De acordo com o Deadline, a AMC, a maior rede de cinemas dos EUA, decidiu suspender pelo menos 600 funcionários da sede em Leanwood, no Kansas.
No entanto, nenhum dos empregados será demitido, como garantiu o presidente da rede, Adam Aron.
Através de um comunicado, o executivo disse que todos os trabalhadores terão direito aos planos de saúde, mas os salários serão reduzidos ou cortados, de acordo com as futuras necessidades:
“Por causa do surto de Coronavírus, fomos obrigados a fechar mais de 650 salas de cinemas da AMC pelo país. A companhia vai ficar sem receita suficiente para bancar diversos custos, por isso decidimos suspender nosso funcionários, incluindo a mim. Não vamos demitir ninguém, mas somos forçados a adotar esse plano de suspensão coletiva para economizar verbas e garantir que tenhamos força para retomar os negócios após a quarentena. Mesmo assim, todos vão continuar com seus benefícios, como o plano de saúde. No entanto, os salários serão reduzidos ou cortados até que tudo volte ao normal.”
As salas de cinema vão permanecer inativas entre seis e 12 semanas para atender as leis estaduais e federais, determinadas para garantir a saúde e a segurança da população.
Anteriormente, Aron explicou a decisão de fechar as portas das salas de cinema:
“Estamos tão decepcionados quanto o público e nosso funcionários, mas devemos obedecer as novas diretrizes estabelecidas pelas autoridades. Devemos evitar reuniões com mais de 10 pessoas em locais fechados, então é impossível manter os cinemas funcionando. Ainda assim, a saúde e o bem-estar da população vem em primeiro lugar, e vamos continuar a monitorar a situação com muita atenção até chegar o dia em que entreter o público novamente.”
Além da AMC, a Landmark Theatres, Cineplex Odeon, e Alamo Drafthouse também decidiram encerrar as atividades por tempo indeterminado, deixando mais de 3.400 cinemas de portas fechadas.
Aqui no Brasil, os cinemas do Rio de Janeiro foram obrigados por determinação do governo a fechar suas portas por 15 dias, em virtude da pandemia de Coronavírus. E as consequências começaram a surgir na economia do país.
Enquanto a rede Kinoplex antecipou as férias coletivas dos funcionários do estado, a rede Cinemark tomou medidas mais drásticas.
Em 16 de março, a maior rede de cinema do país anunciou um Plano de Demissão Voluntária ou um Programa de Qualificação Profissional remunerado.
Paulo Balmant, presidente do Sindicato da categoria, revelou ao G1 que a Cinemark ofereceu apenas duas propostas:
1. Plano de demissão voluntária, no qual será garantido ao funcionário o saque do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) sem o pagamento da multa rescisória.
2. Programa de Qualificação Profissional remunerado.
Na segunda opção, o funcionário receberá ATÉ 80% do seu salário líquido e ficará em casa assistindo cursos profissionalizantes online.
“A maioria parece que vai querer a segunda opção”, disse Balmant.
Mais informações serão reveladas em breve.
A determinação de fechar os cinemas foi estabelecida pela Prefeitura do Rio de Janeiro e pelo Governo do Estado, que emitiu o decreto número 46.970/20, que suspende as atividades “em cinemas, lonas cultuais, teatros e museus”.
A medida visa evitar a proliferação da doença e garantir a segurança da população. Espera-se que contenção por apenas 15 dias seja o suficiente para a situação global se amenizar.
No estado de São Paulo, o governador João Dória fez restrições menores, seguindo a mesma premissa adotada pelo governador de Nova York. Sua determinação impera que eventos com mais de 500 pessoas sejam suspensos.
O cancelamento engloba tanto eventos governamentais, esportivos, artísticos, culturais, políticos, científicos, comerciais, bem como religiosos.