terça-feira , 3 dezembro , 2024

Crítica | 13 Horas: Os Soldados Secretos de Benghazi

Tiro, Porrada e Bomba

O diretor Michael Bay ficou conhecido como “o mestre da destruição”. Um mestre do cinema de ação (alguns dirão sem cérebro). Sua carreira, no entanto, pode ser dividida em “antes e depois de Transformers”. É inegável que os filmes dos robôs gigantes deram projeção astronômica ao diretor, maior do que já havia tido com produções como Armageddon (1998) e Pearl Harbor (2001).

Ao buscarmos os melhores filmes em sua carreira, a maioria aponta A Rocha (1996) e A Ilha (2005), ambos da era “pré-Transformers”. No pós, muitos citarão Sem Dor, Sem Ganho (2013), realizado por “míseros” US$ 25 milhões. Agora, Bay volta em outra produção longe dos Decepticons e Autobots, e, como não poderia deixar de ser, o mundo está de olho nele, já que trata-se de um cineasta amado e odiado em doses equivalentes – amado pelo grande público e odiado pelos críticos.



CinePOP 2

Aqui, Bay tenta seu novo filme sério de guerra após o citado Pearl Harbor (sobre o ataque japonês durante a Segunda Guerra Mundial). Ao contrário da obra de 2001, este não é um romance trágico, apesar do diretor enfatizar sua pieguice extrema em variados momentos e inclusive utilizar um ponto de vista idêntico: o da câmera na bomba caindo – a tomada mais reconhecível daquele filme.

Baseado no livro de Mitchell Zuckoff, com roteiro de Chuck Hogan (Atração Perigosa, 2010), 13 Horas conta a história de uma equipe de segurança, trabalhando junto com o governo americano na proteção do embaixador dos EUA na Líbia em 2012. Encabeçando o grupo de mercenários estão James Badge Dale (Homem de Ferro 3), o líder da equipe, e John Krasinski (Sob o Mesmo Céu), o protagonista novato que serve como nossos olhos em meio a insanidade fervente.

CinePOP 1

O grupo de brucutus, aliás, não fica devendo nada para Stallone e cia nos filmes dos Mercenários (2010, 2012, 2014) – talvez apenas na idade – tamanha é a falta de comprometimento de Bay e dos envolvidos em olharem um pouco além das caricaturas básicas. Esses caras malham, falam e pensam em suas famílias e são bons em atirar. A graça nem sempre é voluntária, com situações clichê que já esperamos encontrar nos filmes do diretor; e com 2h24min de projeção (que soam verdadeiramente como 13 horas), situações se repetem exaustivamente.

O resultado fica com cara de um grande vídeo game, o qual sequer podemos assumir o joystick. Diferente do Bay mudado de Sem Dor, Sem Ganho, o Bay de 13 Horas é o mesmo de sempre. Troque robôs gigantes por soldados robóticos. A montagem picotada do cineasta causa vertigem a todos nascidos antes da era dos clipes da MTV. É curioso notar que Bay não consegue passar meio minuto sem cortar uma tomada. Em filmes assim, muitas vezes passamos toda a projeção sem da fato dar uma boa olhada no rosto do protagonista. Se o sentimento almejado por Bay era nos jogar dentro do conflito, a proposta teve êxito. Como toda guerra, 13 Horas é feio, sujo, exaustivo e faz feridos.

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Ao buscarmos os melhores filmes em sua carreira, a maioria aponta A Rocha (1996) e A Ilha (2005), ambos da era “pré-Transformers”. No pós, muitos citarão Sem Dor, Sem Ganho (2013), realizado por “míseros” US$ 25 milhões. Agora, Bay volta em outra produção longe dos Decepticons e Autobots, e, como não poderia deixar de ser, o mundo está de olho nele, já que trata-se de um cineasta amado e odiado em doses equivalentes – amado pelo grande público e odiado pelos críticos.

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Aqui, Bay tenta seu novo filme sério de guerra após o citado Pearl Harbor (sobre o ataque japonês durante a Segunda Guerra Mundial). Ao contrário da obra de 2001, este não é um romance trágico, apesar do diretor enfatizar sua pieguice extrema em variados momentos e inclusive utilizar um ponto de vista idêntico: o da câmera na bomba caindo – a tomada mais reconhecível daquele filme.

Baseado no livro de Mitchell Zuckoff, com roteiro de Chuck Hogan (Atração Perigosa, 2010), 13 Horas conta a história de uma equipe de segurança, trabalhando junto com o governo americano na proteção do embaixador dos EUA na Líbia em 2012. Encabeçando o grupo de mercenários estão James Badge Dale (Homem de Ferro 3), o líder da equipe, e John Krasinski (Sob o Mesmo Céu), o protagonista novato que serve como nossos olhos em meio a insanidade fervente.

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O grupo de brucutus, aliás, não fica devendo nada para Stallone e cia nos filmes dos Mercenários (2010, 2012, 2014) – talvez apenas na idade – tamanha é a falta de comprometimento de Bay e dos envolvidos em olharem um pouco além das caricaturas básicas. Esses caras malham, falam e pensam em suas famílias e são bons em atirar. A graça nem sempre é voluntária, com situações clichê que já esperamos encontrar nos filmes do diretor; e com 2h24min de projeção (que soam verdadeiramente como 13 horas), situações se repetem exaustivamente.

O resultado fica com cara de um grande vídeo game, o qual sequer podemos assumir o joystick. Diferente do Bay mudado de Sem Dor, Sem Ganho, o Bay de 13 Horas é o mesmo de sempre. Troque robôs gigantes por soldados robóticos. A montagem picotada do cineasta causa vertigem a todos nascidos antes da era dos clipes da MTV. É curioso notar que Bay não consegue passar meio minuto sem cortar uma tomada. Em filmes assim, muitas vezes passamos toda a projeção sem da fato dar uma boa olhada no rosto do protagonista. Se o sentimento almejado por Bay era nos jogar dentro do conflito, a proposta teve êxito. Como toda guerra, 13 Horas é feio, sujo, exaustivo e faz feridos.

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