‘Coringa: Delírio a Dois’, sequência dirigida por Todd Phillips, apresenta uma nova visão sobre a relação entre o vilão e Arlequina, interpretados, respectivamente, por Joaquin Phoenix e Lady Gaga.
Enquanto Harley, em outras obras da DC, é subjugada pelo Coringa, vivendo um relacionamento abusivo com clara dependência emocional, no longa a situação é diferente.
No filme, a Arlequina de Lady Gaga não é uma médica apaixonada pelo sofrimento de seu paciente, mas sim uma interna do Arkham, com um suposto passado criminoso.
A personagem não se importa com Arthur Fleck e tem apenas uma fascinação estranha pelo Coringa. Por isso, é a Arlequina quem manipula Fleck a aceitar de vez sua persona.
Diferente de outras versões da personagem, essa Arlequina tem o Coringa em suas mãos, e não o contrário. A relação no filme explora obsessão e poder, contrastando com a submissão vista em outras histórias.
Um dos problemas do filme é que tal mudança não foi explorada ao máximo, seguindo por caminhos mais superficiais.
No entanto, ‘Coringa: Delírio a Dois’ entrega uma versão original de Arlequina e utiliza, de forma diferente, sua relação com o Coringa.
Em ‘Coringa: Delírio a Dois’, Arthur Fleck está institucionalizado em Arkham à espera do julgamento por seus crimes como Coringa. Enquanto luta com sua dupla identidade, Arthur não apenas se depara com o amor verdadeiro, como encontra a música que sempre esteve dentro dele.
Atualmente, o filme conta com apenas 33% de aprovação dos críticos e 31% da audiência. O longa conseguiu ser pior avaliado que os polêmicos ‘Esquadrão Suicida‘ (58% de aprovação) e ‘Batman vs Superman: A Origem da Justiça‘ (63% de aprovação).
Confira as principais críticas:
“É surpreendentemente monótono, um procedimento sem sentido que parece desdenhar seu público.”, Vanity Fair.
“O desfecho atinge batidas de história que deveriam encerrar o primeiro ato. O filme também oscila entre gêneros. É um musical, um filme de prisão e, principalmente, um drama de tribunal.”, Irish Times
“Coringa: Folie à Deux é o filme de Arthur, e Arthur simplesmente não é tão interessante, apesar do esforço que Phoenix faz para retratar o personagem com detalhes mentais extremamente angustiados e físicos de peito afundado.”, Vulture.
“Isso levanta a questão: por que Phillips está tão relutante em aceitar que o filme é um musical? Por que não adicionar um pouco mais de cor, algum floreio ao design de produção?”, Hannah Forte.
“Coringa: Delírio a Dois pode ser ambicioso e superficialmente ultrajante, mas, de certa forma, é uma sequência excessivamente cautelosa.”, Variety.
“Apesar de seu personagem principal fascinante e complexo, o filme é, no fim das contas, monótono e lento, não nos levando a lugar nenhum, lentamente.”, London Evening.
“Phillips e cia. voltaram ao mundo autocontido, sacudiram todo o conteúdo no carpete e… tentaram de novo. O resultado? Bagunçado, sem vida, derivado e exatamente o que você esperaria de um filme que simplesmente não quer, ou precisa, existir.”, Times.
“Embora acabe tão estridente, trabalhoso e muitas vezes completamente tedioso quanto o primeiro filme, há uma melhoria.”, The Guardian.
“No geral, Folie à Deux é tão ousado e perturbador quanto seu antecessor, replicando a ideia das cidades americanas modernas como barris de pólvora aterrorizantes perpetuamente à beira da explosão.”, Independent.
“É um filme triste, pensativo e impressionantemente estranho que usa a teatralidade dos musicais para minar as ambições de seu herói em vez de elevá-las.”, The Wrap.
“Enquanto o Coringa original continua sendo uma exceção impressionante — um raro sucesso de bilheteria com nuances emocionais, temas adultos e um genuíno senso de grandeza — esta sequência não consegue manter o ritmo.”, International Screen
“Coringa ainda tem um truque na manga — até mesmo um subtexto sério. O melhor momento vem no final de uma cena incendiária…”, Financial Times.
“Folie à Deux não consegue igualar seu antecessor em termos de impacto estonteante. Mas iguala em tensão horrível de barril de pólvora: é um filme que você sente que pode explodir em chamas a qualquer momento.”, Daily Telegraph.
“Folie à Deux simplesmente dança sapateado no mesmo lugar durante a maior parte de sua execução apática, encadeando uma série de números musicais decepcionantes que são muito óbvios… ou muito vagamente relacionados aos seus personagens para expressar qualquer coisa.”, indiewire
O filme já está em exibição nos cinemas.