sexta-feira , 21 fevereiro , 2025

Criador de ‘Irmão do Jorel’ quer fazer um filme LIVE-ACTION baseado na série [EXCLUSIVO]


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Irmão do Jorel sagrou-se uma das melhores produções contemporâneas da televisão brasileira, conquistando inúmeros prêmios desde sua estreia oficial em 2014 – apresentando um novo lado para o circuito nacional de animações e, agora, retornando com episódios inéditos tanto no catálogo da Max Brasil quanto no Cartoon Network.

Recentemente, tivemos a oportunidade de conversar com Juliano Enrico, criador da série, e Zé Brandão, produtor executivo, que comentaram sobre as novidades da animação – ainda mais considerando que o protagonista titular está na fase de transição entre a infância e a adolescência.



Durante a conversa, Brandão falou sobre o crescente legado da obra no circuito internacional – destacando os principais países latino-americanos que consomem a animação.

“Quando eu era pequeno, eu ficava ativamente andando pela rua e procurando a cabine do Super-Homem. Para mim, era quase uma obsessão. Eu era muito fã. Também assistia à ‘Manda-Chuva’ e ficava procurando a lata de lixo do personagem. E isso me causava uma certa sensação que eu não compreendia”, Brandão disse. “Quando fomos fazer nossos próprios desenhos, eu comecei a entender”.

Brandão continua: “mas aí, depois, veio a seguinte pergunta: ‘OK, o desenho animado dá muito trabalho, ele é uma superprodução. É para a América Latina inteira. Então, como isso reverbera com o restante do pessoal?’. Muitas vezes, quando fazemos coisas muito pessoais, elas acabam se tornando universais. E, aqui, o nosso feedback no circuito da América Latina é muito legal. Por exemplo, existe um festival no Chile em que nós sempre estamos ganhando algum prêmio. Sabemos que, em relação aos números de Irmão do Jorel, o Chile, a Colômbia e o México têm uma conexão muito maior. E acho que as famílias latinas têm uma coisa parecida, da forma como elas são grandes, falam alto, estão sempre juntas. E até detalhes – como o fato de o carro da família ser um Fusca”.


Dois homens posam diante de cartaz 'Irmão do Jorel'.

“Desde a primeira temporada, nós sempre fazemos acenos aos nossos ‘hermanos’. E um spoiler, também, nós vamos ter episódios que se passam fora do Brasil. Então, acho que a aceitação lá fora é muito positiva, tanto que temos uma forte distribuição internacional. Várias pessoas da nossa equipe foram para o Egito e havia personagens de Irmão do Jorel lá. Eles se perguntavam: ‘o que está acontecendo?’. E funciona muito bem, assim como as produções norte-americanas sempre bateram fundo na gente”, ele completa.

Quando questionado se já tinham uma conclusão em mente para finalizar a animação, Enrico foi bem categórico em sua resposta:

Assista também: 
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“Não tenho ideia nenhuma de como acabar, porque [a série] é infinita”, ele começou. “Estamos em dez anos e além, com vários projetos em andamento. Tenho uma garrafa com várias ideias e ela está quase explodindo com ideias de episódios para a 6ª temporada. Vamos lançar mais livros de Irmão do Jorel, além de ‘O Livro Fenomenal’, que já é um sucesso. Temos um game, que teve quase 200 mil downloads…”.

Enrico completa: “sim, estamos conversando muito sobre [longas-metragens]. Tivemos uma experiência incrível nos cinemas alguns anos atrás com uma edição alucinante de Irmão do Jorel, que combinou episódios que tinham uma continuidade e que foram apreciados com uma hora e vinte minutos de duração. Tenho uma grande empolgação com a ideia de fazer um live-action, um longa-metragem do Steve Magal, de ação, focando no universo dos heróis do cinema, com muitas referências cinematográficas e da cultura pop do Brasil e do mundo… E focando em um assunto muito pertinente, que é o aquecimento global brutal – uma grande ameaça que só Steve Magal poderia enfrentar”.

