No fim de semana, os cinemas do Rio de Janeiro foram obrigados por determinação do governo a fechar suas portas por 15 dias, em virtude da pandemia de coronavírus. E as consequências começaram a surgir na economia do país.
Enquanto a rede Kinoplex antecipou as férias coletivas dos funcionários do estado, a rede Cinemark tomou medidas mais drásticas.
A maior de cinema do país anunciou nessa segunda-feira, 16, um Plano de Demissão Voluntária ou um Programa de Qualificação Profissional remunerado.
Paulo Balmant, presidente do Sindicato da categoria, revelou ao G1 que a Cinemark ofereceu apenas duas propostas:
1. Plano de demissão voluntária, no qual será garantido ao funcionário o saque do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) sem o pagamento da multa rescisória.
2. Programa de Qualificação Profissional remunerado.
Na segunda opção, o funcionário receberá ATÉ 80% do seu salário líquido e ficará em casa assistindo cursos profissionalizantes online.
“A maioria parece que vai querer a segunda opção”, disse Balmant.
Mais informações serão reveladas em breve.
A determinação de fechar os cinemas foi estabelecida pela Prefeitura do Rio de Janeiro e pelo Governo do Estado, que emitiu o decreto número 46.970/20, que suspende as atividades “em cinemas, lonas cultuais, teatros e museus”.
A medida visa evitar a proliferação da doença e garantir a segurança da população. Espera-se que contenção por apenas 15 dias seja o suficiente para a situação global se amenizar.
No estado de São Paulo, o governador João Dória fez restrições menores, seguindo a mesma premissa adotada pelo governador de Nova York. Sua determinação impera que eventos com mais de 500 pessoas sejam suspensos.
O cancelamento engloba tanto eventos governamentais, esportivos, artísticos, culturais, políticos, científicos, comerciais, bem como religiosos.