucci, um dos mais interessantes trabalhos do cineasta David Lynch, Coração Selvagem, explora o amor e o absurdo por meio de uma psicopatia de personagens excêntricos que rumam à imprevisibilidade. Baseado no livro homônimo escrito pelo norte-americano Barry Gifford, esse é um daqueles filmes que merecem estar em todas as prateleiras de cinéfilos.

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Na trama, conhecemos Sailor (Nicolas Cage) e Lula (Laura Dern), um casal apaixonado que se vê com diversos obstáculos para ficarem juntos muito por conta dos impulsos inconsequentes do primeiro. Após passar um tempo na prisão, Sailor e Lula se juntam de vez e resolvem acelerar pelas estradas norte-americanas no sul do país, fugindo da mãe de Lula, Marieta (Diane Ladd), que toma medidas drásticas para terminar esse relacionamento contratando pessoas para impedí-los de ficarem juntos.

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O romântico selvagem e as delicadezas de uma jovem repleta de traumas nos levam para um lado sonhador dos personagens, quase um oásis, um ponto no inconsciente que leva ao conforto, longe das iminências dos problemas que se acumulam. A análise em torno desse casal é complexa, há muitas variáveis. Esse relacionamento é o pontapé inicial para entrarmos por outras portas, abertas por intrigantes personagens que se juntam à trama. Assim, chegamos aos absurdos, a violência, a obsessão. Nesse último ponto, com destaque para Marieta, uma curiosa personagem, mãe de Lula, com seus desejos nada reprimidos de ir contra a felicidade da própria filha, praticamente uma personificação do egoísmo.

Nessa obra-prima sensual, o excêntrico encontra o sentido em cores, figurinos, cenários transformando todo numa bomba de sentimentos pulsantes. O que é mostrado tem inúmeras interpretações mas longe de ter uma análise simplista, é preciso viajar nas alusões, nas referências que estão por todos os lados. O amor, a obsessão, a violência, as ultrapassagens dos limites ganham olhares penetrantes também guiados por uma trilha sonora fantástica assinada pelo genial Angelo Badalamenti.

No elenco, Nicolas Cage e Laura Dern estão fabulosos, além da ótima Diane Ladd (mãe de Laura), indicada ao Oscar de Melhor Atriz em 1991. A reunião entre Lynch e Cage é mais que certeira, é a junção de dois universos que conversam e se complementam. A dedicação ao personagem, marca registrada do vencedor do Oscar anos mais tarde por sua impecável atuação em Despedida em Las Vegas, é vista até na composição do figurino. A jaqueta de pele de cobra usada por Cage foi uma homenagem ao papel de Marlon Brando em Vidas em Fuga, filme da década de 1960. A peça era do próprio Cage e logo foi aprovada pelo diretor.

Em Coração Selvagem, a psicopatia ganha formas e movimentos através de Lynch e seu conhecido olhar para o abstrato, para o curioso, onde o drama encosta na comédia em muitos momentos chegando até uma estrada que nos leva ao imprevisível maquiadas de cenas marcantes, um recheado pot-pourri certeiro entre um intenso amor, O Mágico de Oz e Elvis Presley.

 

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O Pot-pourri certeiro entre um intenso amor, O Mágico de Oz e Elvis Presley. Vencedor da Palma de Ouro em Cannes no ano de 1990, num júri presidido por Bernardo Bertolucci, um dos mais interessantes trabalhos do cineasta David Lynch, Coração Selvagem, explora o amor e o absurdo por meio de uma psicopatia de personagens excêntricos que rumam à imprevisibilidade. Baseado no livro homônimo escrito pelo norte-americano Barry Gifford, esse é um daqueles filmes que merecem estar em todas as prateleiras de cinéfilos.

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Na trama, conhecemos Sailor (Nicolas Cage) e Lula (Laura Dern), um casal apaixonado que se vê com diversos obstáculos para ficarem juntos muito por conta dos impulsos inconsequentes do primeiro. Após passar um tempo na prisão, Sailor e Lula se juntam de vez e resolvem acelerar pelas estradas norte-americanas no sul do país, fugindo da mãe de Lula, Marieta (Diane Ladd), que toma medidas drásticas para terminar esse relacionamento contratando pessoas para impedí-los de ficarem juntos.

O romântico selvagem e as delicadezas de uma jovem repleta de traumas nos levam para um lado sonhador dos personagens, quase um oásis, um ponto no inconsciente que leva ao conforto, longe das iminências dos problemas que se acumulam. A análise em torno desse casal é complexa, há muitas variáveis. Esse relacionamento é o pontapé inicial para entrarmos por outras portas, abertas por intrigantes personagens que se juntam à trama. Assim, chegamos aos absurdos, a violência, a obsessão. Nesse último ponto, com destaque para Marieta, uma curiosa personagem, mãe de Lula, com seus desejos nada reprimidos de ir contra a felicidade da própria filha, praticamente uma personificação do egoísmo.

Nessa obra-prima sensual, o excêntrico encontra o sentido em cores, figurinos, cenários transformando todo numa bomba de sentimentos pulsantes. O que é mostrado tem inúmeras interpretações mas longe de ter uma análise simplista, é preciso viajar nas alusões, nas referências que estão por todos os lados. O amor, a obsessão, a violência, as ultrapassagens dos limites ganham olhares penetrantes também guiados por uma trilha sonora fantástica assinada pelo genial Angelo Badalamenti.

No elenco, Nicolas Cage e Laura Dern estão fabulosos, além da ótima Diane Ladd (mãe de Laura), indicada ao Oscar de Melhor Atriz em 1991. A reunião entre Lynch e Cage é mais que certeira, é a junção de dois universos que conversam e se complementam. A dedicação ao personagem, marca registrada do vencedor do Oscar anos mais tarde por sua impecável atuação em Despedida em Las Vegas, é vista até na composição do figurino. A jaqueta de pele de cobra usada por Cage foi uma homenagem ao papel de Marlon Brando em Vidas em Fuga, filme da década de 1960. A peça era do próprio Cage e logo foi aprovada pelo diretor.

Em Coração Selvagem, a psicopatia ganha formas e movimentos através de Lynch e seu conhecido olhar para o abstrato, para o curioso, onde o drama encosta na comédia em muitos momentos chegando até uma estrada que nos leva ao imprevisível maquiadas de cenas marcantes, um recheado pot-pourri certeiro entre um intenso amor, O Mágico de Oz e Elvis Presley.

 

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