Três pessoas sorrindo na frente de cartaz colorido.

Na entrevista, Lívia Ghelli, Diretora de Estratégia de Kids & Animation da WBD Brasil, também foi convidada a comentar sobre como a popularização da animação ajudou no fomento de outras obras similares – ainda mais em um cenário permeado por constantes obstáculos.

“Essa pergunta é maravilhosa, porque dá a oportunidade de falarmos de um lado que é: o fomento que Irmão do Jorel faz e traz a outras atrações. Quando as pessoas falam: ‘nossa, dez anos da série, é um sucesso’. Mas é um sucesso coletivo. É um sucesso de todos os roteiristas, é um sucesso da WBD, mas é um sucesso brasileiro também. Porque é exatamente isso: não é fácil fazer audiovisual no Brasil. E menos fácil ainda fazer animação”, ela diz.

Ghelli também abriu espaço para comentar sobre inúmeros membros da equipe criativa da animação que tiveram oportunidade de expandir o currículo nos mercados internacionais e levar a nossa “brasilidade” ao exterior:

“Quando nós olhamos a quantidade de profissionais que saem daqui, saem do roteiro e da animação e vão trabalhar fora, nós nos sentimos como ‘celeiro para o mundo’. Há vários nomes que saíram de Irmão do Jorel e foram para o Canadá, a França, os Estados Unidos… Até quando falamos da globalidade de Irmão do Jorel. Quando temos nossos animadores levando o ‘tempero brasileiro’ para fazer animação lá fora, começamos a criar conexões – e as pessoas lá de fora começam a interagir. E a criança dos Estados Unidos vai começar a procurar o nosso orelhão, a nossa lata de lixo, a nossa feira”.

Ela continua: “para nós, é muito importante ter investido em uma equipe brasileira, porque quando olhamos para Irmão do Jorel no Top 10 brigando com tudo o que tem dentro da Max, ele está junto com ‘Friends’, junto com ‘A Casa do Dragão’. É muito importante que nós nos reconheçamos. Que as nossas crianças se reconheçam e saibam que, um dia, elas também podem sonhar”.

Lembrando que os novos episódios de Irmão do Jorel já estão disponível na Max.

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Thiago Nollahttps://www.editoraviseu.com.br/a-pedra-negra-prod.html
Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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Recentemente, tivemos a oportunidade de conversar com Juliano Enrico, criador da série, e Zé Brandão, produtor executivo, que comentaram sobre as novidades da animação – ainda mais considerando que o protagonista titular está na fase de transição entre a infância e a adolescência.

Durante a conversa, Brandão falou sobre o crescente legado da obra no circuito internacional – destacando os principais países latino-americanos que consomem a animação.

“Quando eu era pequeno, eu ficava ativamente andando pela rua e procurando a cabine do Super-Homem. Para mim, era quase uma obsessão. Eu era muito fã. Também assistia à ‘Manda-Chuva’ e ficava procurando a lata de lixo do personagem. E isso me causava uma certa sensação que eu não compreendia”, Brandão disse. “Quando fomos fazer nossos próprios desenhos, eu comecei a entender”.

Brandão continua: “mas aí, depois, veio a seguinte pergunta: ‘OK, o desenho animado dá muito trabalho, ele é uma superprodução. É para a América Latina inteira. Então, como isso reverbera com o restante do pessoal?’. Muitas vezes, quando fazemos coisas muito pessoais, elas acabam se tornando universais. E, aqui, o nosso feedback no circuito da América Latina é muito legal. Por exemplo, existe um festival no Chile em que nós sempre estamos ganhando algum prêmio. Sabemos que, em relação aos números de Irmão do Jorel, o Chile, a Colômbia e o México têm uma conexão muito maior. E acho que as famílias latinas têm uma coisa parecida, da forma como elas são grandes, falam alto, estão sempre juntas. E até detalhes – como o fato de o carro da família ser um Fusca”.

Dois homens posam diante de cartaz 'Irmão do Jorel'.

“Desde a primeira temporada, nós sempre fazemos acenos aos nossos ‘hermanos’. E um spoiler, também, nós vamos ter episódios que se passam fora do Brasil. Então, acho que a aceitação lá fora é muito positiva, tanto que temos uma forte distribuição internacional. Várias pessoas da nossa equipe foram para o Egito e havia personagens de Irmão do Jorel lá. Eles se perguntavam: ‘o que está acontecendo?’. E funciona muito bem, assim como as produções norte-americanas sempre bateram fundo na gente”, ele completa.

Quando questionado se já tinham uma conclusão em mente para finalizar a animação, Enrico foi bem categórico em sua resposta:

“Não tenho ideia nenhuma de como acabar, porque [a série] é infinita”, ele começou. “Estamos em dez anos e além, com vários projetos em andamento. Tenho uma garrafa com várias ideias e ela está quase explodindo com ideias de episódios para a 6ª temporada. Vamos lançar mais livros de Irmão do Jorel, além de ‘O Livro Fenomenal’, que já é um sucesso. Temos um game, que teve quase 200 mil downloads…”.

Enrico completa: “sim, estamos conversando muito sobre [longas-metragens]. Tivemos uma experiência incrível nos cinemas alguns anos atrás com uma edição alucinante de Irmão do Jorel, que combinou episódios que tinham uma continuidade e que foram apreciados com uma hora e vinte minutos de duração. Tenho uma grande empolgação com a ideia de fazer um live-action, um longa-metragem do Steve Magal, de ação, focando no universo dos heróis do cinema, com muitas referências cinematográficas e da cultura pop do Brasil e do mundo… E focando em um assunto muito pertinente, que é o aquecimento global brutal – uma grande ameaça que só Steve Magal poderia enfrentar”.

Três pessoas sorrindo na frente de cartaz colorido.

Na entrevista, Lívia Ghelli, Diretora de Estratégia de Kids & Animation da WBD Brasil, também foi convidada a comentar sobre como a popularização da animação ajudou no fomento de outras obras similares – ainda mais em um cenário permeado por constantes obstáculos.

“Essa pergunta é maravilhosa, porque dá a oportunidade de falarmos de um lado que é: o fomento que Irmão do Jorel faz e traz a outras atrações. Quando as pessoas falam: ‘nossa, dez anos da série, é um sucesso’. Mas é um sucesso coletivo. É um sucesso de todos os roteiristas, é um sucesso da WBD, mas é um sucesso brasileiro também. Porque é exatamente isso: não é fácil fazer audiovisual no Brasil. E menos fácil ainda fazer animação”, ela diz.

Ghelli também abriu espaço para comentar sobre inúmeros membros da equipe criativa da animação que tiveram oportunidade de expandir o currículo nos mercados internacionais e levar a nossa “brasilidade” ao exterior:

“Quando nós olhamos a quantidade de profissionais que saem daqui, saem do roteiro e da animação e vão trabalhar fora, nós nos sentimos como ‘celeiro para o mundo’. Há vários nomes que saíram de Irmão do Jorel e foram para o Canadá, a França, os Estados Unidos… Até quando falamos da globalidade de Irmão do Jorel. Quando temos nossos animadores levando o ‘tempero brasileiro’ para fazer animação lá fora, começamos a criar conexões – e as pessoas lá de fora começam a interagir. E a criança dos Estados Unidos vai começar a procurar o nosso orelhão, a nossa lata de lixo, a nossa feira”.

Ela continua: “para nós, é muito importante ter investido em uma equipe brasileira, porque quando olhamos para Irmão do Jorel no Top 10 brigando com tudo o que tem dentro da Max, ele está junto com ‘Friends’, junto com ‘A Casa do Dragão’. É muito importante que nós nos reconheçamos. Que as nossas crianças se reconheçam e saibam que, um dia, elas também podem sonhar”.

Lembrando que os novos episódios de Irmão do Jorel já estão disponível na Max.

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